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CA PÍT ULO GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial O ESPAÇO GEOECONÔMICO INDUSTRIAL 11 CA PÍT ULO R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 1 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Indústria e sociedade de consumo • Indústria: atividade que transforma matérias-primas em produtos por meio do trabalho e do capital. • A utilização de produtos industrializados é cada vez maior, mesmo em regiões distantes das áreas de produção e das cidades. • Os grandes parques industriais deslocaram-se para os países em desenvolvimento – mão de obra abundante, baixos salários e plataformas de exportação. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 2 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Indústria e sociedade de consumo EQUADOR 0º 0º CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO TRÓPICO DE CÂNCER M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO ESTADOS UNIDOS CANADÁ MÉXICO BRASIL MARROCOS EUROPA OCIDENTAL LESTE EUROPEU RÚSSIA TUNÍSIA EGITO TURQUIA PAQUISTÃO ÍNDIA CHINA JAPÃO COREIA DO SUL AUSTRÁLIA INDONÉSIA MALÁSIA VIETNÃ TAILÂNDIA BANGLADESH FILIPINAS TAIWAN ORIENTE PRÓXIMO ÁFRICA DO SUL ARGENTINA Polo “histórico” com perda de hegemonia (séc. XIX e séc. XX) Grande polo emergente (final do séc. XX e princípio do séc. XXI) Deslocamento e distribuição dos grandes polos industriais Polo secundário emergente (séc. XXI) Deslocamento das indústrias Segunda fase de deslocamento Deslocamento dos grandes polos industriais no mundo FE R N A N D O J O SÉ F ER R EI R A 1420 km Fonte: BRÉVILLE, Benoit; VIDAL, Dominique. Atlas de historia crítica y comparada. Fundación Mondiplo/Uned: Valência, 2015. p. 166. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 3 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES O desenvolvimento da indústria 1º estágio: atividade artesanal – produção individual realizada pelo artesão com ferramentas simples. 2º estágio: indústria manufatureira – divisão de tarefas e o uso de ferramentas e máquinas simples. Surgem os donos dos meios de produção e os trabalhadores assalariados. 3º estágio: indústria maquinofatureira – inovações técnicas, que darão origem à Revolução Industrial. Uso do carvão como fonte energética e de ferrovias e barcos a vapor; expansão dos mercados consumidores. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 4 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Operários produzindo em linha de montagem da Ford (Estados Unidos, 1915). Modelos de organização do trabalho industrial • Taylorismo: racionalização, controle e aumento da produtividade do trabalho. • Fordismo: linhas de montagem – cada operário realiza uma função específica e especializada. • Toyotismo: produção flexível – as equipes de trabalho participam de todas as etapas da produção. N AT IO N A L M O TO R M U SE U M /H ER IT A G E IM A G ES /G ET TY IM A G ES R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 5 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES A geografia da indústria • As primeiras indústrias concentravam-se na Europa, nas áreas periféricas das cidades, nas proximidades de vias de transporte e de áreas produtoras de energia. • Após a Segunda Guerra Mundial, países menos desenvolvidos atraíram indústrias, com vantagens fiscais, mão de obra barata, legislação ambiental e trabalhista pouco rigorosa e expressivo mercado consumidor. • Os países desenvolvidos hoje controlam as tecnologias essenciais e sediam as grandes empresas. Grande parte da produção física cabe aos menos desenvolvidos. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 6 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES A geografia da indústria EQUADOR TRÓPICO DE CÂNCER CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO 0° 0° UE OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Capitalização financeira (em bilhões de dólares) 15.644 6.000 2.000 500 27 A classificação engloba as 500 maiores empresas multinacionais em termos de capitalização financeira em 31 mar. 2015. Estados Unidos União Europeia China Reino Unido Japão França Alemanha Hong Kong Suíça Canadá 15.644 5.987 2.755 1.813 1.678 1.254 1.208 1.123 1.103 817 As 500 maiores transnacionais — 2015 FE R N A N D O J O SÉ F ER R EI R A 1370 km Fonte: SCIENCES PO. Les 500 premières firmes multinationales 2015. Disponível em: <http://mod.lk/bhqqj>. Acesso em: mar. 2017. PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Tipos de indústria • Bens de produção ou de base: transformam e processam matéria-prima para outras indústrias. Ex.: mineração e petróleo, siderúrgicas, metalúrgicas. • Bens intermediários: fornecem máquinas e equipamentos para as indústrias de bens de consumo. Ex.: indústrias mecânica, naval e de autopeças. • Bens de consumo: produzem mercadorias voltadas para o consumidor final, dividindo-se em bens duráveis e bens não duráveis. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 8 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Estratégias de controle da produção • Desconcentração: remoção de unidades produtivas de antigas regiões industriais e instalação de novas em regiões pouco industrializadas. Comum em setores de alta tecnologia e pouca necessidade de mão de obra. • Descentralização: política de desenvolvimento industrial – o governo favorece a implantação de empresas em regiões periféricas por meio de incentivos fiscais e de investimentos em melhoria da infraestrutura. • Localização flexível: dispersão da produção em várias unidades, podendo ocorrer em escalas local, regional ou global. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 9 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Produção industrial — 2010 0° De 100 a 895 De 1.100 a 3.700 De 4.000 a 6.700 De 7.000 a 10.100 Produção industrial (dólares per capita) 50 Valor adicionado das manufaturas (em bilhões de dólares) 1.800 800 250 100 ESTADOS UNIDOS RUN ALEMANHA ÁFRICA DO SUL ÍNDIA CHINA MALÁSIA AUSTRÁLIA BRASIL FRANÇA ESPANHA MÉXICO ITÁLIA POLÔNIA TUQ RÚSSIA COS JAPÃO TAILÂNDIA CINGAPURA INDONÉSIA EQUADOR TRÓPICO DE CÂNCER TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO FE R N A N D O J O SÉ F ER R EI R A 2010 km Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 50. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 10 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Estratégias de controle do mercado • Truste: união de diversas empresas cujo objetivo é controlar as fontes de matérias-primas, bem como todas as fases de produção e de distribuição do produto para o mercado consumidor. • Cartel: acordo comercial entre empresas que dividem o mercado consumidor entre si, determinando um preço único para os seus produtos. • Dumping: cartéis vendem seus produtos a preços inferiores aos custos para eliminar os concorrentes e conquistar maiores fatias do mercado. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 11 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES A geografia industrial da Revolução Técnico-Científico-Informacional • Informática: armazenamento e transmissão de informações. • Biotecnologia e engenharia genética: abrangem aplicações biológicas, médicas e agropecuárias de alta tecnologia.• Novas técnicas e materiais de produção: compreendem a fabricação de circuitos integrados, a utilização de materiais revolucionários e nanotecnologia, por exemplo. • Fontes energéticas alternativas: envolvem reatores nucleares de nêutrons, pilhas e células de combustíveis e eletricidade fotovoltaica. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 12 7/3/17 5:00 PM PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES A geografia industrial da Revolução Técnico-Científico-Informacional Fonte: WORLD BANK. Research and development expenditure (% of GDP). Disponível em: <http://mod.lk/1ouac>. Acesso em: mar. 2017. EQUADOR 0º 0º TRÓPICO DE CÂNCER CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO CÍRCULO POLAR ÁRTICO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO 0% Sem dados 4% (% do PIB) Investimentos em pesquisa e desenvolvimento — 2011-2015 FE R N A N D O J O SÉ F ER R EI R A 1810 km PARTE 2 CAPÍTULO 11 O espaço geoeconômico industrial GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Polos tecnológicos • União entre empresas e instituições de pesquisa de alta tecnologia, como as universidades. Ex.: Vale do Silício (EUA). • Concentração de empresas e instituições de pesquisa em áreas contíguas: incentivo às pesquisas científicas que possam agregar valor aos produtos industriais. • Os primeiros polos tecnológicos brasileiros se formaram na década de 1980. Como também acontece em outras partes do mundo, resultam da presença de mão de obra altamente qualificada. R3-VDG-SP-AULA-P02-C11-M17.indd 14 7/3/17 5:00 PM
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