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FICHAMENTO - RECEITAS E DESPESAS- FERNANDA COSTA

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CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
	SEMESTRE: 2020.1
	DISCIPLINA: TEORIA DA CONTABILIDADE
	CICLO/MODULO: 3º PERÍODO
	PROFESSOR: 
Identificação
	Nome do aluno
	Assinatura: 
FICHAMENTO - RECEITAS E DESPESAS
RECEITA
Receitas são entradas ou outros aumentos de ativos de uma entidade, ou liquidação de seus passivos (ou a combinação de ambos), durante um período, proveniente da entrega ou produção de mercadorias, prestação de serviços, ou outras atividades que constituem as principais operações em andamento da entidade. A primeira característica dessa definição é que a mesma depende das definições de ativo, passivo e patrimônio líquido. Isso tende a tornar a definição circular: para o seu entendimento é necessária a definição de patrimônio líquido, que por sua vez depende da definição de ativo e passivo. O certo é que a definição de receita subordina- se as demais. Certos autores são mais extremados quando consideram que a definição de receita depende da definição de lucro. Além disso, ao vincular a receita a aumento nos benefícios econômicos, a definição apresentada pelo Iasb associa-se à sistemática contábil das partidas dobradas. Nesse caso, o lançamento da receita, feito por um crédito, tem correspondência com um lançamento a débito de uma conta do ativo ou do passivo, conforme consta da definição. O exemplo típico é a geração de receita através da prestação de um serviço: tem-se um lançamento a débito de valores a receber ou uma conta do disponível, e uma contrapartida de receita, a crédito. Vários são os ativos que podem ser aumentados com a receita: caixa, valores a receber etc. A receita também pode resultar da liquidação do passivo como fornecimento de mercadorias em troca de um empréstimo. Conforme o próprio Iasb ressalta, a definição não procura especificar os critérios para reconhecimento na demonstração do resultado. Em outras palavras, a definição da receita está́ segregada do seu reconhecimento.
O reconhecimento da receita também é importante pelo fato da definição apresentada ter uma limitação temporal incluída através da expressão período contábil. Uma consequência da definição do Iasb diz respeito à segregação entre receita e ganho. Conforme pode ser notado, a posição do Iasb, assim como da Estrutura Conceitual da CVM e do CPC, é ampla o suficiente para incluir também o que a literatura denomina de ganho. O Iasb afirma que “ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receitas”.
CRITÉRIOS DE RECONHECIMENTO
Segundo o Iasb, a receita é reconhecida quando pode ser medida em base confiável. Conforme discutido anteriormente, a definição de receita depende da definição de ativo e passivo. De igual modo, e por estar associado ao ativo, o seu reconhecimento ocorre simultâneo ao aumento do ativo ou à redução do passivo. Considere, por exemplo, a venda de uma mercadoria ou a prestação de um serviço. Somente após existir plenas condições de reconhecimento do ativo é que a receita também será́ reconhecida.
O Iasb afirma que a receita deve ser medida por itens que possuam bases confiáveis e “grau suficiente de certeza”. Essa posição pode significar, a princípio, uma restrição à utilização de bases de avaliação a valor justo, que geralmente não possuem a objetividade requerida.
Em suma, o processo de reconhecimento da receita está́ ligado à venda. Entretanto, a venda não é o critério de reconhecimento. A venda é o ponto de partida para o reconhecimento por satisfazer as condições necessárias para isto: base confiável e grau suficiente de certeza. As exceções a essa regra geral ocorrem justamente quando o instante da venda não representa a base mais confiável ou a que possui grau maior de certeza. As incertezas que a Contabilidade possui em relação a esse instante do reconhecimento tem sido objeto de fraudes e erros nas entidades. Esse tipo de erro pode-se chamar de “erro de corte”, pois diz respeito ao momento que a entidade irá considerar a receita realizada. Postergar ou antecipar a definição do “corte” temporal traz impacto no volume de receita de determinado período.
A questão do reconhecimento da receita tem sido considerado, mais recentemente, como um item complexo. Em razão disso, o Iasb e o Fasb juntaram esforços no sentido de modificar as normas de contabilidade sobre este assunto. A proposta básica é atacar estes problemas, focando o processo de registro da receita no momento que o produto ou serviço é transferido para o cliente. Existe um exposure draft em que as duas entidades reguladoras manifestaram a pretensão de modificar o critério de reconhecimento das receitas.
DESPESA
O Iasb define despesa como sendo decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou existência de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e não se confundem com os que resultam de distribuição aos proprietários da entidade. A conceituação da Estrutura Conceitual da CVM e do CPC é praticamente a mesma.
Essa definição do Iasb aproxima-se daquela proposta pelo Fasb no SFAC 6: Decréscimo no ativo ou aumento no passivo durante um período resultante da entrega de produtos, aluguel de Servicos ou outra atividade que constitui a operação central do empreendimento. Ressalta uma diferença a ser destacada: o pronunciamento do Iasb não associa, necessariamente, a despesa à atividade central da entidade. O fato de a despesa estar associada ao decréscimo dos benefícios econômicos caracteriza-a como um fator negativo, que tende a reduzir a riqueza da empresa. Anteriormente, o foco da definição, encontrado nos pronunciamentos da contabilidade norte-americana, estava no “uso ou consumo de produtos ou Servicos no processo de obtenção de receitas”. Essa definição de despesa era, portanto, menos negativa do que a do Iasb. Um segundo aspecto a ser destacado diz respeito ao registro temporal da despesa, estando associado ao “período contábil”. Isso significa, em outras palavras, que a Contabilidade deve-se utilizar da confrontação para o seu registro. Embora algumas despesas estejam associadas ao caixa, muitas delas são inicialmente ativo. O momento pelo qual se formam despesas corresponde a expressão período contábil.
Ainda com respeito à definição de despesa, é importante salientar que o Iasb considera que as “perdas”, como sinistros (incêndio e inundações) ou decorrentes de venda de ativos não correntes, estão incluídas nesta. Estão inclusas neste conceito as perdas não realizadas, como os efeitos dos aumentos da taxa de câmbio de um empréstimo em moeda estrangeira. Desse modo, o Iasb evita o subjetivismo da segregação das perdas em relação as despesas decorrentes do que seriam “atividades normais da entidade”, conforme discutido anteriormente com as receitas e ganhos. Entretanto, geralmente as perdas são apresentadas separadamente, liquidas da receita, pois isto facilita a compreensão e a decisão dos usuários. Conforme apresentado também na Estrutura Conceitual da CVM e do CPC, as despesas tomam a forma de desembolso ou redução de ativos, como caixa ou equivalente, estoques e ativo imobilizado.
RECONHECIMENTO DA DESPESA
O Iasb considera que o reconhecimento da despesa, a exemplo do que ocorre com a receita, deva ser realizado “em bases confiáveis”. Em outras palavras, a despesa é reconhecida quando ocorrer o reconhecimento do ativo ou do passivo. Desse modo, a constatação da existência de uma obrigação numa entidade, por exemplo, um passivo trabalhista, leva ao lançamento da despesa no período contábil em que isso ocorrer.
A associação direta com a receita é o principal critério no reconhecimento. Essa associação recebe o nome de confrontação da despesa com a receita. Isso significa que se devem reconhecer ao mesmo tempo as receitas e as despesas resultantes do mesmo evento. Quando uma entidade vende uma mercadoria, o lançamento da receita leva ao reconhecimento de todas as despesas vinculadas a essa mercadoria. Esta é a base do Princípio de Competência, que envolve o reconhecimento simultâneo dareceita e da despesa.
MENSURAÇÃO DA DESPESA
Três aspectos são relevantes na mensuração da despesa: a questão da despesa a prazo, o conservadorismo e o impacto do sistema de custeio. Em situações de instabilidade, a mensuração da despesa, a exemplo do que ocorre com a receita, deve levar em consideração o valor do dinheiro no tempo.
TIPO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Subjacente à discussão de receita e despesa tem-se a questão sobre o que incluir na Demonstração do Resultado. Existem, basicamente, duas posturas. A primeira, que recebe o nome de “tudo incluído” ou all inclusive, é considerar que todas as receitas e despesas devem transitar pela demonstração. A escolha dessa postura apresenta duas vantagens que devem ser ressalvadas. Em primeiro lugar, exigir que todas as receitas e todas as despesas sejam consideradas no resultado promove e garante a evidenciação dos eventos que ocorrem na entidade. A possibilidade de que certas receitas e certas despesas sejam lançadas diretamente no patrimônio líquido implica num aumento no grau de possível manipulação contábil. Em segundo lugar, pesquisas realizadas nas últimas décadas mostraram ser possível avaliar uma entidade a partir de seu lucro, uma vez que todos os eventos – com exceção do aumento de capital ou distribuição de resultados aos acionistas – devem passar pela demonstração do resultado.

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