Buscar

DIREITO CIVIL PEÇA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL 
 
Peça Profissional 
 
Luísa dos Santos Bastos, nascida em 01/01/2010, domiciliada na cidade Alfa, é filha de Maria 
dos Santos e de Paulo Bastos. A avó paterna, Alice Bastos, goza de confortável situação 
patrimonial e mora na cidade Delta. Todos os demais avós faleceram antes de Luísa nascer. 
Maria dos Santos e Paulo Bastos se divorciaram em 04/07/2013, e ficou ajustado que o pai 
pagaria pensão alimentícia a Luísa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), o que fez até o dia 
da sua morte, em 25/08/2015. 
Paulo Bastos não deixou bens a partilhar, de modo que Luísa nada recebeu de herança. Sem 
condições de arcar sozinha com a manutenção e educação da filha, já que recebe apenas um 
salário mínimo nacional de remuneração por mês – valor absolutamente insuficiente para 
arcar com as necessidades da menor –, Maria dos Santos procura você, como advogado (a), e 
pergunta o que pode ser feito em relação ao sustento da criança. 
 
Na qualidade de advogado (a) de Maria dos Santos, elabore a peça processual cabível para a 
tutela dos interesses da filha desta, que pretende haver R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a 
título de alimentos. 
 
 
 
 AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CIDADE ALFA 
 
 
 
LUÍSA DOS SANTOS BASTOS, brasileira, menor, ora representada por sua mãe, Maria dos 
Santos, nacionalidade xx , estado civil xx, profissão xx, filiação xx , divorciada, portador do 
documento de identidade de n.º xxx, inscrito no CPF sob o n.º xxx, tendo como endereço 
eletrônico xxx, domiciliado à rua/av delta, bairro xx, CEP xxx, cidade Alfa, Estado xxx, por meio 
de seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo), com endereço profissional à rua 
xxx, bairro xxx, cidade xxx, Estado xxx, CEP xxx, nesta comarca, onde recebe intimações, vem, 
respeitosamente perante Vossa Excelência, propor: 
AÇÃO DE ALIMENTOS, com fundamentos nos Arts. 1.694 e ss, do Código Civil Brasileiro e Art. 
2º da Lei 5.478 de 1968, em face de: 
ALICE BASTOS, nacionalidade xxx., estado civil xxx, profissão XX, filiação xxx, viúva, portador do 
documento de identidade de n.º xx, inscrito no CPF sob o n.º xx, tendo como endereço 
eletrônico xxx , domiciliado à rua/av xx bairro xx, CEP xxx, cidade Alfa, Estado xxx, pelos 
motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
PRELIMINARMENTE 
 
DOS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Inicialmente, postulando o requerente os benefícios da justiça gratuita, com fundamento no 
art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988, e arts. 98 e 99 do Código de Processo 
Civil, em virtude de sua hipossuficiência e sem condições de arcar com os encargos 
decorrentes do processo e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua 
família. Para tanto, faz juntada de declaração de hipossuficiência. 
 
1. DOS FATOS 
 
A senhora Maria dos Santos, representante do autor neste ato, manteve matrimônio com o Sr. 
Paulo Bastos, relação que culminou no nascimento de Luísa dos Santos Bastos, nascida em 01 
de Janeiro de 2010. No dia 04 de Julho de 2013, vieram a se divorciar (documentos anexos).No 
momento do divórcio, foi ajustado o pagamento de pensão alimentícia no valor de R$ 2.000,00 
(dois mil reais) pagos mensalmente pelo senhor Paulo Bastos, onde cumpriu até a data de sua 
morte, 25 de Agosto de 2015. 
Ocorre que pai do autor, não era detentor de bens, nos quais pudessem ser herdados por sua 
família. Atualmente a criança vive com a mãe, onde tem assumido total e absoluta 
responsabilidade do custeio e manutenção da filha. Encontra-se sem condições de arcar 
sozinha com a manutenção e educação de sua filha, já que percebe a pecúnia mínima salarial, 
valor absolutamente insuficiente para arcar com as necessidades do autor. O que trazemos 
aqui Exa., é que a avó paterna do autor, Alice Bastos, ressalto, única avó viva, goza de 
confortável situação patrimonial e mora na mesma cidade de sua neta. 
Portanto, o promovido é pessoa que goza de possibilidade financeira de ajudar a neta, haja 
vista ser aposentado, detentor de farto patrimônio e não possuir maiores despesas, pois não 
possui dependentes. 
Consigna-se, pois, a pretensão do requerente em auferir pensão alimentícia a ser paga por sua 
avó, ora promovida, a ser cumprido no valor correspondente a R$ 1.500,00 (hum mil e 
quinhentos reais), sendo 
 
2.DO DIREITO 
 
Desta forma, considerando a situação acima descrita, em que o genitor da criança faleceu, 
impossibilitando a menor de receber os alimentos do mesmo, a obrigação alimentar estende-
se aos parentes remotos demandados, estendendo-se a obrigação alimentar, para os 
ascendentes mais próximos, neste caso, a avó paterna, ora demandada. A teor do disposto nos 
artigos 1.696 e 1.698 do Código Civil de 2002, o direito à prestação de alimentos compete 
tanto aos pais, quanto aos filhos, podendo se estender aos ascendentes com grau mais 
próximo, na falta de outros, considerando que quando o parente, que deve alimentos em 
primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a 
concorrer os de grau imediato. Neste caso, pelo fato do genitor da menor não poder mais 
prestar os alimentos em razão do seu falecimento, a avó paterna, única parente mais próxima 
viva, passa a ter o dever de prestá-los, com natureza subsidiária Súmula 596, STJ: “A obrigação 
alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no 
caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais”.. Desta forma, 
pautando pelo binômio necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante, a menor, 
sem sombras de dúvidas necessita da prestação alimentar, visto que sua mãe não recebe um 
salário que possa suprir todas as suas necessidades, e ainda, seu genitor prestava tais 
alimentos, fixados através de acordo no importe de R$ 2.000,00 (dois mil reais), demonstrando 
que a menor estava em uma situação mais confortável. Ademais, a requerente, avó da menor, 
tem uma situação confortável, sendo possível que a mesma contribua com o sustento de sua 
neta, de acordo com suas possibilidades econômicas e sem onerar seu auto sustento. 
 
 
3.DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
Sobrepesando todos os argumentos anteriores, necessária se faz a fixação de alimentos 
provisionais devidos pela requerente, no importe de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), visto 
que não é admissível que as despesas essenciais da menor, sejam suportadas apenas pela 
genitora, que ora representar a menor nesta ação. Tais alimentos provisórios são 
perfeitamente cabíveis, uma vez que o artigo 4º da Lei n.º 5.478/68 define que o magistrado 
poderá despachar desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor. Assim, diante 
das dificuldades financeiras da genitora da menor, e da possibilidade da requerida em prestar 
tais alimentos, visto que a mesma possui situação econômica e financeira confortável, faz-se 
necessários a fixação, como tutela de urgência. Logo, requer-se a Vossa Excelência a fixação de 
alimentos provisórios no importe acima mencionado, em caráter de urgência, a serem 
depositados na conta corrente da genitora, para satisfação das necessidades da neta nos 
termos acima citado . 
 
 
 
 
4.DO PEDIDO 
 
Isto posto, requer: 
 
a) A citação do réu para, comparecer em audiência de mediação e conciliação, a ser designada 
pelo Magistrado. 
 
b) Após audiência de conciliação e mediação, de posse dos termos da presente demanda, 
abre-se prazo para contestar, querendo, sob pena de revelia; 
 
c) A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, visto que o autor não possui 
meios para arcar com as custas do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento; 
 
d) Seja de tudo ouvido o representante do Ministério Público; 
 
e) A fixação de alimentos provisórios referente à 50% da monta requerida, no valor 
equivalente a R$ 750,00(setecentos e cinquenta reais), a ser depositado na conta nº 35.576-3, 
agência 1292-0, Banco do Brasil; 
 
f) A concessão de todos os meios de prova em direito admitidos, requerendo desde já o 
depoimento pessoal do autor. 
 
g) Seja julgado, ao final, procedente o pedido de alimentos e que, consequentemente, seja 
condenada a promovida ao pagamento de alimentos definitivos no valor mensal de R$ 
1.500,00 (hum mil e quinhentos reais), a serem pagos pela demandada à mãe da criança, 
mediante depósito na conta nº 35.576-3, agência 1292-0, Banco do Brasil; 
 
h) A condenação da demandada no pagamento das verbas de sucumbência, isto é, custas 
processuais e honorárias advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da 
condenação; 
 
4. DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá à causa o valor de R$ xxxxx 
 
Termos em que, 
 
Pede deferimento. 
 
Cidade, Estado, data. 
 
Nome do Advogado 
 
OAB N.º XX

Outros materiais