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NATVEGAN - Sorvetes e picolés veganos

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Projeto industrial para uma fábrica de sorvetes e picolés 
veganos na região do Cariri 
 
Razão Social: Indústria de Sorvetes e picolés veganos NATVEGAN LTDA; 
Nome Fantasia: NATVEGAN - Sorvetes e Picolés veganos; 
CNAE: A classificação nacional de atividade econômicas para a fabricação de 
sorvetes e outros gelados comestíveis é 1053-8/00. Dentro dessa subclasse, se 
enquadram a fabricação de sorvetes, picolés, bolos e tortas gelados e também 
a fabricação de bases líquidas ou pastosas para a elaboração de sorvetes; 
Endereço: Avenida Leão Sampaio - 63180000 – Barbalha/CE; 
Objetivos Sociais: Fazer a implantação de uma indústria de sorvetes e picolés 
veganos com o intuito de atender a um nicho de mercado que se encontra em 
constante expansão, o mercado vegano. Tendo a preocupação e o cuidado com 
a manipulação dos produtos, os clientes internos, meio ambiente e cliente final; 
Registro junta comercial: Empresa de pequeno porte (EPP) – Sociedade 
Limitada. Para abertura, registro e legalização é necessário registro na Junta 
Comercial ou Registro no Cartório de Pessoas Jurídicas e, em função da 
natureza das atividades constantes do objeto social, inscrições em outros 
órgãos, como Receita Federal, Secretaria de Fazenda do Estado e Prefeitura 
Municipal. O Empresário poderá se enquadrar Empresa de Pequeno Porte 
(EPP), desde que atenda aos requisitos da Lei Complementar 123, de 14 de 
dezembro de 2006; 
Prazo (duração): Indeterminado; 
Representantes legais: Levi Nogueira de Souza; Ana Beatriz Oliveira 
Contatos: contato@natveganempresa.com.br/ (88) 3512 0000 
Valor do investimento proposto: R$ 8.307.776,36 - Valor referente ao ano de 
2020 
Objetivos proposto: Demonstrar os passos essenciais para a implantação de 
uma fábrica de sorvetes, desde a pesquisa de mercado, até a sua instalação de 
fato. 
 
1. Introdução 
Com o avanço da sociedade, as pessoas estão se preocupando mais com a 
saúde e a alimentação e consequentemente buscando uma melhor qualidade 
nos produtos, além de um consumo consciente visando uma melhoria na 
qualidade de vida. A procura por alimentos mais nutritivos e saudáveis tem 
impulsionado o desenvolvimento de alimentos enriquecidos e que ofereçam 
benefícios à saúde ou funcionalidade (FUCHS et al., 2005). Para Lorenzi et al. 
(2011), a produção de alimentos com valorização do valor nutricional, tem 
substituído alimentos com apelos apenas de sabor e outras características 
sensoriais. Devido a uma procura mais consciente, sem a adição de ingredientes 
de origens animal, o ramo que oferece produtos de origem natural, está em 
crescimento constante e acelerado. 
 É esperado atingir com o ramo de sorvetes veganos todas aquelas pessoas que 
buscam um produto que é livre de lactose e quaisquer conservantes derivados 
de animais. 
 No Brasil um estudo demonstrou que 27 milhões de habitantes possuem 
intolerância a lactose, em sua maioria por determinação genética (GASPARIN, 
et al., 2010). Contudo, uma grande dificuldade para estes consumidores é 
encontrar locais que vendam produtos que sejam adequados para seu consumo, 
ou seja, aqueles produtos que possuem a menor interferência industrial possível, 
se assimilando a própria forma de fabricação caseira, mas com a comodidade 
de encontrá-lo pronto. 
Porém, existem poucas opções para este tipo de público e que não atendem 
diretamente esse mercado. Uma vez que, em sua maioria o sorvete deriva de 
fontes de origem animal. É de suma importância o desenvolvimento de novos 
produtos que têm como diferencial a substituição de leite e componentes 
artificiais a fim de atender essa nova demanda de mercado. 
Com o conhecimento sobre o ramo de produtos veganos e especialmente os 
sorvetes, o presente trabalho tem por objetivo propor a implantação de uma 
indústria que possui como principal fonte e especialidade a produção de sorvetes 
e picolés de origem vegana. 
2. Mercado 
O sorvete é uma excelente fonte de energia pois possui carboidrato, gordura e 
proteína em sua formulação (SABATIN, 2011). De acordo com a Associação 
Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvete (ABIS), nos últimos anos o 
consumo de sorvete cresceu 67%, o que demonstra que as indústrias deste setor 
possuem espaço para produzirem produtos inovadores e que atendam a 
demanda dos consumidores. No ano de 2015 o mercado mundial de alimentos 
sem lactose cresceu 8% em relação ao ano anterior, atingindo US $ 6,7 bilhões 
em 2016. Acredita-se que esses produtos crescerão a uma taxa de 6%, atingindo 
US $ 8,8 bilhões até 2020 (BAROKE, 2016). 
A fabricação se dá a partir de uma emulsão estabilizada, também conhecido 
como calda pasteurizada, que se dá através de um processo de congelamento 
sob agitação contínua, conhecido dentro da fábrica como batimento, e 
incorporação de ar produzindo uma substância cremosa, refrescante, suave e 
agradável ao paladar. Esta emulsão é composta de produtos lácteos ou não, 
água, gordura, açúcar, estabilizante, emulsificante, podendo conter corante e 
aromatizante (SOUZA, 2010). 
Segundo a Resolução RDC n°266, de 22 de setembro de 2005 da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), gelados comestíveis são definidos 
como: 
‘’Produtos alimentícios obtidos a partir de uma emulsão de gorduras e proteínas, 
com ou sem a adição de outros ingredientes e substâncias, ou de uma mistura 
de água, açúcares e outros ingredientes bem como substâncias que tenham sido 
submetidas ao congelamento em condições que garantam a conservação do 
produto no estado congelado ou parcialmente congelado, durante o 
armazenamento, o transporte, a comercialização e a entrega ao consumo”. 
A seleção dos ingredientes e a manipulação adequada são fatores bem 
importantes no processo de qualquer alimento, garantindo-lhe sabor limpo, 
fresco e palatabilidade adequada. Os diferentes componentes utilizados na 
elaboração dos sorvetes são os produtos lácteos ou extratos vegetais, açúcar, 
estabilizante, emulsificante, gordura vegetal e saborizante que exercem funções 
relativas à qualidade do produto, como corpo, textura, cremosidade, cor, aroma 
e sabor (SILVEIRA, 2009). 
A proposta da empresa é produzir sorvetes e picolés completamente veganos 
para poder suprir uma demanda que nos últimos tempos vem crescendo e se 
tornando mais notória. Esta pequena população que tem intolerância a lactose 
ou alergias ao leite ou seus derivados vem encontrando dificuldades de saborear 
sorvetes e picolés em restaurantes, em carrinhos na rua, em quiosques, em 
lanchonetes e até nas próprias sorveterias devido aos poucos produtos no 
mercado destinado a esse público. 
Com este conhecimento, a proposta de produção da empresa é produzir picolés 
e sorvetes da linha vegana com um mix contendo frutas refrescantes. Logo, 
existe a intenção de produzir em torno de 4.000 picolés, 28.800 unidades 
contendo 2 litros e 63.984 unidades de 450 ml ao mês com um preço acessível 
ao consumidor. 
Para que este produto seja distribuído e comercializado deve-se atentar a uma 
frota de veículos refrigerados para atender toda a região. A segmentação do 
mercado vegano no Brasil ainda possui poucas empresas que se destinam 
apenas à produção de sorvetes veganos. Porém, há algumas multinacionais que 
já começaram a se dedicar a esse ramo, como a Kibom, a Bem and Jerry, Stuzz, 
Alfredo e a própria produção caseira. Voltando para a região do Cariri 
encontramos a empresa Kibom e a fábrica de picolés Pardal como exemplos de 
empresas que possuem picolés veganos em seu mix. E por fim, a produção 
caseira para próprio consumo. 
O sindicato da indústria de sorvete do Ceará (Sindsorvetes) vem atuando na área 
para que tenha uma colaboração dos produtores de sorvetes e as vendas 
alavanquem. Com essa ideia o sindicato criou a Exposorvetes Ceará que já 
possui 3 edições. Fora essa atuação existem o programa Distrito Empreendedor 
que é uma parceria do Governo
do estado com o Sebrae e o Conselho Estadual 
de Desenvolvimento Econômico que vai fomentar pequenos empreendimento e 
microempresas instaladas em galpões do estado em distritos industriais além de 
aproximar e facilitar créditos perante os bancos parceiro. 
De janeiro de 2012 a julho de 2016 o volume de buscas pelo termo ‘vegano’ 
cresceu 1000% (mil por cento) no Brasil, como mostra a Figura 1 (SVB, 2017), e 
este crescimento vem ganhando notoriedade em todas as empresas do ramo 
alimentício. 
 
Figura 1. Crescimento do volume de buscas no Google pelo termo vegano no Brasil 
 
 
 Fonte: Sociedade Vegetariana Brasileira, 2017 
 
 
O cuidado com o meio ambiente também é um dos motivos que movem as 
pessoas para o veganismo, as dietas baseadas em vegetais são mais 
sustentáveis do ponto de vista ambiental do que as dietas ricas em produtos 
animais porque usam menos recursos naturais e estão associadas a danos 
ambientais consideravelmente menores (SVB, 2018). 
Por ser um produto que possui demanda que não sofre grandes variações em 
todo o país, é possível enxergar uma grande probabilidade de sucesso ao optar 
por entrar nesse segmento. 
A última estatística apresentada pela ABIS mostra que entre os períodos de 2003 
e 2019, mesmo em tempos de crise, o consumo do sorvete se mantém estável e 
sem apresentar grandes variações, como mostra o gráfico de consumo abaixo. 
 
 Figura 2. Consumo de sorvetes no Brasil 
 
Fonte: Associação Brasileira das indústrias do setor de sorvetes. 
 
Os sorvetes caseiros tradicionais, com creme de leite e outros ingredientes de 
origem animal, são muito gordurosos. E os industrializados, mais ainda, por 
geralmente terem como base a gordura animal, além de fazerem parte de sua 
composição uma série de aditivos químicos. Então, é pretendido alcançar esse 
mercado com os sorvetes industrializados, mas sem adição de componentes 
animais. 
Para a realização do estudo é necessário que seja entendido como acontece 
todo o processo de desenvolvimento do produto em questão. Tendo em vista que 
a fabricação terá duas variações de gelados, sorvetes e picolés, é necessário 
que o espaço seja suficientemente adequado à todas as etapas dos processos 
que serão realizados nos diferentes tipos de linha. 
Com a preocupação e análise da linha de produção como um todo, é 
indispensável que se tenha conhecimento acerca dos cuidados que devem ser 
tomados com os diferentes tipos de matéria-prima, assim como todas as outras 
variáveis envolvidas no processo de fabricação do sorvete, tais como 
funcionários e localização geográfica da indústria. 
Quanto à utilização da matéria-prima, é importante salientar que eles são em sua 
maioria produtos que exigem um cuidado extra, por apresentarem uma vida útil 
menor, já que possuem origem natural. 
3. Viabilidade econômica 
Para um estudo de viabilidade econômica, é necessário que a empresa 
identifique se seu projeto será alcançável ou não. Com o estudo dessa 
viabilidade a organização deve demonstrar como poderá se comportar diante os 
diferentes cenários de mercado. Para isso, é utilizada uma ferramenta conhecida 
como DRE que irá realizar essa demonstração. 
3.1. Receita Operacional Bruta 
Receita Operacional Bruta é tudo aquilo que remete à venda de produtos e/ou 
serviços prestados durante um período de tempo. É o valor bruto, tudo aquilo 
que entra na organização, sem que haja interferência de custos ou despesas, 
apenas seu faturamento total. Então a partir desse controle, é possível notar o 
dinheiro que se tem em caixa. Por base de cálculo, há a seguinte fórmula: 
 
𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑋 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑈𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎 à vista + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 
 
3.2. Impostos Faturados 
São aqueles que guardam proporcionalidade com o preço da venda, mesmo que 
integrem a base de cálculo do tributo, sendo ainda conhecidos como tributos 
incidentes sobre as vendas. 
★ ICMS - o Imposto sobre a circulação de mercadorias é cobrado de forma 
indireta, já que sua taxa é adicionada no produto acabado que será 
comercializado. A regulamentação deste imposto é de competência de 
cada Estado e do Distrito Federal, que determinam a porcentagem 
cobrada e suas regiões de atuação. 
★ IPI - O imposto sobre produtos industrializados aquele que incide sobre 
os produtos que são fabricados em caráter nacional e internacional. A 
indústria de sorvetes até 2016, juntamente com a de chocolate e o fumo, 
eram as únicas que ainda eram taxadas por unidades de medida. O 
sorvete era taxado a cada dois litros. Mas após o Decreto nº 8.656/2016 
passaram a ser tributados da mesma forma que os demais produtos 
sujeitos à tributação de impostos. Hoje, a alíquota de 5% incide 
diretamente sobre o preço de venda do produto. 
★ PIS (Programas de Interação Social) - Segundo a Caixa Econômica 
Federal, por meio da Lei Complementar n° 7/1970, foi criado o Programa 
de Integração Social (PIS). O programa buscava a integração do 
empregado do setor privado com o desenvolvimento da empresa. 
O Canal Tributário (2017), diz que é aplicável a receita de venda de 
sorvetes à base de leite a redução a zero da alíquota da Contribuição para 
o PIS/Pasep prevista no inciso XI do art. 1º da Lei nº 10.925, de 2004. 
★ COFINS - é a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. 
Ainda é encontrado no Canal Tributário (2017) que não é aplicável à 
receita de venda de sorvetes à base de leite a redução a zero da alíquota 
da Cofins prevista no inciso XI do art. 1º da Lei nº 10.925, de 2004. 
 
3.3. Custos 
Seguindo algumas projeções de Brito (2006), tem-se as seguintes definições 
para as principais fontes de custos dentro de uma indústria, sendo 
complementada com informações acerca do ramo industrial escolhido para 
projeto. 
★ Matéria-prima - Encontrar as principais matérias-primas do produto e 
multiplicar cada uma delas pela quantidade utilizada, para encontrar a 
receita anual a partir de seu preço unitário. Para a produção de sorvetes 
veganos foram selecionadas as suas matérias-primas e feito o cálculo 
sem a inserção da taxa de ICMS. 
★ Material Secundário - Acontece o mesmo processo que ocorre nas 
matérias-primas principais, excluindo sempre a taxa de ICMS para ter 
ideia do valor de receita. 
★ Mão-de-obra Industrial - Envolve a parte humana da indústria. E para 
ser calculada, deve ser multiplicado o salário disposto para cada 
funcionário pela quantidade de pessoas e novamente multiplicado pelos 
12 meses do ano. 
★ Encargos Sociais - Os Encargos Sociais são os tributos que oferecem 
um benefício indireto ou a longo prazo para o funcionário. Deve-se 
calcular a mão-de-obra por 0,60. 
★ Depreciação - É onde se há perdas que não podem ser reembolsadas e 
que não irão trazer nenhum tipo de benefício para a empresa e deverá vir 
sempre ligada às normas do imposto de renda. Podem ser classificados 
em: 
 Edificações - 4% ao ano; 
 Equipamentos - 10% ao ano; 
 Móveis e utensílios - 10% ao ano; 
 Veículos - 20% ao ano. 
★ Outros custos industriais - são os custos que envolvem energia, água 
e manutenção, considerando o nível de produção durante o ano. 
 3.4. Despesas Operacionais 
Despesas operacionais são os custos da empresa que não estão relacionados à 
produção de um produto. Essas despesas incluem itens como folha de 
pagamento, aluguel, material de escritório, serviços públicos, marketing, seguros 
e impostos, ou seja, as despesas operacionais são os custos para manter o 
negócio funcionando. Quanto mais as despesas operacionais existem, menos 
dinheiro o negócio mantém. Assim essas despesas são divididas em comerciais 
e administrativa. 
 3.4.1. Despesas Comerciais 
As Despesas comerciais referem-se aos gastos com comissão, propaganda, 
comissão para vendedores, brindes, fretes, transportes para visitação de clientes
além de ter uma estimativa para devedores duvidosos, entre outros. Para: 
➢ Comissões - multiplicar o número de pessoas por seus respectivos 
salários mensais pelo ano todo; 
➢ Propaganda - Provisão de devedores duvidosos - multiplicar perdas (em 
%), pelas vendas a prazo. 
 3.4.2. Despesas Administrativas 
 As despesas administrativas são os pagamentos de impostos, salários, 
encargos sociais, entre outros, tais como pró-labore, amortização ou mesmo 
admitir uma verba correspondente aos custos administrativos. 
 3.5. Despesas Financeiras 
Trata-se principalmente, do valor de encargos e juros que a empresa deve pagar 
a credores em empréstimos e financiamentos contraídos. É fundamental para 
compreender o nível de endividamento e o grau de alavancagem financeira de 
uma empresa. 
 3.6. Provisão para Contribuição Social 
Consultar instruções junto à Receita Federal 
3.7. Provisão para Imposto de Renda 
Aplicar 30% sobre o lucro antes do Imposto de Renda. 
3.8. Capital de Giro 
Capital de giro é uma parte do investimento que compõe uma reserva de 
recursos que serão utilizados para suprir as necessidades financeiras da 
empresa ao longo do tempo. Esses recursos ficam nos estoques, nas contas a 
receber, no caixa, no banco, etc. 
É o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios 
acontecerem. 
➢ Caixa Mínimo - R$ 1.624.498,82; 
➢ Financiamento – A empresa não fará uso do 
financiamento; 
➢ Estoque – R$ 130.896,72 
➢ Matéria prima - R$ 325.614,79; 
➢ Material Secundário - R$ 697.263,90; 
➢ Produtos em Processos - R$ 
1.624.498,82; 
➢ Produtos Acabados - R$ 1.624.498,82; 
Capital de Giro do Projeto = RS 6.120.288,87 
 
 3.9. VPL e TIR 
O valor Presente líquido (VPL), representa a diferença entre os recebimentos e 
os pagamentos de um projeto de investimento em valores monetários atuais. 
Somatório do valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas 
de caixa. Ou seja, esse método desconta os fluxos de caixa do projeto que está 
sendo avaliado a uma determinada taxa. 
O TIR, calcula a taxa de desconto que deve ter um fluxo de caixa para que seu 
valor presente líquido (VPL) seja igual a zero. TIR - A Taxa Interna de Retorno 
(TIR) é definida como a taxa de desconto que iguala o valor atual líquido dos 
fluxos de caixa de um projeto a zero. Em outras palavras, a TIR é a taxa de 
desconto que anula o VPL. 
Para a TIR, foi encontrado o valor de 201% referente ao projeto. 
Durante o período de 10 anos, o VPL será de R$ 147.526.534,27 e o retorno vai 
ser de 5 meses. 
VPL: R$ 147.526.534,27; TIR: 200%; Taxa de Lucratividade: 19,36; 
Payback: 5 meses. 
 
 3.10. Conclusão de análise econômica 
Em anexo seguem tabelas explicando passo a passo de todas as decisões que 
que foram tomadas no decorrer do projeto. O intuito do estudo, seria analisar a 
possibilidade de fazer a implantação de uma indústria de sorvetes veganos no 
município de Barbalha, na região do Cariri. Após calcular o TIR, VPL e Payback 
foi possível perceber que o negócio é de fato viável dentro dos parâmetros pré-
estabelecidos. 
O lucro líquido esperado ao fim do primeiro ano é de R$ 16.073.969,50. Como o 
valor de investimento inicial foi no valor de R$ 8.307.776,36 é esperado que se 
tenha um retorno a partir de 5 meses. 
4. Viabilidade Ambiental 
A identificação dos tipos de efluentes gerados pela indústria é primordial para 
conhecimento da carga orgânica presente nos seus resíduos. E assim pode-se 
fazer um planejamento para dimensionar uma estação de tratamento de 
efluentes e reaproveitar determinados resíduos e água utilizada durante o 
processo, conferindo então uma economia sustentável para empresa atentando 
para a preservação do meio ambiente. 
Vale destacar que a gestão ambiental desse projeto não visa dimensionar os 
parâmetros de projeto de uma estação de tratamento de efluentes, mas sim 
nortear a empresa sobre o que deve ser observado e estudado sobre o impacto 
ambiental gerado por ela. 
 4.1. Efluentes líquidos 
Os efluentes líquidos são constituídos pelos despejos líquidos originários de 
diversas atividades desenvolvidas na indústria. Identificamos as seguintes 
matérias diluídas em água de lavagem de equipamentos, tubulações, pisos e 
demais instalações da indústria. Os esgotos sanitários, lavatórios, refeitórios, 
cozinha, dentre outros utilizados pelos funcionários da indústria, possuem 
tubulações independentes. Há também o esgoto industrial já previamente tratado 
para então ser enviado à estação de tratamento de esgoto do município. Abaixo 
foi listado algumas das mais comuns formas de resíduos encontrados na 
indústria: 
• Detergentes e desinfetantes usados nas operações de lavagens e 
sanitização; 
• Areia e poeira removidas nas operações de lavagem de pisos e 
equipamentos; 
• Lubrificantes empregados na manutenção de equipamentos; 
• Açúcar, essências diversas ou diversos condimentos; 
• Transbordamento de tanques, equipamentos e utensílios diversos. 
 4.2. Potencial poluidor de efluentes 
O DBO5 é o parâmetro padrão usado para avaliar o potencial poluidor de 
efluentes líquidos onde é predominante a matéria orgânica biodegradável. Este 
é também um parâmetro fundamental para definição de qual o tipo de tratamento 
mais adequado para este tipo de efluente (Machado et. al., 2002). DBO5 é a 
quantidade de oxigênio necessária para oxidar biologicamente a matéria 
orgânica, degradada em 5 dias, sob condições padrão (T = 20ºC) 
Assumindo oxidação de 100% da matéria orgânica (DBOu = DBO total) 
Outro parâmetro utilizado é DQO. Ele mede a quantidade de oxigênio necessária 
para oxidar quimicamente toda a matéria orgânica, levando-a a CO2 e H2O. 
Através da determinação da quantidade de reagentes químicos necessários para 
promover esta reação de oxidação podemos indiretamente determinar a 
quantidade de matéria orgânica em uma amostra. 
O CONAMA deixa livre para os órgãos estaduais definirem a concentração que 
deve ser exigida no lançamento dos efluentes. Geralmente neste quesito os 
órgãos estaduais exigem uma concentração de Demanda Bioquímica de 
Oxigênio (DBO5) de 60 mg de O2/L, ou reduzir pelo menos 80% da concentração 
inicial de matéria orgânica. A redução de 80% para alguns efluentes industriais 
pode ainda significar concentrações elevadíssimas, ficando a critério do órgão 
controlador a decisão de permitir o lançamento do efluente em função do 
manancial. 
As possibilidades de processos para o tratamento de efluentes são várias e 
dependerá muito da experiência prévia com a água em questão. Devido às 
particularidades não só da produção, mas das práticas cotidianas da fábrica. A 
composição de uma planta de tratamento de águas residuárias é complexa e 
depende de uma série de decisões, podendo variar muito de um projetista para 
outro. (SOARES, 2007). 
Os parâmetros iniciais para dimensionamento de uma estação de tratamento de 
efluentes são conhecer as vazões e carga orgânica dos efluentes gerados pela 
indústria. A figura abaixo ilustra os principais componentes de uma estação de 
tratamento de efluentes: 
 
 
Figura: Fluxograma Tratamento de Efluentes industriais (Fonte: SOARES 2007) 
 
 4.3 Resíduos Sólidos 
Os resíduos sólidos gerados pela indústria podem ser direcionados para 3 
destinos de acordo com sua composição: reciclagem, compostagem e aterro 
sanitário. O ideal para que essa separação seja eficiente é a elaboração de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
programas de conscientização dos funcionários e colocar cestos (setores) 
dispostos em locais estratégicos para facilidade do descarte nas áreas da 
empresa para separação dos resíduos. 
Resíduos para reciclagem englobam matérias que podem ser reaproveitadas 
(embalagens, papéis etc.). Logo em todos os setores da empresa pode-se ter 
cestos para esse descarte seletivo. A compostagem
é processo biológico para 
decomposição orgânica do lixo. Logo no setor do refeitório, temos os restos de 
comida e na área de produção descarte de algumas matérias-primas que podem 
ser utilizadas para posterior compostagem, evitando o descarte desnecessário 
nos aterros sanitários além de gerar o reaproveitamento do produto como 
condicionador de solo. 
Assim, o descarte em aterro sanitário somente será necessário se os resíduos 
não se enquadrarem nos destinos anteriores. Nos aterros sanitários a disposição 
do lixo no solo segue normas operacionais específicas, de modo a evitar danos 
ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais. 
 
 4.1. Cálculo da Viabilidade ambiental 
 4.4.1. Identificação e avaliação dos impactos ambientais 
Para o cálculo de viabilidade ambiental, é preciso identificar quais são os 
impactos que irão surgir diante de diferentes fases da implantação da empresa, 
desde o planejamento até a última etapa, a instalação em si. Para isso, são 
considerados os impactos ambientais, que se dividem em fatores físicos, bióticos 
e sociais. Para saber o grau de impacto, cada item terá um valor a fim de 
identificar caráter, que pode ser benéfico ou adverso; sua magnitude, que pode 
ser considerada pequena, média ou grande e por fim sua duração, que é 
classificada como curta, média ou longa. Abaixo segue tabela identificando e 
definindo cada atributo, parâmetro e símbolo equivalente ao método utilizado. 
 
Quadro 1 – Tabela de impactos ambientais 
ATRIBUTOS 
PARÂMETROS DE 
AVALIAÇÃO 
SÍMBOLO 
CARÁTER 
Expressa a alteração ou 
modificação gerada por uma 
ação do empreendimento 
sobre um dado componente 
ou fator ambiental por ele 
afetado. 
Benefício 
Quando o efeito gerado for 
positivo para o fator ambiental 
considerado. 
 
 
+ 
Adverso 
_ 
Quando o efeito gerado for 
negativo para o fator ambiental 
considerado. 
 MAGNITUDE 
Expressa a extensão do 
impacto na medida em que 
atribui uma valoração gradual 
as variações que as ações 
poderão produzir num dado 
componente ou fator 
ambiental por ela afetado. 
Pequena 
Quando a variação no valor 
dos indicadores for 
inexpressiva, inalterado o fator 
ambiental considerado. 
P 
Média 
Quando a variação no valor 
dos indicadores for expressiva, 
porém sem alcance para 
descaracterizar o fator 
ambiental considerado. 
M 
Grande 
Quando a variação no valor 
dos indicadores for de tal 
ordem que possa levar a 
descaracterização do fator 
ambiental considerado. 
G 
 
 
 
 
 
 
 
 
DURAÇÃO 
É o registro de tempo e 
permanência do impacto 
depois de concluída a ação 
que o gerou. 
Curta 
Existe a possibilidade de 
reversão das condições 
ambientais anteriores a ação, 
num breve período de tempo, 
ou seja, que imediatamente 
após a conclusão da ação, haja 
a neutralização do impacto por 
ela gerado. 
1 
Média 
É necessário decorrer certo 
período de tempo para que o 
impacto gerado pela ação seja 
neutralizado. 
2 
Longa 
Registra-se um longo período 
de tempo para a permanência 
do impacto, após a conclusão 
da ação que o gerou. Neste 
grau, serão também incluídos 
aqueles impactos cujo tempo 
de permanência, após a 
conclusão da ação geradora, 
assume um caráter definitivo. 
3 
 
No quadro abaixo, foram descritos os impactos ambientais que irão influenciar a 
área do projeto em questão e seus impactos. Tendo como base os atributos, 
parâmetros e símbolos descritos anteriormente, para se obter uma valoração. 
 
Quadro 2 – Identificação de impactos ambientais da fábrica 
Planejamento e Licenciamento Ambiental 
Impactos Meio Valoração 
Uso e ocupação do solo Físico G3+ 
Levantamento das potencialidades Ambientais Biótico P1+ 
Levantamento das potencialidades econômicas Social G3+ 
Valorização Imobiliária Social G3+ 
Implantação 
Impactos Meio Valoração 
Emissão atmosférica Físico M1- 
Emissão de ruído Físico M1- 
Vibração Físico P1- 
Desmatamento Biótico M1- 
Risco de Erosão Biótico P1- 
Consumo de Recursos Naturais Biótico P1- 
Compactação do solo Físico P3+ 
Valorização imobiliária Social G3+ 
Perturbação da fauna Biótico P1- 
Valorização da área Social M3+ 
Incremento ao comércio Social M2+ 
Risco de Acidente Social M2- 
Operação 
Impactos Meio Valoração 
Valorização da área Social G3+ 
Valorização Imobiliária Social G3+ 
Diminuição da infiltração do solo Físico P1- 
Economia local Social G3+ 
Incremento ao comércio Social G3+ 
Alteração de permeabilidade Físico P1- 
Geração de ruído Físico P3- 
Geração de resíduos sólidos Físico M3+ 
Oportunidade de emprego para locais Social M3+ 
Risco de Acidente Social M2- 
Efluentes Físico M2+ 
Emissão atmosférica Físico M3- 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
O intuito do estudo, seria analisar a possibilidade de fazer a implantação de uma 
indústria de sorvetes veganos no município de Barbalha, na região do Cariri. 
Após calcular os impactos ambientais foi possível perceber que o negócio é de 
fato viável dentro dos parâmetros pré-estabelecidos. 
Foram identificados ao fim 28 impactos ambientais na região, dentre os quais, 
53,75% de caráter benéfico. Ou seja, é possível ter um projeto que é viável 
ambientalmente, como será visto logo em seguida no quadro 03. 
E para os 46,43% de caráter adverso, é preciso implementar ações para que 
estes impactos negativos venham a ser minimizados. Uma das alternativas é a 
futura implementação de uma estação de tratamento da água utilizada no 
processo de produção para ser reutilizada em banheiro e jardins. Além disso, 
ainda um programa específico para a utilização consciente dos resíduos sólidos. 
 
Quadro 3 – Conclusão de análise ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
5. Dados de engenharia 
5.5. Memorial descritivo de processo 
É importante entender que o processo no início é o mesmo para os três tipos de 
produtos, por se tratar da produção da massa do sorvete. 
O processo se inicia com a recepção e estocagem de matérias-primas. Logo 
após serão separadas e levadas para pesagem com o intuito de dimensionar as 
quantidades exatas de cada componente que irá fazer parte do processo. 
Cálculo 
Caráter Magnitude Duração 
Benéfico Adverso Grande 
28,57% 0,00% LONGA 
53,57% 46,43% 
28,6% 0,00% 
Médio 10,71% 3,57% LONGA 
17,86% 21,43% 
7,14% 7,14% MÉDIA 
0,00% 10,71% CURTA 
Pequeno 3,57% 3,57% LONGA 
7% 25% 3,57% 21,43% CURTA 
Em sequência, será realizada a parte de mistura e pasteurização dos insumos e 
passa por no mínimo oito horas de maturação até que adquira a consistência 
ideal para então ser levada até o setor de saborização, onde a massa finalmente 
obtém o sabor final. 
A partir dessa parte do processo, a produção segue por caminhos diferentes. 
Para a produção de sorvetes: 
 A massa saborizada fica por cerca de uma hora na incorporadora de ar, para 
que a massa adquira volume e se torne mais pastosa, assim como a textura do 
sorvete. E então segue para produtora de sorvete, depois para embalagem, 
passa pelo setor de qualidade e controle, após finalizado vai para estoque e 
enfim expedição. 
Para a produção dos picolés: 
A massa saborizada vai direto para a paliteira, onde é feita a inserção dos palitos, 
logo em seguida, a máquina de picolés irá inserir a massa nos moldes de picolés 
de 60 gramas. Após serem preenchidas, passam por um banho maria para 
serem desenformadas, na extratora, seguem para embalagem, qualidade e 
controle, estoque e por fim expedição. 
A seguir foi desenvolvido um fluxograma de processo, onde é mostrada cada 
etapa em sequência de produção. 
Fluxograma 1- Fluxograma de processos 
Fonte- Elaborado pelos autores 
 
6. Equipamentos 
A empresa fará o investimento de aproximadamente de R$ 389.000,00 para 
aquisição de máquinas e equipamentos. Portanto, entrando em contato com 
algumas empresas, foi possível
encontrar as melhores oportunidades para a 
aquisição das máquinas, que estão listadas logo abaixo. 
 Misturadora e pasteurizador: 
 
Máquina conhecida industrialmente como planta pasteurizador de caldas 
200 ou PP200 
 Temperatura de operação: temperatura máxima de 120 °C; 
 Capacidade de produção: 300 Litros; 
 Instalação elétrica: Trifásico, 220V-380V, 60Hz; 
 Consumo elétrico: 12,7 Kw/H; 
 Condensação: Água; 
 Medidas: 4750x1340x1860mm; 
 Tempo de operação: 2 horas e 30 minutos; 
 Preço: R$ 48.400,00 
 Tina de maturação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Máquina conhecida como tina de maturação 
 Capacidade de produção: 100 Litros; 
 Instalação elétrica: Trifásico, 220V-380V, 60Hz; 
 Consumo elétrico: 1,5 Kw/H; 
 Condensação: sistema isotérmico; 
 Medidas: 1200x660x1500 mm; 
 Tempo de operação: mínimo 6 horas máximo 12 horas; 
 Preço R$ 18.600,00 
 Máquina de saborização: 
 
Máquina conhecida como Saborização 
 Capacidade de produção: 400 Litros; 
 Instalação elétrica: Monofásica-Bifásica, 220V, 60Hz; 
 Consumo elétrico: 0,9 – 1,2 Kw/H; 
 Medidas: 1650x1230x1410 mm; 
 Tempo de operação: 1 horas; 
 Preço: R$ 12.200,00 
 Incorporadora de ar: 
 
Máquina conhecida como Incorporadora de ar 
 Capacidade de produção: 600 Litros; 
 Instalação elétrica: Monofásica-Bifásica, 220V, 60Hz; 
 Consumo elétrico: 950 w/H; 
 Medidas: 600x800x1130 mm; 
 Tempo de operação: 1 horas; 
 Preço: R$ 24.900,00 
 
 Produtora de sorvete: 
 
Máquina conhecida como Produtora de sorvete 
 Capacidade de produção: 400 Litros; 
 Instalação elétrica: Trifásico, 220V-380V, 60Hz; 
 Consumo elétrico: 14 Kw/H; 
 Medidas: 700x900x1500 mm; 
 Tempo de operação: 1 hora; 
 Preço: R$ 60.700,00 
 
 Máquina de picolé: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Máquina picoleteira que contém as formas de picolé, o local para banho maria e a produtora de 
picolé 
 Capacidade de produção: 250 Picolés/Hora; 
 Instalação elétrica: 110/220 V, monofásica, 50-60 Hz; 
 Consumo elétrico: 2 Kw/H; 
 Tempo de operação: 1 horas; 
 Preço: R$ 26.200,00 
 
 Tina de Resfriamento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Máquina conhecida como tina de resfriamento e auxilia a PP200 
 
 Instalação elétrica: Trifásico, 220V ou 380V, monofásico ou 
trifásico; 
 Consumo elétrico: 0,8 Kw/H; 
 Medidas: 2050x850x850 mm; 
 Preço: R$ 7.600,00 
 
 Máquina de embalagem: 
 
Máquina seladora e datadora de embalagens 
 
 Temperatura de operação: temperatura máxima de 300 °C; 
 Capacidade de produção: contínuo; 
 Instalação elétrica: Trifásico, 220V, 50 - 60Hz; 
 Consumo elétrico: 6007 w/H; 
 Medidas: 859x420x360 mm; 
 Espessura da selagem: 10 mm; 
 Preço: R$ 20.000,00 
 
7. Dimensionamento de máquinas: 
Segundo a NR12, referente a segurança do trabalho em máquinas e 
equipamentos: 
- 12.6. Onde se encontram as máquinas e os equipamentos, devem haver 
demarcações nos locais onde são permitidos a movimentação, para evitar 
acidentes; 
-12.6.2. Nos locais onde são permitidos a movimentação, não pode existir 
trânsito de pessoas e nem equipamentos; 
 - 12.7. Tudo que for utilizado na produção deve possuir marcação por cor e ser 
alocado no lugar correto de armazenagem; 
 - 12.8. Todo o entorno das máquinas deve ser devidamente organizado de forma 
ergonômica para evitar acidentes; 
- 12.8.1. A distância entre máquinas deve ser o suficiente para que os 
funcionários possuam segurança durante o manuseio da máquina e realização 
do trabalho, seja operacional ou de manutenção; 
- 12.8.2. Dimensionar o local das máquinas a fim de garantir uma movimentação 
segura para os colaboradores; 
- 12.9. Deve-se manter uma segurança em relação ao piso do ambiente fabril, 
ou seja, ele deve estar sempre limpo, sem que se tenha à vista peças ou 
equipamentos soltos, ser adaptado para que não ocorram acidentes e também 
possuir capacidade para suportar o peso dos equipamentos, máquinas e 
pessoas; 
- 12.10. Peças e acessórios utilizados na produção devem possuir local de 
armazenagem fixo; 
 - 12.11. É preciso garantir que não haja deslocamento de máquinas durante seu 
funcionamento, seja por vibração, ou alguma força aplicada sobre ela; 
- 12.12. Máquinas que podem ser realocadas devem possuir travas; 
- 12.13. Evitar ao máximo que o transporte de materiais seja realizado por meios 
de elevação; 
- 12.13.1. E por fim, caso seja necessário o transporte de materiais por elevação, 
é preciso garantir que não haja trabalhadores no percurso. 
Então, sabido que as máquinas dever ser proporcionais não só em capacidade, 
mas também ergonomicamente. Por isso, abaixo foi feito o dimensionamento de 
cada máquina que será arranjada dentro da empresa a fim de entender como 
será disposta no ambiente, seguindo as especificações da NR 12, que diz 
respeito justamente à disposição de máquinas e equipamentos no ambiente 
fabril. 
 Dimensionamento da Pasteurizadora: 
 
 
 
 
 
 Dimensionamento da Maturação: 
 
 
 Dimensionamento Saborização: 
 
 
 
 
 
 
 
 Dimensionamento Produtora de Sorvete e Incorporadora de ar 
 
 
 Dimensionamento Picoleteira: 
 
 Dimensionamento Desenformadora: 
 
 
 Dimensionamento Datadora e seladora: 
 
 
 
8. Layout de empresa 
A empresa foi dimensionada para ocupar o espaço de 28mx22m, assim como o 
ambiente real onde será implantada, então, no layout a seguir, foi feita a alocação 
de máquinas, pessoas e setores de forma que não fuja do propósito da produção 
puxada, buscando o mínimo de desperdício, seja ele qual for. Além de ser um 
ambiente visualmente limpo e fluido. 
 Terréo 1º andar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Fluxograma de Engenharia e Balanços: 
No fluxograma de engenharia abaixo, foi feita a identificação de todas as 
operações unitárias encontradas no processo para então saber como funciona 
cada etapa de forma mais precisa. 
 
Fluxograma 2 – Fluxograma de engenharia 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
Com a precisão de entradas e saídas disponibilizadas pelo fluxograma de 
engenharia, foi possível então fazer um balanço de massa e energia encontrados 
no sistema, para saber a quantidade exata de insumos entram e quantidade de 
produto acabado e resíduos. 
 
Fluxograma 3 – Balanço de massa 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
Referências 
ABIS – Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes. Produção e 
consumo de Sorvetes no Brasil. Disponível em: 
 
<http://www.abis.com.br/estatistica_producaoeconsumodesorvetesnobrasil.html
> Acesso em: 21 fevereiro. 2018. 
 
BRASIL. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Regulamento 
técnico para gelados comestíveis e preparados para gelados comestíveis. 
Resolução RDC nº 266, de 22 de setembro de 2005. D.O.U. - Diário Oficial da 
União; Poder Executivo, de 23 de setembro de 2005. 
 
BAROKE, S., Lactose free dairy have a future. Euromonitor International, 2016. 
Disponivel em: <http://blog.euromonitor.com/2016/04/does-lactose-free-dairy-
haveafuture.html>. Acesso em: 29 fevereiro 2020. 
 
FUCHS, R. H. B., et al., “Iogurte” de soja suplementado com oligo frutose e 
inulina. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 25, n. 1, 2005. 
 
GASPARIN, F. S. R., et al, Alergia à proteína do leite de vaca versus intolerância 
à lactose: as diferenças e semelhanças. Revista Saúde e Pesquisa, v. 3, n. 1, p. 
107-114, janeiro/abril 2010. 
 
LORENZI, B. C., et al., Avaliação da aceitabilidade de sorvete enriquecido com 
probióticos e semente de linhaça. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 
v. 15, n. 4, 2011 
 
SABATIN, R.
et al. Composição centesimal e mineral da alfarroba em pó e sua 
utilização na elaboração e aceitabilidade em sorvete. Revista Alimentos e 
Nutrição, v. 22, n. 1, p. 129-136, 2011 
 
SOUZA, B. C.J. et al., Sorvete: composição, processamento e viabilidade da 
adição de probiótico. Alimentos e Nutrição. Araraquara v.21, n.1, p. 155-165, 
jan./mar. 2010 SILVEIRA, H. G. et al. Avaliação da qualidade físico-química e 
microbiológica de sorvetes do tipo tapioca. Revista Ciência e Agronomia., v. 40, 
n. 1, p. 60-65, 2009 
 
SVB-Sociedade Vegana Brasileira. Mercado vegetariano. 2017. Disponível em: 
<https://www.svb.org.br/vegetarianismo1/mercado-vegetariano>. Acesso em: 20 
fevereiro 2020. 
SINDSORVETES – Sindicato da Indústria de Sorvete do Ceará. Produção e 
consumo de Sorvetes no Ceará. Disponível em: < 
https://www.sindsorvete.com.br/ > Acesso em: 02 março. 2020. 
Benefícios do trabalhador – PIS. Caixa Econômica. Disponível em: 
<http://www.caixa.gov.br/beneficios-
trabalhador/pis/Paginas/default.aspx>Acesso em: 27 de Março de 2020. 
Alterada Tributação do IPI sobre Chocolates e Sorvetes. FECOMERCIOSP. 
Disponível em: <https://www.fecomercio.com.br/noticia/alterada-tributacao-
do-ipi-sobrechocolates-e-sorvetes>. Acesso em: 27 de Março de 2020. 
COFINS, PIS/PASEP. Sorvetes à base de leite. Inaplicabilidade da redução da 
alíquota a zero. Tributario. Disponível em: <https://tributario.com.br/a/cofins-
https://www.sindsorvete.com.br/
https://www.sindsorvete.com.br/
https://www.sindsorvete.com.br/
https://www.sindsorvete.com.br/
http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/pis/Paginas/default.aspx
http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/pis/Paginas/default.aspx
http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/pis/Paginas/default.aspx
http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/pis/Paginas/default.aspx
https://www.fecomercio.com.br/noticia/alterada-tributacao-do-ipi-sobre-chocolates-e-sorvetes
https://www.fecomercio.com.br/noticia/alterada-tributacao-do-ipi-sobre-chocolates-e-sorvetes
https://www.fecomercio.com.br/noticia/alterada-tributacao-do-ipi-sobre-chocolates-e-sorvetes
https://tributario.com.br/a/cofins-pispasep-sorvetes-base-de-leite-inaplicabilidade-da-reducao-da-aliquota-zero/
pispasep-sorvetesbase-de-leite-inaplicabilidade-da-reducao-da-aliquota-zero/>. 
Acesso em: 27 de março de 2020. 
SOARES, Hugo. Apostila Tratamento de Efluentes. Departamento de Eng. 
Química de Alimentos da UFSC, 2007. 
SILVEIRA, H. G. et al. Avaliação da qualidade físico-química e microbiológica de 
sorvetes do tipo tapioca. Revista Ciência e Agronomia., v. 40, n. 1, p. 60-65, 
2009. 
 
 Anexos 
 Memória de cálculo 
 
 
Sabor 
Picolé* 
de 60g 
Unid.** 
Receita 
 
$ 
Pote de 
2L* 
Unid.** 
Receita 
 
$ 
Sorvete 
de 450Ml* 
Unid. ** 
Receita 
 
$ 
Uva 48000 R$144000,00 345600 R$2.073600,00 767808 R$3.071.232,00 
Morango 48000 R$144000,00 345600 R$2.073600,00 767808 R$3.071.232,00 
Manga 48000 R$144000,00 345600 R$2.073600,00 767808 R$3.071.232,00 
Limão 48000 R$144000,00 345600 R$2.073600,00 767808 R$3.071.232,00 
Coco 48000 R$144000,00 345600 R$2.073600,00 767808 R$3.071.232,00 
Cajá 48000 R$144000,00 345600 R$2.073600,00 767808 R$3.071.232,00 
Abacaxi 48000 R$144000,00 345600 R$2.073600,00 767808 R$3.071.232,00 
Graviola 48000 R$144000,00 345600 R$2.073600,00 767808 R$3.071.232,00 
* O preço de venda do picolé é R$ 3.00; O pote de 2L é R$ 6,00; O pote de 450Ml é R$ 
4,00. 
** Unidades em anos 
 
Projeção de resultados/ Capacidade de Pagamento 
 
1- Receita Operacional Bruta (ROB) __________________ R$ 44.426.188,80 
 Faturamento Bruto ________________________________R$ 42.310.656,00 
+ 5% IPI ________________________________________ R$ 2.115.532,80 
 2- Impostos Faturados ___________________________ R$10.852.682,26 
IPI - 5% Sobre R$ 42.310.656,00______________________ R$ 2.115.532,80 
ICMS – 18% Sobre R$ 42.310.656,00__________________ R$ 7.615.918,08 
https://tributario.com.br/a/cofins-pispasep-sorvetes-base-de-leite-inaplicabilidade-da-reducao-da-aliquota-zero/
https://tributario.com.br/a/cofins-pispasep-sorvetes-base-de-leite-inaplicabilidade-da-reducao-da-aliquota-zero/
Finsocial – 2% Sobre R$ 42.310.656,00_________________ R$ 846.213,12 
PIS – 0,65% Sobre R$ 42.310.656,00__________________ R$ 275.019,26 
1- Receita Operacional Líquida ____________________ R$ 33.573.505,54 
ROB – Impostos Faturados __________________________ R$ 33.573.505,54 
2- Custo do Produto Vendido 
4.1- Matéria Prima 
Material Quantidade Necessária valor 
Água 1.047 M³ R$ 17.239,88 
Sacarose 19 T R$ 1.773,76 
Glicose 4.781 Kg R$ 8.605,23 
Xarope de Glucose 4.781 Kg R$ 14.558,92 
Extrato de Arroz 29 T R$ 14.558,92 
Gordura vegetal 24.134 Kg R$ 152.804,21 
Batata doce 30.733 kg R$ 46.099,44 
Emulsificante 2.049 kg R$ 20.783,67 
Estabilizante (Liga Neutra) 4.781 kg R$ 85.335,18 
Saborizante 3.415 kg R$ 61.465,91 
Fruta (Cada Sabor) 0.4465 T R$ 178,59 
Custo Anual ________________________________________ R$ 441.498,25 
4.2 - Material Secundário 
Material Quantidade valor 
Palito 10000 unidades R$ 7.289,88 
Saquinhos para Picolé 500 unidades R$ 
42.240,00 
Pote para 2L 200 unidades R$ 
110.600,00 
pote para 450 ML 200 unidades R$ 
245.700,00 
Caixa para Picolé (1 caixa 
suporte 39 picolés) 
100 unidades R$ 2.500,00 
Caixa para sorvete (1 caixa 
suporta 20 
Litros) 
20 unidades 
R$ 
10.425,00 
R$ 
10.425,00 
Cinta Para Pote de Sorvete 500 unidades R$ 
442.400,00 
Custo Anual _____________________________________ R$ 871.579,88 
 
 
 
 
 
 Mão-de-obra Industrial e Encargos 
Funcionários Quantidade Valor total 
Controle do Almoxarifado e câmara fria 2 R$ 66.199,87 
Fabricação Sorvete/Picolé 10 R$ 330.999,35 
Embalagem 2 R$ 66.199,87 
Supervisor e auxiliar 2 R$ 66.199,87 
 
4.4 – Encargos __________________________________ R$ 19.272,16 
4.5 – Depreciação _______________________________ R$ 170.400,00 
 
 
 Objeto Depreciação anual 
Edificação R$ 1.000.000,00 
Equipamentos R$ 389.000,00 
Moveis R$ 10.000,00 
Utensílios R$ 5.000,00 
Veículos R$ 450.000,00 
 
4.6 – Outros Custos Industriais __________________________ R$ 648.568,35 
 
 
Custos Valor Final 
Energia R$ 57.748,13 
Manutenção R$ 60.000,00 
Internet e Telefone R$ 6.000,00 
 
5 - Despesas Operacionais_____________________________ R$ 1.793.066,87 
 
 5.3 – Despesas Financeira 
 A empresa não tem Despesas Financeiras 
5.4 – Provisão para Contribuição Social __________________ R$ 5.331.142,66 
 
 5.5 – Provisão para Imposto de Renda ___________________ R$ 8.369.376,38 
 
Capital De Giro – Memória de Cálculo 
1- Necessidades 
1.1 – Caixa Mínimo 
Caixa Mínimo 
Custo Total R$ 
2.235.503,29 
Depreciação R$ 
170.400,00 
Dias 
Trabalhados 
288 
Valor R$ 
1.652.082,63 
 
1.2 Matérias-Primas 
Matéria Prima 
Custo da Matéria Prima R$ 441.498,25 
N° de Dias Para Est. Mínimo 288 
Valor R$ 353.198,60 
 
 1.2.1 Materiais Secundário 
Matéria Secundários 
Custo do Material Secundário R$ 871.579,88 
N° de Dias Para Est. Mínimo 288 
Valor R$ 697.263,90 
 
1.2.2 Produtos em Processos 
Produtos em Processos 
Custo Total R$ 
2.235.503,29 
Depreciação R$ 
170.400,00 
Dias 
Trabalhados 
288 
Valor R$ 
1.652.082,63 
 
1.2.3 Produtos Acabados 
 
 
 
 
 
 
 
Produtos Acabados 
Custo Total R$ 
2.235.503,29 
Depreciação R$ 
170.400,00 
Dias 
Trabalhados 
288 
Valor R$ 
1.652.082,63 
 1.2.4. Estoque 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DE CAPITAL DE GIRO 
- Caixa Mínimo _____________________________________ R$ 1.652.082,63 
- Estoque de Matéria-prima _____________________________ R$
353.198,60 
- Materiais Secundário ________________________________ R$ 697.263,90 
- Produtos em Processos _____________________________ R$ 1.652.082,63 
- Produtos Acabados _________________________________ R$ 1.652.082,63 
- Estoque ___________________________________________ R$ 133.578,48 
______________________________________________________________ 
Total _____________________________________________ R$ 6.140.288,87 
Imposto __________________________________________________ R$ 0,00 
Capital de Giro Próprio __________________________________ R$ 20.000,00 
______________________________________________________________ 
Capital de giro Adicional ______________________________ RS 6.120.288,87 
 
 
Estoque 
Matéria Prima R$ 17.169,38 
Matéria Secundaria R$ 33.894,77 
Produto em 
Processo 
R$ 12.105,28 
Produtos Acabados R$ 70.409,06 
Total 
R$ 
133.578,48 
 
Anexo 2 
VPL, TIR, PAYBACK 
 
Investimento: R$ 8.033.615,26 
Taxa de Desconto 0,60% 
Ano Fluxo de Caixa Valor Presente VP Acumulado 
0 -R$ 8.033.615,26 -R$ 8.033.615,26 -R$ 8.033.615,26 
1 R$ 16.073.969,50 R$ 15.978.100,89 R$ 7.944.485,63 
2 R$ 16.073.969,50 R$ 15.882.804,07 
R$ 
23.827.289,70 
3 R$ 16.073.969,50 R$ 15.788.075,62 
R$ 
39.615.365,32 
4 R$ 16.073.969,50 R$ 15.693.912,14 
R$ 
55.309.277,47 
5 R$ 16.073.969,50 R$ 15.600.310,28 
R$ 
70.909.587,75 
6 R$ 16.073.969,50 R$ 15.507.266,68 
R$ 
86.416.854,43 
7 R$ 16.073.969,50 R$ 15.414.778,01 
R$ 
101.831.632,44 
8 R$ 16.073.969,50 R$ 15.322.840,97 
R$ 
117.154.473,41 
9 R$ 16.073.969,50 R$ 15.231.452,25 
R$ 
132.385.925,67 
10 R$ 16.073.969,50 R$ 15.140.608,60 
R$ 
147.526.534,27 
 
Soma dos VPs (1 ao 10) R$ 155.560.149,53 
VPL do Projeto R$ 147.526.534,27 
TIR 200% 
Taxa de lucratividade 19,36365441 
Tempo Payback 0,502789118 
 
 
 
Anexo 3 
 
Fluxo de caixa 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
 
 
 
Anexo 4 
 
LOGOMARCA DA EMPRESA 
 
Fonte: Elaborado pelos autores

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