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PAPER Aptidão física e saude

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APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE: A MUSCULAÇÃO E AS PESSOAS HIPERTENSAS
José Carlos Costa Furtado
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Educação Física para Licenciado em Educação Física (EFL0720/2604195)
26/06/2020
RESUMO
Este paper tem como foco a atuação nos cuidados e limitações para a realização de exercícios em grupos especiais, mais especificamente, com as pessoas hipertensas. Objetiva-se analisar a importância e benefícios da musculação para as pessoas hipertensas. E, em específico: discorrer sobre a hipertensão; falar sobre a musculação; fazer a relação da musculação praticada por hipertensos. Por meio da abordagem qualitativa e a literatura pretendeu-se mostrar que todo e qualquer grupo especial requer do educador físico uma maior atenção e conhecimento, logo, é importantíssimo o acompanhamento médico bem como a qualificação profissional do educador físico para que se faça um trabalho que vise realmente à qualidade de vida e saúde dessas pessoas.
Palavras-Chave: Academia. Hipertensão. Musculação.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como foco a prática de musculação com o grupo especial de pessoas com hipertensão. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença muito comum que pode aparecer em crianças, adultos e idosos, embora seja neste último grupo que haja maior predomínio. Os dados apontam cerca de 60 milhões de brasileiros sofrem com isso e cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.
Dada a frequência com que essa patologia ocorre, sua importância e suas interações com a atividade física, neste relatório informo de maneira geral sobre as considerações a serem levadas em consideração, tanto para questões de segurança quanto para conscientização ao trato da musculação com o grupo. 
Este paper tem por objetivo analisar, por meio da abordagem qualitativa da pesquisa bibliográfica a importância e benefícios da musculação para as pessoas hipertensas. E, em específico: discorrer sobre a hipertensão; falar sobre a musculação; fazer a relação da musculação praticada por hipertensos. Justifica-se esse estudo à medida que o estudo da efetividade do exercício no tratamento da hipertensão é o modo mais eficaz de prevenção e tratamento da doença.
2 A HIPERTENSÃO
Hipertensão é outro nome para pressão alta. Pode levar a graves complicações de saúde e aumentar o risco de doenças cardíacas, derrame e, às vezes, morte (MORAES et al., 2007). A pressão arterial é a força que o sangue de uma pessoa exerce contra as paredes dos vasos sanguíneos. Essa pressão depende da resistência dos vasos sanguíneos e da força do coração para trabalhar (POMPEU et al, 2007).
A hipertensão é um fator de risco primário para doenças cardiovasculares, incluindo acidente vascular cerebral, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e aneurisma. Manter a pressão arterial sob controle é vital para preservar a saúde e reduzir o risco dessas condições perigosas (FERREIRA et al., 2007, p. 43). 
A incidência de acidente vascular cerebral aumenta aproximadamente 8 vezes em pessoas com hipertensão definida. Estima-se que 40% dos casos de infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral são atribuíveis à hipertensão (OMS, 2003).
Pickering et al. (2005) relatam uma recente análise que agregou dados em 61 estudos observacionais prospectivos e descobriram que havia fortes e diretas relações entre hipertensão e mortalidade vascular. Essas relações foram evidentes nos indivíduos de meia idade e mais velhos. Verificou-se que a mortalidade cardiovascular aumenta progressivamente em toda a faixa de pressões sanguíneas incluindo a faixa pré-hipertensiva (designação NIH-JNC7 de 120 / 80-139,89 mmHg).
A hipertensão acelera a aterosclerose e a lesão dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de doença vascular e dano subsequente ao órgão final (coração, cérebro, rim, olho ou membros). A aterosclerose é uma doença complexa, difusa e processo progressivo, com distribuição variável e apresentação clínica, dependente do nível regional circulação envolvida. 
Fatores que podem influenciar essas diferenças incluem o tamanho e a estrutura da artéria afetada, fluxo local e regional, alterações nas alterações microcirculatórias e danos nos órgãos-alvo. Apesar da disponibilidade de tratamentos eficazes, estudos mostraram que em muitos países menos de 25% dos pacientes tratados para hipertensão alcançam um ótimo controle da pressão arterial. 
Consequentemente, devido à baixa adesão ao tratamento anti-hipertensivo, aproximadamente 75% dos clientes com diagnóstico de hipertensão não alcançam o controle ideal.
As organizações devem garantir que todos os profissionais de saúde envolvidos no fornecimento de assistência à hipertensão trabalhem em um ambiente que lhes permita praticar de acordo com as diretrizes e ter acesso a ferramentas de avaliação apropriadas. Para que um trabalho em equipe eficaz ocorra, os sistemas e provedores de saúde precisam desenvolver meios de avaliar com precisão não apenas a adesão, mas também os fatores que contribuem para isso. 
Os profissionais devem ter acesso a treinamento específico em gerenciamento de aderência, e os sistemas em que trabalham devem projetar e apoiar sistemas de entrega que respeitem esse objetivo (OMS, 2003). 
Um passo inicial crítico na implementação das diretrizes deve ser a adoção formal das diretrizes. As organizações precisam considerar como incorporar formalmente as recomendações a serem adotadas em sua estrutura de políticas e procedimentos (GRAHAM, HARRISON, BROUWERS, DAVIES E DUNN, 2002). Um exemplo dessa adoção formal seria o estabelecimento de uma política e procedimento relativos à manutenção e calibração regulares de monitores de pressão arterial dentro do ambiente de prática. 
Essa etapa inicial abre caminho para a aceitação geral e a integração das diretrizes em sistemas como o processo de gerenciamento da qualidade. O compromisso de monitorar o impacto da implementação das diretrizes de melhores práticas em Gerenciamento de Hipertensão é uma etapa fundamental que não deve ser omitida se houver uma avaliação do impacto dos esforços associados à implementação. 
Sugere-se que cada recomendação a ser adotada seja descrita em termos mensuráveis ​​e que a equipe de profissionais seja envolvida nos processos de avaliação e monitoramento da qualidade. 
Uma lista sugerida de indicadores de avaliação é fornecida posteriormente nesta diretriz. Novas iniciativas, como a implementação de uma diretriz de melhores práticas, exigem uma forte liderança de profissionais capazes de transformar as recomendações baseadas em evidências em ferramentas úteis que ajudarão a direcionar a prática. 
2.1 A MUSCULAÇÃO
A musculação regular melhora o nível da pressão arterial, especialmente o aeróbio, devido à sua influência nas adaptações cardiovasculares. Embora, deve ser lembrado que, antes de iniciar qualquer programa de treinamento, o médico deve dizer o que os praticantes de musculação são liberados para exercitar.
É verdade que existem certas restrições e considerações. Por exemplo, os betabloqueadores diminuem a frequência cardíaca e a impedem de se elevar como uma resposta normal ao exercício; portanto, não é possível usar a frequência cardíaca como uma indicação da intensidade do exercício, exigindo o recurso à escala do esforço percebido (ZILIO, 2005).
Em relação à intensidade, com 40-50% do consumo máximo de oxigênio (VO2max), nos beneficiamos das adaptações positivas do treinamento sem aumentar o risco para o hipertenso. Segundo a pesquisa, o exercício de baixa intensidade é mais benéfico do que o exercício de intensidade moderada para reduzir a pressão sanguínea em repouso e as respostas da pressão arterial ao estresse (LIMA, 2008).
Você pode treinar com pesos? Sim, você só precisa levar em conta certas considerações. Existe uma antiga crença popular (mesmo entre alguns profissionais de saúde) de que você não deve treinar com pesos, mas é falso. Uma vez que o HTA é controlado, com algumas precauções, podemos retomar (ou iniciar, conforme o caso) no treinamento com cargas (MASCAYANO, 2006).
Dadoque a resposta imediata do exercício eleva a pressão arterial, o treinamento com cargas pode produzir picos de tensão que devem ser evitados como medida de precaução, pois o hipertenso pode ter problemas para assimilar e regular essas elevações. As situações que devem ser evitadas e levadas em conta são as seguintes (SBC, 2010):
Teste de 1RM: O caráter máximo de estresse desses testes aumenta muito a tensão, portanto, esses testes devem ser evitados. Podemos ser guiados por outros marcadores para regular a intensidade, como a relação entre as repetições e a proximidade ao fracasso, ou a percepção do esforço.
Série para falha: Nessas últimas repetições é onde uma série mostra a maior elevação da pressão arterial, portanto, também evitaremos alcançá-la.
Cadência das repetições: Tanto uma velocidade explosiva quanto uma velocidade excessivamente lenta aumentam a pressão sanguínea. A recomendação é mover o peso a uma velocidade que seja "natural" para o levantador e a carga dada.
Manobra de Valsava: Manter a respiração por vários segundos também a eleva, sendo totalmente desaconselhado a sua prática em pessoas hipertensas. Respirar corretamente e não aumentar a pressão intratorácica nos ajudará que o T.A. Não atire.
Exercícios básicos: Os exercícios que mobilizam mais massa muscular e peso têm maior impacto sobre o T.A. Por exemplo, o agachamento terá um impacto maior do que as extensões de perna. Da mesma forma, a extensão das pernas com ambas as pernas ao mesmo tempo terá maior repercussão que a sua variante para uma perna. Isso não significa que não pode fazer o básico, é simplesmente um detalhe que deve ser conhecido ao planejar o treinamento e sua intensidade.
Membros superiores: Também é necessário avaliar que realizar exercícios de braço eleva o T.A. acima do que os exercícios de perna fazem porque oferece maior resistência ao fluxo sanguíneo devido à menor vascularização (reduzindo o caráter do esforço um pouco é suficiente).
Levantamento acima da cabeça: Esse tipo de movimento, como uma palmada, por exemplo, deve ser limitado, porque ao erguer os braços, criamos uma coluna de sangue que aumenta a pressão arterial. Se feito, a carga deve ser reduzida e a série de curta duração.
Exercícios invertidos: exercícios invertidos ou semi-invertidos causam elevações do T.A. Por isso, é conveniente evitá-las (quanto mais você se aproxima dessa inversão do corpo), assim como mudanças súbitas de posição.
Levando em consideração todas as considerações acima e outras, o treinamento com cargas poderia consistir em séries de 15 a 20 repetições durante o período inicial, usando uma carga que nos permite completar estas repetições por nossos próprios meios (e sem falhar). Seguindo essas diretrizes, estaríamos trabalhando automaticamente em torno de 50-60% da 1RM. Para exercícios de trem superior, recomenda-se começar algo mais suave, com um peso menor que nos deixa com várias repetições da falha (o que poderia ser em torno de 40% da 1RM) (ARAUJO, 2003).
Após os primeiros meses, se respondermos bem ao treinamento, podemos elevar a intensidade gradual e progressivamente até atingir 8-12 repetições (lembrar, evitando o fracasso). Com isso, estaríamos em torno de 60-75% de 1RM. Como precaução, recomenda-se não aumentar a intensidade acima desses valores (CANARIO, 2009).
O trabalho isométrico pode opcionalmente ser incluído se for feito de forma muito suave, com um valor inferior a 50% do CMV (contração voluntária máxima) e de curta duração. O problema com o trabalho isométrico é que a contração muscular constante e estática corta o fluxo sanguíneo, elevando a pressão arterial. Nas contrações dinâmicas comuns, os relaxamentos entre as repetições permitem alguma circulação, resultando menos restritiva. Por essa razão, os isométricos foram contraindicados há algum tempo, mas executados de maneira prudente e conservadora (DANTAS, 2009).
3 METODOLOGIA
A pesquisa é do tipo qualitativa, exploratória em pesquisa bibliográfica e transversal, na qual foram utilizadas as plataformas de dados: Scielo, Google acadêmico, Medline e Lilacs, no período de maio a junho de 2020, com as seguintes palavras chaves: “hipertenção”, “musculação”, “atividade física”.
Segundo Prodanov (2013), pelo método “podemos entender o caminho, a forma, o modo de pensar. É a abordagem ao nível de perceber a abstração dos fenômenos. É a conexão entre processos e operações mentais na pesquisa” (p. 26). Então, este estudo, também, por meio de uma pesquisa reflexiva, entendida como “uma categoria de pesquisa que tem como objeto do estudo de uma unidade de forma aprofundada, podendo ser tratado de um assunto, um grupo de pessoas ou um comunidade”(PRODANOV, 2013, p. 60).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 MUSCULAÇÃO X HIPERTENSÃO
A pressão alta é um sério desafio à saúde pública no mundo todo. Estudos epidemiológicos indicam que níveis elevados de pressão no sangue levam a acidente vascular cerebral, doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca e doença renal em estágio terminal (MELO, 2009). 
As orientações europeias ESH-ESC de 20074 no tratamento hipertensão arterial indicam os seguintes valores "normais": ideal: <120 / <80, normal: 120-129 / 80-84 e alto normal: 130-139 / 85 -89 mmHg. De acordo com essas diretrizes, a pressão arterial hipertensão arterial (HA) é definida com base na pressão arterial (PA)> 140 mmHg para pressão sistólica e 90 mmHg para pressão diastólica (FLECK E KRAEMER, 2004).
Figura 1 – Mapa mental de hipertensão
Fonte: Sanar Carreira Médica, 2019.
Uma redução na pressão de 4-6 mmHg corta os casos de ictus em 35% a 40%, cardiopatia isquêmica em 20% a 25% e mortalidade cardiovascular em 25% 5. Pressão sistólica reduzida de 10 mmHg pressão diastólica de 5 mmHg permite uma redução de 50% - 60% no risco de ictus e de 40% a 50% na doença coronariana (GOMES E NUNES, 2008).
Juntamente com a terapia farmacológica, agora está estabelecida evidências e consenso geral nas diretrizes atuais sobre a efetividade da atividade física regular no tratamento da hipertensão, em combinação com terapia medicamentosa ou mesmo isoladamente (GUEDES, 2008).
A inatividade física é um importante fator de risco reconhecido para doenças cardiovasculares, e pessoas menos ativas e menos fit têm um risco 30% a 50% maior de pressão alta. Dois estudos de corte demonstraram que o exercício regular reduz a incidência de hipertensão. Além de prevenir hipertensão, verificou-se que o exercício físico regular reduz a pressão em hipertensos. Em homens levemente hipertensos, atividade física de curto prazo diminuiu a pressão arterial de 8 a 12 horas após o exercício, e a pressão arterial média foi mais baixa dias de exercício do que em dias sem exercício (SOUZA, 2008). 
Na hipertensão homens, atividade física moderada realizada por 16 a 32 semanas resultou em uma diminuição da pressão arterial diastólica, que foi sustentada após redução da medicação anti-hipertensiva. Ensaios clínicos randomizados mostraram que o treinamento físico é capaz de reduzir a pressão arterial em até 11 e 8 mmHg, pressões sistólica e diastólica, respectivamente, em aproximadamente 75% dos hipertensos de ambos os sexos com média redução de 6,9 ​​e 4,9 mmHg para pressão sistólica e diastólica, respectivamente (ROCHA, 2008).
Em termos práticos, isso significaria uma regressão de uma "alta" para um estado de pressão arterial “normal” para grande parte dos hipertensos, a maioria dos quais geralmente se enquadram na categoria de hipertensão leve. Atividade física regular provou ser eficaz na melhoria do controle farmacológico como dose terapêutica também pode ser reduzido (NIEMA, 2011). 
A ação combinada de treinamento, peso perda, controle da hiperglicemia e dislipidemia podem normalizar formas menores de hipertensão arterial, sem a necessidade de drogas. É importante, no entanto, na presença de outros fatores de risco, associar um estilo de vida apropriado ao treinamento físico, caracterizada por uma dieta pobre em sódio e perda de peso uma dieta hipocalórica com baixo teor de gordura animalno caso de situação de excesso de peso, ingestão limitada de açúcar e álcool, aumento de frutas e legumes e abolição do fumo (POLITO, 2010).
De fato, o exercício físico pode reduzir em 25% o risco cardiovascular de 10 anos 9 e agora é definitivamente indicado como parte da terapia em hipertensos para melhor controle da PA e de risco cardiovascular concomitante. 
4.1.1 Programa de treinamento físico
O exercício aeróbico de resistência parece ser mais eficaz em diminuir a pressão arterial do que outros tipos de exercícios, incluindo exercícios resistidos. Qualquer atividade aeróbica parece funcionar, incluindo caminhada, corrida ou ciclismo, embora o ciclismo pareça ser o mais eficaz (ROBERTS, 2002).
O exercício de intensidade moderada parece ser o mais eficaz para reduzir a pressão arterial em pacientes hipertensos. O treinamento aeróbico moderado corresponderia a uma frequência cardíaca alvo de 75% a 85% da FCmax ou de 65% a 75% em indivíduos mais velhos, a serem alcançados e mantidos gradualmente durante todo o programa de treinamento (SAFONS, 2007).
Um teste ergométrico pré-treinamento é, de outra forma, obrigatório em pacientes hipertensos com comorbidades, por exemplo, isquêmicas doenças cardíacas etc. Uma abordagem útil para a prescrição de atividades é identificar a desirableração do esforço percebido e instruir indivíduos a aderir a essa intensidade (SANTAREM, 2012). 
O processo de treinamento físico deve contemplar um aumento no número e duração de sessões e somente mais tarde em sua intensidade. Em desacordo com outras doenças cardiovasculares, resistência e acima de tudo exercícios de força são não ser recomendado em pacientes hipertensos, devido à a possibilidade de atingir valores muito altos da pressão arterial durante esses tipos de exercícios e o efeito muito mais limitado sobre redução da pressão arterial (SOUSA, 2012). 
É importante descrever a necessidade de 5 a 10 minutos de aquecimento (ou seja, exercitar-se em baixa intensidade) antes e depois (relaxamento) da sessão de treinamento. Essas atividades ajudam a alongar e aquecer músculos e ligamentos na preparação da atividade sessão. 
O período de resfriamento também evita a hipotensão, que pode ocorrer com a interrupção repentina do exercício. Reduções na pressão arterial são vistas geralmente dentro de 10 semanas depois de iniciar um programa de treinamento físico. Esse resultado poderia reforçar a motivação dos pacientes (PINTO, 2012). 
É importante ter em mente que a terapia com exercícios deve continuar por toda a vida, musculo-esquelética comorbidades permitindo.
Apesar da reconhecida eficácia da atividade física regular na redução da pressão arterial, os mecanismos responsáveis pela redução da pressão arterial induzida pelo exercício não são completamente definidos, mas é muito provável que vários mecanismos entrelaçados contribuem, pois, a etiologia da hipertensão essencial é multifatorial. O melhor mecanismo hemodinâmico que sustenta diminuição da pressão arterial com o treinamento físico é uma redução na resistência vascular periférica.
O principal problema prático é a adesão a toda a vida de programas regulares de atividade física, que é um elemento essencial para o sucesso em alcançar e manter o benefício de exercício sobre pressão arterial, bem como outros fatores de riscos cardiovasculares e saúde.
A flexibilidade de acumular a dose adequada de atividade física atividades breves e repetidas ao longo do dia podem melhorar a motivação e adesão a programas regulares de exercícios.
Outro fator importante, principalmente no início dos programas de exercício é começar com intensidades mais baixas do que o previsto e depois progredir gradualmente para o exercício de acordo com a prescrição recomendada, com avaliação de sucesso e reforço fornecido regularmente.
Sucessos a curto prazo podem aumentar a auto-eficácia do paciente por ser fisicamente ativo. Atualmente, visitas periódicas de acompanhamento com incentivo e reforço pelo médico parece obrigatório para atingir esse objetivo.
Agora é a hora de considerar a atividade física como uma terapia, e médicos devem ser treinados para serem capazes de prescrever a dose apropriada de exercício, em termos de tipo, intensidade e frequência, como se fosse a dosagem de um medicamento.
5 CONCLUSÃO 
THA é um problema frequente e importante em nossa sociedade. Devemos, portanto, nos conscientizar disso, realizando verificações periodicamente (principalmente pessoas de 40 anos ou mais, quanto mais velhas). Sendo uma patologia silenciosa, podemos tê-lo e não o conhecer.
Alguns hábitos saudáveis ​​nos ajudarão a retardar sua aparência e a precisar de doses menores de medicamentos para evitar que o problema seja resolvido em caso de sofrimento. Tanto a dieta quanto o exercício são bases importantes para isso.
O exercício cardiovascular de baixa intensidade melhora a pressão sanguínea em repouso, até melhor que a intensidade moderada. O treinamento com cargas também pode fornecer pequenas melhorias nesse sentido (além das típicas em um programa de força, é claro). Podemos, portanto, combinar os dois tipos de treinamento.
Em suma, pessoas com pressão alta podem se beneficiar da realização de um programa de treinamento, simplesmente seguindo algumas diretrizes de segurança e controle. Logo, a vivência com esse grupo proporcionou meus conhecimentos acadêmicos para observar e fazer o melhor trabalho.
Todo e qualquer grupo especial requer do educador físico uma maior atenção e conhecimento, logo, é importantíssimo o acompanhamento médico bem como a qualificação profissional do educador físico para que se faça um trabalho que vise realmente à qualidade de vida e saúde dessas pessoas.
As políticas de saúde pública são obrigatórias para identificar formas de melhorar a prescrição de exercícios por parte dos médicos e a adesão a programas de treinamento pelos pacientes. Estudos adicionais são claramente necessários para melhor definir a mecanismos envolvidos no efeito redutor da pressão arterial por meio do exercício.
REFERÊNCIAS
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FLECK, Steven J.; KRAEMER, William J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular: Fisiologia Neuromuscular e Adaptações ao Treinamento de Força. 3ª Edição. Rio de Janeiro. Artmed. 2004. p. 67-138.
GOMES, Marcelo, NUNES, Newton. Respostas hemodinâmicas agudas do treinamento de força em hipertenso controlado. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.2, n.8, p.265-271. Março/Abril. 2008. ISSN 1981-9900.
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