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Alienação Parental

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Prévia do material em texto

BRUNA MAXIMO FELICIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERRAMENTAS DA PSICOLOGIA PARA INVESTIGAÇÃO DA ALIENAÇÃO 
PARENTAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2018
1 
	
BRUNA MAXIMO FELICIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERRAMENTAS DA PSICOLOGIA PARA INVESTIGAÇÃO DA ALIENAÇÃO 
PARENTAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado como parte 
dos requisitos para a disciplina de Pesquisa 
e Produção Cientifica em Psicologia do 
Curso de Psicologia da Universidade São 
Francisco. 
Orientador: Prof. Dr. Rodolfo Augusto 
Matteo Ambiel 
 
 
 
 
 
Campinas 
2018 
2 
	
Felicio, B. M. (2018). Ferramentas da psicologia para investigação da alienação parental: uma 
revisão integrativa da literatura (Graduação). Universidade São Francisco, Campinas/SP 
 
Resumo: A alienação parental é caracterizada por atos de interferência negativa por parte de 
um dos genitores ou responsáveis, contra o outro genitor. No cenário de separações e 
divórcios entre casais com filhos, abordar o tema alienação parental parece ser de extrema 
relevância, visto este fenômeno pode levar a síndrome de alienação parental, e nestes caso 
exige-se uma avalição pericial, desta forma podemos verificar a necessidade de criar um 
instrumento padrão, para gerar diagnósticos específicos, diminuir as controvérsias e verificar 
os níveis da alienação. Portanto, o objetivo deste estudo foi fazer uma revisão da literatura 
afim de investigar, quais procedimentos utilizados pelo psicólogo em uma investigação de 
ocorrência de alienação parental. A busca foi realizada na bases de dados do Scielo, LILACS 
e Pepsic. Verificou-se que não existe um instrumento especifico para avaliar a AP e SAP, no 
entanto, os psicólogos têm feito uso de entrevista, protocolos, questionários, análise 
documental, inventário entre outros, que contribuem para o levantamento de dados acerca dos 
processos que envolvem AP, nível de lembranças do relacionamento com os pais e dados 
sociodemográfico. Ainda que os estudos realizados até o presente momento tenham 
contribuído para criar estratégias de avaliações no contexto da alienação parental, verifica-se 
uma carência de estudos referente a temática, sugerindo então um maior empenho de 
pesquisas nesta área. 
 
Palavras-chave: criança alienada, pais alienadores, judicialização das relações, avaliação 
psicológica compulsória 
 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
3 
	
Felicio, B. M. (2018). Psychology tools for investigation of parental alienation: an 
integrative review of literature (Undergraduate). University of São Francisco, 
Campinas/SP. 
 
Abstract: Parental alienation is characterized by acts of negative interference by one of 
the parents or guardians against the other parent. In the scenario of separations and 
divorces between couples with children, addressing the issue of parental alienation seems 
to be extremely relevant, since this phenomenon can lead to parental alienation 
syndrome, and in these cases an expert assessment is required, in this way we can verify 
the need for create a standard instrument to generate specific diagnoses, reduce disputes 
and check the levels of alienation. Therefore, the purpose of this study was to review the 
literature in order to investigate, which procedures used by the psychologist in an 
investigation of the occurrence of parental alienation. The search was performed in the 
databases of SciELO, LILACS and Pepsic. It was verified that there is no specific 
instrument to evaluate PA and SAP, however, psychologists have made use of interview, 
protocols, questionnaires, documentary analysis, inventory among others, that contribute 
to the data collection about the processes that involve AP, level of memories of the 
relationship with parents and sociodemographic data. Although the studies carried out up 
until now have contributed to the creation of evaluation strategies in the context of 
parental alienation, there is a lack of studies on the subject, suggesting a greater 
commitment of research in this area. 
 
 
Keywords: alienated child, alienating parents, judicialization of relationships, compulsory 
psychological evaluation 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
4 
	
Sumário 
Introdução .................................................................................................................................... 6 
Método 11 
Estratégia de busca .................................................................................................. ............11 
Critérios de elegibilidade de estudos ................................................................................... 11 
Seleção e processo de coleta de dados ................................................................................ 11 
Resultados ................................................................................................................................. 12 
Discussão ................................................................................................................................... 18 
Considerações Finais ................................................................................................................. 21 
Referências ................................................................................................................................ 22 
	
5 
	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
6 
	
Introdução 
	
	
O ambiente familiar é o primeiro contexto de socialização em que a criança se 
insere. Sendo assim, a família serve de apoio para inserir a criança no mundo exterior e de 
socialização e se faz imprescindível para o desenvolvimento humano, tendo a 
responsabilidade de promover da melhor forma possível os processos de desenvolvimento 
físicos, emocional, psicológico, moral e cultural da criança (Sousa e Filho, 2008). Todavia, o 
conceito de família não ficou estático, este sofreu alterações, devido aos novos costumes, 
cultura e consolidação de novas gerações. A família nuclear composta por um homem e uma 
mulher, juntamente com seus descendentes, não se alterou totalmente, mas novas 
configurações familiares foram surgindo. A família monoparental, por exemplo, que é 
formada apenas por um dos genitores e seus descendentes. Há também as famílias 
anaparentais, compostas pela a inexistência dos pais. Essa configuração familiar pode ocorrer 
a partir da convivências com parentes colaterais, ou seja, aqueles que não descendem uns dos 
outros, mas possuem um ancestral em comum, como irmãos, tios e primos. E outra 
configuração familiar, que vem tendo destaque é a família homoafetiva, a qual é composta por 
pessoas do mesmo sexo (Strucker, 2014). 
Desse modo, pode-se observar que a família nuclear vem sofrendo mudanças 
estruturais e que esses novos direcionamentos mudaram as formas de relações entre as 
pessoas. Dentro destas novas configurações existe uma maior mobilidade e a possibilidade de 
finalizar relações insatisfatórias, fizeram com que a separação conjugal se tornar-se algo 
comum (Diniz & Féres-Carneiro, 2005). Neste cenário permeado por divórcios, as famílias 
estão com maior frequência aos tribunais, com a finalidade de resolverem problemas 
familiares e legalizar as mais diversas situações, dentre elas esta a separação de bens e o 
pedido de guarda dos filhos. Por muitas vezes os tribunais tornam-se um ambiente de disputa 
de poder, onde parceiros e ex parceiros travam batalhas judiciais, com o objetivo de atingir e 
se vingar da outra parte pelo fim do casamento (Pinheiro, 2009). 
7 
	
Nesta problemática, muitas vezes estão inseridos os filhos, que muitas vezes são 
utilizados dentro e fora dos tribunais, como instrumento para atingir o outro, criando uma 
guerra privada, que além de prejudicar ambos os lados traz uma situação desagrádavel a 
própria criança. Dentre as muitas práticas que podem ser utilizadaspara atingir o ex 
companheiro(a), as mais comuns são o apontamento dos erros e das falhas do outro, o ato de 
denegrir a imagem do parceiro, e a tentativa de afastar um dos pais do convívio tanto familiar 
quanto do prórprio filho (Pinheiro, 2009). 
As práticas acima citadas são denominadas de alienação parental, e atingem 
principalmente as crianças e adolescente envolvidos no conflito. Além de não ser benéfica, 
tais praticas podem desencadear problemas emocionais e de desenvolvimento. No Brasil, a lei 
12.318/10 regula o entendimento sobre a Alienação Parental (AP), a legislação brasileira, 
dispões sobre alienação parental, trazendo como conceito: “Art. 2o Considera-se ato de 
alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente 
promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou 
adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause 
prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.” (Brasil, 2010). 
Nüske e Grigorieff (2015) apontam para a importância de se compreender que não 
é o divórcio o causador da alienação parental, mas sim a forma como cada genitor lida com a 
separação, pois isto vai implicar no modo como ele vai agir diante do outro e do(s) filho(s). 
Sendo assim, o modo como os pais enfrentam o processo de divórcio é determinante para que 
a criança também elabore a separação dos pais. Desse modo, se os pares retomam suas 
rotinas, demonstrando naturalidade aos filhos, há uma maior facilidade em entenderem que a 
separação dos genitores não afetará o relacionalmento que estes têm como seus filhos. Em 
contra partida, se os pais evidenciam aos filhos o aborrecimento que estão sentindo um pelo 
outro, esses entendem que alguém é culpado por aquilo que esta acontecendo. Neste sentido, 
os filhos podem vir a acusar um dos genitores de abandono, em solidariedade ao outro 
8 
	
genitor. Pode ainda acontecer, da criança ou o adolescente se sentir culpado, pela separação, 
podendo desencadear uma depressão, ansiedade ou perda da autoestima (Strucker, 2014). 
A lei de alienação parental, destaca como condutas alienadoras: desqualificação da 
conduta de um dos genitores, dificultar o exercício da autoridade parental, dificultar o contato 
de criança ou adolescente; prejudicar o exercício do direito de convivência familiar; omitir 
deliberadamente do genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou 
adolescente; apresentar falsa denúncia contra o outro ou contra seus para dificultar a 
convivência; mudar o domicílio para local distante sem justificativa, visando a dificultar a 
convivência com o outro genitor (Brasil, 2010). É importante destacar que há uma diferença 
entre a AP e a Síndrome da Alienação Parental (SAP). Enquanto a alienação parental é a 
conduta do progenitor ou responsável pelo menor, de fazer campanha denegritória sobre o 
outro, interferindo assim no convívio familiar (Fonseca, 2009), a SAP se refere a conduta da 
criança ou adolescente, já alienados, de se recursar ter contato com um dos progenitores. 
Ambas são prejudicais a criança ou adolescente, e a longo prazo, podem trazer prejuízos não 
só em relação aos pais, mais em outros contextos. 
De acordo com Gardner (1985) esta síndrome é caracterizada como um distúrbio 
que aparece quando a criança se recusa a se relacionar com um dos progenitores. O autor 
ainda propõe níveis para a identificação tanto para a alienação quanto para a prática 
alienadora, que se dividem entre suave, moderado e severo. A avaliação para se adequar aos 
níveis suave, moderado ou severo é feita em duas etapas. Primeiro se avalia as manifestações 
sintomáticas primárias das práticas alienadoras. Neste momento ocorre, a campanha 
denegritória, as racionalizações fracas, frívolas ou absurdas para a depreciação, suporte 
reflexivo do pai alienante no conflito parenta, ausência de culpa, cenários emprestados e 
propagação da animosidade à família extensa e amigos do parente alienado. Em um segundo 
momento, avalia-se quesitos referentes a considerações de diagnóstico diferencial ligadas a 
síndrome da alienação parental. Seus itens se dividem em: dificuldades transitórias no 
9 
	
momento da visitação; comportamento durante a visita; ligação com o alienador e ligação 
com o parente alienado antes da alienação. 
Segundo Gardner (2002) as crianças que apresentam resultado mínimo para os itens 
do primeiro quesito e bom relacionamento, e relação forte e minimamente saudáveis no 
segundo quesito, são classificadas em um nível suave de alienação. As crianças que 
apresentam resultado moderado para os itens do primeiro quesito e bom relacionamento, e 
relação forte a intermediaria e minimamente saudáveis no segundo quesito, são classificadas 
em um nível suave de alienação. Já no nível severo, a criança diante do primeiro quesito 
apresenta resultado “formidável”, ou seja, as práticas alienadoras são tão intensas que não há 
culpa além da presença de todos os itens de forma intensa. Já no segundo quesitos, não é a 
quebra de laços é tão forte que não é possível a visita ou é muito destrutiva. O autor ainda 
ressalta que o diagnóstico de SAP se baseia no comportamento das crianças e não no grau de 
doutrinação a que foi submetida. Em caso de SAP o autor salienta que a 
multidisciplinariedade é importante, pois haverá uma gama de profissional em contado com a 
criança, então é necessário esforços de múltiplos profissionais como psicólogos, psiquiatras, 
juízes e advogados, para contribuir para a reversão da síndrome. 
Além de diagnosticar a SAP, é importante buscar formas de intervenção que 
possam amenizar os efeitos causados por esse fenômeno, pois a criança pode crescer com 
sentimento de culpa e podem achar que foi “cúmplice” de uma injustiça feita a um de seus 
pais. A SAP ainda pode causar depressão crônica, incapacidade de adaptação social, 
transtornos de identidade e de imagem, desespero, sentimento de isolamento, comportamento 
hostil, falta de organização, tendência ao uso de álcool e drogas quando adultas e, às vezes, 
suicídio (Lago & Bandeira, 2009). Diante dos indícios de AP ou SAP é imprescindível que o 
Poder Judiciário acione o trabalho de uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, 
assistentes sociais e advogados que possam verificar se tal evento tem ocorrido com a criança 
(Próchno, Paravidini, & Cunha, 2011). Nesse sentido, o psicólogo tem um papel fundamental, 
10 
	
que vai além do diagnóstico da possível síndrome, ele pode garantir que o relacionamento 
entre a criança e o genitor acusado seja diminuído durante a avaliação psicológica pericial. 
Para o diagnóstico da AP ou da SAP o psicólogo pode utilizar técnicas e 
instrumentos que o auxilie durante o processo de avaliação. De modo geral, são realizadas 
entrevistas individuais e conjuntas, pois estas permitem confrontar as informações e chegar 
mais perto da realidade daquela família. O psicólogo também pode atuar tratando as questões 
do genitor alienador, aquele que pratica a alienação, o acompanhando em psicoterapia para 
tratar as questões subjetivas que o levaram a realizar a prática, visando restabelecer o vínculo 
com a criança e com o genitor alienado. E evidentemente o psicólogo pode auxiliar a criança 
na compreensão dos fatores que estão envolvidos no processo de alienação e aproximar o 
genitor da criança (Lago & Bandeira, 2009). Gardner (2002), ressalta que psicólogos que 
atuam com crianças com SAP devem estar confortáveis com métodos de terapia, que podem 
envolver uma abordagem mais diretivas, sugere ainda que os psicólogos precisam ser precisos 
e claros nos direcionamentos dado a família, deixando claro tanto para os pais quanto para o 
filho as consequências de violarem as regras do caso em particular. 
Como já mencionado, para atuar nesses contextos o psicólogo precisa lançar mão 
de alguns procedimentosque o permita avaliar a AP e a SAP, entretanto atualmente não há 
um instrumento específico que avalie estes fenômenos (Carvalho et al. 2017). Normalmente 
em contextos de conflito de guarda, alienação parental e envolvendo famílias, os juízes 
determinam que o psicólogo realize uma perícia, para detectar indícios de alienação, e por não 
ter nenhum instrumento especifico a avaliação fica dificultada. Sendo assim, o objetivo deste 
estudo foi fazer um levantamento bibliográfico de quais procedimentos ou instrumentos que 
tem sido utilizado pelos psicólogos em suas investigações de ocorrência de AP. 
 
 
 
11 
	
Método 
	
Estratégia de busca 
	
A busca de dados para presente pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2018, 
nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana 
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Periódicos Eletrônicos de Psicologia (Pepsic). 
O período de seleção não foi delimitado, para que pudesse contemplar todos os artigos; sendo 
utilizados os descritores “alienação parental”, “síndrome da alienação parental”, somente no 
idioma português. 
	
Critérios de elegibilidade de estudos 
	
Para selecionar os artigos que entrariam na pesquisa, os critérios utilizados foram: 
textos publicados em versão completa, em língua portuguesa, publicados nos últimos 16 anos 
e que tivessem relação com a psicologia. Os artigos que não apresentavam um instrumento 
para avaliar a alienação parental, não estivessem em língua portuguesa, não tivesse disponível 
sua versão completa e não estivessem dentro da faixa de tempo determinada de 2002 a 2018 
foram excluídos. 
	
Seleção e processo de coleta de dados 
	
Para a realização da análise de dados desta pesquisa seguiu as seguintes etapas: 1) 
realização de pesquisa bibliográfica; 2) organização dos dados coletados; 3) leitura dos 
resumos 4) verificação dos critérios de elegibilidade, 5) exclusão dos artigos que não se 
enquadravam nos critérios e 6) leitura na integra dos artigos selecionados. 
 
 
 
12 
	
Resultados 
	
	
De acordo com os critérios estabelecidos para a presente pesquisa, foram 
encontrados um total de 57 estudos. Após a leitura dos títulos e resumos dos artigos 
selecionados restaram apenas 21 estudos. Dentre estes artigos, 9 estudos eram teóricos, 1 
estudo não possuía texto completo, 4 estudos não se encaixava na temática, por fim somente 7 
artigos foram lidos na integra (Figura 1). 
 
Figura 1. 
Fluxograma dos artigos encontrados nos bancos de dados 
 
 
N. relatos identificados no banco de 
dados de busca (n = 57) 
Scielo (n = 21 ) 
LILACS (n = 31 ) 
Pepsic (n = 5 ) 
 
 
Se
le
çã
o 
In
cl
us
ão
 
El
eg
ib
ili
da
de
 
Id
en
tif
ic
aç
ão
 
N. relatos após eliminar os duplicados 
(n = 21) 
N. relatos rastreados 
(n = 21) 
N. relatos excluídos 
(n = 14) 
N. de artigos em texto 
completo avaliados para 
elegibilidade 
(n = 7) 
N. de estudos incluídos 
em síntese qualitativa 
(n = 7) 
13 
	
Dos artigos selecionados para serem lidos na integra foram extraídas as seguintes 
informações: títulos, base de dados, autores, ano e método ou instrumento. Estes tópicos 
foram eleitos, tendo em vista que o objetivo do trabalho foi verificar quais são as 
metodologias ou instrumentos utilizados por psicólogos em caso de alienação parental (Tabela 
1). 
Tabela 1 
Caracterização dos artigos encontrados 
 
De acordo com os sete estudos encontrados verificou-se que os psicólogos tem 
utilizado entrevistas, questionários online, inventários, protocolos de registro, análise 
documental e escalas para a avaliação da AP (Carvalho et al., 2017; Fermann & Habigzang, 
Título do Artigo Base de dados Autores Ano Método/Instrumento 
A psicologia e as demandas 
atuais do direito de família. Scielo Lago & Bandeira 2009 
 
Questionário online 
 
 
Avaliando lembranças de 
alienação e controle parental: 
evidências de validade de 
construto da RRP10 no Brasil. 
Scielo Gouveia et al. 2013 
Livreto com informações demográficas, 
escala de satisfação com a vida, 
questionário de gratidão, questionário dos 
valores básicos e escala de lembranças do 
relacionamento com os pais (RRP10) 
 
Reflexões sobre alienação 
parental em um projeto de 
mediação de conflitos. 
Pepsic Luz, Gelain, & Lima 2014 
Observação participante; a analise de 
documentos e entrevista semiestruturada. 
 
Caracterização descritiva 
de processos judiciais 
referenciados com alienação 
parental em uma cidade na 
região sul do Brasil 
Scielo Fermann & Habigzang 2016 
 
 
Análise documental 
Perícias Psicológicas em 
Processos Judiciais Envolvendo 
Suspeita de Alienação Parental. 
 
Scielo Fermann et al. 2017 Protocolo de registro de dados 
Alienação parental: 
elaboração de uma medida para 
mães. 
Scielo Carvalho et al. 2017 Inventário de Práticas Maternas Alienantes (IPMA) 
Abordagens da alienação 
parental. Scielo 
Montezuma, 
Pereira, & Melo 2017 Entrevistas semiestruturadas 
14 
	
2016; Fermann et al., 2017; Gouveia et al., 2013; Lago & Bandeira, 2009; Luz et al., 2014; 
Montezuma et al., 2017). Dentre estes, Lago e Bandeira (2009) fizeram um levantamento 
acerca do conhecimento, opinião e experiência dos psicólogos vinculados ao Poder Judiciário, 
a respeito da guarda compartilhada, síndrome de alienação parental e das falsas acusações de 
abuso sexual. Para obter tais informações, as autoras aplicaram em 50 psicólogos com 
experiência em avaliação psicológica ou em situações de disputa de guarda um questionário 
online com 47 perguntas. O questionário utilizado apresenta como característica questões 
majoritariamente objetivas, e relacionadas a dados pessoais e profissionais, avaliação 
psicológica nos casos de disputa de guarda e demandas atuais do Direito de família. Este 
questionário contribuiu para a investigação da necessidade de formação extracurricular para 
psicólogos que atuam em casos de disputa de guarda e alienação parental. Por fim, as autoras 
concluíram a necessidade de uma maior abordagem de tópicos referente à Psicologia Jurídica 
na formação acadêmica. 
Gouveia et al. (2013), por sua vez, tiveram como objetivo adaptar para o contexto 
brasileiro a Escala de Lembranças do Relacionamento com os Pais (RRP10–10 - Item 
Remembered Relationship with Parents), esta escada permita avaliar dois fatores, sendo estes 
a AP “Ele(a) me deixava inseguro(a)” e o controle parental “ Ele(a) se preocupava que eu não 
fosse capaz de me cuidar”. Participaram do estudo, 298 estudantes universitários de uma 
instituição privada de João Pessoa (PB). Os autores sugerem que pouco se sabe sobre os 
efeitos cognitivos e sociais da alienação parental, mas que este instrumento adaptado par ao 
contexto brasileiro favorece as pesquisas que pretendem compreender os fatores que 
antecedem e as consequências das lembranças de relacionamento com os pais durante na 
infância-adolescência. 
O estudo realizado por Luz, Gelain e Lima (2014) objetivou refletir sobre a 
importância da mediação de conflitos na amenização e/ou eliminação da SAP. A mediação é 
um método de resolução de conflito que visa recuperar primeiramente o diálogo entre as 
15 
	
partes, e posteriormente diminuir o conflito em si. Na mediação não há uma interferência 
externa, entretanto há pessoas que atuam auxiliando as partes a chegarem em suas próprias 
soluções. Para tanto, participaram quatro genitores, sendo dois homens e duas mulheres, que 
alegaram indicativos de presença da Síndrome de Alienação Parental. As autoras utilizaram 
como instrumento de avaliação a observação participante, a análise de documentos e uma 
entrevista semiestruturada. As análises de documentos, implicou na utilização do Termo de 
Mediação de cada caso, sendo este um relato fidedigno da mediação realizada pelo Núcleo de 
Pratica Jurídica (NUJUR), e entrevistas semiestruturas realizadas com os genitores, estas 
foram gravadas e transcritas. Asautoras concluíram que a mediação se apresenta como um 
método eficiente para a resolução de casos que envolvem alienação parental, visto que o 
diálogo proposto evitou que os conflitos fossem agravados. Ademais, a mediação auxiliou no 
fortalecimento dos vínculos familiar, diminuindo risco a saúde mental e emocional dos 
envolvidos. 
Fermann e Habigzang (2016) selecionam os processos judiciais referenciados como 
alienação parental, nas varas de família, nas sucessões, no juizado da infância e juventude e 
na câmara cível do tribunal de justiça do estado do Rio Grande do Sul. Para tal, realizou-se 
uma análise documental de 14 processos, no qual as autoras elaboraram um protocolo que 
pudesse fornecer dados sobre o perfil das crianças, e dos pais, e características do processo no 
qual estão inseridos, como as informações sobre o laudo psicológico e decisão do juiz. Os 
resultados indicaram que os psicólogos e juízes concordaram em seus posicionamentos quanto 
a presença ou ausência de AP e/ou SAP. Este questionário contribuiu para a investigação da 
formação extracurricular, conhecimento e opinião dos psicólogos que atuam em casos de 
direito de família. Com base nos resultados, as autoras apontam para a necessidade de se criar 
outros protocolos claros e objetivos para a avaliação de casos que envolvem alienação 
parental, sugerem também a necessidade da capacitação dos profissionais envolvidos para que 
16 
	
estes consigam diagnosticar e lidar com o fenômeno. Além disso, verificaram que a alienação 
parental é um tema pouco investigado empiricamente. 
Fermann et al. (2017) também utilizaram um protocolo de registro dos processos 
sobre suspeita de alienação parental, com o objetivo de verificar os critérios e indicadores da 
AP, investigar quais os procedimentos de avaliação adotados, avaliar a adequação dos laudos 
psicológicos emitidos pelos profissionais nomeados e verificar se houve concordância entre 
conclusão do laudo psicológico e da sentença judicial sobre presença/ausência de AP. O 
protocolo foi composto por três partes, sendo que a primeira buscava por informações dos 
casos que envolviam suspeita de alienação parental, a segunda coletava dados sobre o laudo 
psicológico, e a terceira verificava a decisão do juiz acerca da presença ou ausência da AP. O 
instrumento foi aplicado em oito processos judiciais que apresentavam laudos psicológicos 
emitidos por peritos nomeados pelos juízes. A análise dos laudos permitiu que as autoras 
identificassem indicadores e critérios característicos de AP. 
Dentre os principais indicadores estavam vinculados a comportamentos da criança 
ou dos genitores, entre eles temos: insegurança em relação à convivência com um dos 
genitores; medo e ansiedade ao saber que iria encontrar o genitor, já os comportamentos 
referentes aos genitores foram: desqualificação do genitor, inconformidade em relação ao 
divórcio, uso da criança para vingar-se do ex-cônjuge e dificultar o convívio da criança com o 
outro genitor. Os resultados apresentada pelas autoras indicaram que não há consenso entre 
critérios e indicadores de AP entre os profissionais, além de levantar que as entrevistas e 
testes projetivos foram procedimentos predominantes naquela analise. Também obteve-se 
como resultado que nenhum dos oito laudos analisados estava de acordo com as exigências do 
CFP sobre a elaboração de documentos e que juízes e psicólogos posicionaram-se da mesma 
forma em quatro casos, dois considerando a existência de AP e dois a ausência. Desta forma 
as autoras concluem que é importante que se capacite o profissional para o reconhecimento de 
casos de alienação parental, para que estes consigam diagnosticar e lidar com o fenômeno. 
17 
	
Carvalho et al. (2017) tiveram o objetivo de elaborar e aplicar um Inventário de 
Práticas Maternas Alienantes (IPMA), este inventário foi baseado em práticas nocivas como 
exemplos: a limitação de contato entre pai e filho, omissão do pai informações sobre o filho, 
recompensar o filho em situações em que este rejeita o pai, promover campanha denegritória 
contra o outro genitor. O instrumento foi composto por 13 itens com respostas do tipo Likert 
que podem variar de um a cinco pontos, sendo que 1 se refere a nunca e 5 sempre, a título de 
exemplo, umas das perguntas do IPMA é “Faço o possível para manter meu(minha) filho(a) 
ocupado(a) e longe do pai”. Participaram deste estudo, 200 mães divorciadas (que não 
necessariamente tenham passado pelo processo de alienação parental) e os resultados indicam 
que o IPMA foi considerado um instrumento válido, visto que os resultados estatísticos, que 
buscaram comprovar a validade e fidedignidade do IPMA, indicaram que o instrumento 
possui uma estrutura unifatorial foi considerada pertinente. Os autores afirmam que não há 
um instrumento totalmente eficaz direcionado aos pais, pois normalmente são direcionados 
para jovens adultos e buscam verificar a relação destes com os pais. Portanto, indicam a 
utilização do IPMA como um instrumento pertinente a ser utilizado no processo de AP. 
Por fim, Montezuma, Pereira e Melo (2017) tiveram o objetivo de analisar as 
abordagens da AP. Os autores entrevistaram uma equipe da Vara de Família, a fim de 
verificar o envolvimento, o interesse e a expertise sobre o tema. O método utilizado foi 
entrevistas privadas semiestruturadas, gravadas e transcritas com duração mínima de uma 
hora e meia. A questão disparadora foi referente a AP, posteriormente foram acrescentadas 
perguntas relativas à judicialização, à aplicação do universal da lei ao particular de cada caso, 
e às diversas atuações dos profissionais. De acordo com os resultados, as autoras verificaram 
que a alienação parental seria inconsistente, visto que tanto o ponto de vista prático, quanto da 
literatura, o fenômeno não é compreendido como uma doença, e sim como um conflito 
familiar. 
 
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Discussão 
	
	
A AP e consequentemente a SAP tendem a interferir no desenvolvimento 
maturacional da criança podendo prejudicá-la seriamente nos aspectos afetivos, 
comportamentais e sentimentais (Sarmet, 2016). É com o objetivo de reduzir esses danos a 
integridade do menor que eventualmente se apela para o processo de avaliação psicológica 
pericial a fim de verificar se essas práticas de alienação têm ocorrido no ambiente familiar da 
criança (Costa, 2015). Ao compreender a importância de se obter um diagnóstico acurado 
sobre esse evento, o psicólogo convidado a conduzir a avaliação precisa recorrer a 
determinados procedimentos que o auxiliem neste processo (Rodrigues & Jager, 2018). Nesta 
perspectiva, o objetivo desta pesquisa foi investigar quais métodos ou instrumentos tem sido 
utilizado no processo de avaliação psicológica pericial em possíveis casos de AP ou SAP. 
Embora a AP e a SAP sejam temas bem discutidos poucos pesquisadores se 
destinam a investigar esta temática empiricamente (Brandão & Baptista, 2016; Fermann & 
Habigzang, 2016). Ainda que esta revisão de literatura tenha sido realizada em apenas em três 
bases de dados e utilizando somente descritores em português, foram encontrados só sete 
estudos. Destes, foi possível verificar que os instrumentos utilizados no processo de avaliação 
da AP foram questionário online, escalas, observação participante, análise documental, 
entrevistas, protocolo de registro de dados e inventários (Carvalho et al., 2017; Fermann & 
Habigzang, 2016; Fermann et al., 2017; Gouveia et al., 2013; Lago & Bandeira, 2009; Luz et 
al., 2014; Montezuma et al., 2017). 
Tendo em vista a importância de uma equipe multidisciplinar que possa fazer um 
acompanhamento da família alienada, pois este é um processo que envolve várias esferas, 
como a psicologia, jurídica e social, dois destes estudos trabalharam com pessoas envolvidas 
neste processo (Próchno et al., 2011). Nesta perspectiva, o questionário online utilizado por 
Lago e Bandeira (2009), assim comoas entrevistas semiestruturadas realizadas por 
Montezuma et al. (2017) visaram verificar a expertise sobre a alienação parental nas equipes 
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multidisciplinar. Tendo em vista que quando há um caso de alienação é importante que a 
equipe vise um mesmo objetivo, que ela estejam alinhadas e que tenham o mesmo olhar. Isso 
porque, é importante avaliar a equipe a fim de nivelar os entendimentos, uma vez que é a 
interação desta equipe multidisciplinar que subsidiará uma decisão judicial sobre o tema. 
Próchno et al., 2011). 
Carvalho et al. (2017) por sua vez, elaboram um instrumento baseado em práticas 
nocivas, que foi aplicado em 200 mães divorciadas, que não necessariamente haviam passado 
pelo processo de alienação parental. A escuta e a inserção das pessoas envolvidas no conflito 
é muito importante na hora de se avaliar a existência ou não do fenômeno (Strucker, 2014). 
Neste sentido, Gouveia et al. (2013) fez uso da Escala de Lembranças do Relacionamento 
com os Pais, aplicando-a em 298 estudantes universitários, possibilitando a compreensão de 
fatores que podem anteceder a alienação e as consequências das lembranças de 
relacionamento com os pais durante na infância-adolescência. 
Já Fermann et al. (2017), Luz et al. (2014) e Fermann e Habigzang (2016) 
utilizaram análises documentais. Os autores verificaram que os psicólogos e juízes 
concordaram em seus posicionamentos quanto a presença ou ausência de AP e/ou SAP, ou 
seja, o alinhamento entre equipe multidisciplinar e as decisões proferidas. Ademais as 
informações sociodemográfico contidas nestes documentos podem possibilitar o tratamento 
de perfis das famílias envolvidas nestes conflitos. Esses achados são de extrema importância 
visto que esta análise permite a identificação ou criação de indicadores e critérios 
característicos de AP, o que poderia contribuir para um diagnóstico mais padronizado 
Carvalho et al. (2017). A análise documental ainda possibilita a rcursos para a resolução de 
conflitos Luz et al. (2014) sugerem que a mediação tende a auxiliar e fortalecer os vínculos 
familiares. 
Apesar de todas essas técnicas e instrumentos encontrados, ainda não há um 
instrumento padrão que possa ser utilizado pelos profissionais da psicologia para auxiliar no 
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processo de avaliação psicológica pericial. Esta limitação de instrumentos pode prejudicar os 
diagnósticos de AP e SAP pois além de não existir um procedimento estruturado (Carvalho et 
al., 2017). A importância de um instrumento para avaliar essa questão, esta na possibilidade 
de contribuição para diagnósticos mais padronizados e acurados. De acordo com Duarte e 
Bordin (2000) estes instrumentos auxiliariam na avaliação de diferentes aspectos da saúde 
mental das partes, no diagnóstico e na documentação do protocolo do caso. O que beneficiaria 
tanto as partes envolvidas, como os genitores, os filhos e a família, quanto a prática dos 
demais profissionais que atuam nestes casos. 
 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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Considerações Finais 
	
	
Dissertar sobre a alienação parental é de extrema relevância para conscientizar e 
combater este tipo de violência psicológica que pode vir a comprometer sua saudável 
formação psicológica e emocional. Além de contribuir para a criação de novas alternativas 
para detectar, tratar e evitar a alienação, garantido a criança e ao adolescente o direito a 
convivência familiar, integridade física e psicológica. Este estudo teve como objetivo 
investigar os métodos utilizados pelo psicólogo em casos de AP e SAP. Os resultados 
constataram que não há um instrumento padrão, assim seria válido que houvesse uma 
padronização do método, evitando gerar diagnósticos diversos. 
Acredita-se que esta pesquisa tenha contribuído para a sociedade e comunidade 
cientifica, uma vez que realizou-se um mapeamento das ferramentas, métodos e 
procedimentos utilizados no processo de avaliação psicológica. Entretanto, as limitações deste 
estudo não permitiram que fossem investigadas quais práticas têm sido utilizada por 
profissionais estrangeiros, por divergência da língua e devido ao tempo disponível para 
realizar o trabalho, por isso abarcou-se apenas estudos brasileiros. Sendo assim, sugere-se que 
sejam realizados novos estudos de revisão que cubra mais bases de dados e não delimite o 
idioma, além de investigar não somente instrumentos utilizados, mas também as intervenções 
que têm sido praticadas neste contexto. 
 
 
 
 
 
 
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