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Na história da medicina o progresso científico é um processo descontínuo, em que avanços se alternam com períodos de estagnação. Durante muito tempo predominou, na Antiguidade, a visão mágico-religiosa, em que a doença era vista como um castigo de Deus, de maldições, feitiçarias ou ações de espíritos malignos. 
A concepção religiosa sobre a doença na Idade média ficou extremamente vinculada ao cristianismo, já que nesse período era a religião da maioria da população. Na concepção cristã, a doença era frequentemente associada ao pecado. Como por exemplo, a malária, conhecida como a doença dos pântanos, ou “maus ares”, á lepra, na qual estava implícita a maldição bíblica, uma vez que no livro do Antigo Testamento, condenava o leproso a viver isolado. Porem, nem sempre as doenças eram associadas somente a fatores negativos, como é o caso da EPLEPSIA. A epilepsia era tida como a manifestação da posse do corpo por divindades. Era considerada uma doença sagrada.
Em muitos casos, as doenças eram tidas como um castigo. As pandemias, como a peste que mataram milhões de pessoas, representava um castigo para os pagãos e os inimigos de Cristo, mas para os servos de Deus era uma feliz partida. Diante de tantas doenças da época morriam muitas pessoas, tanto os justos como os pecadores, porém, a igreja dizia que, os primeiros eram chamados para o gozo e os segundos para a tortura eterna. A pestilência/epidemia/peste fazia assim uma triagem conveniente, de acordo com os interesses e dogmas da igreja.
As doenças não estavam associadas aos órgãos e sistemas, o estudo da anatomia e a dissecção de cadáveres era uma pratica restrita já que o corpo humano era considerado sagrado, assim como o corpo de cristo. As concepções religiosas proporcionavam uma explicação para todos os acontecimentos e doenças da época e assim invalidavam e hostilizavam as práticas médicas. Dissecar cadáveres era uma prática severamente restrita, principalmente por motivos religiosos. As cirurgias eram feitas por barbeiros, sem anestesia e sem qualquer assepsia. 
No final da Idade Média o ensino da medicina torna-se mais institucionalizado. Foi nesse período que surgiu a escola médica de Salerno (Itália), onde eram realizadas várias cirurgias. E também foi elaborado o código de saúde, que continha regras e práticas para uma vida saudável. Os Médicos se inspiravam em Hipócrates e Galeno para introduzir importantes progressos na cirurgia, na oftalmologia, na farmácia. Mas a medicina ainda não era uma área autônoma. Era ensinada através referências aos mestres com pouca observação ou experimentação. 
O desenvolvimento do comércio ajudou o desenvolvimento das ciências e das artes a progrediram e tudo isso repercutiu na prática médica. Acabando com diversos tabus em relação aos estudos anatômicos. A medicina se tornou mais prática e mais científica. Porém isso não quer dizer que crendices e superstições em relação a doenças tenham desaparecido. A ciência não tem explicação para tudo, muito menos para os mistérios do corpo humano. Enquanto esses enigmas persistirem, muitos continuarão recorrendo ao sobrenatural para diminuir a angústia que a enfermidade causa, na Idade Média ou em qualquer outra época.
 
Inf. Add O Cânone da medicina  é uma enciclopédia médica de 14 volumes escrita pelo polímata muçulmano persa Ibn Sina (Avicena) em torno do ano 1020. O livro se baseava em uma combinação de sua própria experiência pessoal, de medicina islâmica medieval, dos escritos de Galeno, Sushruta e Charaka, assim como da antiga medicina persa e árabe. [1] O Cânone é considerado um dos livros mais famosos da história da medicina.

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