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ATIVIDADE - PSICOTERAPIA DE GRUPO COESÃO GRUPAL 24-05

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PSICOTERAPIA DE GRUPO 
Teoria e Prática 
Fichamento - Coesão grupal cap. 3
· [...] ‘’ A coesão é o análogo na terapia de grupo do relacionamento na terapia individual’’. (PÁG. 61)
· [...] ‘’ O relacionamento na terapia de grupo é um conceito muito mais complexo do que o relacionamento na terapia individual’’. (PÁG. 61)
· [...] ‘’ Ao longo dos últimos 40 anos, um vasto número de estudos controlados de resultados de psicoterapias demonstrou que a pessoa média que faz psicoterapia melhora significativamente e que o resultado da terapia de grupo é praticamente idêntico ao da terapia individual. Além disso, existem evidências de que certos pacientes podem obter mais benefícios com a terapia de grupo do que com outras abordagens, particularmente pacientes que lidam com estigmas ou com isolamento social e aqueles que procuram desenvolver novas habilidades de enfrentamento’’. (PÁG. 61)
· [...] ‘’ Embora muitos fatores estejam envolvidos, um relacionamento terapêutico adequado é uma condição sine qua non para uma terapia efetiva’’. (PÁG. 61)
· [...] ‘’ Algumas pesquisas amplas sobre terapias concentraram-se na natureza da aliança terapêutica e nas intervenções específicas que são necessárias para alcançá-la e mantê-la’’. (PÁG. 62)
· [...] ‘’ Uma recente análise secundária de um grande teste comparativo de psicoterapias, o Treatment of Depression Collaborative Research Program, do Nacional Institute of Mental Health’s, concluiu que a terapia de sucesso, seja ela cognitivo comportamental ou interpessoal, exige “a presença de um apego positivo com uma figura de autoridade benevolente, solidária e tranquilizadora”. A pesquisa mostra que o vínculo entre o paciente e o terapeuta e os elementos técnicos da terapia cognitiva são sinérgicos: um vínculo forte e positivo em si já ajuda a desfazer crenças depressivas e facilita o trabalho de modificar distorções cognitivas’’. (PÁG. 62
· ‘’ Conforme já observado, o relacionamento desempenha um papel igualmente crucial na psicoterapia de grupo. Contudo, o análogo na terapia de grupo do relacionamento entre o paciente e o terapeuta na terapia individual deve ser um conceito mais amplo. [...] A coesão é uma propriedade básica dos grupos que já foi bastante pesquisada, explorada em centenas de artigos de pesquisa. Infelizmente, existe pouca coesão na literatura, que sofre com o uso de diferentes definições, escalas, sujeitos e pontos de vista de observadores’’. (PÁG. 62)
· [...] ‘’ Uma revisão abrangente e criteriosa recente concluiu que a coesão “é como a dignidade: todos podem reconhecê-la, mas aparentemente ninguém pode descrevê-la, muito menos mensurá-la”. O problema é que a coesão refere-se a dimensões sobrepostas. Por um lado, existe um fenômeno de grupo – a solidariedade total. Por outro lado, existe a coesão do membro individual (ou, mais exatamente, a atração do indivíduo pelo grupo). Neste livro, a coesão é amplamente definida como o resultado de todas as forças que agem sobre todos os membros, de maneira que permaneçam no grupo, ou, de forma mais simples, a atração de um grupo por seus membros’’. (PÁG. 62)
· [...] ‘’ O espírito de corporação e a coesão individual são interdependentes, e a coesão grupal muitas vezes é computada simplesmente somando-se o nível de atração dos membros individuais pelo grupo. Métodos mais novos de mensurar a coesão grupal a partir de avaliações de observadores do clima do grupo possuem maior precisão quantitativa, mas não negam o fato de que a coesão do grupo permanece sendo a função e a soma do sentido de pertencimento dos membros individuais’’. (PÁG. 62)
· [...] ‘’ Para que o grupo aborde o trabalho mais difícil que surge posteriormente no seu desenvolvimento, à medida que ocorrem mais conflitos e desconforto, é essencial que haja coesão e envolvimento já desde o início. [...] Não é incomum que um indivíduo sinta que “o grupo funciona bem, mas não faço parte dele”. (PÁG. 63)
· [...] ‘’ Coesão do grupo não é uma força terapêutica potente por si só. Ela é uma precondição para que outros fatores terapêuticos funcionem de maneira ótima... O mesmo serve para a terapia de grupo: a coesão é necessária para que outros fatores terapêuticos operem no grupo’’. (PÁG. 63)
A IMPORTÂNCIA DA COESÃO GRUPAL 
· ‘’ Embora tenhamos discutido os fatores terapêuticos separadamente, até certo ponto, eles são interdependentes. Por exemplo, a catarse e a universalidade não são processos completos... O fato de ser aceito pelos outros desafia a crença do paciente de que ele é basicamente repugnante, inaceitável e detestável. A necessidade de fazer parte é inata em todos nós’’. (PÁG.63)
· ‘’ A afiliação no grupo e o apego no cenário individual tratam dessa questão. Os grupos de terapia produzem um circuito de auto reforço positivo: confiança – auto revelação – empatia – aceitação – confiança. O grupo aceitará um indivíduo desde que ele siga as regras de procedimento do grupo, independentemente de experiências de vida, transgressões ou fracassos sociais passados’’. (PÁG.63)
· [...] ‘’ os membros do grupo enxergam que não são apenas beneficiários passivos da coesão do grupo, eles também produzem essa coesão, criando relacionamentos duráveis – talvez pela primeira vez em suas vidas. Alguns indivíduos internalizam o grupo: “É como se o grupo estivesse sentado no meu ombro, assistindo ao que eu faço’’. (PÁG.63)
· ‘’ A participação, a aceitação e a aprovação em vários grupos são de importância fundamental na sequência evolutiva do indivíduo. A importância de pertencer a grupos de amigos na infância, panelinhas de adolescentes, clubes ou times ou ao grupo social “legal” não pode ser subestimada’’. (PÁG. 64)
· ‘’ Fazer parte do grupo aumenta a autoestima e satisfaz a dependência dos membros, e dessa forma fomenta a responsabilidade e a autonomia, à medida que cada membro contribui para o bem-estar do grupo e internaliza a atmosfera de um grupo coeso. Assim, de diversas maneiras, os membros de um grupo de terapia passam a significar muito uns para os outros. [...] Os relacionamentos são construídos ao longo de situações emotivas ou perigosas’’. (PÁG.64)
Evidências 
· ‘’ As evidências empíricas do impacto da coesão de grupo não são tão amplas ou tão sistemáticas quando as pesquisas que documentam a importância do relacionamento na terapia individual. [...] Os resultados das pesquisas em todas essas perspectivas, todavia, apontam para a mesma conclusão: o relacionamento está no centro da boa terapia. [...] Os pacientes que percebiam seu grupo como coeso participavam de mais sessões, experimentavam mais contato social com outros membros e sentiam que o grupo tinha sido terapêutico’’. (PÁG.64)
· ‘’ Em um estudo de seis meses com dois grupos de terapia de longa duração, observadores avaliaram o processo de cada sessão, atribuindo um escore a cada membro em cinco variáveis: aceitação, atividade, dessensibilizarão, ab-reação e melhora’’. (PÁG.65)
· ‘’ A mesma constatação ocorre em grupos mais estruturados. Um estudo de 51 pacientes que participaram de 10 sessões de terapia de grupo comportamental demonstrou que a “atração grupal” estava significativamente correlacionada com um aumento na autoestima e inversamente correlacionada com a taxa de abandono do grupo. [...] A coesão foi avaliada de diversas maneiras e correlacionada com os efeitos, indicando que a atração pelo grupo de fato é um poderoso determinante dos resultados. Todos os métodos para determinar a coesão apresentaram uma correlação positiva entre a coesão e seus efeitos’’. (PÁG.65)
· ‘’ Budman e colegas desenvolveram uma escala para mensurar a coesão por meio de observações de sessões filmadas por observadores treinados... A coesão grupal evidente no início – dentro dos primeiros 30 minutos de cada sessão – indicava um resultado melhor’’. (PÁG.66)
· “Um estudo de 34 pacientes com depressão e isolamento social, tratados em um grupo interacional de resolução de problemas em 12 sessões, relatou que os pacientes que descreveram ter experimentado afeto e interesse positivo por parte do líder tiveram resultados melhores[...] ‘’ Os resultados positivos podem ser mediados pelo envolvimento, que promove mais comunicação interpessoal e auto revelação’’. (PÁG.66)
Resumo 
· [...] ‘’ A percepção dos resultados da terapia apresenta correlação positiva com o apreço pelo grupo. Grupos muito coesos têm um resultado geral melhor do que grupos com menos espírito de solidariedade. A conexão emocional e a experiência de efetividade do grupo contribuem para a coesão grupal. Indivíduos com resultados positivos tiveram mais relacionamentos mutuamente satisfatórios com os outros membros. Os grupos coesos apresentam níveis maiores de auto revelação’’. (PÁG. 66/67)
· ‘’ A presença de coesão no começo de cada sessão, bem como nas primeiras sessões do grupo, está correlacionada com resultados positivos. É crucial que os grupos tornem-se coesos e que os líderes estejam alertas para a experiência pessoal de cada membro com o grupo e abordem problemas de coesão rapidamente. Além dessa evidência direta, existem evidências indiretas consideráveis de pesquisas com outros tipos de grupo... a coesão grupal resulta em maior frequência, maior participação dos membros, maior propensão a ser influenciado pelos membros e muitos outros efeitos’’. (PÁG. 67)
MECANISMO DE AÇÃO 
· ‘’ Os terapeutas aprendem no começo de suas carreiras que o amor não é suficiente. Embora a qualidade do relacionamento entre terapeutas e pacientes seja crucial, os terapeutas devem fazer mais do que simplesmente se relacionarem de forma afetuosa e honesta com o paciente’’. (PÁG.67)
· [...] ‘’ A tarefa do terapeuta é funcionar como um facilitador e criar condições favoráveis para a auto expansão. A primeira tarefa do indivíduo é a auto exploração: a investigação dos sentimentos e das experiências que eram negados à consciência. Essa tarefa é um estágio comum na psicoterapia dinâmica. Horney, por exemplo, enfatizava a necessidade de autoconhecimento e auto realização para o indivíduo, afirmando que a tarefa do terapeuta é remover obstáculos no caminho para esses processos autônomos. [...] todos os indivíduos têm uma inclinação inata de crescimento e auto realização. O terapeuta não precisa inspirar essas qualidades nos pacientes (como se pudesse!). Em vez disso, nossa tarefa é remover os obstáculos que bloqueiam o processo de crescimento’’. (PÁG.68)
· [...] ‘’ Um vínculo forte entre os membros não apenas nega a inutilidade do indivíduo, como também gera maior disposição entre os pacientes para se revelarem e correrem riscos interpessoais. Essas mudanças ajudam a desativar velhas crenças negativas sobre o self em relação ao mundo. Existem evidências experimentais de que a sintonia na terapia individual e seu equivalente (coesão) na terapia de grupo estimulam o paciente a participar do processo de reflexão e exploração pessoal’’. (PÁG. 68)
· [...] ‘’ Outras pesquisas demonstram que a coesão está bastante relacionada com graus elevados de intimidade, riscos, escuta empática e feedback. O reconhecimento pelos membros do grupo de que o grupo está funcionando na tarefa de aprendizagem interpessoal produz mais coesão, em um circuito positivo e que se autoalimentada. O sucesso na tarefa do grupo fortalece seus vínculos emocionais’’. (PÁG.68)
· ‘’ Talvez a coesão seja vital porque muitos de nossos pacientes não tiveram o benefício de uma aceitação sólida e contínua por parte de seus amigos na infância. Portanto, a validação por outros membros do grupo é uma experiência nova e vital. A aceitação dos membros do grupo de si mesmos e a aceitação dos outros membros são interdependentes. A auto aceitação não apenas depende basicamente da aceitação por outras pessoas, como somente é possível aceitar os outros após o indivíduo aceitar a si mesmo. Esse princípio é sustentado pela sabedoria clínica e pela pesquisa”. (PÁG. 68)
· ‘’ Os membros de um grupo de terapia podem sentir um grande desprezo por si mesmos e pelos outros. A manifestação desse sentimento pode ser vista na recusa inicial em entrar para “um grupo de loucos” ou na relutância em se envolver intimamente com um grupo de indivíduos com problemas, por medo de ser sugado pelo redemoinho da miséria’’. (PÁG. 68)
· ‘’ A autoestima e a estima pública são bastante interdependentes. A autoestima refere-se à avaliação de um indivíduo do seu valor real, e está indissoluvelmente relacionada com as experiências da pessoa em relacionamentos sociais anteriores. Lembre-se da frase de Sullivan: “Pode-se dizer que o self é formado por avaliações refletidas”. O indivíduo internaliza muitas dessas percepções e, se forem consistentes e congruentes, baseia-se nessas avaliações internalizadas para ter certa medida de valor pessoal”. (PÁG.69)
· ‘’ A pesquisa da psicologia social sustenta essa compreensão clínica: os grupos e relacionamentos de que participamos são incorporados ao self. O apego do indivíduo a um grupo é multidimensional. Ele é moldado pelo grau de confiança do membro na atração do grupo – “Será que sou um membro desejável?” – e seu relativo desejo de afiliação – “Eu quero fazer parte?”. A influência da estima pública – ou seja, da avaliação do grupo – sobre um indivíduo depende de diversos fatores: do quanto a pessoa sente que o grupo é importante; da frequência e a especificidade das comunicações do grupo para a pessoa a respeito da estima pública; e da importância dos traços em questão para a pessoa. [...] quanto mais o grupo for significativo para a pessoa, e quanto mais a pessoa concordar com os valores do grupo, mais ela estará inclinada a valorizar e concordar com o julgamento do grupo”. (PÁG.69)
· [...] ‘’ De fato, a terapia de grupo emprega princípios behavioristas. A psicoterapia, em todas as suas variações, basicamente é uma forma de aprendizagem. Mesmo os terapeutas mais não diretivos usam, em um nível inconsciente, técnicas de condicionamento operante: eles indicam condutas ou atitudes desejáveis para os pacientes, seja de forma explícita ou sutil”. (PÁG. 70)
· [...] ‘’ O relacionamento entre o terapeuta e o paciente nas terapias comportamentais e cognitivas foi mais significativo do que o terapeuta tenha compreendido (e as pesquisas substanciam isso), ou alguma mudança importante, iniciada pelo alívio sintomático, ocorreu nos relacionamentos sociais do paciente, servindo para reforçar e manter a sua melhora. Mais uma vez, como enfatizei antes, todos os fatores terapêuticos são intricadamente interdependentes. A mudança de comportamento e de atitude, independentemente de sua origem, produz outras mudanças. O grupo altera sua avaliação de um membro, fazendo com que o membro se sinta mais auto satisfeito no grupo e com o grupo, e inicia-se o espiral adaptativo descrito no capítulo anterior. (PÁG.70)
· Quanto mais a terapia desfizer a autoimagem negativa do paciente por meio de novas experiências relacionais, mais efetiva ela será”. (PÁG. 71)
Auto-estima, estima pública e mudança terapêutica: evidências 
· [...]” a capacidade de enfrentar as próprias deficiências, ou mesmo de se julgar de forma um pouco rígida, aumenta a estima pública. A humildade, dentro de limites, é muito mais adaptativa do que a arrogância. Também é interessante considerar dados sobre a popularidade no grupo, uma variável intimamente relacionada com a estima pública. [...] Três variáveis, que não apresentam correlação com o resultado, apresentam uma correlação significativa com a popularidade:
1. Auto revelação anterior.
 2. Compatibilidade interpessoal: indivíduos que (talvez por acaso) têm necessidades interpessoais que combinam com as de outros membros tornam-se populares no grupo. 
3. Outras medidas sociométricas. Os membros que costumam ser escolhidos como companheiros para o lazer e trabalham bem com os colegas tornam-se populares no grupo. Um estudo clínico dos membros mais populares e menos populares revelou que os membros populares tendem a ser jovens, com boa formação, inteligentes e introspectivos. Eles preenchem o vácuo de liderança que ocorre no começo do grupo, quando o terapeuta não assume o papel tradicional de líder”. (PÁG 71/72)
· ‘’Os membros mais impopulares foram os mais rígidos, moralistas, não-introspectivos e menos envolvidos com a tarefa do grupo. Membros menos populares (ou seja, aqueles vistos de forma menos positiva pelos outros membros) foram mais inclinados a abandonar o grupo. Os pesquisadores da psicologia social também investigaram os atributos que conferem maior status social em grupos sociais. O atributo da extroversão da personalidade (mensurado por um questionário de personalidade, o NEO-PI) é um forte indicador de popularidade. A extroversão conota os traços de envolvimento social ativo e enérgico, ou seja, a pessoa que é otimista e emocionalmente robusta. A pesquisa neurobiológica de Depue sugere que esses indivíduos convidam os outros para se aproximarem deles. A promessa de resposta positiva por parte do extrovertido recompensa e incentiva o envolvimento’’. (PÁG.72)
· ‘’ O estudo de grupos de encontro de Lieberman, Yalom e Miles corrobora essas conclusões... os membros que são populares e influentes em grupos de terapia têm maior probabilidade de mudar. Eles obtêm popularidade e influência no grupo em virtude de sua participação ativa, auto revelação, auto exploração, expressão emocional, ausência de posturas defensivas, liderança, interesse nos outros e apoio do grupo’’. (PÁG 72)
· ‘’ É importante observar que o indivíduo que adere às normas do grupo não apenas é recompensado pela estima pública dentro do grupo, como também usa essas mesmas habilidades para lidar de forma mais efetiva com problemas interpessoais fora do grupo’’. (PÁG. 72)
Coesão grupal e frequência de participação
· ‘’ A continuação no grupo obviamente é um pré-requisito necessário, mas não suficiente, para o sucesso do tratamento. Diversos estudos indicam que os pacientes que se desligam durante a terapia de grupo obtêm poucos benefícios. [...] Os pacientes que permanecem no grupo por pelo menos alguns meses têm uma probabilidade elevada (85% em um estudo) de tirar benefícios da terapia’’. (PÁG. 72/73)
· ‘’ Quando maior a atratividade do grupo para um membro, mais inclinada essa pessoa estará a permanecer em grupos de terapia ou em grupos de encontro, grupos de laboratório (formados para alguma pesquisa) e grupos de tarefa (estabelecidos para realizar alguma tarefa específica) [...] A relação entre a coesão e a manutenção dos membros também tem implicações para o grupo como um todo. Os membros menos coesos não apenas abandonam e não se beneficiam com a terapia, como grupos não-coesos com muita rotatividade de membros mostram-se menos terapêuticos para os membros que permanecem. Os pacientes que desistem desafiam o sentido de valor e a efetividade do grupo’’. (PÁG.73)
· ‘’ A estabilidade da participação é uma condição necessária para a terapia de grupo de curta e longa duração [...] Alguns grupos parecem entrar nessa fase de estabilidade em pouco tempo, enquanto outros nunca a alcançam. O abandono de uns faz com que outros membros deixem o grupo. E outros pacientes podem sair logo após a saída de um membro fundamental. 
· ‘’ Os grupos de terapia breve pagam um preço particularmente elevado pela falta de consistência na frequência, nesse caso, os terapeutas devem fazer um esforço especial para aumentar a coesão no começo do grupo’’. (PÁG.73)
Coesão grupal e expressão de hostilidade
· ‘’ Seria um engano comparar a coesão com conforto [...] Os grupos coesos possuem normas (ou seja, regras de comportamento verbais aceitas pelos membros) que estimulam a expressão aberta de desacordos ou conflitos, além de apoio. De fato, a menos que se possa expressar a hostilidade abertamente, atitudes hostis disfarçadas e persistentes podem impedir o desenvolvimento de coesão e de uma aprendizagem interpessoal efetiva’’. (PÁG.73)
· ‘’ A motivação para fazer parte pode criar sentimentos poderosos dentro dos grupos. Os membros com uma adesão firme ao que ocorre dentro do grupo podem sentir uma forte pressão para excluir e desvalorizar o que ocorre fora dos limites do grupo. [...] Os conflitos entre os membros no decorrer da terapia de grupo devem ser contidos’’. (PÁG.74)
· [...] ‘’ O grupo e os membros devem significar o suficiente uns para os outros para estarem dispostos a suportar o desconforto de resolver o conflito’’. (PÁG.74/75)
· [...] ‘’ Os grupos coesos são grupos que conseguem aceitar o conflito e tirar benefícios construtivos dele. [...] Quando o grupo consegue lidar com o conflito de forma construtiva, a terapia intensifica-se de muitas maneiras’’. (PÁG.75)
· [...] ‘’ A expressão prematura de hostilidade excessiva antes que o grupo esteja coeso foi estabelecida como uma das principais causas de fragmentação dos grupos. Para alguns pacientes, também é importante ter a experiência de resistir a um ataque. No processo, eles pode conhecer melhor as razões para a sua posição e aprender a suportar a pressão dos outros. O conflito também pode proporcionar a auto revelação, pois cada oponente tende a se revelar cada vez mais para esclarecer a sua posição’’. (PÁG.75)
· ‘’ Quando os membros conseguirem ir além da simples declaração de suas posições, à medida que começarem a entender o mundo das experiências do outro, passadas e presentes, e enxergarem a posição do outro a partir de sua referência, talvez comecem a entender que o ponto de vista do outro pode ser tão apropriado para aquela pessoa, quanto o seu é para si mesmo’’. (PÁG. 75)
· ‘’ Os grupos coesos não apenas são mais capazes de expressar hostilidade entre os membros, como também existem evidências de que eles são mais capazes de expressar hostilidade para com o líder’’. (PÁG.76)
· ‘’ Os líderes não satisfazem às expectativas fantasiadas dos membros e, na visão de muitos membros, não se importam o suficiente, não orientam o suficiente e não oferecem alívio imediato. Se os membros do grupo suprimem esses sentimentos de decepção ou raiva, podem haver diversas consequências prejudiciais. Eles podem experimentar uma irritação latente em si mesmos ou no grupo como um todo. Em suma, eles podem começar a estabelecer normas que desestimulem a expressão aberta de sentimentos. Esse uso de bodes expiatórios pode ser um sinal de que a agressividade está sendo desviada de sua fonte mais legítima – o terapeuta’’. (PÁG.76)
· ‘’ Os líderes que desafiam em vez de ser coniventes com isso não apenas se protegem contra um ataque injusto, como também demonstram seu comprometimento com a autenticidade e com a responsabilidade nos relacionamentos. O grupo que consegue expressar sentimentos negativos para com o terapeuta quase invariavelmente é fortalecido pela experiência’’. (PÁG.76)
· [...] ‘’ A pressão do grupo para se conformar e para manter o consenso pode criar um ambiente de groupthink. Isso não é uma coesão baseada na aliança que facilita o crescimento dos membros do grupo. [...] O líder deve endossar e estimular o pensamento crítico e analítico dos membros do grupo, como uma norma essencial. Líderes autocráticos, fechados e autoritários desestimulam esse pensamento. Os seus grupos, portanto, são mais propensos a resistir à incerteza, a ser menos reflexivos e a encerrar a exploração de forma prematura’’. (PÁG.76)
Coesão grupal e outras variáveis relevantes para a terapia
· ‘’ Pesquisas com grupos de terapia e de laboratório demonstram que a coesão grupal tem uma variedade de consequências importantes, que têm relevância óbvia para o processo terapêutico do grupo’’. (PÁG.76)
RESUMO
· ‘’ Por definição, a coesão refere-se à atratividade que os membros sentem por seu grupo e pelos outros membros. Ela é sentida nos níveis interpessoal, intrapessoal e intragrupal. Os membros de um grupo coeso aceitam-se uns aos outros, são solidários e tendem a formar relacionamentos significativos no grupo. A coesão é um fator significativo no sucesso da terapia de grupo. Em condições de aceitação e entendimento, os membros estarão mais inclinados a se expressarem e explorarem, a ter consciência e integrar aspectos inaceitáveis do self, e a se relacionarem de forma mais profunda com os outros. A autoestima é bastante influenciadapelo papel do paciente em um grupo coeso. O comportamento social exigido para que os membros tenham a estima do grupo é socialmente adaptativo para o indivíduo fora do grupo’’. (PÁG.77)
· [...] ‘’ A coesão favorece a auto revelação, a aceitação dos riscos e a expressão construtiva de conflitos no grupo – um fenômeno que facilita a terapia’’. (PÁG.77)

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