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2-ORDEM RODENTIA-Roteiro de Estudos-Prof Dr Celso Martins Pinto

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CLASSE MAMMALIA – ORDEM RODENTIA
ROEDORES
Prof. Dr. Celso Martins Pinto
HISTÓRIA DOS ROEDORES
· Ancestral dos roedores ( 125 milhões de anos, Cuenca, Espanha
· Registro fóssil dos roedores ( 65 milhões de anos, com a extinção dos dinossauros
· Primeiros roedores lembravam esquilos, a partir deles se diversificaram
· Origem ( Laurásia, supercontinente que incluía a Ásia, Europa e América do Norte
· colonizaram a África, originando os Hystrichognathi
· Períodos Oligoceno e Mioceno ( alcançaram a América do Sul, que se encontrava isolada
· Período Mioceno ( África e Ásia colidiram, o que permitiu que roedores como o porco-espinho adentrassem a Eurásia
· Período Plioceno ( apareceram na Austrália
Apesar de os marsupiais serem os primeiros residentes da Austrália, os roedores dominam sua 
fauna, correspondendo a cerca de 25% dos mamíferos locais
· Istmo do Panamá ( camundongos colonizaram o sul e ouriços o norte.
DIVERSIDADE DOS ROEDORES
· Maior ordem de mamíferos com placenta ( mais de 2000 espécies 
(40% das espécies de mamíferos)
· Maior parte = muito pequenos 
Ex: camundongo-pigmeu Africano = 6 cm compr. e 7g
· Maior = capivara, até 45 kg
· Phoberomys pattersoni (extinto) teria pesado 700 kg
· Hábitat: margens do Orenoco, cerca de 8.000.000 a.C. a 3.000.000 a.C.
· Comprimento: 2,70 m
· Altura: 1,20 m , de pé = 2,20 m
· Presentes em todos os continentes, exceto a Antártida
· maioria das ilhas e em todos os habitats, com exceção dos oceanos
· como os morcegos (Chiroptera), colonizaram a Austrália independentemente da introdução humana.
 
 
 
 
 
 
· Ecologicamente são 
muito diversos:
- dossel das florestas
- terrícolas
- semi-aquáticos
- desérticas
· Quanto aos hábitos alimentares:
- maioria = onívoros
- específicos = fungos, invertebrados
· Importância ecológica:
- reproduzem-se rapidamente, servindo de alimento para predadores
- são dispersores de sementes 
- fontes de infecção de doenças
· Importância econômica:
- testes laboratoriais
- alimentação / pele
· Dentição ( altamente especializada para roer
possuem um par de incisivos na arcada dentária superior e inferior seguidos por um 
espaço, o diastema, e por um ou mais molares e pré-molares, sem caninos
· Incisivos não têm raiz e crescem continuamente
· As superfícies anterior e laterais são cobertas de esmalte, enquanto a posterior tem a dentina 
exposta
· No ato de roer, os incisivos se atritam desgastando a dentina, o que mantém os dentes bastante 
afiados
CLASSIFICAÇÃO – ORDEM RODENTIA
- Subordem Sciuromorpha 
Família Aplodontiidae - castor-das-montanhas 
Família Sciuridae - esquilo, marmota 
Família Gliridae - arganaz 
Família Geomyidae - rato-de-bolso
- Subordem Castorimorpha 
Família Castoridae - castor 
Família Heteromyidae - rato-canguru
- Subordem Myomorpha 
 Superfamília Dipodoidea
Família Dipodidae 
 Superfamília Muroidea 
Família Nesomyidae 
Família Cricetidae ( Hamsters
Família Muridae ( Ratos, Ratazanas, 
Camundongos, Gerbil
Família Platacanthomyidae 
Família Spalacidae 
Família Calomyscidae
- Subordem Anomaluromorpha
Família Anomaluridae - esquilos-de-cauda-escamosa 
Família Pedetidae
- Subordem Hystricomorpha
Família Diatomyidae Incertae sedis - rato-da-pedra-laociano 
 Infraordem Ctenodactylomorphi 
Família Ctenodactylidae - gundis 
 Infraordem Hystricognathi (17 famílias)
Família Bathyergidae 
Família Hystricidae - porcos-espinhos do Velho Mundo 
Família Petromuridae 
Família Ctenomyidae tuco-tucos 
Família Echimyidae - ratos-de-espinho 
Família Thryonomyidae 
Família Erethizontidae - porcos-espinhos do Novo Mundo 
Família Chinchillidae - chinchilas e viscachas 
Família Dinomyidae - pacarana 
Família Caviidae - porquinhos-da-Índia
Família Dasyproctidae - pacas 
Família Cuniculidae - cutias 
Família Octodontidae - octodontes 
Família Abrocomidae - ratos-chinchila 
Família Myocastoridae - ratão-do-banhado 
Família Capromyidae 
Família Heptaxodontidae 
ROEDORES MYOMORFOS - HAMSTERS, RATOS, CAMUNDONGOS, GERBILS
Prof. Dr. Celso Martins Pinto
SUBORDEM MYOMORPHA
· ESPÉCIES
Rato ( Rattus norvegicus
Camundongo ( Mus musculus
Hamster sírio ( Mesocricetus auratus
Hamster anão-russo ( Phodopus sungorus
Hamster chinês ( Cricetulus griseus
Gerbil ou Esquilo-da-Mongólia ( Meriones unguiculatus
 
 
· CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS:
	ESPÉCIES
	PESO (g)
	EXPECTATIVA
de VIDA (ano)
	TºC
	FREQ.
CARDÍACA
	FREQ.
RESP..
	
	MACHO
	FÊMEA
	
	
	
	
	CAMUNDONGO
	20-40
	25-40
	1,5-3,0
	36,5-38,0
	325-780
	60-220
	RATO
	450-520
	250-300
	2,5-3,5
	35,9-37,5
	250-450
	115
	HAMSTER SÍRIO
	65-100
	55-85
	2,5-3,5
	37,0-38,5
	360
	90
	GERBIL
	85-130
	95-150
	1,5-2,0
	37,0-38,0
	250-500
	35-135
FÓRMULA DENTÁRIA
Incisivos
Caninos
Pré-molares
Molares
1/1
0/0
0/0
3/3
incisivos ( apresentam raízes abertas, portanto são de crescimento contínuo
molares ( apresentam raízes fechadas, portanto com crescimento limitado
má oclusão ( secundária ao crescimento anormal dos dentes se limita aos dentes incisivos.
· SECREÇÕES GLANDULARES:
- Glândulas de Harder (canto medial dos olhos)
Secreção exerce importante função nesses animais:
Rato e Gerbil ( estresse ou irritação pode induzir 
à secreção de porfirina ao redor dos 
olhos e das narinas ( cromodacriorréia
Acúmulo de porfirina na pele ( secreção anormalmente abundante dessas glândulas ( pode 
provocar irritação cutânea e prurido intenso
Gerbil ( exercem função na termorregulação
secretam porfirina e ácidos graxos, que o animal pode misturar à saliva para recobrir o 
corpo e se proteger do frio
Quando sente calor, a secreção diminui e toma banhos de areia e utiliza a saliva para 
eliminar a película gordurosa previamente depositada no pelame.
 
- Glândulas de marcação
Rato e camundongo ( apresentam glândulas prepuciais, que podem extravasar ou conter 
tumores
Gerbil ( glândula ventral, ao redor da região umbilical, mais desenvolvida no macho, que permite 
delimitar o território; a mãe a utiliza para marcar seus filhotes
Essa glândula é suscetível à neoplasia em animais idosos
Hamster sírio ( glândulas odoríferas em cada lado do flanco
Com o avanço da idade, essas glândulas se tornam enegrecidas e mais visíveis nos ♂s
Quando ele está sexualmente ativo, o pelame que recobre a glândula torna-se úmido e 
ele coça esse local
Fêmeas ( produzem uma secreção que atrai o macho na época do cio
Hamster russo ( não possui glândulas no flanco, mas ventral.
 
- Glândulas adrenais ( desenvolvidas no gerbil em relação às de outros roedores; seu tamanho 
atinge três vezes a do rato
- Glândulas mamárias ( fêmeas de ratos e camundongos possuem um 
tecido mamário que se 
estende dorsalmente, por toda a extensão do tronco, até os omoplatas
- Secreção sebácea do rato ( rato macho pode apresentar normalmente hipersecreção sebácea 
na região dorsal, relacionada à produção de testosterona.
 
· MORFOLOGIA DIGESTIVA:
Ratos ( não possuem vesícula biliar.
Estômago do rato e do camundongo apresenta 2 partes distintas:
região proximal sem glândulas gástricas e outra distal glandular
Hamster ( divisão é ainda mais evidente, individualizadas por uma parede central: 
pró-ventrículo ( recoberto por uma mucosa queratinizada. como no rúmen, apresenta um 
pH elevado e abriga microorganismos
ventrículo ou estômago glandular ( recoberto por glândulas digestivas
Bolsas malares ( permite guardar os alimentos se estendem até os omoplatas
podem prolapsar e necessitar de procedimento cirúrgico.
 
· HEMATOLOGIA:
Gerbil ( demonstra várias particularidades hematológicas:
Apresenta grande quantidade de reticulócitos, pois a vida curta das hemácias (cerca de 10 dias) 
requer renovação constante dessas células
Várias hemácias contêm inclusões basofílicas.
Hematócrito é maior na fêmea que no macho
Teor de hemoglobina, a quantidade de leucócitos e o percentual de linfócitos são maiores no 
macho.
· BIOQUÍMICA SANGUÍNEA:
glicemia média é maiorno camundongo que nos outros roedores
colesterolemia média é naturalmente maior no hamster e no gerbil.
· MANEJO AMBIENTAL:
Gaiolas vendidas no comércio geralmente são apropriadas
Evitar a criação em um aquário ( favorece a concentração de amônia, formada pela degradação 
bacteriana da uréia, predispondo a doenças respiratórias
RATO e CAMUNDONGO
- Animais sociais que gostam de viver em grupo
- Caso não se deseje a reprodução ( agrupar algumas fêmeas
- Cama ou substrato ( maravalha, granulados de serragem, 
estopa, papel pardo
- Tocas ( devido ao hábito de se esconder 
- Acessórios ( roda, túneis de papelão, caixas de madeira branca (pinus)
- Bebedouro ( tipo mamadeira, vertical
potes de água colocados no fundo da gaiola não são convenientes porque seu conteúdo 
se suja rapidamente
- toleram melhor temperaturas mais baixas do que o calor
 aumento da temperatura ambiente 
inibe o consumo espontâneo de água, o que pode agravar ainda mais a desidratação
- Temperatura ambiente ( 18 a 22°C e umidade relativa do ar de 50%.
GERBIL ou ESQUILO-DA-MONGÓLIA
- Sociais e extremamente territoriais de atividade principalmente diurna
- Gaiolas ( colocadas devem ser suficientemente altas para permitir os saltos
- Urina ( produção pequena devido à sua adaptação às condições do deserto
- Cama ( igual aos demais, com pedras e areia para permitir o ato de cavar
- Areia ( na bandeja, para os banhos
- Toca e ninho ( usam algodão, papel e feno
- Macho castrado + Fêmeas ( se o objetivo não é a reprodução
- Aproximação ( introdução de um animal recém-chegado ao grupo induz um 
comportamento 
de agressão e expulsão
- Grupos ( são muito hierarquizados; em caso de superpopulação, os indivíduos
dominantes atacam o tufo de pêlos da extremidade da cauda dos subalternos
- Tº ambiente ( 20 a 22°C; umidade relativa do ar ( 40 a 50%.
 
HAMSTERs
- Na natureza são animais solitários e muito territoriais
- Grupo ( difícil formar, a menos que seja formado logo após o nascimento
- Fêmeas ( podem ser agressivas, chegam a matar um macho colocado na gaiola
- Gaiola ( mesma dos ratos e camundongos; fogem com habilidade e as portinhas precisam de 
fechos
- Acessórios ( roda é indispensável.
- Tº ( igual ao gerbil; se a Tº cai até 4°C pode hibernar por 2 a 3 dias e são alternados por 
períodos nos quais permanece acordado e realiza suas atividades habituais.
 
· 
MANEJO NUTRICIONAL / ALIMENTAR:
- Onívoros ( Rato, camundongo e hamster
- Herbívoro ( Gerbil (grãos, folhas e raízes, durante a primavera, e no 
inverno o estoque de 
alimentos)
- Coprofagia ( praticam constantemente, o que lhes permite a reabsorção das 
vitaminas do 
complexo B
Gerbil ( só pratica coprofagia se a dieta for insuficiente
- Ração comercial peletizada ( preferível, tendem a escolher os grãos de acordo com sua 
preferência, o que pode induzir um desequilíbrio nutricional e deficiência de minerais e 
vitaminas.
 
RATO e CAMUNDONGO:
- Rações peletizadas ( devem conter 20% de proteínas
< 20% PB para animais que não se reproduzem
- Verduras, Legumes, Frutas ( em pequenas porções pois causam obesidade
- Bebedouro ( vertical, tipo coluna ou mamadeira
consumo diário = 
Rato ( 10ml para cada 100g de peso corporal
Camundongo ( 15ml/100g.
 
GERBIL:
- Ração comercial ( rações para ratos e camundongos 
Pode-se umedecê-las para favorecer seu consumo
- Grãos + Frutas + Legumes ( complemento, pequenas porções
- Bebedouro ( coluna ou mamadeira
Adaptados à situação de indisponibilidade de água fresca e utilizam com mais
frequência a água presente nas folhas e raízes das quais se alimenta.
 
HAMSTERs:
- Ração comercial ( 14 a 17% PB
rações para ratos e camundongos são um pouco mais ricas em proteínas 
mistura de 75% de ração para ratos e 25% de ração para coelhos ( aporte
adequado de fibras e bom equilíbrio protéico
- Bebedouro ( coluna ou mamadeira
consumo diário de água ( 10ml/100g de peso corporal.
 
· REPRODUÇÃO:
- Miomorfos possuem em comum:
 
grande prolificidade
maturidade sexual precoce
- Filhotes ( nascem sem pêlos e com os olhos fechados
mortalidade no período de desmama ( pode ser elevada para gerbis quando 
não se 
tem o cuidado de fornecer aos filhotes alimentos de fácil ingestão e acesso durante esse 
período: deve-se colocar ração para adulto amolecida com um pouco de água e alimentos 
frescos, no fundo da gaiola, 
quando os filhotes atingem 15 dias de idade
- Ciclo estral da fêmea ( ♀ hamster elimina secreção vaginal amarelada no final, que não deve 
ser confundida com corrimento purulento
- Canibalismo ( frequente em hamsters, mais as fêmeas primíparas
comportamento de proteção aos filhotes pode induzir ao canibalismo ( 
mãe que percebe 
seus filhotes ameaçados pode escondê-los em suas bolsas malares; quando deixada 
tranquila, ela transporta os filhotes a um local mais seguro; mas se o proprietário, 
preocupado com esse comportamento, continua a perturbá-la, ela termina por engolir os 
filhotes.
 
- Sexagem ( pode se basear na distância entre os orifícios anal e genital
No macho distância anogenital é maior que na fêmea
nos machos os testículos nem sempre estão visíveis, pois a abertura do canal inguinal 
permite que eles se alojem na cavidade abdominal
Fêmeas ( apresentam um orifício urinário e outro 
orifício vulvar distintos
3 orifícios visíveis na região anogenital da fêmea são urinário, vulvar e anal.
ROEDORES CAVIOMORFOS - COBAIA, CHINCHILA, DEGU
Prof. Dr. Celso Martins Pinto
SUBORDEM HYSTRICOMORPHA 
· Cobaia (Cavia porcellus)
· Chinchila (Chinchilla laniger ou C. brevicauda)
· Degu (Octodon degus)
· originárias das planícies elevadas do deserto andino
· apresentam longo período de gestação em relação aos outros roedores
· recem-nascidos recobertos de pêlos e com os olhos abertos
· dentes incisivos, molares e pré-molares têm crescimento contínuo
· praticam cecotrofia
· trânsito digestivo é mais lento que o de outros roedores
 
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS
· Embora pertençam à mesma família, cada espécie apresenta tamanho e comportamento 
particulares
· A silhueta do degu lembra mais a de um grande gerbil do que de uma espécie parente da cobaia
· A fórmula dentária é a mesma para as três espécies
Incisivos 
Caninos 
Pré-molares 
Molares
1/1 
0/0 
1/1 
3/3
· A cobaia tem dentes brancos, enquanto o degu e a chinchila apresentam dentes alaranjados, 
como todos os roedores
· O nome degu (Octodon) deve-se à forma da superfície de seus molares desgastados, que 
parece um 8
· Características anatômicas dos caviomorfos:
Cobaia 
Chinchila 
Degu
Peso (g): 
♂
500 – 1200
400 – 500
200 – 300
♀
700 – 900
450 – 800 
200 – 300
Compr.corpo (cm):
20 – 25 
25 – 30 
13 – 20
Número de dedos:
4 ant/ 3 post.
5 ant./ 4 post.
5 ant./ 5 post.
Particularidades:
Áreas de 
Bolhas
Cauda pode
alopecia 
timpânicas
ficar nua
atrás da
muito
orelha 
desenvolvidas
 
 
APARELHO DIGESTÓRIO
· Os caviomorfos são herbívoros estritos que praticam cecotrofia
· trato digestório muito longo, comparado ao de outros roedores (cerca de 2,50m, na cobaia)
· trânsito digestivo é lento (13 às 30h, em média; eventualmente pode demorar até uma semana)
· adaptado à digestão de alimentos pouco energéticos e ricos em celulose
· aporte insuficiente de celulose na alimentação causa, rapidamente, estase intestinal
· O ceco, muito volumoso, é o principal órgão de digestão da celulose
· microbiota digestiva é composta principalmente por bactérias anaeróbicas Gram + (cocos e Lactobacillus spp.)
· população de bacilos Gram-negativos, como E. coli, é muito pequena.
 
MANEJO AMBIENTAL
Características comportamentais:
	 
	COBAIA
	CHINCHILA
	DEGU
	Atividade
	diurna
	noturna
	diurna
	Comportamento social
	Grupos de 8 a 10
♂ dominante
	Grupos com
dezenas
♀ dominante
	Grupos com
dezenas
	Ato de 
escalar
	não
	sim
	simHibernação
natural
	não
	não
	não
ALOJAMENTO
Cobaia
· Utiliza-se o mesmo tipo de gaiola e os mesmos arranjos utilizados para o coelho
· necessário um esconderijo (toca)
Chinchila
· gaiolas devem ser bastante altas para permitir que o 
animal escale
· piso deve ser recoberto com cama absorvente e feno
· acessórios são indispensáveis: prateleiras colocadas em diferentes alturas, casinha colocada no alto e roda de exercício de grande diâmetro
· Vasilha contendo areia (fina e esterilizada) ou pó de mámore, colocada à disposição uma vez ao dia, durante 20 minutos
· Enriquecimento ambiental = raiz de madeira grossa
Degu
· O degu tem necessidades semelhantes às da chinchila
· gaiola deve ter as mesmas particularidades
· também aprecia a roda e os banhos de areia
 
Importante sobre as gaiolas:
· A gaiola deve ser colocada em um local protegido de correntes de ar
· Nenhum desses animais suporta bem o calor
· A cobaia, que gosta do carinho e da companhia de pessoas, sai com muita frequência da gaiola
· As saídas da chinchila e do degu, geralmente mais rebeldes ao manuseio pelas pessoas, são menos frequentes
· Os costumes de escalar e de explorar expõem tais animais a vários acidentes domésticos quando deixados sem vigilância.
 
MANEJO NUTRICIONAL
COBAIA
· Feno de boa qualidade, à vontade
· verduras e legumes (previamente lavados e secos para prevenir contaminação pela Yersinia, 
presente em vegetais sujos com fezes de aves)
· 3 a 4 colheres de sopa de ração para cobaia (20% de proteínas e 16% de fibras)
· Água fresca e em quantidade apropriada (em bebedouro adaptado)
· Alimentação de uma cobaia jovem deve ser a mais variada possível, pois é nessa idade que 
define seus hábitos alimentares, difíceis de modificar posteriormente
· Os hábitos desse animal podem ser tão rígidos que ele pode parar de beber água quando o 
bebedouro é transferido para outro lugar
· Ingere muita água (100 a 300 ml/dia para um adulto)
· como os seres humanos, não possui a enzima necessária para a síntese de vitamina C
· carência de vitamina C é responsável por afecções dentárias, musculares e cutâneas
· A necessidade diária dessa vitamina varia de 15 a 20mg/kg; esse valor é o dobro no caso de 
doenças ou de prenhez
· melhor maneira de fornecer vitamina C é oferecer quantidades diárias adequadas de legumes 
frescos (brócolis e couve são os legumes que contêm os teores mais elevados de 
vitamina C), além de espinafre, talos de cenoura e de rabanete, salsinha e cebolinha
· fornecimento de legumes fermentados ou muito frios (de geladeira) pode desencadear distúrbios 
digestivos
· alimentos comerciais destinados a coelhos e cobaias não contêm quantidade suficiente de vit. C
· vitamina C contida nas rações granuladas se degrada e desaparece em 9 a 12 semanas após a 
abertura do pacote
· vitamina C, na formulação para uso em gotas, quando fornecida à água do bebedouro, deve ser 
adicionada diariamente.
CHINCHILA
· Dieta ( grande quantidade de fibras grosseiras com baixo teor calórico
· Feno ( importante sempre disponível para alimento que mais se assemelha ao que ela encontra 
na natureza
· Rações granuladas (peletizadas) ( 15 a 20% de proteínas, 
15 a 18% de fibras
2 a 5% de gordura
· Pelets torna a ração mais facilmente preênsil, pois a chinchila tem o hábito de segurar o alimento 
com os dedos
· Consumo diário de ração varia de 2 a 3 colheres de sopa por animal
· Alimentação muito rica em proteínas provoca alteração do pelame da chinchila, que se torna fraco e ondulado (síndrome do pelame de algodão)
· Fibras grosseiras estimulam o peristaltismo e auxiliam na prevenção de disfunções digestivas, como amolecimento de fezes, acúmulo de tricobezoares no estômago e estase intestinal.
· Verduras frescas ( não é adaptada para digestão
· Feno e rações granuladas específicas ( base de sua alimentação
· Legumes e frutas ( devem ser introduzidos gradualmente, permitindo detectar eventuais intolerâncias; a quantidade diária não deve exceder 2 a 3 colheres de café
· Guloseimas que podem ser fornecidas em quantidade razoável incluem frutas secas, nozes, amêndoas, avelãs e sementes de girassol.
 
 
DEGU
· Necessidades nutricionais ( semelhantes às da chinchila
· Fornecer verduras e ramos de leguminosas para o animal roer (2X/sem)
· Não fornecer guloseimas açucaradas em grande quantidade (podem desenvolver diabetes)
· Grãos ( quantidade limitada porque o excesso causa sobrecarga de gordura no fígado.
 
Bebedouros:
· Bebedouros automáticos ( são preferíveis às vasilhas colocadas no fundo da gaiola, cujo 
conteúdo se contamina rapidamente
· Água ( deve ser renovada todos os dias e os bebedouros desinfetados uma vez por semana 
(deixar de molho em solução de hipoclorito de sódio 3% overnight), a fim de prevenir a 
proliferação de microorganismos oportunistas, como Pseudomonas aeruginosa (presente 
em pequena quantidade na flora digestiva, mas pode se tornar patogênica)
· após a instalação de um novo bebedouro ou após sua mudança de lugar, é necessário verificar 
se o animal está ingerindo uma quantidade adequada.
MANEJO REPRODUTIVO
PARÂMETROS REPRODUTIVOS DOS CAVIOMORFOS
	
	COBAIA
	CHINCHILA
	DEGU
	Maturidade sexual
	♂: 10 sem
♀: 6 sem
	♂ : 9 meses
♀ : 4-5 meses
	♂ : 5-6 meses
♀ : 3-5 meses
	Época de
acasalamento
	ano todo
	Novembro a maio
	ano todo
	Ciclo estral
	15 - 17 dias
Poliéstrica
	30 - 50 dias
Poliéstrica
(taxa fert: 40%)
	? 
Poliéstrica
	Cio após o parto
	12 às 48h após o parto
	
	
	Ovulação
	Espontânea
	Espontânea
	Espontânea
PARÂMETROS REPRODUTIVOS DOS CAVIOMORFOS
	
	COBAIA
	CHINCHILA
	DEGU
	Duração da gestação
	59 - 72 dias (gestação mais curta quando a ninhada é numerosa)
	110-120 dias
	87-93 dias
	Número de crias
	1 - 6 (média 3)
	1 - 5 (média 2)
	1 - 10 (média 5)
	Peso ao nascimento
	60 - 110g
	30 - 60g
	15g
	Número de mamas
	1 único par
	3 pares
	7 pares
	Idade da desmama
	2-4 semanas
	3 - 6 semanas
	4 - 6 semanas
PARÂMETROS REPRODUTIVOS DOS CAVIOMORFOS
Particularidades:
· COBAIA:
- muito prolifera
- primeiro parto deve acontecer antes dos 6 meses (depois disso a sínfise pubiana se funde)
- não há agressão de filhotes por outros animais.
· CHINCHILA:
- pouco prolifera
- outras fêmeas podem ser agressivas com os filhotes
- macho pode ficar com a ninhada, caso a fêmea permita.
· DEGU:
- muito prolifera
- filhotes abrem os olhos somente aos 3 dias
- separar a fêmea lactante das outras fêmeas
- macho se ocupa com os filhotes.
 
PARÂMETROS REPRODUTIVOS DOS CAVIOMORFOS
· Pode-se alimentar as chinchilas e os degus órfãos com sucedâneo de leite para carnívoros
· para as cobaias, que produzem leite com menor teor de lipídios e proteínas, utiliza-se uma mistura de 80% de leite de vaca integral e 20% de água, adicionando-se algumas gotas de vitamina C
· Pode-se utilizar uma mamadeira pequena ou um conta-gotas para a alimentação dos filhotes.
CLÍNICA MÉDICA DOS ROEDORES
Méd. Vet. Celso Martins Pinto
SEMIOLOGIA
· CONTENÇÃO FÍSICA:
Cobaia
- animal de fácil manuseio e raramente morde
- pode ser enrolada em uma toalha
- não deve ser mantida durante muito tempo em posição de decúbito dorsal, principalmente se 
apresentar dificuldade respiratória
- estresse pode provocar colapso fatal (choque neurogênico)
Chinchila
- nunca se deve pegar uma chinchila pela pele do dorso → quando se
sente agredida solta os pêlos na mão de quem a manipula
- imobilizar a base da cauda entre o dedo médio e o indicador e deixar que o animal repouse as 
patas anteriores no antebraço de quem a segura e, em seguida, pode-se colocar a outra mão sobre o dorso do animal mantendo o polegar sobre uma das patas anteriores e o dedo anular sobre a outra
Degu
- nunca se deve jamais segurar um degu pela cauda, pois com um reflexo de autodefesa ele a 
solta na mão de seu agressor
- contenção pela pele do pescoço é estressante para o animal, que pode se virar para morder
- preferível a contenção com auxílio de uma toalha
EXAME FÍSICO
	
	COBAIACHINCHILA
	DEGU
	Temperatura (ºC)
	37,5 – 38,5
	37 – 38
	37,5 – 38,5
	Freq.respiratória
(mov./min.)
	45 – 100
	100
	100 - 150
	Freq.cardíaca
(bat./min.)
	150 – 380
	100 – 150
	150 - 300
CONTENÇÃO QUÍMICA
· Deve-se preferir anestesia inalatória.
· Para prevenir hipotermia ( procedimento sobre um colchão térmico
· Aquecimento durante o retorno da anestesia ( bolsa de água
· quente ou lâmpada incandescente
· aplicar um gel oftálmico protetor durante a anestesia ( globo ocular saliente desses animais predispõe ao ressecamento da córnea
	FÁRMACOS
	DOSE (mg/kg)
	Observações
	Acepromazina + cetamina
	(0,5) + (20 - 40)
	Anestesia leve
Sem analgesia
	Diazepam + cetamina
	(3 – 5) + (20 – 40)
	
	Xilazina + cetamina
	(3 – 5) + (20 – 40)
	Anest.cirúrgica
Analgesia
Depressão 
cardiovascular 
(máscara c/O2)
	Metedomidina + cetamina
	0,5 + 40
	
	Atipamezol (antídoto)
	1
	
	Tiletamina + zolazepam
	20 + 40
	Anestesia leve
PESAGEM
 
COLETA DE SANGUE
· local mais indicado → é a veia cava anterior
· coleta é realizada com o animal tranquilizado (o ideal é uma anestesia de curta duração com isofluorano, utilizando-se máscara)
HEMATOLOGIA
· A cobaia apresenta leucócitos particulares, as células de Kurloff, que parecem linfócitos, mas contêm inclusões ovóides
· sua origem é desconhecida ( baço ou timo
· quantidade varia em função da idade e do estado fisiológico do animal: são raros em filhotes, presentes em pequena quantidade nos machos e numerosos em fêmeas prenhes
· como nos outros roedores, os constituintes do sangue dos caviomorfos diferem dos carnívoros pela predominância da população de linfócitos
VALORES HEMATIMÉTRICOS
	
	COBAIA
	CHINCHILA
	DEGU
	Hematócrito (%)
	32 - 50
	25-54
	26 – 54
	Hemoglobina (g/dL)
	10 - 17,2
	11,7 – 13, 5
	7,2-15
	Hemácias (106mm3)
	3,2 - 8
	6,6 – 10,7
	4,2 - 13,9
	Leucócitos(103/mm3)
	5,5 - 17,5
	7,6 - 11,5
	3,2 – 20
	Neutrófilos (%)
	22 - 48
	23 - 45
	22-48
	Linfócitos (%)
	39 - 72
	51 - 73
	25-75
	Monócitos (%)
	1 - 10
	1 - 4
	1-8
	Eosinófilos (%)
	0 - 7
	0 – 3
	0-8
	Basófilos (%)
	0 - 3
	0 – 1
	0-10
	Plaquetas (103/mm3)
	260 - 740
	254 - 298
	250 - 500
BIOQUÍMICA SÉRICA
	
	COBAIA
	CHINCHILA
	DEGU
	Glicose (g/L)
	0,60 - 1,25
	0,60 - 1,20
	0,80 – 1
	Uréia (g/L)
	0,1 - 0,3
	0,10 - 0,25
	0,5
	Creatinina (mg/L)
	6 – 22
	4 - 13
	15
	ALT (UI/L)
	25 – 59
	10 - 35
	56
	AST (UI/L)
	26 – 68
	15 - 45
	12
	ALP (UI/L)
	55 – 108
	3 - 12
	250
	Proteína total (g/L)
	42 – 68
	50 – 60
	68
	Cálcio (mg/L)
	82 – 120
	100 - 150
	-
	Fósforo (mg/L)
	30 - 76
	40 - 80
	-
URINÁLISE
· COLETA DA URINA: fundo da gaiola revestido com plástico limpo
· VALORES:
	
	COBAIA
	CHINCHILA
	DEGU
	pH
	9,0
	8,5
	6
	DENSIDADE
	≥1,045
	≥1,045
	1,015
ALOPECIA
A alopecia não pruriginosa pode ter, essencialmente, duas origens:
• Comportamental:
- Os animais dominados são obrigados a comer os pêlos por seus
congêneres dominantes
- Os filhotes não desmamados tendem a engolir os pêlos de sua 
mãe
- O animal ansioso pode ter um comportamento de automutilação
• Hormonal:
- Alopecia transitória em fêmeas no final da gestação
- Alopecia bilateral simétrica em fêmea idosa, secundária ao hiperestrogenismo induzido 
por cistos ovarianos
Trat.: Indica-se a ovariectomia
Também é possível aplicar duas injeções de HCG (1.000UI, IM), com 
intervalo de 7 dias, ou acetato de clormadinona (10mg/kg de Luteran, VO, a 
cada 6 meses).
SÍNDROME VESTIBULAR = “HEAD TILT”
· Manifestação clínica = “torcicolo”
· Diagnóstico:
- exame radiográfico: bolhas timpânicas geralmente opacificação da bolha do lado do 
desvio da cabeça
- raio x da área pulmonar para investigar sinais de pneumonia simultânea ( geralmente a 
otite corresponde à infecção por Bordetella bronchiseptica ou Streptococcus 
pneumoniae
· Tratamento:
- antibioticoterapia
- AINE ( meloxicam
MENINGOENCEFALOMIELITE
· Etiologia:
Poliovírus que provoca paralisia ascendente e evolui para a morte em 2 semanas
· Quadro clínico:
sintoma inicial pode ser incontinência urinaria ou claudicação de membro posterior
Não há tratamento
· Epidemiologia: 
- cobaia pode ser portadora sã do vírus da coriomeningite linfocitária,
que acomete principalmente o hamster e o camundongo
- cobaia pode ser portadora assintomática do Encephalitozoon cuniculi 
ESTRESSE TÉRMICO
· cobaia e chinchila são muito sensíveis ao calor
· No verão esse distúrbio é observado com muita freqüência durante o transporte do animal no carro
· Quadro clínico:
- colapso cardiovascular caracterizado por prostração, tremores ou
convulsões, taquipnéia, cianose, hipertermia e exsudato 
nasal e oral seroso com estrias de sangue
· Prognóstico: desfavorável
· Tratamento: 
- baixar a temperatura corpórea ( água fria
- fornecer oxigênio 
- dexametasona ( dose de choque (2 a 4mg/kg, SC)
METEORISMO
· Causas: consumo exagerado de verduras ou frutas
· Tratamento: 
- hidratação: NaCl 0,9%, SC (120 ml/kg/dia, SC, aquecido)
- sonda gástrica ( difícil
- analgesia: meloxicam (MAXICAN 0,2%®) 0,2 mg/kg, SC 
- diminuir a quantidade de verdura fresca na alimentação e determinar qual é o alimento 
que originou o meteorismo.
ESTASE DIGESTIVA
· Fatores predisponentes:
- trânsito digestivo longo e demorado
- dieta com baixo teor de fibras e pouco hidratada, como as misturas 
comerciais de grãos e flocos de cereais
- alimentos em excesso
- obstrução secundária ao aumento de um linfonodo mesentérico ou 
de um órgão abdominal
· Quadro clínico: 
- redução no número de defecações
- fezes com aspecto desidratado e menor volume que o normal
- anorexia progressiva 
- prostração devido a espasmos dolorosos
- complicações: com a anorexia, rapidamente se instala lipidose 
hepática
choque e hipotermia
óbito em poucos dias 
· Diagnóstico: 
- exame radiográfico: nota-se acúmulo de material no estômago ou 
no ceco, envolto por um halo de ar, indicando a interrupção 
do trânsito gastrointestinal.
· Tratamento: deve ser rápido devido o risco de morte do animal
- internação 
- aquecimento
- alimentação forçada 
(papinha infantil ou purê de legumes)
- hidratação: 50 a 100mL/kg/dia de solução de 
Ringer lactato morna, SC ou IP
- analgesia:
Flunexin meglumine (BANAMINE®): 2,5 a 5mg/kg, bid
Carprofeno (RIMADYL®): 4mg/kg, SC, bid
Butorfanol (TORBUGESIC®): 1 mg/kg, SC. bid
- Tratar o espasmo gastrointestinal:
Metoclopramida (PLASIL®): 0,2 a 1mg/kg, SC, IM ou VO, bid
Cisaprida (PREPULSID®): 0,1 a 0,5mg/kg, VO, bid.
HIPERSECREÇÃO PERIANAL
· Quadro clínico: glândulas ou sacos perianais de alguns machos adultos 
podem se dilatar e acumular quantidade excessiva de secreção sebácea fétida
mais comum em cobaias
Esse acúmulo de secreção pode ser confundido com retenção de fezes
Geralmente o motivo da consulta não se deve à alteração do estado de saúde do animal, 
mas sim ao odor fétido que ele exala
Não se trata de uma doença, mas sim a expressão de uma 
característica sexual secundária
Complicações: miíases primárias
· Tratamento: 
- esvaziar e limpar regularmente as pregas anais com solução
anti-séptica diluída = clorexidine 0,5%
- ressecção cirúrgica da glândula ou saco adanal.
CLÍNICA CIRÚRGICA DOS ROEDORES
Méd. Vet. Celso Martins Pinto
MÁ OCLUSÃO
· dentes crescem e impedem o fechamento correto da boca, fazendo com que o animal tenha disfunções da mastigação
· tratamento consiste no desgaste das coroas dentárias até o delineamento anatômico do dente
· Após a cirurgia, a internação pode ser necessária porque o paciente não conseguirá se alimentar sozinho durante alguns dias
· músculos mastigatórios, estirados durante um longo período devido ao alongamento dos dentes, ficam doloridos durante cerca de 10 dias após o desgaste dentário, mesmo com a administração de analgésicos
· etiologia dessa afecção é multifatorial:
• Predisposição genética
• Dieta com baixo teor de vitamina C
• Desgasteinsuficiente dos dentes em virtude da dieta composta por muita ração e baixo teor de 
fibras
· sintomas podem ser discretos ( anorexia, secreção salivar anormal ao redor da boca
· Pode parecer luxação do maxilar inferior, pois em conseqüência do alongamento das coroas 
dentárias ocorre deslocamento anterior do maxilar inferior
· Fisiologicamente, a cavidade bucal da cobaia contém restos de alimentos que podem dificultar a 
visualização dos dentes ( após a limpeza com solução fisiológica, inspeciona-se a 
arcada dentária superior, investigando a formação de pontas de dentes cortantes à 
mucosa da bochecha, e a arcada dentária inferior, verificando possível crescimento 
excessivo dos molares no sentido da língua
· tratamento requer o desgaste das coroas dentárias com motor de baixa rotação
· Internação + alimentação forçada
· Analgésico + antinflamatório ( Meloxicam, Butorfanol
· alívio da dor pós-operatória e da condição dolorosa decorrente do alongamento dos músculos 
maxilares
· Suplementação com vitamina C e fibras
 
NEOPLASIAS CUTÂNEAS
· neoplasias cutâneas mais comuns em cobaias:
- adenoma sebáceo 
- tricofoliculoma (tumor de folículo piloso)
tumores isolados de natureza benigna
normalmente de fácil remoção
 
NEOPLASIAS MAMÁRIAS
· podem ser observadas em machos e fêmeas
· podem ser malignas (adenocarcinomas) ou benignas (fibroadenomas)
· Indica-se a remoção cirúrgica ( MASTECTOMIA
OTOHEMATOMAS
· Processo hemorrágico subcutâneo das orelhas em decorrência de traumas ou distúrbios da 
coagulação sanguínea
· afecções de origem desconhecida
· Geralmente animal não demonstra desconforto
· Tratamento:
- antissepsia local
- drenagem através de punção (cateter 21 ou 23)
- adaptação de dreno feito com o cateter,que deverá permanecer por aproximadamente 3 - 4 dias
UROLITÍASE
· cálculos urinários são frequentes na cobaia e chinchila, sobretudo em fêmeas com mais de 3 
anos de idade
· Podem ser:
• Vesicais, retirados por cistotomia
• Uretrais
· Quadro clínico: provocam obstrução do trato urinário, acompanhada de 
dor intensa
· Tratamento: 
- lavagem retrógrada da uretra, de modo que o cálculo retorne à bexiga
- uretrostomia
- antibioticoterapia
· Prognóstico: reservado, pois as urolitíases geralmente são recidivantes 
e, às vezes, são necessárias várias cirurgias
Não há relato de medida preventiva efetiva para essa afecção
DOENÇAS INFECCIOSAS DOS ROEDORES
Méd. Vet. Celso Martins Pinto
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
· cobaias são muito sensíveis às infecções respiratórias causadas por Bordetella bronchiseptica e Streptococcus pneumoniae
· Coelho é portador são da Bordetella bronchiseptica
· O prognóstico sempre é reservado
· tratamento é demorado e nem sempre é efetivo
· Sintomas ( anorexia, dispnéia, secreção nasal e ocular
· broncopneumonia purulenta ( pode causar colonização da bolha
timpânica, responsável pelo deslocamento lateral da cabeça
· pode ocorrer abortamento e metrite
· antibióticos utilizados são:
oxitetraciclina (50mg/kg, VO, bid,-15d), 
tetraciclina (10 a 20mg/kg, VO, bid-15d) 
(podem induzir enterotoxemia em cobaias),
fluoroquinolonas (por exemplo, 2 a 5mg/kg/dia de marbofloxacina)
sulfonamida-trimetoprim (30mg/kg, VO, bid-15d)
tilosina (10mg/kg, SC ou VO, bid, 15d)
· inalação, como pode ser útil
· cobaias acometidas podem apresentar anorexia e, portanto, devem ser submetidas à alimentação forçada e hidratação, até que se recuperem
LINFADENITE CERVICAL
· presença de um linfonodo retromandibular que contém secreção purulenta espessa ( mais em cobaias
· Na maioria das vezes a infecção é causada por Streptococcus zooepidemicus, bactéria normalmente presente na cavidade nasal e conjuntiva 
· penetração do microorganismo é favorecida por lesões
· da mucosa provocadas por má oclusão dentária, alimentação muito abrasiva ou mordida
· estresse é um fator desencadeante
· infecção se estabiliza no estágio de abscesso, embora seja possível a instalação de septicemia
· Tratamento: remoção cirúrgica do linfonodo associada à antibioticoterapia sistêmica durante 8 a 10 dias
INFLAMAÇÃO LABIAL
· presença de eritema e de crostas na comissura labial ( mais em cobaias
· Na maioria das vezes o estado geral não se altera e o animal se alimenta normalmente
· Staphylococcus aureus (bactéria mais frequente nestas lesões, mas sua etiologia em geral é multifatorial
· pode-se isolar poxvírus
· fatores predisponentes: deficiência de vitamina C, microtraumatismos da mucosa labial ocasionados por alimentação muito abrasiva, bebedouro defeituoso ou má oclusão dentária
· Tratamento:
- lesões devem ser limpas duas vezes ao dia com solução anti-séptica 
(PERIOGARD®, por
exemplo)
- necessário realizar exame bacteriológico e antibioticoterapia parenteral apropriada
- má oclusão dentária, se presente, é tratada
- fornecer vitamina C
- proprietário deve ser informado de que o tratamento é demorado
PODODERMATITE
· afecção muito frequente e de difícil tratamento em cobaias
· etiologia é complexa
· cobaia excreta naturalmente grande volume de urina e, como nem sempre tem o reflexo de urinar 
fora de sua área de repouso, pode 
permanecer na cama úmida e suja durante boa parte 
do dia
· são considerados fatores predisponentes as carências de vitaminas C e A, obesidade e cama 
inadequada
· Frequentemente isola-se Staphylococcus aureus, mas geralmente como agente secundário
· Área plantar da pata torna-se avermelhada e edemaciada, geralmente 
sensível à manipulação
· animal recusa a se movimentar
· Secundariamente, surge uma úlcera plantar, que pode evoluir em profundidade até provocar 
osteomielite
· Tratamento:
- forma inflamatória e não ulcerada pode ser tratada com pomada que 
associe antibióticos e 
corticóides (QUADRIDERM®, BANDVET®)
- antibioticoterapia parenteral: tilosina – 10 mg/kg, bid,VO, 15 dias) 
- suplementar a dieta com vitaminas e rever as condições ambientais
 
- forma ulcerada requer curetagem e colocação de pensos protetores, até a cicatrização
· prognóstico é reservado, em especial quando há ulceração
DERMATOFITOSE
· Trichophyton mentagrophytes é o fungo mais comum; Microsporum canis também pode ser 
isolado
· Estima-se que 15% das cobaias são portadoras sãs 
· dermatofitose é uma infecção frequente em porquinhos-daíndia jovens mantidos em condições ambientais inadequadas ( comumente observada nas visitas em lojas de venda de animais
· lesões iniciam na cabeça e nas orelhas, na forma de pequenas áreas de alopecia, com escamas e crostas
· hipersensibilidade e infecções bacterianas secundárias são freqüentes; nesses
· casos, as lesões tornam-se pruriginosas
· diagnóstico se baseia nos mesmos exames utilizados na identificação
· da doença em carnívoros domésticos
· tratamento:
- griseofulvina: 25mg/kg/dia, VO, durante 3 semanas, mas o uso 
diário do medicamento 
por um pode ser tóxico aos filhotes e ter efeito teratogênico em fêmeas prenhes
- lufenuron (PROGRAM®): 80 a 100 µg/kg, por 3 dias, em seguida, com intervalos de 15 
dias
- enilconazol (solução a 0,2%, local, em intervalos de 4 dias)
CONJUNTIVITE INFECCIOSA
· infecções por Bordetella bronchiseptica, Streptococcus pneumoniae e Chlamydopbila caviae
· Mais comum em cobaias jovens, com 2 a 8 semanas de idade
· animais adultos quase nunca desenvolvem o quadro
· período de incubação é de 2 a 4 dias
· Aves podem ser reservatórios dos microorganismos
· Os agentes podem ser enzoótico em uma criação de cobaias
· Transmissão entre animais ocorre por meio de inalação e pelo contato sexual
· Clamidiose se cura de forma espontânea em 3 a 4 semanas
· Vírus da coriomeningite linfocitária pode causar conjuntivite em cobaias
· conjuntivite crônica da cobaia tende a evoluir para ceratite ulcerativa
· Diagnóstico:
- amostra de secreção conjuntival permite isolar o microorganismo
· Tratamento:
- antibioticoterapia parenteral
- pomada oftálmica com antibiótico (TOBREX®): tid ou qid-20 dias
- colíriocom antinflamatório (MAXITROL®): tid ou qid-7 a 10 dias. 
YERSINIOSE ou PSEUDOTUBERCULOSE
· Agente: Yersinia pseudotuberculosis 
bactéria anaeróbica Gram-negativa, da família das Enterobacteriaceae
zoonose que pode provocar distúrbios digestivos em pessoas
· Transmissão: por meio de roedores selvagens ou pelo consumo de 
vegetais frescos contaminados com fezes de aves selvagens
· Quadro clínico: pode desencadear septicemia fatal em animais jovens, 
mas em geral é subclínica nos adultos
sintomas são inespecíficos: emagrecimento progressivo, diarréia 
crônica
hipertrofia de linfonodos mesentéricos à palpação abdominal
linfadenite retromandibular
supuração desses linfonodos
· Diagnóstico: se baseia na cultura e no isolamento do microorganismo na amostra de secreção dos abscessos. 
· Tratamento: geralmente não é feito
Em razão da possível contaminação humana, recomenda-se a 
eutanásia dos animais acometidos.
ENTEROTOXEMIA
· Causa: desequilíbrio da flora microbiota digestiva normal
ocorre após a administração de antibióticos inapropriados à espécie
ou o consumo de vegetais estragados ou oferecidos muito frios, ao 
serem retirados da geladeira
equilíbrio da população bacteriana é desviado em favor do 
desenvolvimento de coliformes e de clostrídios toxigênicos
· Causa: desequilíbrio da flora microbiota digestiva normal
ocorre após a administração de antibióticos inapropriados à espécie
ou o consumo de vegetais estragados ou oferecidos muito frios, ao 
serem retirados da geladeira
equilíbrio da população bacteriana é desviado em favor do 
desenvolvimento de coliformes e de clostrídios toxigênicos
SALMONELOSE
· Agentes: Salmonella typhimurium e S. enteritidis
· Fatores predisponentes:
- criações comerciais
- animais em estado de menor resistência ( animais idosos, 
fêmeas prenhes, filhotes à desmama)
· Quadro clínico: emagrecimento, lesões oculares
diarréia é um sintoma frequente, mas não constante
· Diagnóstico: cultura bacteriológica de uma amostra fecal, permitindo a 
prescrição de um antibiótico adequado
Alguns animais clinicamente curados tornam-se portadores 
convalescentes.
DOENÇAS PARASITÁRIAS DOS ROEDORES
Méd. Vet. Celso Martins Pinto
CRYPTOSPORIDIOSE
· Agentes: Cryptosporidium wrairi causa enterite que pode ser fatal em 
cobaias
não tem um hospedeiro específico, sendo encontrado em vários 
mamíferos (bovinos, ovinos, caprinos), inclusive em
seres humanos
· Quadro clínico: se desenvolve apenas quando há imunossupressão
condição estressante (transporte, desmama)
· Tratamento: não há
As cobaias imunocompetentes se curam em 4 semanas e tornam-se 
resistentes à nova infecção.
COCCIDIOSES
· Agentes: Eimeria caviae
oocistos:
- encontrados nas fezes dos animais
- variam de formato (esférico, oval ou elipsóide) e tamanho (15 a 50 (m)
- possuem camada de revestimento refrátil e algumas espécies possuem o micrópilo (poro de uma das 
extremidades coberto por um tampão)
- tempo de esporulação no ambiente variável com a espécie
· Diagnóstico: exame coproparasitológico por técnicas de flutuação (Willis)
· Tratamento: sulfonamidas - 2 trat.de 3 dias, com intervalo de 2 dias 
drogas de eleição por permitir o desenvolvimento do esquizonte de 
primeira geração ( instalação da imunidade
sulfaquinoxalina (associada com diaveridina)
sulfamezatina
nitrofurazona + furazolidona
amprólio + etopabato
 
GIARDIOSE
· Giardia sp. é frequentemente encontrada em pequena quantidade no trato gastrointestinal da maioria das chinchilas
· Fatores predisponentes: 
- Estresse 
- manejo ambiental inadequado
· Quadro clínico: diarréia
· Diagnóstico: 
- Exame coproparasitológico: técnicas de flutuação 
· Tratamento:
- Fembendazol (PANACUR®): 25 a 30mg/kg, VO, sid- 3 a 5 dias
metronidazol não deve ser usado para as chinchilas devido 
ao efeito hepatotóxico.
SARNAS
· Trixacarus caviae ( principal causador de sarna em cobaias (específico dessa espécie)
cava galerias na epiderme e provoca prurido intenso
· Chirodiscoides caviae ( ácaro parasita que habita a base dos pêlos, cuja
infestação pode provocar prurido mas, em geral, é assintomática
· Trixacarus caviae pode estar presente no animal durante muito tempo,
sem ocasionar sintoma algum; condições de estresse podem propiciar sua multiplicação
locais preferidos pelo parasita são pescoço e escapulas, também no abdome e na parte 
interna das coxas
escoriações e crostas secundárias às lesões provocadas por mordidas e unhadas em 
decorrência do prurido, que pode ser tão intenso a ponto de a cobaia apresentar 
convulsões
Na ausência de tratamento, pode evoluir para o óbito em algumas semanas
· Diagnóstico:
raspado de pele ( os ácaros mas nem sempre são encontrados 
com facilidade, pois 
costumam ser pouco numerosos e se localizam profundamente na derme
· Tratamento:
deve se prolongar durante todo o ciclo do parasita = 14 dias 
Ivermectina = dose de 500μg/kg, SC, em três aplicações com intervalo de uma semana
Selamectina (REVOLUTION®) = forma top-spot, na dose de 6 a 15mg/kg, com uma 
segunda aplicação 15 dias depois
 
 
PEDICULOSES
· Gliricola porcelli e Gyropus ovalis ( piolhos malófagos em cobaias, geralmente é assintomática
Quando em grande quantidade, podem provocar queda de pêlos e prurido
Transmissão desses parasitas se faz por contato direto
· Diagnóstico:
Identificação dos piolhos a olho nu
Exame microscópico ( possível notar ovos dos parasitas aderidos aos pêlos
· Tratamento:
Ivermectina dose de 500μg/kg, SC, em três aplicações com 
Carbaril pó ( duas vezes por semana, durante 3 semanas
PULICIOSES
· cobaia pode se infestar com pulgas de cães e gatos
· Tratamento: 
- selamectina (REVOLUTION®): apresentação top-spot, na dose de 6mg/kg
Todos os animais que vivem no mesmo ambiente devem ser tratados, mesmo se não parecerem 
parasitados.
DOENÇAS METABÓLICAS DOS ROEDORES
Méd. Vet. Celso Martins Pinto
ANOREXIA
· sintoma inespecífico que pode ser ocasionado por qualquer enfermidade
· Quando persiste por mais de 2 ou 3 dias ( instala-se o quadro de lipidose hepática ( risco a vida do animal, especialmente o obeso
· cobaias parecem reagir mal ao quadro e têm uma maneira estranha de não lutar, de recusar os alimentos e de se depauperar
· indispensável a alimentação forçada de uma cobaia com anorexia ( papinhas infantis ou purê de legumes fornecidos com seringa, ainda que o diagnóstico não tenha sido definido
HIPOVITAMINOSE C
· cobaias não sintetizam a enzima que permite a transformação de glicose em ácido ascórbico
· Falta de ácido ascórbico (déficit da síntese de colágeno pelo organismo 
· colágeno é indispensável para a formação e manutenção da integridade da parede dos vasos sanguíneos
· participa na formação dos ligamentos e junções conjuntivas das articulações e dos ligamentos que mantêm os dentes presos à gengiva
· carência de ácido ascórbico na dieta ocasiona desorganização progressiva da deposição e estrutura do tecido conjuntivo ( sangramentos, dermatopatias, disfunções articulares
· Animais jovens ( não consegue se locomover devido às articulações dos membros pélvicos encontrarem-se edemaciadas e doloridas, dentes podem amolecer e a abertura da boca pode ser dolorosa
· anamnese indica aporte insuficiente de vitamina C na alimentação (o fornecimento de uma ração com níveis baixos de vitamina C durante 15 dias é suficiente para que o animal manifeste os primeiros sintomas de carência)
· Nos porquinhos-da-índia adultos os sintomas são mais inespecíficos
· letargia, anorexia e secreção ocular e nasal
· fezes podem estar amolecidas e fétidas em razão da deficiência de ácidos biliares
· má oclusão dentária
· Pododermatite
· Tratamento:
administração diária de 50 a 100mg/kg de vitamina C (VO ou SC) - 7 dias 
Normalmente, a melhora ocorre rapidamente 
É preciso reavaliar a dieta e a suplementação de vitaminas
vitamina C absorvida permanece no organismodurante 4 dias
HIPOVITAMINOSE E
· carência é rara, pois os alimentos preparados são, em geral, corretamente suplementados com (-tocoferol (vitamina E)
· Concentração desejável = 50mg/kg de alimento
· cobaia é muito sensível a essa carência, que se manifesta com dores musculares e distúrbios reprodutivos ( infertilidade, abortamento)
· tratamento consiste na administração diária de vitamina E: 5 a 10mg/kg
REPRODUÇÃO E OBSTETRÍCIA DOS ROEDORES
Méd. Vet. Celso Martins Pinto
DISTOCIA
· Relaxina ( promove a abertura da cartilagem da sínfise pubiana durante a gestação na cobaia
Antes do parto, o espaçamento entre os dois ossos atinge até 3cm, facilitando a passagem dos fetos
Quando o primeiro parto da fêmea não ocorre antes de 6 a 7 meses de idade, a sínfise tende a se ossificar e a ser menos sensível à ação da relaxina ( espaçamento insuficiente dos ossos pubianos acarreta risco de parto distócico
· Diagnóstico:
- período de gestação da cobaia excede 72 dias- examina-se a abertura da sínfise pubiana: com dedo embaixo da pelve da fêmea ( caso o espaço seja superior a 2,5cm, pode-se suspeitar de atonia uterina
Tratamento:
- ocitocina (0,2 a 3UI/kg)
- gluconato de cálcio (100mg/kg, IM)
- sendo o espaço inferior a 2,5cm, trata-se de ossificação da sínfise
TOXEMIA DA PRENHEZ
· Ocorre no último terço da gestação
· Fatores predisponentes: 
- Obesidade
- Jejum
- estresse
- diminuição do aporte de alimentos ao final da gestação 
( provocam intensa mobilização de lipídios e, em conseqüência, cetose
Causa não-metabólica primária ( em cobaias, relacionada a distúrbio 
circulatório: o peso e o volume 
exagerado dos fetos provocam deslocamento excessivo das vísceras abdominais ( compressão 
da artéria aorta e prejuízo ao fluxo sanguíneo ao útero ( isquemia uteroplacentária, com liberação
de tromboplastina e desenvolvimento de coagulação intravascular disseminada,
· Sintomas:
são inespecíficos: apatia e anorexia
hipoglicemia, proteinúria e acidificação da urina (em cobaias, o pH 
urinário normal é 8), que tem aspecto 
claro
· Tratamento:
- quase sempre é ineficaz
- internação
- aquecimento do animal (que frequentemente se encontra em estado de choque)
- hidratação
- dexametasona (1 a 2mg/kg)
- alimentação forçada por meio de seringa
- protetor hepático
- reduzir a hipoglicemia: solução glicosada, VO
· Prognóstico: reservado.
ABORTAMENTOS
· Causas:
- estresse: causa freqüente
Condições ambientais inadequadas ( fêmea mantida em ambiente muito quente
- desnutrição: dieta carente em vitaminas C ou E
- doenças transmissíveis: sarna crônica, Bordetella spp., Streptococcus spp. e Salmonella spp.
- comportamentais: fêmea prenhe em companhia de outra fêmea 
com filhotes tende a se ocupar desses filhotes ( estímulo desse comportamento pode provocar contrações uterinas muito precoces na fêmea gestante
CISTOS OVARIANOS
· Diagnóstico:
- palpação abdominal: nota-se uma ou duas tumefações móveis de alguns centímetros na cavidade abdominal
- exame por ultrassom
· Tratamento:
- acompanhamento clínico e por imagem: quando esses cistos são bem tolerados, como acontece com mais frequência ( associados à endometrite ou à hiperplasia do endométrio 
- alopecia associada indica 
hiperestrogenismo ( ovariectomia
- HCG: 1.000 UI, IM, repetindo-se 7 a 10 dias após.
MASTITES
· Fatores predisponentes:
- Cama abrasiva ou suja
- lesões ocasionadas pelos filhotes
- desmame muito precoce
· Agentes causadores:
Pasteurella spp., E. coli, Klebsiella spp., Staphylococcus spp., 
Streptococcus spp. e Pseudomonas spp.
· Quadro clínico:
glândula acometida tornar-se hiperêmica, quente e edemaciada às vezes, cianótica e fria
· Tratamento:
- imediato, pois a infecção pode se generalizar e causar a morte da mãe e dos filhotes
- antibioticoterapia: sulfonamidas e fluoroquinolonas
- compressas embebidas em soro fisiológico morno
- antinflamatórios: meloxican (MAXICAN 0,2%®) ( 0,2 mg/kg/dia, VO
- mastectomia: especialmente quando há necrose do tecido mamário
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