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O Caso dos Exploradores de Cavernas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIHORIZONTES
CURSO DE DIREITO
NATALHIA VIEIRA ANACLETO 
O CASO DOS EXLORADORES DE CAVERNAS
Belo Horizonte
2020
Como já foi dito no caso dos exploradores que o trabalho de resgate foi de uma dificuldade esmagadora. Foi montado um enorme acampamento para trabalhadores, engenheiros, geólogos e outros especialistas além de uma alta quantia gasta (800 mil frelares) em busca de resgatar tais exploradores. Sabia-se que eles haviam levado poucas provisões e que também não havia matéria animal ou vegetal na caverna da qual pudessem subsistir, sabendo que o resgate levaria mais dez dias e que não tinha mais nenhum tipo de provisão possível, Whetmore propôs que tirassem na sorte jogando dados para determinar qual deles deveria ser consumido para que os outros pudessem ser resgatados.
FUNDAMENTOS CONTRÁRIOS À CONDENAÇÃO DOS EXPLORADORES
Foi justamente Whetmore que propôs para os companheiros se seria aconselhável que um deles fosse sacrificado, eles consultaram opiniões externas acerca do que iriam fazer, porém como estavam em um mundo ordinário e não submetidos ao da realidade dos confinados que “distante das regras naturais” podiam criar suas próprias para fins de sobrevivência, como nas favelas cariocas ou na periferia da cidade de São Paulo na qual a ausência estatal faz com que os criminosos criem suas normas de conduta, na caverna elas também foram criadas em forma de um jogo para asseguram a sobrevivência da maioria. A lei positivista de Newgarth se baseia na possibilidade da coexistência entre homens na sociedade, quando ocorre uma situação que a existência se torna impossível, então a condição que respalda todos os precedentes e disposições legais deixa de existir, como aconteceu nessa extraordinária situação em que a preservação da vida só se tornou possível pela privação da vida, então as premissas básicas subjacentes a toda ordem jurídica perde seu significado e sua força. Ao se aplicar a lei da Legitima defesa podemos analisar a falta de crime nesse caso, por qual motivo esses homens mataram? Sem sombra de dúvidas para salvar suas vidas, se eles não matassem a vida daqueles dez trabalhadores que se sacrificaram na tentativa de resgata-los teria sido em vão e então teríamos dois modelos de morte: a primeira por inanição e o segundo porque certamente Whetmore levaria adiante se caso a sorte tivesse caído sobre seus companheiros. Então vamos levar em conta defesa x inanição, eles já estavam cerca de vinte dias sem comer, a fome trazendo ao corpo o desespero, a angustia, a dor, o medo, transtornos psicológicos e emocionais, antes de qualquer ato cometido a vitima sugeriu e pediu conselho, e todos optaram por não aconselhar e por eles estarem numa situação que difere da realidade, e deram a entender que estariam praticando um ato criminoso mais estaria poupando a vida daqueles demais que visavam o resgate e precisavam de alimento, e que se trata de uma ética utilitarista que apresenta a ação útil como a melhor ação. Ali naquele momento presos nas cavernas eles se tornaram uma sociedade, diferente da sociedade atual já que aqui existe liberdade, alimento e normas que regulam o comportamento humano, já que naquele momento nas cavernas a necessidade humana gritou mais alto, naquele momento foi feito normas de acordo com a necessidade social vivida, então a decisão não foi tomada com razão, mas sim com a vida em risco com emoção, ação que considerada hostil na sociedade atual porem estes não passaram por tal situação que aqueles exploradores passaram.
FUNDAMENTOS FAVORÁVEIS A CONDENAÇÃO DOS EXPLORADORES
Primeiramente iremos analisar o código criado na qual foi possível o resgate dos outros quatros exploradores, esse código que foi proposto por nossa vitima, onde antes que os dados fossem lançados declarou que ele desistia do acordo, pois decidira esperar mais uma semana antes de adotar uma medida tão terrível e odiosa, porem mesmo assim seus companheiros procederam com o lançamento dos dados e quando chegou à vez de Whetmore, os dados foram lançados em seu lugar por um dos réus. Este código de natureza tão complicado e odioso é um código sob o qual um homem pode fazer um acordo válido que confere a seus companheiros o poder de consumir seu corpo. Mesmo que a defensoria alega que os réus, estavam sob a lei da natureza e fora de uma norma social, em um ambiente fechado, com fome, e sem a certeza de quando sairiam de lá, e por tal motivo eles não possuem condições psicológicas para serem responsabilizados pelo crime cometido, mais como poderiam estar fora da razão? Eles tiveram discernimento para realizar um contrato verbal, onde o que estava em jogo era a vida de um deles, e coincidentemente foi Whetmore, eles tiveram plena consciência de planejar, premeditar e executar a vitima. A aplicação da lei que determina ser crime assassinar outro aos fatos peculiares deste caso contradiz este propósito, pois é impossível acreditar que o conteúdo do código criminal poderia dissuadir homens confrontados com a alternativa de viver ou morrer, foi tirado de Whetmore o direito de desfrutar o bem mais valioso do ser humano: a vida. A vida de Whetmore era um bem indisponível, assim como a vida de todos os outros, sendo assim, nenhum argumento que a defesa possa utilizar, poderá explicar ou justificar, então o porquê de tirar uma vida para salvar outra, afinal o crime não está no canibalismo e sim no ato de tirar uma vida, para alimentar de sua carne. Todos os homens são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade e a segurança. De tal modo os réus em momento algum deveriam ter cogitado a ideia de assassinar um companheiro para que este servisse de alimento, esses homens agiram não apenas “intencionalmente”, mas com grande deliberação e após horas de discussão sobre o que deveriam fazer, muito provavelmente, se esses homens tivessem sabido que seu ato seria considerado pela lei como homicídio, eles teriam esperado por alguns dias, pelo menos, antes de posto seu plano em prática. 
SENTENÇA 
Diante de todos os fatos expostos eu declaro os réus como inocentes pela morte do Sr. Roger Whetmore.

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