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Jéssica Bomfim de Almeida Farmacêutica Universidade Federal da Bahia Campus Anísio Teixeira Instituto Multidisciplinar em Saúde A água do organismo representa 50 a 60% do peso corporal. pode ser dividida em compartimentos: a) Intracelular (LIC)- 40% do peso corpóreo, b) Extracelular (LEC)- 20% do peso corpóreo (Intersticial 5% e Intravascular 15%). EQUILÍBRIO HIDRICO DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO HÍDRICO Desidratação •Diminuição na quantidade total de água corpórea •Os testes de laboratório mostram Hb e Ht, uréia, creatinina, proteínas e densidade específica da urina elevados, e sódio urinário baixo •Causas: Perdas GI (diarréia, vômitos, aspiração gástrica); perdas geniturinárias (poliúria de qualquer etiologia) com diuréticos, etc.); perdas pela pele (sudorese abundante, queimaduras, etc.); ingestão insuficiente Edema • Indicativa de doença de base, cuja natureza deve ser elucidada. •Causas: cardíacas, hepáticas ou renal são as mais comuns. •Os diuréticos empregados sem critério podem induzir distúrbios eletrolíticos, coma hepático, azotemia e arritmias. Intoxicação hídrica •Causada pela excessiva ingestão de água na presença de baixa diurese. •A fonte de água pode ser a ingestão oral, mas, mais freqüentemente, é uma má orientação e excessiva terapêutica parenteral com glicose e água. •Os achados laboratoriais incluirão rápida queda na concentração do Na+ sérico e na osmolalidade plasmática, além de outros testes laboratoriais. K+, Ca2+ e o Mg2+ representam os principais cátions no LIC e os fosfatos e as proteínas, os principais ânions. Na+ é o principal cátion do líquido extracelular (LEC), enquanto o Cl- e o HCO3- representam os principais ânions. Equilíbrio eletrolítico corpóreo - número total de cátions deve ser igual ao número de ânions, ambos expressos em mEq. EQUILÍBRIO ELETROLITICO ELETRÓLITOS Os principais eletrólitos (Na+, K+, Cl- e HCO3- ) ocorrem primariamente como íons livres, enquanto quantidades significativas (>40%) de Ca, Mg estão ligados a proteínas como a albumina. SÓDIO VR- 136 A 145 MEQ/L Corresponde a 90% dos cátions inorgânicos extracelulares Os íons de sódio participam da manutenção do EH, da transmissão dos impulsos nervosos e da contração muscular. O EHE é regido por um princípio fisiológico importante: a água vai para onde Na+ for. Mecanismo renal Sistema renina-angiotensina aldosterona Peptideo natriuretico atrial Dopamina Regulação do sódio plasmático EXCREÇÃO DE NA+ REABSORÇÃO DE NA+ EXCREÇÃO DE NA+ HIPONATREMIA Causas Tratamento: -Tratar a doença de base, - hiponatremia por depleção salina, repor o sódio - hiponatremia por excesso de água repor sódio só em caso com menos de 110 mEq/l, manitol (observar cuidadosamente sinais de ICC). Perda corpórea do sódio •Diurese osmótica (presença, de solutos osmoticamente ativos, como manitol e glicose) •Hiperglicemia ( Glicose desloca água do LIC para o LEC) •Diuréticos tiazídicos (bloqueiam a reabsorção de Na+) •Insuficiência adrenal (ausência de aldosterona e cortisol evita a reabsorção de Na+) •Perda TGI e pele Diluição por excesso de água •ICC, cirrose, síndrome nefrótica, DPOC (expansão da água corporal total maior do que o sódio corporal total - edema) •SIADH (Aumento na produção de ADH) *** A hiponatremia quase sempre é dilucional e não pela perda de sódio. Sódio < 135 mEq/l. HIPONATREMIA Neuromuscular: fraqueza, lassidão, câimbras, dores musculares e hiporreflexia; Cardiocirculatório: hipotensão e taquicardia Renal: oligúria, estados edematosos e até insuficiência renal aguda Sistema nervoso central: cefaléia, anorexia, letargia, desorientação, convulsões e coma. Sódio < 135 mEq/l. HIPERNATREMIA Causas Perda excessiva de água ou não reposição de perda de água • Febre e hiperventilação (perde H2O); •Diabetes insipidus (Deficiência de ADH hormônio antidiurético ); •Uso de diuréticos osmótico; •Vômitos, diarréia, queimaduras, sudorese excessiva Ganho excessivo de sal: • hidratação VO c/excesso de sal (crianças); • administração excessiva de soluções salinas hipertônicas (cloreto de sódio ou bicarbonato de sódio). Tratamento: - Reposição hídrica (corrigir volemia) - Tratar doença de base; - Infusão de solução eletrolítica hipertônica (cloreto de sódio a 0,3%); -Solução não salina isotônica (SG5%); -Diuréticos. HIPERNATREMIA Dosagem de Na maior que 145 mEq/L. Língua seca e edemaciada, mucosas pegajosas, pele ruborizada, edema. Mal-estar, confusão, letargia, convulsão e coma; Tremor, hiperreflexia,alucinações; Sede e oligúria; Fraqueza muscular e cãibras. POTÁSSIO VR: 3,5 A 5 MEQ/L Principal cátion inorgânico intracelular. Maior parte é excretada pelos rins, e em menor parte pelo TGI e suor. Regula a função cardíaca e neuromuscular. Liberado do LEC em trauma, acidose, catabolismo Mecanismo renal Aldosterona Regulação do potássio plasmático excreção urinária do K e H++ HIPOCALEMIA Causas: Aumento da excreção • Perda GI, (vômitos, diarreia) diuréticos tiazidicos e de alça •Poliuria, hiperaldosteronismo, anorexia Influxo celular de potássio •Alcalose metabólica (Troca K+ e H+), Insulina (aumenta a captação de potássio pelas células), adrenalina (estresse), alfa 2 adrenergicos Tratamento: • Tratar a causa • Diureticos poupadores de K+ (amilorida, espironalactona) • Reposição de KCl via oral ou venosa Potássio < 3,5 mEq/l. HIPOCALEMIA Potássio < 3,5 mEq/l. Neuromusculares (fraqueza muscular, parestesias); Respiratória (depressão respiratória) Gastrintestinais (náuseas, constipação); SNC (irritabilidade, letargia, coma); Cardíacos (arritmias e parada cardíaca) HIPERCALEMIA Causas Diminuição da excreção de K+ • Insuficiência Renal • Infusão aumentada (intravenoso) • Hipoaldosteronismo (insuficiência adrenal) • Drogas (Diureticos poupadores de potássio, inibidores de renina, inbidores da ECA, antagonistas de angiotensina II, inibidores seletivos de aldosterona) Efluxo de K+ (fora da célula) •Acidose metabólica, Deficiência de insulina •Beta bloqueadores, agonistas alfa adrenergicos •Lise celular (hemólise, rabdomiolise, lise tumoral) •Hiperosmolaridade (Saída de H2O e K+ da celula) Tratamento: - Restrição de potássio na dieta -Gluconato ou cloreto de cálcio IV (monitorar PA); - Bicarbonato de sódio IV (alcalinizar o plasma); -Insulina regular e solução de glicose hipertônica IV; - Diuréticos tiazidicos e de alça; -Diálise peritoneal, hemodiálise. Potássio > 5,5 mEq/l. HIPERCALEMIA Potássio > 5,5 mEq/l. Arritmias ventriculares à parada cardiaca; Fraqueza na musculatura esquelética, paralisia (bloqueio de despolarização no músculo), Paralisia da musculatura respiratória e da fala; Condução ventricular lentificada; Manifestações GI: náuseas, cólica intestinal e diarréia. REGULAÇÃO DO K+ CORPÓREO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO Célula H+ K+K + H+ acidose Plasma alcalose Fraqueza, demencia, confusão mental, FCR, e PCR, Espasmos, tetania, convulsões, PCR MAGNÉSIO VR:1,5 – 2.5 MEQ/L Segundo cátion mais abundante no LIC. Ele é indispensável para as atividades enzimáticas e neuroquímicas, assim como para a excitabilidade dos músculos. A regulagem dos níveis de magnésio é indireta, estando a cargo da eliminação renal, além de depender do hormônio das paratireoides. A estimulação de receptores β-adrenérgicos favorece o efluxo de Mg, enquanto a insulina, o calcitriol e a vitamina B6 favorecem a sua entrada nas células. O corpo humano contém normalmente 21 a 28 g de magnésio. Aproximadamente 53% do total de reservas de magnésio encontram-se no compartimento ósseo, 27% no músculo, 19% nos tecidos moles, 0,5% nos eritrócitos e 0,3% no soro. HIPERMAGNESEMIA •Diminuição da excreção • Insuficiência renal aguda e crônica • Endocrinopatias •Acromegalia, hipercalcemia hipocalciúricafamiliar, insuficiência adrenal •Aumento da ingestão • Tratamento com compostos contendo magnésio, Uso farmacológico de magnésio, purgantes à base de magnésio, recém-nascidos de mães tratadas com magnésio por eclâmpsia. Causas: Sinais e sintomas: Abolição de reflexos tendíneos profundos, paralisia respiratória, hipotensão, anormalidades da condução cardíaca, perda de consciência. Tratamento: tratamento é dirigido no sentido de melhorar a insuficiência renal. O cálcio age como antagonista do magnésio e pode ser empregado por via parenteral para benefício temporário. Pode estar indicado na diálise peritoneal ou extracorpórea. * Dosagem do magnésio total é mais sujeito a variações na concentração das proteínas plasmáticas do que o magnésio ionizado. HIPERMAGNESEMIA • Diminuição da ingestão • Desnutrição, jejum prolongado, nutrição parenteral sem aporte de magnésio. • Drogas • Aminoglicosídeos, anfotericina B, cisplatina, ciclosporina, pentamidina, tiazídicos. • Doenças gastrintestinais • Síndromes de malabsorção intestinal, ressecção mássica de intestino delgado, fístula intestinal e biliar, uso excessivo de purgativos. • Perda urinária excessiva • Tiazídicos, estados de poliúria, estados hipercalcêmicos, aldosteronismo primário, acidose metabólica, diabetes, hipertireoidismo, depleção de fósforo. • Outras • Pancreatite aguda, alcoolismo crônico, síndrome de Bartter, idiopática Causas HIPOMAGNESEMIA 1,4 MEQ/L (0,7 MMOL/L OU 1,7 MG/DL). HIPOMAGNESEMIA Sinais e sintomas: Fraqueza muscular, hiper-reflexia, tremor, tetania, prolongamento de intervalo QT, depressão de segmento ST. Tratamento: infusão parenteral de soluções eletrolíticas, contendo magnésio. O sulfato de magnésio pode também ser dado por via IM. CLORO É o principal ânion extracelular. O cloro é o principal ânion filtrado pelos glomérulos e reabsorvido nos túbulos renais. Entre as causas das alterações do cloro estão aquelas relacionadas ao sódio, pois estes têm estreita relação entre si e alterações no equilíbrio ácido-básico. A concentração de Cl no eritrócito é comparativamente alta (60 mEq/L), permitindo que ele se desvie do espaço intracelular para o extracelular em resposta ao movimento de íon bicarbonato para o espaço intracelular do eritrócito (desvio do cloreto). HIPERCLOREMIA •Desidratação - com aumento proporcional de sódio •Acidose metabólica hiperclorêmica resulta da ingestão excessiva ou da excreção reduzida de cloreto. •Hipercloremia artefactual está mais comumente associada a déficit de água livre (diabetes insípida, hipernatremia essencial) ou perdas hipotônicas (diurese osmótica). •Diarreia, terapia com o sal cloreto, administração de líquidos ricos em cloreto, intoxicação por sal, insuficiência renal, acidose tubular renal, hipoadrenocorticismo, diabetes mellitus e alcalose respiratória crônica. Causas Sinais clínicos: irritação gastrintestinal, anorexia, perda de peso, letargia e hiperventilação. Tratamento: eliminação da fonte de cloreto e na administração de bicarbonato de sódio. HIPOCLOREMIA •Hiperhidratação - com diminuição proporcional de sódio. •Vômitos gástricos, perdas induzidas pelo exercício, administração de diuréticos de alça, tiazídicos ou bicarbonato de sódio, acidose respiratória crônica e hiperadrenocorticismo. • Quando não há diminuição proporcional na concentração de sódio, a hipocloremia está associada a uma alcalose metabólica ou a compensação de uma acidose respiratória. • Hipocloremia artefatual estando associada à insuficiência cardíaca congestiva, hipoadrenocorticismo e perdas de sódio e cloro Causas Sinais clínicos: distúrbios ácido-básicos intercorrentes. Tratamento: administração intravenosa de líquidos ricos em cloreto, como o cloreto de sódio a 0,9% suplementados com cloreto de potássio, se indicado. CÁLCIO • A manutenção da homeostase do cálcio é de fundamental importância. • Participa na cascata da coagulação, reações enzimáticas e na transmissão neuromuscular. Osso: •Contém 99% do cálcio corporal (20 a 25 g/kg) •O cálcio está sob a forma de cristais associados ao colágeno Intracelular: •Condução neuromuscular, manutenção do tonus normal e na condução e relaxamento do músculo esquelético e cardíaco; Extracelular: •Distribuição sanguínea: 50% está na forma difusível (cálcio ionizável e na forma de complexos) e o restante, não-difusível, ligado às proteínas plasmáticas. Presente em 3 compartimentos: CÁLCIO Cálcio não ionizado ou total, esta fração não-difusível (40-45% do total) consiste, em grande parte, em Ca2 + ligado às proteínas plasmáticas. Cálcio ionizado livre (45-50% do total), é a forma fisiologicamente ativa. É mantido em níveis constantes por um complexo sistema de controle envolvendo o PTH. Cálcio complexado (5-10% do total) com uma variedade de ânions como o citrato, fosfato, lactato, bicarbonato e outros íons. A fração ionizável de cálcio varia com o pH sanguíneo, sendo que a alcalose diminui a concentração de cálcio ionizável (aumenta a ligação do cálcio ionizável à albumina), ao contrário da acidose. Metabolismo do cálcio A manutenção da homeostase do cálcio é rigorosa e envolve a participação de três órgãos maiores – o intestino delgado, os rins e o esqueleto Esses níveis são controlados por uma resposta integrada de hormônios reguladores: o paratormônio, a vitamina D e a calcitonina. METABOLISMO DO CÁLCIO O osso contém quase todo o cálcio (99%) do organismo, a maior parte do íon fosfato (85%), e uma concentração elevada de magnésio (55%). As concentrações destes íons no plasma dependem do efeito líquido da deposição e reabsorção minerais ósseas, da absorção intestinal e da excreção renal. O PTH e a 1,25-diidrovitamina D são os principais hormônios que regulam estes três processos. METABOLISMO DO CÁLCIO Vitamina D: É formada a partir da dieta e da clivagem fotolítica na pele do 7- desidrocolesterol em colecalciferol. A vitamina D2, proveniente de fonte dietética, juntamente com a vitamina D3, são as formas ativas no sangue. No fígado a vitamina D sofre a ação da 25-hidroxivitamina D3 (calcidiol), que nos rins, pela ação da 1-hidroxilase, transforma-se em calcitriol (1,25 – dihidroxivitamina D). Calcitriol Aumenta absorção de cálcio no intestino; Age no néfron distal aumentando a reabsorção de cálcio e nos ossos aumenta a mobilização de cálcio. METABOLISMO DO CÁLCIO Endógena: produzida na pele por ação dos raios ultravioleta Exógena: Absorvida no intestino nos quilomicrons Metabolismo do cálcio Calcitonina Em situações de hipercalcemia, dar-se-á uma inibição da produção de PTH e um estímulo à liberação de calcitonina pela tireóide, fazendo com que aconteça uma diminuição na produção de calcitriol, e consequentemente estimula a deposição de cálcio nos ossos (osteoblastos), reduz a absorção de cálcio no intestino e a reabsorção de Ca pelos rins. PTH (Paratormônio) Em situações de hipocalcemia tem sua síntese aumentada e agirá sobre os ossos aumentando a atividade das células reabsortivas (osteoclastos). Nos rins, no túbulo distal aumenta a reabsorção de cálcio e estimula a atividade da enzima 1- hidroxilase, com consequente maior síntese de calcitriol. A normocalcemia e o aumento do calcitriol agem como inibidores da secreção de PTH. HIPOCALCEMIA • Cálcio total <8,4 mEq/l. *Porém isto não define uma diminuição da concentração da fração ionizável (4,75 a 5,2 mg/dl), já que existe uma ligação do cálcio à albumina. Para cada queda de albumina em 1,0 g/dl abaixo de 4,0 g/dl, adicionamos 0,8 mg/dl à concentração total de cálcio plasmático. CAUSAS SINAIS E SINTOMAS TRATAMENTO -Hipoalbuminemia (↓ Ca total) -Hipoparatireodismo primário e cirúrgico (PTH ↓ e ↑P ); -Tireoidectomia; - Hipomagnesemia (PTH ↓) - Hiperfosfatemia (Calcitriol ↓) - Pancreatite(↑ secreção de calcitonina); -Causas renais: IRC, SN, (hipoalbuminemia, hiperfosfatemia e ↓Calcitriol) -Carência de vit D, -Etilismo, Diuréticos, corticosteroides, (↓ absorção de vit D) - Neuromuscular: Tetania, Convulsões, e distúrbios emocionais, como irritabilidade, labilidade emocional, alucinações e depressão. - Cardiovascular. Hipotensão arterial e arritmias (ECG prolongamento do intervalo QT e alterações de onda T) - Lesões Dermatológicas. Anormalidades da pele, unhas, dentes e oculares - Gastroenterológicas. Constipação e dor abdominal -Administração IV de sal de cálcio: gluconato de Ca, cloreto de cálcio ou citrato de Ca; -Ca: diluído em SG5% IV lento -Terapia com vit D; -Aumento da ingestão de Ca na dieta: leite, vegetais verdes, salmão, sardinha. HIPERCALCEMIA •Cálcio total >10,1 mEq/l. • Ca ionizado 4,75 a 5,2 mg/dl CAUSAS SINAIS E SINTOMAS TRATAMENTO -Hiperparatireoidismo(↑ PTH); - Tumores malignos - liberação da proteína PTH-relacionada (PTHrP), tumor direto causa erosão óssea ou libera citocinas que promovem reabsorção. - Imobilização (Ca perdido, elevado no sangue); - Diuréticos (potencializam a ação do PTH); - Intoxicação por vit D; - IRA. - Nervoso: letargia em casos mais graves, confusão mental, coma. - Cardiovascular: hipertensão arterial. ECG: são encurtamento do espaço PR e do QT. - Gastrintestinal. Constipação, náusea, vômito, úlcera duodenal. - Renais: poliúria e polidipsia (a hipercalcemia interfere com a ação do ADH, ocasionando diabetes insípido nefrogênico), desidratação, litíase, nefrite intersticial e nefrocalcinose (especialmente se o fósforo também estiver elevado). - Hematológico: Fibrose de medula óssea nos casos de hiperparatireoidismo secundário. -Tratar causa subjacente; -Administração de líquidos (diluir Ca excreção renal); -Solução de cloreto de sódio IV a 0,9%; - Diuréticos de alça, como a furosemida, para aumentar a excreção urinária de cálcio. -Calcitonina IM (p/ cardiopatas ou IRA); -Sais de fosfato (VO , SNG, VR: enemas de retenção ou IV). FOSFATO • Principal ânion do LIC; • 85% nos ossos combinado com Calcio, 1% extracelular e 14% intracelular • No organismo, está na forma de: • fosfato inorgânico, a forma livre, altamente ionizável e facilmente difusível através das membranas celulares. • fosfato orgânico, a forma covalentemente ligada a açúcares, proteínas e outros componentes celulares. • Proporciona suporte estrutural para ossos e dentes; • Relação com o cálcio é inversamente proporcional neste meio, se um mineral aumenta o outro diminui, • Essencial para a função do músc. e eritrócitos, formação do ATP e manutenção do equilíbrio ácido básico, do SN e metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios; HIPERFOSFATEMIA FÓSFORO > 4,5 MG/DL. (BRUNNER & SUDDARTH, 2012) CAUSAS SINAIS E SINTOMAS TRATAMENTO - Redução da excreção de fosfato (IRC e IRA, hipoparatireoidismo e acromegalia, calcinose tumoral e uso de bifosfonados) - Redistribuição do fósforo intracelular (acidose respiratória) - Ingestão excessiva de sais de fósforo, tratamento com vitamina D e/ou seus derivados. - Aumento do reservatório endógeno: Hemólise, rabdomiólise, hipertermia maligna, leucemia, linfoma. - Hiperfosfatemia grave pode induzir hipocalcemia, causando a presença de tetania e calcificações ectópicas (articulações e tecidos moles, assim como pulmão, rim e conjuntiva). Podem ocorrer calcificações pseudotumorais em diversos sítios, sendo, neste caso, mais associada a níveis de cálcio plasmáticos normais ou elevados. - Agentes quelantes de fósforo orais como sais de alumínio (até 3 g/dia), sais de cálcio (até 6 g/dia) e sais de magnésio (2 a 3 g/dia). HIPOFOSFATEMIA FÓSFORO < 2,5 MG/DL. CAUSAS SINAIS E SINTOMAS TRATAMENT O - Má distribuição/Desvio intracelular de P p/ dentro das células: Tratamento de cetoacidose diabética; Carga de carboidrato/insulinoterapia; Alcalose respiratória/hiperventilação Maior perda renal: Hiperparatireoidismo primário, Distúrbio tubular renal, Diurético com ação no túbulo proximal Menor ingestão: Deficiência na dieta; Vômito/Má absorção/Diarréia; Quelantes de fosfato: Deficiência de vitamina D - Encefalopatia metabólica, disfunção hemática (depleção de ATP e 2,3 BPG) podendo induzir hemólise, anomalias da função leucocitária e trombocitopenia. - Alterações de contratilidade muscular (e raramente rabdomiólise) e diminuição da contratilidade miocárdica (com cardiomiopatia) podem ocorrer. -Fósforo (fosfato de sódio ou potássio) IV; -Reposição oral de fósforo.
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