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1 DIRETRIZES DO SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR: LEGO PONTOS INICIAIS Como visto nas práticas anteriores para se iniciar um trabalho acadêmico, deve-se seguir uma formatação que é definida pela ABNT. Resgate essas informações que lhe foram apresentada na disciplina de Metodologia Científica e nos Seminários anteriores. O desenvolvimento do Seminário Interdisciplinar: Lego demandará de um pouco mais de atenção que os demais seminários que foram desenvolvidos até então, pois ele conta com 2 etapas: o desenvolvimento da prática, e a construção do paper. Todas as informações referentes a estas duas etapas estão muito bem detalhadas ao longo da Trilha de Aprendizagem da disciplina. Por isso é muito importante que você leia a trilha com atenção e faça o download de todos os arquivos disponibilizados, principalmente do modelo do paper e do tutorial de desenvolvimento da dinâmica. Outra dica importante é relembrar assuntos já abordados no curso. Por meio de uma pesquisa rápida procure por assuntos como: Sistema Toyota de Produção (Manufatura Enxuta); Fordismo; Planejamento e Controle da Produção; Produção puxada e empurrada; 5S; Sistema Kanban e Setup. Abaixo seguem páginas que abordam alguns desses assuntos: 1. https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/kanban/ 2. https://blogdaqualidade.com.br/producao-enxuta-e-o- sistema-toyota-de-producao/ 3. https://www.lean.org.br/conceitos/102/definicao-de- producao-puxada-e-sistemas-puxados.aspx DA PESQUISA ÀPRÁTICA Agora que você já relembrou todos os conceitos necessários, chegou o momento de implantá-los na prática e verificar como estas metodologias auxiliam no dia a dia nas empresas, organizam o trabalho e implementam o faturamento. A Dinâmica do LEGO® foi desenvolvida pelo Professor Dr. Fabiano Leal com o objetivo de facilitar a visualização da aplicação dos conceitos de Planejamento e Controle da Produção na prática e mensurar os ganhos obtidos com ela. Henry Ford Henry Ford foi um empreendedor estadunidense, fundador da Ford Motor Company, autor de vários livros. Considerado o pai da produção em série, por produzir automóveis em massa, com extrema redução de tempo e custo. A introdução de seu modelo Ford T revolucionou os transportes e a indústria dos Estados Unidos. Sua metodologia de trabalho ficou conhecida como "fordismo", isto é, a produção em grande quantidade de automóveis a baixo custo por meio da utilização do artifício conhecido como "linha de montagem", o qual tinha condições de fabricar um carro a cada 98 minutos, além dos altos salários oferecidos a seus operários. Figura 1: Henry Ford Fonte:Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Ford > Acesso em: 03 de fev. 2017 https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/kanban/ http://www.sobreadministracao.com/producao-puxada-e-empurrada-conceito-e-aplicacao/ http://www.sobreadministracao.com/producao-puxada-e-empurrada-conceito-e-aplicacao/ 2 PROPOSTA DO PROBLEMA Elaborar um paper sobre a prática a ser realizada, que consiste no desenvolvimento da Dinâmica do LEGO®, evidenciando os assuntos que foram pesquisados anteriormente para conhecimento do assunto e do conteúdo, além de apresentar os dados obtidos em cada rodada na folha de dados, não esquecendo de apresentar a sua conclusão, obtida através da evolução do sistema em cada uma das rodadas até a implantação de 100% das ferramentas propostas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO SEMINÁRIO: O objetivo geral deste trabalho é o uso do LEGO® para o ensino da Manufatura Enxuta, facilitando o aprendizado dos alunos através de uma dinâmica fácil e competitiva. Esta dinâmica é caracterizada por ser um modelo de aprendizagem vivencial. Já os objetivos específicos do seminário, que servirão como guia para a conclusão do objetivo geral, são os seguintes: Objetivo 1: Buscar autores e definições. Deverão ser consultados livros, sites, ou outras fontes bibliográficas disponíveis para pesquisa. Objetivo 2: Realizar a Dinâmica do LEGO® (Indicação de referencia do Lego utilizado na dinâmica Nº 5623). Objetivo 3: Realizar o tratamento dos dados e preenchimento das tabelas com lucros ou prejuízos a cada rodada. Objetivo 4: Verificar a importância de algumas ferramentas associadas ao Sistema Toyota de Produção. Objetivo 5: Avaliar o impacto gerado na produção com a flexibilização das cargas dos caminhões. Objetivo 6: Avaliar a importância do ritmo de produção ou Takt time. Objetivo 7: Evidenciar no paper os dados obtidos durante o desenvolvimento da dinâmica. Objetivo 8: Responder, no paper, as perguntas existentes no final destas diretrizes. Figura 2: Peças de LEGO®. Fonte: Disponível em: < http://rockergirl.com.br/tag/diversao/>. Acesso em: 06 fev. 2017. Ou Figura 3: Dinâmica do LEGO®. Fonte: O autor. “Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele. ” - Henry Ford. 3 A DINÂMICA DO JOGO A dinâmica consiste na montagem de bloquinhos LEGO®, que representam linhas de montagem em uma fábrica. Esta dinâmica é adaptada do artigo de Pinho, Leal e Almeida (2005), intitulado Utilização de Bloquinhos de Montagem LEGO® para o Ensino dos Conceitos do Sistema Toyota de Produção. Esta adaptação foi realizada pelo Professor Reginaldo Otto Nau e utilizada nas disciplinas de Planejamento e Controle da Produção, Tempos e Métodos e Custos Industriais. Dependendo da quantidade de jogos disponíveis, deve ser formado grupos de no mínimo 3 pessoas e no máximo 4 pessoas. Caso sua turma seja FLEX, você deverá pedir o auxílio de mais pessoas (amigos, família, colegas de trabalho, etc) ou então ir até o seu Polo para que seu Tutor possa lhe auxiliar. Esta dinâmica demonstra algumas técnicas e conceitos do Sistema Toyota de Produção. Ela compõem- se da montagem de 3 tipos de blocos conforme Figura 1. FIGURA 1 – Blocos LEGO® para montagem. Fonte: O Autor, 2017. Cada grupo terá três operadores, sendo: − Operador A: responsável pela primeira parte da montagem (ver Figura 1); − Operador B: responsável pela segunda parte da montagem (ver Figura 1). Este deve preparar o setup da máquina antes de efetuar a montagem, o qual foi propositalmente definido para tomar tempo deste operador. Deve-se pedir ao operador B montar e desmontar o setup, antes da montagem de cada cor, ou seja, se mudar a cor do bloco a ser montado, deve-se montar e desmontar o setup (Figura 2) − Expedição: responsável pelo embarque no caminhão. O embarque deve seguir a ordem imposta pelo cliente (cores nos caminhões), figura 3 e Anexo 1 – Caminhões para Carregamento. Entrega-se então para cada operador a sequência de montagem de cada um deles (Anexo 2 e 3) e a folha com os caminhões para embarque à Expedição (Anexo 1). É estipulado um tempo total de 4 minutos por rodada para o embarque das peças. Produtos finais que deverão ser montados 4 Fonte: O autor, 2017. FIGURA 3 – Caminhões que devem ser carregados pelo Expedidor. Fonte: O autor, 2017. FIGURA 2 – Setup de Máquina. LEMBRANDO QUE, PARA ORIENTAÇÕES MAIS ESPECÍFICAS DE CADA UMA DAS RODADAS, DEVERÁ SER CONSULTADO O TUTORIAL DA DINÂMICA. Para iniciar deve-se imprimir: Anexo 1 – Caminhões para Carregamento - Uma cópia. Anexo 2 – Programação do Operador A - Uma cópia. Anexo 3 – Programação do Operador B - Uma cópia. Anexo 4 – Folha de Dados - Uma cópia. Anexo 5 – Kanban - Duas cópias. Anexo 6 – Caminhões Flex - Uma cópia. Na primeira rodada utiliza-se os anexos 1 ao 4. Conforme vai seguindo as rodadas, vão utilizando- se os outros anexos. 5 RODADA 1 As peças são distribuídas sobre a mesa de maneira desorganizada. O Operador A segue sua sequência de montagem o mais rápido possível (ANEXO 2). O Operador B, por sua vez, segue sua sequência (ANEXO 3), porém aguardando as peças semiacabadas provenientes do Operador A. Não é permitido adiantar a produção, desrespeitando a sequência pré-estabelecida. Seguir passos abaixo durante um tempo de 4 minutos. Pode-se deixar umapeça de cada tipo montada de exemplo para o grupo. As sequências são impostas e diferentes. As peças acabadas são entregues a Expedição, que deve carregar os caminhões na sequência de cores estabelecida. Ao final da rodada preenche-se a planilha de dados Conforme Figura 4 (ANEXO 4). Devem-se expor os resultados: o percentual de entrega além do lucro ou prejuízo final. É comum observar nesta rodada que a equipe não atingiu a meta de produção, obtendo prejuízo devido ao custo do estoque gerado entre processos. Ao final da primeira rodada abre-se, então, uma discussão sobre melhorias que podem ser implementadas na linha de produção. Desta forma, é introduzido o conceito dos 5 S’s. FIGURA 4 – Preenchimento da Folha de Dados. Fonte: O Autor, 2017. Sobre o preenchimento da folha segue alguns conceitos importantes. -CUSTO DO MATERIAL EM PROCESSO: após a rodada de 4 minutos, é o custo do material parado entre o Operador A e o Operador B. Ou seja, é o custo do material estocados entre os processos, que ainda não virou um produto completo. -CUSTO DO MATERIAL NÃO EMBARCADO: nesta opção deverá ser contado somente o material em estoque não embarcado ou desembarcado. Ou seja, o material entre o Operador B e a Expedição. Lembrando que após os 4 minutos, caminhões não completos são desembarcados. -CUSTO DO MATERIAL EMBARCADO: deverá contar apenas o material embarcado e com o caminhão completo. Material embarcado contamos como aquele que completou o caminhão. Cada caminhão cheio vale 5 produtos embarcados. -CUSTO DA MÃO DE OBRA: Este é um custo referente ao pagamento dos funcionários. Se você colocar uma equipe com 4 pessoas, com salário de 100, este custo é de 400, independente se produziu ou não. -A RECEITA: é o número de produtos embarcados em caminhões completos vezes o valor de venda de cada produto ($350). 6 Para concluir esta rodada: A simulação foi de um sistema de produção EMPURRADO (quando um trabalho em um posto é terminado, o resultado é empurrado para o próximo posto); Porque não atingem a meta de produção? Devido o custo de estoque gerado entre os processos. Este sistema de produção é como funciona normalmente. Agora vamos aplicar algumas técnicas e conceitos envolvidos no Sistema Toyota de Produção (TPS) para melhorarmos a produtividade. Quais melhorias podem ser feitas para a próxima rodada? RODADA 2 Antes de iniciar a Rodada 2, relembrar os conceitos do 5’S, e implantar o primeiro e segundo Sensos: 1°S - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO o Conceito: “Separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário”. As peças que não são utilizadas devem ser guardadas. 2°S - SEITON - SENSO DE ARRUMAÇÃO o Conceito: “Arrumar e identificar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar o que desejar com facilidade”. As peças são separadas e organizadas, por cor e tipo. O esquema se repete por mais 4 minutos, ao final da rodada preenche-se a planilha de dados novamente e apresentam-se os resultados (% entrega, lucro ou prejuízo). Estes dados devem ser comparados aos resultados da rodada 1. Assim, cria-se uma discussão sobre as melhorias implantadas. RODADA 3 Antes de iniciar a rodada 3, deve-se relembrar o conceito de Kanban (Anexo 5). Assim, é retirado o sequenciamento do Operador B. No lugar é posto um KANBAN. Este KANBAN deve ser previamente preenchido, com a montagem B, com uma peça em cada espaço. Salienta-se que a substituição mais adequada é a da sequência do Operador B, uma vez que o mesmo está mais próximo ao cliente. Introduz-se aqui o conceito de TRF, substituindo então o setup tradicional por um do tipo OTED (One- Touch Exchange of Die), aonde o Operador B passou a não mais necessitar montá-lo, e sim apenas pressionar um botão, reduzindo o tempo de setup. Apresenta-se aqui também o conceito de nivelamento. O esquema se repete. Mais 4 minutos e 1 integrante da equipe apresenta os resultados (% entrega, lucro ou prejuízo). RODADA 4 Para iniciar a rodada 4, deve-se seguir os passos abaixo: É retirado o sequenciamento do Operador A, e posto um KANBAN. Agora todos trabalham com Kanban. Além disto, é retirado os caminhões de uma cor e substituídos por Caminhões Flex que podem carregar peças de diversos tipos (Anexo 6), apresentando o nivelamento da produção. O operador B não precisa mais montar e desmontar o setup. Ele previamente monta os 3 setups e os aciona com um simples toque (SMED – Single Minute Exchange Die). Estudar o conceito SMED. Os Kanbans devem ser previamente enchidos, e o EXPEDITOR irá puxar a produção. Expedição puxa do operador B que puxa do operador A. Os Kanbans devem estar continuamente cheios. O tempo só é finalizado quando todos os caminhões estiverem preenchidos e os Kanbans estiverem cheios. A partir deste ponto, é a Expedição que “puxou” a produção. 7 Ao final da rodada, preenche-se a planilha de dados e faz-se as seguintes observações: Os caminhões coloridos representam o nivelamento da produção, pois podemos carregar peças misturadas. Kanbans foram previamente preenchidos com suas respectivas montagens, sendo uma peça em cada espaço. A meta foi cumprida com um mínimo de estoque (somente o material do Kanban). Este sistema de produção caracteriza-se por ser PUXADO, pois o a produção é realizada de acordo com os pedidos (demanda) do cliente. COMPARAR COM RODADAS ANTERIORES Ao final, cria-se uma discussão em cima dos conceitos apresentados, que deve ser inserida ao paper. As questões que devem ser respondidas são: Quais melhorias foram implantadas em cada rodada? Foram válidas? Porque? Porque não atingem a meta de produção na primeira rodada? Faça um comparativo dos resultados que você preencheu (% de entrega, lucro ou prejuízo), entre a rodada 2 e 1, 3 e 2, e 4 e 3, explique porque conseguimos melhorar a cada passo? Comparando os resultados atingidos na primeira rodada e na última qual foi diferença em %, da % entrega, lucro ou prejuízo? Em quanto aumentou a produtividade? Os custos foram reduzidos? Porque? Foi válida a substituição da sequência pelo Kanban? Estas questões podem ser respondidas e inseridas no paper por meio de um texto corrido nos resultados. Os Conceitos aplicados do TPS – Sistema Toyota de Produção foram: 5’S KANBAN TRF Heijunka (Nivelamento) Operação Empurrada para Puxada Takt Time (ritmo de produção) PRODUÇÃO ENXUTA Preste muita atenção em todos os passos descritos nestas diretrizes e não deixe de ver o tutorial da dinâmica, pois ele apresenta um detalhamento maior de cada uma das rodadas. Lembrando que esta prática proporciona um melhor aprendizado e vivência dos conteúdos já estudados de forma teórica. 8 REFERÊNCIAS ENCICLOPÉDIA LIVRE. Henry Ford. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Ford>. Acesso em: 06 fev. 2017. PINHO, Alexandre Ferreira. LEAL, Fabiano. ALMEIDA, Dagoberto Alves de. Utilização de Bloquinhos de Montagem LEGO® para o Ensino dos Conceitos do Sistema Toyota de Produção. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 2005. ROCKER GIRL. Disponível em: <http://rockergirl.com.br/tag/diversao/>. Acesso em: 06 fev. 2017. LAGE JÚNIOR, Muris. Proposição de um Jogo Didático para o Ensino-aprendizagem das Diferenças entre Manufatura e Remanufatura. Rio de Janeiro: Enegep, 2008. Lembrando que a cópia mecanizada de qualquer parte deste ou de qualquer outro documento, de forma incorreta ou sem as devidas referências, é considerado plágio. 9 MATERIAL PARA IMPRESSÃO PARA DESENVOLIMENTO DAS RODADAS ANEXO 1 CAMINHÕES PARA CARREGAMENTO 10 ANEXO 2 SEQUÊNCIA DE MONTAGEM DO OPERADOR A 4 AZUIS 2 AMARELOS 2 VERMELHOS 4 AZUIS 2 VERMELHOS 1 AMARELO 2AZUIS 3VERMELHOS 2 AMARELOS 2 VERMELHOS 1 AZUL 2AMARELOS 4 AZUIS 3 VERMELHOS 1 AMARELO 3 AZUIS 3 AMARELOS 3 VERMELHOS 2AZUIS 3VERMELHOS 11 ANEXO 3 SEQUÊNCIA DE MONTAGEM DO OPERADOR B 1 AMARELO 2AZUIS 3AMARELOS 4VERMELHOS 5 AMARELOS 2 AZUIS 4 VERMELHOS 4 AMARELOS2 VERMELHOS 4 AMARELOS 1 AZUL 2AMARELOS 4 AZUIS 3 VERMELHOS 1 AMARELO 3 AZUIS 3 AMARELOS 3VERMELHOS 4AZUIS 3 VERMELHOS 2 AMARELOS 1 VERMELHO 3 AMARELOS 2 AZUIS 1 VERMELHO 12 ANEXO 4 FOLHA DE DADOS 13 ANEXO 5 KANBAN 14 ANEXO 6 CAMINHÕES FLEX