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I_Teorico (2) TIC

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Tecnologia da 
Comunicação 
e da Informação
O emergir da sociedade da informação e sua recente cultura 
da convergência
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Regina Tavares
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
5
O emergir da sociedade da informação e sua 
recente cultura da convergência
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Pressupostos teóricos e históricos das Tecnologias da Informação e da 
Comunicação (TICs)
• Novas noções de tempo e espaço
• Cultura da Convergência
Fonte: Thinkstock/Getty Im
ages
 · Disponibilizar arcabouço teórico a respeito do panorama de surgimento das TICs
 · Analisar de forma crítica a presença da tecnologia no cotidiano social
 · Conceder ao estudante o conhecimento a respeito das terminologias empregadas 
comumente em TICs
Olá,
Como vai?
Nesta unidade, trataremos do contexto de surgimento das Tecnologias da Informação 
e da Comunicação, também denominadas “TICs”. Portanto, serão abordados conceitos 
relacionados aos pressupostos históricos da Internet; à conceituação de tecnologia, 
comunicação e informação; à era da Sociedade do Conhecimento e demais formulações 
acadêmicas intrigantes – como Cultura da Convergência e Inteligência Coletiva. 
Esperamos que tenha se sentido motivado a iniciar seus estudos prontamente.
Excelente aprendizagem e saudações virtuais!
6
Unidade: O emergir da sociedade da informação e sua recente cultura da convergência
Contextualização
Olá,
Que tal conferir um debate de alta envergadura sobre os impactos das tecnologias da 
informação e da comunicação em nosso dia a dia? 
A nossa indicação como contextualização desta unidade fica por conta das discussões de 
alto nível levantadas pelos intelectuais brasileiros contemporâneos Vivian Mosé e Silvio Meira 
no renomado programa televisivo Café Filosófico, exibido pela TV Cultura. Na oportunidade, 
autores de referência como Pierre Levy são mencionados e abrilhantam ainda mais esse rico 
objeto de aprendizagem. 
Assista e produza reflexões entre amigos, familiares, estudantes e professores a respeito. 
7
Pressupostos teóricos e históricos das Tecnologias da Informação 
e da Comunicação (TICs)
“Nenhum homem é uma ilha”, adverte a epígrafe anônima. Entre inúmeros elementos de 
diferenciação em relação ao homem e aos demais animais, a comunicação consigo mesmo, 
com os semelhantes e com o meio ambiente é determinante para a definição de nossa cultura 
e sociabilidade. Mas, o que seria a comunicação? 
Poderíamos definir, suscintamente, comunicação como o ato de compartilhar informações 
entre indivíduos, em busca de um entendimento comum a respeito de um assunto ou de uma 
situação. De fato, a COMUNICAÇÃO é:
 · um dos fatores básicos da existência humana, pois o homem é o único ser da natureza 
dotado de emoções, pensamentos e opiniões;
 · responsável pela função do homem enquanto ser racional e social;
 · via de expressão de emoções, pensamentos e opiniões por meio da palavra.
COMUNICAR = TORNAR COMUM
Segundo Harold Lasswell (1948), percussor dos estudos em comunicação e linguagem, o 
processo da comunicação se caracteriza pelos seguintes elementos: 
 · Emissor: transmite a mensagem codificada ao receptor;
 · Receptor: é quem recebe, decodifica e interpreta a mensagem enviada;
 · Mensagem: é o objeto da comunicação. É constituída de um conjunto organizado de 
sinais (ou signos) pertencentes a um código linguístico ou não;
 · Código: é o conjunto de sinais (ou signos) linguísticos ou não, comuns tanto ao emissor 
como ao receptor, e das regras de utilização desse conjunto; 
 · Codifi cação: é a conversão de uma ideia ou de uma informação em mensagem, e 
dessa em código;
 · Canal de comunicação: é o meio (oral, escrito, visual ou corporal) por meio do qual 
a mensagem é transmitida e que serve de suporte físico à transmissão da mensagem;
 · Decodifi cação (ou descodifi cação): consiste na percepção e interpretação, por parte 
do receptor, do significado da mensagem recebida;
 · Resposta ou feedback: é a reação do receptor ao ato de comunicação e permite que 
o emissor saiba se sua mensagem foi ou não compreendida pelo receptor;
 · Ruído: é tudo aquilo que interfere na comunicação, ocasionando perda de informação 
durante a transmissão da mensagem. 
8
Unidade: O emergir da sociedade da informação e sua recente cultura da convergência
As principais fontes de ruídos são:
 · O emissor ou o receptor (mal-estar físico, psicológico, etc.);
 · O ambiente (excesso de barulho, falta de luminosidade, etc.);
 · A mensagem (velocidade da fala, uso de jargão ou gíria profissional diante de uma 
plateia mista, etc.).
Há muitos mecanismos simbólicos destinados ao ato de comunicar, entre eles a gestualidade, 
a fala, a escrita e até a troca de mensagens via a rede global de informação, a Internet.
Neste último caso, nos referimos a um tipo de comunicação muito específica: a mediada 
pela tecnologia. A comunicação mediada é o processo de comunicação em que está envolvido 
algum tipo de aparato técnico que intermedeia os interlocutores. 
No contexto contemporâneo, a comunicação mediada é marcada pelas tecnologias da 
informação e da comunicação, em outras palavras, tecnologias e métodos empregados em 
comunicação surgidos na segunda metade da década de 1970.
Tecnologia: estudo ou objeto sistemático sobre métodos, técnicas e processos de um 
determinado ofício da atividade humana;
Informação: ato ou efeito de informar; notícia, indagação; esclarecimento sobre algo; 
entre outras defi nições.
Notoriamente, o despontar da Internet nos anos de 1960 acrescenta significado à emersão 
das TICs na década seguinte.
Fonte: leituraprazerouobrigacao.blogspot.com.br 
9
A Internet surge no contexto histórico da Guerra Fria, a partir de pesquisas militares norte-
americanas interessadas em estabelecer comunicação, apesar de possíveis ataques inimigos 
que pudessem comprometer suas telecomunicações. 
Somente em 1990, com a popularização do WWW (World Wide Web), a Internet tornou-se 
acessível à população em geral. De lá para cá, já assistimos à evolução dos navegadores, ao 
surgimento das redes sociais e às revoluções sociais iniciadas no plano virtual e consolidadas 
presencialmente.
Numa perspectiva otimista, arriscamo-nos a dizer que muito ainda deve ser vivenciado 
quanto ao avanço das TICs, assim como em políticas públicas favoráveis à democratização do 
acesso à Internet.
Sobre perspectivas futuras, acesse o vídeo a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=g7_mOdi3O5E.
São exemplos de tecnologias da informação e da comunicação:
 · Computadores pessoais;
 · Dispositivos móveis;
 · Rádios e TVs on-line;
 · Tecnologias de acesso remoto (wi-fi, bluetooth, etc.);
 · Correios eletrônicos;
 · Redes virtuais colaborativas;
 · Telefonia móvel;
 · Webcams;
 · Cartões de memória;
 · Websites e homepages;
 · Terminais bancários eletrônicos;
 · Ambientes virtuais de aprendizagem;
 · Entre outros.
Atos cotidianos, como falar ao celular, 
realizar pagamentos via celular ou 
estudar on-line, demonstram novos 
comportamentos adotados pelo 
indivíduo em razão das TICs.
10
Unidade: O emergir da sociedade da informação e sua recente cultura da convergência
Alguns impactos das TICs podem ser observados no(a):
 · Maior facilidade e rapidez de acesso à informação; 
 · Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens 
de consumo;
 · Incremento da possibilidade de participação dos colaboradores nas atividades de gestão 
dos seus superiores hierárquicos, etc.;
 · Fronteiras cada vez menos demarcadas em relação ao seu meio ambiente;
 · Aumento da produção de mercadorias em menos tempo;
 · Disseminação ampla do conhecimento e da cultura humana.
Novas noções de tempo eespaço
Não há dúvidas de que o momento vigente convive com novas noções de tempo e espaço, 
ora entendidos a partir de uma lógica não temporal ou geográfica. 
De forma segura, pode-se afirmar que não há mais distinção entre o tempo do trabalho, 
do lazer, do ócio e da formação acadêmica, por conseguinte. É possível estar no ambiente 
de trabalho e ainda assim comunicar-se com amigos e familiares por meio das redes sociais. 
Paralelamente, é possível desfrutar de momentos de lazer e, de forma simultânea, responder a 
uma demanda emergente do trabalho sem deslocar-se fisicamente ao escritório, à fábrica, etc.
O livre trânsito da comunicação propiciada pelas tecnologias da informação e da comunicação, 
para além das amarras impostas pelas fronteiras espaciais ou pelas limitações do tempo, 
revolucionou diferentes ocasiões sociais, inclusive às relacionadas à formação acadêmica; 
designando a humanidade a vivenciar o que viria a ser denominada “Sociedade da Informação”.
Contudo, antes de nos debruçarmos sobre o detalhamento dessa terminologia, cabe atentarmos 
às principais alterações conceituais pelas quais perpassaram as noções de tempo e espaço.
Para Harvey, pensar a respeito dessas duas categorias tão relevantes para o indivíduo, o 
tempo e o espaço, constitui uma necessidade primordial, tendo em vista que “o espaço e o 
tempo são categorias básicas da existência humana. E, no entanto, raramente discutimos 
o seu sentido; tendemos a tê-los por certos e lhes damos atribuições do senso comum ou 
autoevidentes” (HARVEY, 2000, p. 187).
Ferrara acrescenta a essa imbricada discussão, quando revela que:
Estudar o espaço e o tempo supõe enfrentar uma complexidade, não apenas 
conceitual, mas da própria reflexividade que faz com que aqueles conceitos sejam 
não só revistos, mas, sobretudo, transformem-se em objetos de conhecimento, 
ou seja, o espaço e o tempo escapam da racionalização a que os reduziu o 
sistema Kantiano e passam a ser trabalhados por uma racionalidade na revisão 
do seu próprio conceito (FERRARA, 2008, p.25).
11
Inicialmente, a Geografia concebia o tempo de forma sequencial e linear, à maneira de 
Kant, como sugere a crítica de Ferrara acima. Seu impacto era entendido por uma sucessão de 
fatos no espaço. Então, é compreensível a prevalência de uma perspectiva histórica sequencial 
nos discursos acadêmicos e de caráter geral. 
Com o tempo, a Academia incorporou uma visão do tempo diferenciada, agora entendida 
como ciclo, no qual, apesar da estabilidade presente na sucessão de fatos, a dinâmica sempre 
conduz à repetição do ciclo. Hoje, a visão crítica da Geografia entende o tempo como espiral, 
mas também como seta e ciclo, ou seja, determinação e possibilidade. 
Em parte, a presença e o avanço das tecnologias traçaram condições para essa nova noção 
de tempo e espaço, condicionaram a sociedade a eleger a informação como o seu bem maior. 
Tal perspectiva permitiu ao autor Manuel Castells (2006) instituir o termo “Sociedade 
da Informação”, também denominado “Sociedade Pós-Industrial”, ou ainda “Sociedade 
Informacional”. Trata-se de uma perspectiva conceitual ligada à reestruturação enfrentada pelo 
capitalismo desde os anos de 1980 e envolve privatização, desregulamentação, dissolução de 
fronteiras comerciais, entre outras atitudes favoráveis à nova economia. 
Notoriamente, os avanços tecnológicos em comunicação midiática, telecomunicação, 
telemática, eletrônica, tecnologia da informação são alguns dos principais pilares dessa sociedade. 
Ganhos expressivos trazidos pela consolidação da Sociedade da Informação, como a 
possibilidade de novas formas de sociabilidade por meio da Internet, endossaram expectativas 
como a de integração entre povos e o compartilhamento potencial do conhecimento humano. 
Sobre o assunto, Castells (2003, p.102) aponta que: “Se alguma coisa pode ser dita, é que a 
Internet parece ter efeito positivo sobre a interação social, e tende a aumentar a exposição a 
outras fontes de informação”.
Sobre a exposição a outras formas de informação, pode-se exemplificar os benefícios 
trazidos pela internet e por outras tecnologias à democratização do conhecimento e, 
consequentemente, da educação. 
A sensação de segurança trazida pela capacidade do computador em armazenar e 
difundir dados também tem sido encarada como uma vantagem substancial para a difusão da 
cultura humana. Afinal, diversos bancos de dados preservam o conhecimento humano e o 
compartilham exponencialmente.
Por meio das possibilidades engendradas pelas tecnologias, novas formas de conhecer e 
comunicar a cultura humana foram oportunizadas. Lev Manovich (2006), em seus estudos, 
acredita que a tela do navegador da internet substituiu outras telas – como a do quadro, da 
televisão, da página do livro, do cinema, etc. – e dissemina de forma muito particular a cultura. 
Nesse sentido, as tecnologias da informação e da comunicação não agem mais como um 
mecanismo neutro de transferência do conhecimento e da cultura humana decodificados em uma 
determinada linguagem; as TICs agem como outra cultura em si, segundo o autor de vanguarda.
Isso porque tal código estabelece sua visão de mundo, seu sistema lógico, sua ideologia. 
Para Manovich, “Em resumen, ya no nos comunicamos com um ordenador sino com la 
cultura codificada en forma digital”. (MANOVICH, 2006, p. 120)1. 
12
Unidade: O emergir da sociedade da informação e sua recente cultura da convergência
1Nesse sentido, a interface da informática também pode “Em resumo, já não 
nos comunicamos com um computador e sim com a cultura codificada em 
forma digital” (Tradução nossa).
Entretanto, não podemos incorrer apenas na via do enaltecimento das tecnologias como 
promotoras determinantes dos mecanismos de sociabilidade e difusão da cultura humana, uma 
vez que tais ganhos também abarcaram uma sensação de fragmentação da experiência e de 
descontrole em relação ao tempo.
O acúmulo de informações e a dificuldade em se apropriar daquilo que é definitivamente 
válido para cada indivíduo em particular apresentam-se como apenas algumas das grandes 
inquietações humanas trazidas pela eclosão da tecnologia digital a partir dos anos 2000.
Não há razão para superestimar os mecanismos de registro e armazenamento do 
conhecimento advindos das TICs. Devemos sim nos ater ao uso e à interação realizada junto 
a tais registros. Pierre Levy (1999, p. 273), especialista no tema, comenta: “O registro não é 
um valor em si. O que vale é a inteligência coletiva se autonutrindo”. Para o autor, para além 
da tecnologia, a interação humana é fundamental. 
Fica claro, a partir da consideração de Levy (1999), que apenas o registro não garante 
louros expressivos à construção da memória. O ideal é estabelecer a inteligência coletiva, 
isto é, um tipo de inteligência compartilhada que surge de processos interativos capazes de 
envolver diferentes indivíduos e grupos sociais.
Para Castells (2003), daí se impõe a necessidade de evoluirmos para o conceito de 
Sociedade do Conhecimento, no qual a humanidade munida de tamanha evolução tecnológica 
e, sobretudo, do conhecimento contribui para a dissolução das desigualdades sociais e o avanço 
do desenvolvimento científico.
Cultura da Convergência
Em um estágio de maior maturidade no que tange à convivência com as TICs, surgem novas 
formulações conceituais, tais como: a Cultura da Convergência. Tal definição foi cunhada por 
Henry Jenkins (2011), professor do programa de mídias comparadas do MIT, e reúne três 
definições teóricas centrais: a convergência midiática, a cultura participativa e a inteligência 
coletiva.
A convergência midiática prevê a utilização de uma única infraestrutura de tecnologia 
para prover serviços que, antes, requeriam equipamentos, canais de comunicação, processos 
determinados exclusivos.
Veja no excerto da matéria jornalística abaixo, a previsãode convergência midiática a ser 
contemplada no aparelho celular:
13
“Sobre a mesa, um computador traz o mundo para dentro de casa pela 
Internet, permite dialogar-se com pessoas em qualquer continente, telefonar 
para qualquer outro internauta via Skype (a telefonia grátis com protocolo IP), 
acessar jornais, ouvir rádios, ver televisão, consultar revistas, jogar videogames 
com parceiros distantes, pesquisar qualquer assunto em sítios como o Google 
ou o Yahoo, que já reúnem mais de 400 bilhões de páginas de informação. 
Em breve, tudo isso poderá ser feito também pelo celular, a qualquer hora, em 
qualquer lugar.” (SIQUEIRA, Ethevaldo. Comunicações precisam de um 
novo modelo. O Estado de S. Paulo, 5/7/2005, com adaptações.)
Contudo, trata-se de um processo cultural e não somente tecnológico. O que está 
convergindo é o conteúdo e não a tecnologia. Note que, de forma exemplar, a linguagem 
televisiva subsiste independente do dispositivo. A mesma telenovela exibida em uma televisão 
tradicional pode ser contemplada via celular ou em computador pessoal graças à Internet.
A cultura participativa também é um emblema da cultura da convergência. As pessoas, 
segundo Jenkins (2011), além de consumirem, desejam viver uma experiência. Assim como, 
enunciara o intelectual Umberto Eco, todos – autores e apreciadores – querem vivenciar a 
experiência de uma obra aberta. Nesse sentido, o trecho a seguir é representativo: “Segundo 
o Datafolha (2007), 42% dos brasileiros acima dos 16 anos publicam o seu conteúdo”. 
Podemos definir o conteúdo colaborativo como sendo o ato de um cidadão, ou grupo de 
cidadãos, com papel ativo no processo de coletar, reportar, analisar e disseminar notícias e 
informações. O objetivo dessa participação é prover informação independente, confiável, 
precisa, abrangente e relevante, tal qual uma democracia requer.
Vemos uma economia afetiva que orienta os consumidores. Não basta apenas comprar um 
produto – cultural ou não –, os consumidores querem consumir os bens simbólicos do referido 
produto, defendê-lo e criticá-lo, numa espécie de lógica cultural participativa. 
Sendo assim, há aqui um fluxo de conteúdo que perpassa por vários suportes e mercados 
midiáticos. Portanto, velhas e novas mídias se encontram e mídias alternativas e tradicionais 
interagem em prol da difusão do conhecimento.
É possível notar que esse processo do consumo da informação se dá em conjunto, em 
coletivo, numa espécie de inteligência coletiva, como o termo cunhado por Pierre Lévy e já 
mencionado por nós anteriormente. É uma nova forma de lidar com a informação, que no 
futuro pode se tornar um poder em potencial e, inclusive, produzir intervenções no processo 
político contemporâneo.
A dita Primavera Árabe eclodida em 2011 é um exemplo de como a inteligência coletiva, 
propiciada pela Internet, também pode ser direcionada à justiça social e ao bem-estar da 
humanidade. Para saber mais, veja o vídeo: 
http://tv.estadao.com.br/link,revolucoes-politicas-na-internet,236624
 
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Unidade: O emergir da sociedade da informação e sua recente cultura da convergência
Material Complementar
Vídeos:
Assista ao vídeo a seguir e compreenda a história da Internet no Brasil, sob a perspectiva 
do programa Olhar Digital: 
https://www.youtube.com/watch?v=rWI5cY-jMS0
Quer saber como será o futuro das TICs? Então confira o vídeo presente no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=g7_mOdi3O5E/
Site:
 http://www.googleartproject.com
Leituras:
O que é Interação Mediada por Computador?
http://www.ufrgs.br/limc/livroimc/oquee.htm
15
Referências
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede, vol. 1. A era da informação: economia, 
sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
JENKINS, H. Cultura da Convergência. 2. ed. São Paulo:Aleph, 2011.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
MANOVICH, L. El linguaje de los nuevos medios de comunicación – La imagen em 
la era digital. Buenos Aires: Paidós, 2006.
CASTELLS, M. A galáxia da Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
FERRARA, L. D. A. Comunicação, espaço e cultura. São Paulo: Annablume, 2008.
LEMOS A. Anjos interativos e retribalização do mundo: sobre interatividade e 
interfaces digitais. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/
interac.html. Acesso em: 10/04/2008. 
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Unidade: O emergir da sociedade da informação e sua recente cultura da convergência
Anotações
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