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ALMEIDA, MARIA DEISYELLE SIBALDINA DA SILVA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 
 
 
 
 
 
MARIA DEISYELLE SIBALDINA DA SILVA ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 A PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO NO TRATAMENTO DA 
DEPRESSÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 
2017 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO CAV 
NUCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHAREL 
 
 
 
MARIA DEISYELLE SIBALDINA DA SILVA ALMEIDA 
 
 
 
A PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO NO TRATAMENTO DA 
DEPRESSÃO. 
 
 
Trabalho de conclusão apresentado 
ao curso de educação física da 
Universidade federal de Pernambuco, 
Centro Acadêmico de Vitória, como 
requisito para obtenção do titulo de 
bacharel em educação física. 
Orientador: Adriano Bento Santos. 
 
 
 
 
 
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação na Fonte 
Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV. 
Bibliotecária Giane da Paz Ferreira Silva, CRB-4/977 
 
 
 
 
 
A447p Almeida, Maria Deisyelle Sibaldina da Silva. 
 A prática de exercício físico aeróbio no tratamento da depressão / Maria Deisyelle 
 Sibaldina da Silva. - Vitória de Santo Antão, 2017. 
 29 folhas: il. tab. 
 
 Orientador: Adriano Bento Santos. 
 TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV. 
 Bacharelado em Educação Física, 2017. 
 Inclui bibliografia. 
 
 1. Atividade física. 2. Depressão. 3. Exercício físico aeróbico. I. Santos, Adriano 
Bento (Orientador). II. Título. 
 
 
 
 796 (23.ed.) BIBCAV/UFPE-200/2017 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão apresentado 
ao curso de educação física da 
Universidade federal de 
Pernambuco, Centro Acadêmico de 
Vitória, como requisito para obtenção 
do titulo de bacharel em educação 
física. 
 
 
MARIA DEISYELLE SIBALDINA DA SILVA ALMEIDA 
 
 
 
 
A PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO NO TRATAMENTO DA 
DEPRESSÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 01/12/ 2017. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
________________________________________ 
Profº. Dr. Adriano Bento Santos (Orientador) 
Universidade Federal de Pernambuco 
 
 
 
______________________________________ 
Profº. Dr. José Antônio dos Santos (Examinador Interno) 
Universidade Federal de Pernambuco 
 
 
 
_________________________________________ 
Profº. Ewerton Thiago Pereira de Lima (Examinador Externo) 
Universidade de Pernambuco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho para uma das pessoas mais especiais da minha vida, minha 
avó Severina, que de uma forma indireta sempre esteve presente dentro de mim. 
Enquanto eu respirar me lembrarei da senhora. 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente а Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ао longo dе minha 
vida, por ter me dado saúde е força para superar as dificuldades. Ao meu amigo e 
orientador Adriano Bento pela confiança e empenho dedicado à elaboração deste 
trabalho. A minha família e amigos pelo incentivo, apoio e confiança. A todos que 
direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A depressão ou Transtorno Depressivo Maior é considerado uma das doenças do 
século que acomete os indivíduos, independentemente de idade, raça, sexo ou 
classe social. É uma doença que afeta o sistema nervoso central, interferindo na 
emoção, percepção, pensamento e comportamento do indivíduo. Há evidências que 
mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo depressivo, principalmente 
com relação aos neurotransmissores e seus receptores. Durante a prática de 
exercício físico, o organismo libera vários hormônios e neurotransmissores, entre 
eles a serotonina, endorfina e dopamina os quais, por sua vez, podem ajudar no 
tratamento da depressão. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar os 
efeitos da prática de exercício físico aeróbio em indivíduos com depressão. O 
presente trabalho consistiu numa pesquisa de revisão da literatura sobre o 
tratamento da depressão através do exercício físico, baseado em artigos e sites 
científicos de acesso livre. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 
foram selecionados 15 artigos para leitura completa. Todos os artigos propõem que 
o exercício aeróbio atua positivamente no tratamento da depressão em todos os 
níveis. 
Palavras Chaves: Depressão. Exercício. Aeróbio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The depression or depressive disorder is considered oneof the larger diseasesof the 
century that affects individuals, regardless of age, race, gender or social class. It is a 
disease that affects the central nervous system, interfering in the individual's 
emotion, perception, thought and behavior. There is evidence that shows chemical 
changes in the depressed individual's brain, especially with respect to 
neurotransmitters and receptors. During exercise, the body secret several hormones 
and neurotransmitters, including serotonin, endorphin, and dopamine which in turn 
can help treat depression. Therefore, the objective of the present study was to 
evaluate whether aerobic physical exercise acts positively or negatively in the 
treatment of depression. The present work consisted of a literature review in the area 
of physical education on the treatment of depression through physical exercise, 
based on articles and scientific sites of free access. After applying the inclusion and 
exclusion criteria, 15 articles were selected for complete reading. All articles propose 
that aerobic exercise acts positively in the treatment of depression at all levels. 
 
Keywords: Depression. Exercise. Aerobic. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
FA- Atenção focalizada; 
BI-Baixa intensidade; 
DSM-VI -Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais; 
MADRS- Escala de Avaliação de Depressão de Montgomery-Asberg; 
NPE- Exercício não Progressivo; 
PAE- Exercício Aeróbio Progressivo; 
DAS- Escala de Atitude Disfuncional; 
FC- Freqüência cardíaca; 
GC- Grupo Controle; 
TPH- Hidroxilase de Triptofano; 
5-HT- 5-hidroxitriptamina; 
BDIII- Inventario Beck Depression; 
LV-1- Limiar ventilatório; 
OMS- Organização Mundial de Saúde; 
PA- Pressão Arterial; 
ATQ- Pensamentos Negativos Automático; 
QV- Qualidade de Vida; 
5HT1A- Receptor 5-HT 1A; 
SD- Sintomas Depressivos; 
SNC- Sistema Nervoso Central; 
S+PAE- Sertralina Mais Exercício Aeróbio Progressivo; 
S+NPE- Sertralina Mais Exercício Não Progressivo; 
MDD- Transtorno Depressivo Maior; 
HIT- Treinamento Intervalado de Alta Intensidade; 
TA- Treinamento Aeróbio; 
TF- Treinamento de Força; 
 
 
 
VO2- Volume de Oxigênio. 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Quadro 1 - Fluxograma da sistemática de seleção dos artigos utilizados nesta 
revisão, p. 15, no período de 28/07/2017 a 29/09/2017. 
Tabela 2 – Tabela de resultados, p.16, produzida no período de 30/09/2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1INTRODUÇÃO................................................................................................. 12 
2OBJETIVOS..................................................................................................... 14 
2.1 OBJETIVOGERAL....................................................................................... 14 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................ 14 
3METODOLOGIA ..............................................................................................15 
4RESULTADOS ................................................................................................ 16 
5DISCUSSÃO ................................................................................................... 21 
6CONSIDERAÇÃO FINAL................................................................................. 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
1INTRODUÇÃO 
 
De acordo com OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE), até 2020, a 
depressão será a principal doença mais incapacitante em todo o mundo 
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2017).Supõe-se que a depressão 
representará a segunda doença mais comum após as doenças cardiovasculares no 
ano 2030, que é ainda mais comum do que as doenças tumorais (KERLINGet al., 
2016). No Brasil, os transtornos de depressão são responsáveis por uma enorme 
sobrecarga para os serviços de saúde, acometendo homens e mulheres ao longo da 
vida, respectivamente, 20% e 30% da população (OMS, 2017). A mesma é 
considerada uma das doenças do século, independentemente de idade, raça, sexo 
ou classe social. 
A depressão é um mal silencioso caracterizada por um déficit no 
funcionamento bioquímico das atividades de certos neurotransmissores. A 
serotonina, também conhecida como 5-hidroxitriptamina (5-HT), é um 
neurotransmissor de monoamina sintetizado nos núcleos de rafe, no tronco cerebral, 
que está intimamente relacionado com o humor e a depressão (KIMet al.,2015). A 
Triptofanohidoxilase ou triptofanomonooxigenase(TPH) é a enzima limitante da taxa 
na síntese de 5-HT, regulando a atividade de 5-HT no cérebro. O receptor 5-HT 1A 
(5HT1A) é um subtipo localizado na região pré-sináptica e pós-sináptica. A liberação 
pré-sináptica de 5-HT é regulada pelos autorreceptores 5-HT1A nos núcleos de rafe 
do mesencéfalo (KIMet al.,2015). 
Os eventos estressantes da vida tendem a diminuir o processo de formação 
de novos neurônios no cérebro (neurogênese), esses achados, dentre outros, 
levaram a uma hipótese de neurogênese da depressãoque propõe que a depressão 
seja acompanhada por uma perda de novos neurônios granulados, enquanto uma 
renovação dessas mesmas células pode reverter à sintomatologia depressiva 
(ALDERMANet al., 2015). Existem várias características que indicam uma pessoa 
depressiva. Pode ser o sentimento de culpa, por qualquer motivo aparentemente, 
stress, alucinações,baixa autoestima, perda do apetite, desnutrição, potencialmente 
perda de peso, traumas, isolamento e hipocondria, caracteriza-se por um medo 
excessivo que não é realista (LANUEZet al., 2011;CARNEIROet al., 
13 
 
 
2017;CASSANDRAet al., 2014). Isso pode induzir o desenvolvimento de transtornos 
psiquiátricos, como distúrbios do sono, ansiedade, distúrbios do apetite e em casos 
graves, suicídios (KIM et al.,2015). 
O diagnóstico da depressão passa muitas vezes despercebido, por falta de 
reconhecimento como doença, porque os seus sintomas são atribuídos a outras 
causas “doenças físicas, mal estar, stress, etc” (KIMet al., 2015). Um dos meios de 
diagnóstico da depressão é exame psiquiátrico minucioso, anamnese detalhada com 
o paciente e com familiares, todos esses realizados por psiquiatra. Um dos 
diagnósticos é a escala de Avaliação de Depressão de Montgomery-Asberg 
(MADRS) é uma escala de 10 itens usada para medir a gravidade dos sintomas 
depressivos. A escala tem como indicador de 0 a 63; classificadas com as escores 
entre (10 e 18) indicam depressão leve, entre (19 e 29) indicação de depressão 
moderada, e entre (30 e 63) indicam indivíduos com depressão grave 
(CASSANDRAet al., 2014). Outro meio de diagnóstico é o Manual de Diagnóstico e 
Estatística de Distúrbios Mentais - quarta edição (DSM-IV), onde as escores de 
depressão são classificadas como fracos (0-13), leves (14-19), moderado (20-28) e 
grave (29-63) de acordo com os critérios do DSM-IV (ZHAOet al., 2017). 
Dentre as estratégias de tratamento da depressão o exercício físico tem se 
mostrado uma boa alternativa não farmacológica. O exercício de predominância no 
metabolismo aeróbio, realizado com intensidade moderada, propicia alívio do 
estresse ou tensão, decorrentes de seus efeitos sobre os neuro-mediadores no 
sistema nervoso central (SNC) (ANTUNESet al., 2005). Ele estimula a liberação e 
recaptação dos neurotransmissores, reduzindo o impacto estressor do ambiente e 
com isso pode prevenir ou reduzir transtornos depressivos (ANTUNESet al., 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
2OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 Avaliar, através de uma revisão de literatura, os efeitos da prática de exercício 
físico aeróbio em indivíduos com depressão. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Avaliar se a prática de exercício físico aeróbio, auxilia na diminuição dos 
sintomas da depressão; 
 Relacionar benefícios desses exercícios tanto nos aspectos bioquímicos quanto 
fisiológicos; 
 Analisar através da revisão da literatura se o exercício físico atua positivamente 
ou negativamente no tratamento da depressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
3METODOLOGIA 
 
O presente trabalho consiste em uma pesquisa de revisão da literatura sobre 
o tratamento da depressão através do exercício físico, baseado em artigos e sites 
científicos de acesso livre. Foram realizadas buscas nas bases de dados SciELO, 
PubMed e LILACS, foram utilizados como descritores os termos “depressão”, 
“exercício” e “aeróbio”. Como critérios de inclusão foram utilizados artigos publicados 
entre 2002 e 2017, disponíveis na língua portuguesa e inglesa. Para o presente 
estudo, não foram considerados artigos de revisão sistemática, artigos não 
disponíveis, monografias, dissertações e livros. 
Foram encontrados 351 artigos disponíveis na língua portuguesa e inglesa. A 
partir deles foram selecionados 34 artigos por título, e excluído 317 por serem 
artigos de revisão, artigos não disponíveis, monografias, dissertações e livros. Foram 
selecionados 21 artigos pela leitura do resumo e metodologia, dos quais 15 artigos 
foram incluídos nesta revisão e lidos na íntegra (Quadro 1). 
 
Figura1 - Fluxograma da sistemática de seleção dos artigos utilizados nesta revisão. 
 
Fonte: (ALMEIDA, M. D. S. S., 2017). 
 
16 
 
 
4RESULTADOS 
Quadro 1 –Artigos incluídos na revisão sistemática após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. 
Autor/ 
Ano 
Características e 
tamanho da Amostra 
Metodologia Resultados Conclusões 
LANUEZ 
et al., 
(2011). 
 19 idosos de ambos o 
sexos com idade entre 
60 a 90 anos de 
idade. Sedentários ou 
que não se 
exercitasse nos 
últimos 6 meses, com 
ou sem o diagnóstico 
de depressão maior. 
Foram divididos em dois grupos onde cada grupo foi o controle de si mesmo. 
Grupo A: Exercícios aeróbios, acompanhado de caminhada. Grupo B: 
Exercícios de flexibilidade e equilíbrio, exercícios de alongamento ativo dos 
membros inferiores e superiores. Os programas de treinamento tiveram duração 
de 12 meses, 3 vezes por semana e cada sessão de treinamento teve duração 
de 50 minutos. 
Na análise intergrupo, foi 
observado que os idosos 
deprimidos do Grupo A 
apresentaram melhorias 
significativo quando 
comparados aos idosos 
deprimidos do Grupo B.O grupo 
A apresentou maior flexibilidade 
após 3 e 9 meses e o grupo B 
após 3, 6 e 9 meses.No grupo 
A, a melhora foi superior à dos 
indivíduos idosos não 
deprimidos de ambos os grupos. 
Exercício aeróbio 
promove melhora 
significativa na 
flexibilidade e no 
equilíbrio em idosos com 
depressão maior. 
MELOet 
al., 
(2014). 
52 idosos, de ambos 
os sexos, acima de 60 
anos de idade. 
Foram divididos em três grupos: Treinamento Aeróbio com intensidade 
moderada (TA, n=9) = “bicicleta estacionária”; Treinamento de Força (TF, n=6) = 
“exercícios para grandes grupamentos musculares” e Baixa Intensidade (BI, 
n=16) = mesmos exercícios do TF ou TA com intensidade de 20 a 30% 1RM. O 
programa de treinamento teve duração de três meses. 
Somente os gruposTA e TF 
reduziram significativamente os 
sintomas depressivos. Nenhuma 
alteração foi vista para o grupo 
Baixa Intensidade. 
O exercício físico 
aeróbiode intensidade 
moderada e de força 
podem promover 
melhoras nos sintomas 
de Depressão Maior e 
qualidade de vida em 
idosos depressivos. 
ANTUNE
Set al., 
(2005). 
46indivíduos 
sedentárioscom 
idades entre 60-75 
anos. 
A amostra foi dividida em dois grupos: 1) Controle (C, n=23), que foi orientado a 
não alterar suas atividades rotineiras e a não se engajar em um programa de 
exercício físico e 2) Experimental (E, n=23), que durante seis meses participou 
de programa de exercício em bicicleta ergométrica, três vezes por semana, em 
dias alternados, na intensidade do VT-1. Além disso, participaram de um 
programa de ginástica aeróbica (três vezes por semana) com monitoramento da 
PA e a FC. 
O grupo experimental 
apresentou redução dos 
escores de depressão e 
ansiedade e indicativos de 
melhora da qualidade de vida. 
Os dados sugerem que 
um programa de 
exercício em bicicleta 
ergométrica na 
intensidade do limiar 
ventilatório I (VT-1) é 
suficiente para promover 
modificações favoráveis 
nos escores indicativos 
de depressão e 
ansiedade, melhorando a 
qualidade de vida dos 
idosos. 
17 
 
 
ANTUNE
Set al., 
(2014). 
168 idosos, de ambos 
os sexos, com idades 
entre 60 e 75 anos (40 
mulheres e 128 
homens). 
A amostra foi dividida em sete grupos: a) Controle sedentário (CS, n=40); b) 
Controle resistido (CR, n=23); c) Caminhada (Ca, n=23); d) Lazer (L, n= 20); e) 
Cicloergômetro (Ci, n=23); f) Resistido 50% de 1RM (R50, n=19); e g) Resistido 
80% de 1RM (R80, n=20). Durante seis messes os respectivos grupos foram 
acompanhados por programas de treinamento físico, três vezes por semana. O 
grupo “a” permaneceu sem alterar suas atividades de rotina durante o período 
de estudo e não se engajou em nenhum programa de exercício físico, o grupo 
“b” compareceu no laboratório, mas realizou os exercícios sem carga, o grupo 
“c” realizou caminhadas de 60 minutos três vezes por semana, o grupo “d” 
participava de aulas recreativas duas vezes por semana, o grupo “e” realizou 
exercício físico no cicloergômetro três vezes por semana na intensidade do LV 
1, o grupo “f” realizou duas séries com oito repetições para cada série três 
vezes por semana com duração de 60 minutos a sessão e o treinamento para o 
grupo “g” foi similar ao grupo “f”, com o diferencial de utilizar 80% de 1RM como 
parâmetro de prescrição de exercício físico. Antes e imediatamente após o 
período de estudo, os voluntários foram submetidos a um protocolo de avaliação 
para determinação do consumo de oxigênio e responderam à Escala Geriátrica 
de Depressão. 
Os grupos “c” e “e”, que se 
exercitaram em intensidades 
com predomínio do metabolismo 
aeróbio, apresentaram redução 
nos escores de depressão. 
Contudo, as demais 
intervenções não foram 
suficientes para promover 
redução nessa variável. 
Os dados sugerem que 
exercícios com 
predominância no 
metabolismo aeróbio são 
mais efetivos em 
promover reduções em 
escores de depressão em 
idosos. 
MALACH 
et 
al.(2015). 
12 voluntários entre 
18 e 80 anos de 
idade, de ambos os 
sexos, diagnosticados 
com Episódio 
Depressivo Maior 
(MDD). 
A amostra foi distribuída aleatoriamente em 2 grupos: 1) exercício aeróbio (n = 
6) e 2) alongamento (n = 6). A duração de ambos os programas de exercícios 
foi de 21 dias, envolvendo um total de 12 sessões. O grupo 1 participou de 
quatro sessões de treino por semana, 30 minutos caminhando em uma esteira 
com intensidade moderada correspondente a uma frequência cardíaca de 60 - 
80% da frequência cardíaca máxima estimada. O grupo 2 realizou uma 
atividade de baixa intensidade consistindo em quatro sessões por semana de 30 
minutos de exercícios de alongamento leve. 
O exercício aeróbio mostrou-se 
mais eficaz em relação aos 
exercícios de alongamento. O 
exercício aeróbio melhora 
significativamente o resultado 
do tratamento quando 
adicionado à medicação 
antidepressiva. 
 
O exercício aeróbio 
parece mimetizar o efeito 
da farmacoterapia padrão 
de antidepressivos e 
melhora a depressão 
mesmo em pacientes 
depressivos resistentes. 
MURRIet 
al.,(2015). 
25 idosos sedentários 
de ambos os sexos 
(13 mulheres, 12 
homens) 
diagnosticados com 
MDD, entre 65-85 
anos de idade. 
 
Foram divididos em três gupos: 1) exercícios de maior intensidade = exercício 
aeróbico progressivo mais sertralina (S + PAE); 2) exercícios de menor 
intensidade, exercício não progressivo mais sertralina (S + NPE); e 3) sertralina 
isoladamente. Os pacientes do grupo 3 (sertralina isoladamente) participaram 
de um esquema de titulação lento para atingir a dosagem padrão de 50 mg 
dentro de 2 semanas, em seguida o grupo permaneceu nessa dosagem. O 
grupo 2 (S+ NPE) se exercitava três vezes por semana, em dias alternados com 
duração de 60 minutos, realizavam exercício para melhorar a força, o equilíbrio, 
a respiração e a coordenação motora, em intervalos de frequência cardíaca 
projetados para não exceder 70% de sua taxa máxima com ingestão de 
sertralina. O grupo 1 (S + PAE) se exercitava três vezes por semana, em dias 
alternados com duração de 60 minutos, realizando ciclismo visando melhorar a 
condição cardiopulmonar em uma intensidade que manteria a frequência 
cardíaca dentro da faixa de treinamento designada (60% da frequência cardíaca 
máxima), com ingestão de sertralina. 
Três quartos dos pacientes que 
receberam exercício físico como 
complemento da terapia com 
sertralina atingiram remissão no 
período de estudo - muito além 
daqueles que receberam 
sertralina sozinhos. Além disso, 
a remissão foi mais rápida do 
que é comumente observada 
para o antidepressivo. 
Combinação de exercício 
físico de alta ou baixa 
intensidade com 
antidepressivos é mais 
eficaz do que a terapia 
com fármacos 
antidepressivos sozinha 
em adultos mais velhos 
com depressão maior. 
18 
 
 
 
 
 
 
 
KERLING 
et al., 
(2016). 
25 pacientes com 
idade entre 18 e 65 
anos, de ambos os 
sexos diagnosticados 
com MDD. 
Os parâmetros de capacidade aeróbica, como desempenho máximo, consumo 
máximo de oxigênio e LVA (limiar anaeróbico ventilatório), foram avaliados em 
uma bicicleta ergométrica antes e seis semanas após um período de 
treinamento (três vezes por semana durante 45 min em duas máquinas de 
resistência). Além disso, um teste de carga constante foi realizado em 50% do 
desempenho máximo antes e após o período de treinamento. Os dados de 
desempenho foram comparados com 25 controles saudáveiscombinados para 
sexo, idade e índice de massa corporal antes e após o período de treinamento. 
Comparados aos controles, os 
pacientes com MDD 
apresentaram uma capacidade 
aeróbia significativamente 
menor. Após o treinamento, 
houve uma melhoria significativa 
em seus dados de desempenho. 
Uma diferença significante 
manteve-se apenas para o LVA 
entre pacientes com MDD e 
controles saudáveis. 
Treinamento em bicicleta 
ergométrica melhora a 
capacidade aeróbia de 
pacientes com MDD. 
 EL-
RAFIEet 
al., 
(2016). 
100 mulheres 
grávidas tratadas, 
entre 20 e 35 anos. 
As participantes foram divididas em dois grupos (n = 50 no grupo de exercícios 
aeróbico e n = 50 no grupo de controle). O grupo de exercícios participou de 
três aulas por semana com duração de 60 minutos cada aula durante 12 
semanas. As atividades em cada sessão incluíram caminhar, exercícios 
aeróbicos de intensidade moderada a vigorosa, alongamento e relaxamento. O 
grupo controle completou seus pré-natais habituais sem participar de nenhum 
programa de exercício. A Escala de Depressão do Centro de Estudos 
Epidemiológicos (CES-D) foi utilizada para avaliar os sintomas de depressão na 
primeira entrevista e imediatamente após a intervenção de 12 semanas. 
O grupo que se exercitou 
apresentou uma melhora 
significativa dos sintomas 
depressivos após o programa 
de exercícios aeróbicos em 
comparação com ogrupo 
controle. 
O exercício aeróbio 
durante a gravidez foi 
positivamente associado 
a redução dos sintomas 
depressivos. 
SAMAD 
ESMAEIL
ZADEH 
(2015). 
456 participantes com 
idade entre 7 e 11 
anos. 
As crianças foram submetidas à avaliação antropométrica padrão e a vários 
testes físicos (capacidade aeróbica, força, velocidade, potência, agilidade, 
coordenação e flexibilidade). O inventário de depressão infantil (CDI), um 
questionário confiável e bem valido de vinte e sete itens com pontuações totais 
variando de 0 a 54, foi completado pelos meninos, para avaliar sintomas 
depressivos (SD). A duração de pesquisa foi de nove messes. 
Após o ajuste para potenciais 
fatores de desordem (idade, 
status socioeconômico e 
adiposidade), a atividade física 
(AF) foi significativamente 
relacionada ao SD. Entre os 
testes de aptidão física, apenas 
o tempo na corrida/caminhada 
de uma milha foi 
significativamente relacionado 
ao SD. 
A atividade física e a 
atividade aeróbia foram 
inversamente 
correlacionadas com SD; 
No entanto, não foi 
observada relação 
significativa entre SD e os 
testes de resistência 
muscular nas crianças. 
19 
 
 
Cont. Quadro 1. 
 
 
Heggelun
detal.,(20
14). 
53 indivíduos (20 
pacientes com 
esquizofrenia, 13 
pacientes com 
depressão e 20 
indivíduos saudáveis). 
 
Após o treinamento de familiarização do HIT, os indivíduos realizaram o HIT de 
4 × 4mini-intervenções em 85-95% da frequência cardíaca máxima, intermitente 
por 3 minutos de descanso ativo a 70% do pico de frequência cardíaca. O treino 
de intensidade aeróbica alta foi realizada em uma esteira. Os questionários de 
auto avaliação de afeto positivo, afeto negativo, estado de ansiedade, bem-
estar, angústia, estado psicológico e fadiga foram completados 10min antes 
(pré) HIT, 15min após (pós-) HIT e 3h após HIT. 
Todos os três grupos 
melhoraram o efeito positivo e o 
bem-estar 15 min após o HIT, 
mas apenas os pacientes com 
depressão mantiveram o efeito 
após 3h. Pacientes com 
depressão ou esquizofrenia 
reduziram o estado de angústia 
e estado de ansiedade 15min 
após HIT e 3h após HIT. A 
melhora em dificuldade 
psicológica 15min após HIT foi 
maior em pacientes com 
depressão em comparação com 
indivíduos saudáveis . 
O treino de intensidade 
alta usado como uma 
intervenção melhorou o 
afeto e o bem-estar e 
reduziu o estado de 
ansiedade e angústia em 
pacientes com depressão 
e esquizofrenia. 
 
ZARSHE
NASet 
al.,(2013). 
85 indivíduos 
deprimidos, de ambos 
os sexos, idade entre 
18 a 45 anos. 
 
A amostra foi dividida em dois grupos; Grupo 1 exercício aeróbio (EA, = 41) e 
grupo 2 controle (C, = 41). O estudo teve duração de 4 semanas. O exercício 
aeróbico começou com um "aquecimento", seguido de alongamento dinâmico, 
depois continuando com jogging lento (10 minutos). Os movimentos foram 
realizados com intensidade de 60% a 80% da frequência cardíaca máxima com 
duração de 30 a 35minutos, com movimentos de mão e pés unilaterais e 
bilaterais mais rápidos. O grupo 2 controle não participou de qualquer tipo de 
exercício. 
A depressão, os pensamentos 
automáticos (frequência, 
crenças e os pressupostos 
disfuncionais) diminuem durante 
o exercício aeróbio. No entanto, 
só foi significativo para a 
depressão.O pós-teste revelou 
uma interação significativa entre 
a redução dos sintomas da 
depressão e o treinamento físico 
no grupo de exercícios em 
comparação com o grupo de 
controle. 
4 semanas de exercício 
aeróbico podereduzir os 
sintomas da depressão e 
melhorar alguns aspectos 
das atitudes da imagem 
corporal. O exercício 
aeróbio de curto prazo 
pode ser usado como um 
método efetivo de 
tratamento para os 
transtornos. 
ALDERM
ANet al., 
(2015). 
52 participantes (22 
deprimidos e 30 
indivíduos não 
deprimidos). 
Cada sessão consistia em 30 minutos de meditação de atenção focalizada (FA) 
e 30 minutos de exercícios aeróbicos de intensidade moderada. Com 3 sessões 
por semana durante 8 semanas.Na meditação, os participantes foram instruídos 
a concentrar seu foco de atenção na respiração e a contar cada respiração. 
Após a sessão de meditação, os participantes realizaram os exercícios 
aeróbicos com intensidade moderada durante 30 min. Com aquecimento de 5 
minutos, os participantes exercitaram-se em uma esteira ou cicloergômetro em 
uma faixa de frequência cardíaca (FC) correspondente ao pico de 50-70% do 
VO2máx. 
Os pacientes relataram 
sintomas significativamente 
menos depressivos e 
pensamentos ruim ativos. 
Indivíduos saudáveis típicos 
também relataram sintomas 
menos depressivos no 
seguimento. 
 
Uma combinação dos 
dois (exercício aeróbico + 
meditação) pode ser 
particularmente eficaz no 
aumento dos processos 
de controle cognitivo e na 
diminuição dos padrões 
de pensamento ruim 
ativo. 
20 
 
 
Cont. Quadro 1. 
Fonte: (ALMEIDA, M. D. S. S., 2017). 
CASSAN
DRAet al., 
(2014). 
52 participantes de 
ambos os sexos, da 
população Chinesa 
entre 18 e 64 anos, 
sedentários e com 
depressão. 
 
A amostra foi dividida em dois grupos: Grupo de exercícios aeróbicos (EA, 
n=26) e grupo controle (C, n=26). A pesquisa teve duração de 3 semanas. O 
grupo de exercícios físicos participaram de cincosessões em dias alternados 
durante três semanas consecutivas. Todos os grupos iniciaram com 
alongamento dos grandes grupos musculares, 30 minutos de caminhada e 
terminaram com exercício de volta a calma, 5 minutos (exercício de 
alongamento do grupo de crescimento alargado).Os sujeitos do grupo de 
controle foram lembrados de manter seu nível de atividade física como de 
costume. 
No grupo EA observou-se uma 
melhora na flexibilidade e 
redução significante nos 
sintomas da depressão. 
 
O exercício aeróbio, além 
da intervenção 
farmacológica, pode ter 
um efeito sinérgico na 
redução dos sintomas 
depressivos e aumento 
da flexibilidade entre a 
população chinesa com 
depressão leve a 
moderada. 
ZHAO et 
al.,(2017). 
189 pacientes que 
fazem tratamento de 
hemodiálise crônica. 
Foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de medicamentos (MG, 
recebeu escitalopram diário de 20 mg), medicação e exercício aeróbico (MAG, 
recebeu escitalopram diário de 20 mg e treino em bicicleta seis vezes por 
semana), e apenas o exercício aeróbio (AG, recebeu placebo diário de 20 mg e 
treino de bicicleta seis vezes por semana). A qualidade de vida (levantamento 
de saúde de curto prazo, com questionaria 36 itens) e a gravidade da depressão 
de acordo com os critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios 
Mentais, 4ª edição foram mensuradas antes e no final do estudo. Os níveis 
séricos deinterleucina IL-6 e IL-18 foram medidos. Os exercícios aeróbicos 
foram executados após 1 hora da hemodiálise. Todo o experimento durou 18 
semanas. 
A qualidade de vida foi 
melhorada e a gravidade da 
depressão foi significativamente 
reduzida nos grupos MAG e AG 
quando comparada com o grupo 
MG. Os níveis séricos de 
interleucina IL-6 e IL-18 foram 
os maiores no grupo MG, 
moderados no grupo MAG e os 
mais baixos no grupo AG. Por 
outro lado, os níveis séricos de 
IL-6 e IL-18 estavam 
intimamente associados com os 
escores de depressão. 
O exercício aeróbio 
melhora a qualidade de 
vida e diminui a 
gravidade da depressão 
dos pacientes submetidos 
à hemodiálise, afetando 
os níveis de IL-6 e IL-18. 
O andar de bicicleta é 
uma maneira potencial 
para a terapia de 
depressão dos pacientes 
em hemodiálise crônica. 
SADEGHI
et al., 
(2017). 
85 indivíduos 
deprimidos, de ambos 
os sexos (48 homens 
e 37 mulheres). 
A amostra foi dividida em dois grupos: 1) grupo experimental (E, n=37) e um 
grupo de controle (C, n=48). O grupo experimental participou de oito sessões de 
exercício aeróbio (três vezes por semana, com duração de 1h por sessão), 
enquanto o grupo controle não recebeu nenhum tratamento. Foramutilizados 
como instrumentos de coleta de dados o Inventário Beck Depression (BDIII), 
pensamentos negativos automáticos (ATQ) eescala de atitude disfuncional 
(DAS). 
A depressão, a frequência de 
pensamentos automáticos e os 
pressupostos disfuncionais 
diminuíram no grupo 
experimental. No entanto, só foi 
significativo para a depressão. 
Parece que o exercício 
aeróbio é eficiente em 
reduzir os componentes 
cognitivos 
separadamente, levando 
a reduzir a depressão. 
21 
 
 
5 DISCUSSÃO 
De acordo com os resultados obtidos, 33,33% dos artigos analisados 
utilizaram como amostra pessoas idosas acima de >60 anos de idade. Os artigos 
que utilizaram adultos e idosos de idade entre 18 a 80 anos correspondem a 
33,33%, apenas um artigo utilizou como amostra crianças de idade entre 7 a 11 
anos correspondendo a 6,66% da pesquisa. Em adição, 26,66% dos artigos não 
utilizaram idade como critério de inclusão da amostra. 
O número de artigos que utilizam como amostra indivíduos adultos e idosos 
foi superior, isso corrobora com os estudos que propõem que a depressão é mais 
propícia nesses grupos (LANUEZet al., 2011). Em idosos o desenvolvimento da 
depressão tem um caráter multifatorial, dentre eles, alterações biológicas, redução 
das perspectivas sociais, fragilidade estruturais e funcionais, baixa auto-estima, 
desnutrição, potencial perda de peso, além de disfunções neuroendócrinas e 
neuroquímicas que ocorrem no cérebro durante o envelhecimento (LANUEZet al., 
2011). Em adultos esse índice também é considerado alto e foram relatados como 
principais fatores de risco para a depressão, o stress, perda de um ente querido, 
traumas, gravidez, vulnerabilidade social-material, o endividamento, as condições de 
trabalho precárias e o desemprego (CARNEIROet al., 2017). Em crianças, a 
depressão está relacionada a problemas familiares, a morte de um dos pais, dos 
avôs ou de um ente querido, maus tratos dentro da família, filho indesejado, filho 
somente de um dos pais e alcoolismo (VARELLA,2012). Em adição, é importante 
apontar que pesquisas recentes mostraram que crianças vítimas de violência e 
abuso sexual têm risco aumentado de desenvolver depressão (HIRATA, 2016). 
Nosso estudo verificou que todos os 15 artigos utilizaram como metodologia o 
exercício aeróbio no tratamento da diminuição dos sintomas da depressão, com 
maior predominância na intensidade moderada. Dentre as práticas mais utilizadas 
nos estudos temos o alongamento, a flexibilidade, a caminhada e a bicicleta 
ergométrica. Além do exercício aeróbio, 3 artigos utilizaram como metodologia o 
treinamento intervalado de alta intensidade (Hit) e o treinamento resistido de 50% á 
80% de uma repetição máxima (RM) (HEGGELUNDet al.,2014; MELOet al., 2014; 
ANTUNESet al., 2014). Vários estudos mostraram que o exercício físico regular tem 
uma influência favorável nos sintomas de ansiedade e depressão, embora seja 
22 
 
 
necessário o certo nível mínimo de atividade para que essas intervenções sejam 
efetivas (ANTUNESet al., 2005). 
Os resultados dos artigos analisados mostram que os exercícios executados 
em intensidade moderada e com predomínio no metabolismo aeróbio, como 
caminhada e exercício físico realizado em cicloergômetro, ambos executados na 
intensidade do limiar ventilatório (LV-1), tiveram os melhores resultados na 
diminuição dos escores de depressão (ANTUNESet al., 2014). Isso condiz com o 
artigo em que, o grupo que praticou exercício aeróbio mostrou uma melhora 
significativa dos sintomas de depressão (RAFIEet al., 2016). Já no estudo que 
utilizou a flexibilidade como exercício aeróbio observou-se uma melhora na mesma e 
na diminuição dos sintomas depressivo (CASSANDRAet al., 2014). 
Tem sido proposto que o exercício físico tem uma importante participação no 
tratamento da depressão por meio de adaptações na síntese e disponibilidade de 
neuromoduladoresno sistema nervoso central (SNC) (ANTUNESet al., 2005). O 
exercício pode afetar o funcionamento central das monoaminas, produzindo mais 
ácidos graxos basais livres e aumentando os níveis de triptofano livres, o que 
poderia impulsionar a síntese da serotonina, através do aumentando da 
disponibilidade do seu precursor (triptofano) no SNC (ANTUNESet al., 2005). Em 
adição, sabe-se que o exercício físico promove aumento da ß-endorfina na corrente 
sanguínea para reduzir a atividade do sistema nervoso simpático e proporcionar 
alívio analgésico de dor associada ao exercício extenuante (ANTUNESet al., 2005). 
Além disso, a ß-endorfina pode influenciar a liberação de Dopamina e, portanto, 
ativar áreas de prazer e satisfação no cérebro. Alguns autores sugerem que a ß-
endorfina pode ser interpretada como um marcador de estresse em indivíduos 
deprimidos (ANTUNESet al., 2005). O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) 
é um forte candidato a mediar o alívio dos sintomas depressivos pelo exercício 
físico, devido a seu papel importante na neuroplasticidade, participação na 
transmissão neural, modulação, proliferação celular e no processo de formação de 
novos neurônios no cérebro (neurogênese) (ANTUNESet al., 2014). É possível que 
em intensidades moderadas, como é o caso do limiar ventilatorio (LV-1), possa 
ocorrer ativação desse fator neurotrófico, que por sua vez atuaria como elemento 
importante e coadjuvante na terapêutica dessa condição (ANTUNESet al., 2014). 
23 
 
 
Dentre as estratégias de tratamento da depressão foram encontrados três 
artigos que verificaram que a medicação farmacológica e a psicoterapia 
apresentaminfluências positivas no tratamento da depressão (MALACHet al., 2015; 
MURRIet al., 2015; ZHAOet al., 2017).O uso do exercício físico como uma 
alternativa não farmacológica é um importante coadjuvante na terapêutica da 
depressão, por promover alívio de sintomas desagradáveis (ANTUNESet al., 2014). 
Isso condiz com o estudo em que o exercício aeróbio demonstrou reduzir os 
sintomas depressivos quando usado em combinação com outros fármacos, o 
exercício aeróbio usado como uma pratica não farmacológica atua aumentando o 
efeito da farmacoterapia padrão de antidepressivos e melhora a depressão mesmo 
em pacientes depressivos resistentes (MALACHetal.,2015). No artigo em que os 
pacientes que receberam exercício físico como complemento de terapia com o 
antidepressivo Sertralina atingiram remissão no período do estudo mais rápido, 
muito além daqueles que receberam Sertralina sozinho (MURRIet al., 2015). 
Recomenda-se que os exercícios aeróbios sejam realizados três vezes por 
semana, já que a maiorias dos estudos utilizarão esse tempo de execução 
(ALDERMANet al., 2015). Os antidepressivos não são as únicas terapias 
relacionadas à depressão conhecidas por aumentar a neurogênese, mais 
notavelmente, o exercício aeróbio pode aumentar consideravelmente o número de 
células que são produzidas no hipocampo (ALDERMANet al., 2015). Os animais que 
têm a oportunidade de correr diariamente podem produzir quase duas vezes mais 
células novas do que os animais controles sedentários (ALDERMANet al., 2015). 
Isso corrobora que o exercício aeróbio, além da intervenção farmacológica pode ter 
um efeito sinérgico na redução dos sintomas de depressão (CASSANDRAet al., 
2014). Muitos estudos relataram que o exercício físico afeta positivamente a 
sintomatologia depressiva e a qualidade de vida em depressão leve, moderada e 
grave (CARNEIROet al., 2017). O artigo de (MELO et al., 2014), Compara as 
diferentes intervenções com o exercícios físicos, na qualidade de vida (QV) e nos 
sintomas depressivos em idosos com depressão leve ou moderado. Entre os grupos 
são; Treinamento Aeróbio (TA), Treinamento de Força (TF), grupo Baixa Intensidade 
(BI) e Grupo Controle (GC). O TA foi capaz de promover melhora nos aspectos 
físicos, enquanto o TF melhorou também os aspectos sociais e saúde mental. Isso 
condiz com o artigo que, um programa de exercício em bicicleta ergométrica 
24 
 
 
“aeróbio” na intensidade do limiar ventilatório I, é suficiente para promover 
modificações favoráveisnos escores indicativos de depressão e ansiedade e 
melhora a qualidade de vida em idosos (ANTUNESet al., 2005). No geral, os 
benefícios bem fundamentados na literatura científica incluem uma diminuição dos 
sintomas depressivos e melhora nas medidas antropométricas, capacidade aeróbia, 
e qualidade de vida (CARNEIROet al., 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
6CONSIDERAÇÃO FINAL 
O exercício aeróbio de intensidade moderada atua positivamente no 
tratamento da depressão, diminuindo os seus sintomas em todos os níveis e para 
todas as faixas etárias. Dessa forma a prática regular de exercício aeróbio é um 
importante coadjuvante no tratamento da depressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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