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PAPER 1 SEMESTRE 2019

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13
PLANEJAMENTO ORGANOZACIONAL: O Planejamento e o Controle de Produção em Organizações empresariais
Fabiane Marques Tavares¹
Gleiciely Maryana Menezes¹
Marcelo Peres de Paiva¹
Mirian Pereira do Nascimento¹
Luciano Basso ²
			
RESUMO
O Objetivo desde Paper é apresentar considerações e conceitos sobre o controle de produção dentro das organizações empresariais. O sistema de produção nas empresas vem se tornando cada vez mais importante nos ambientes de crescente abertura externa e globalização das economias. Uma forma de buscar o sucesso da organização é com um sistema de produção consistente, potencializando as vantagens competitivas advindas da função produção. Dentro desse contexto o Planejamento e Controle da Produção é uma importante ferramenta na composição de um gerenciamento de produção consistente e eficiente. Nosso estudo mostra que o sistema de PCP nas empresas é solicitado a responder às mudanças internas e externas, fornecendo resposta rápida e melhor controle dos recursos, entregas e desempenho, sendo assim, responsável pela coordenação e aplicação dos recursos produtivos de forma a atender da melhor forma possível os planos estabelecidos.
Palavras-chave: Sistema de Produção; Planejamento de Produção; Controle de Produção.
1. INTRODUÇÃO
 No Brasil, o sistema de produção nas empresas vem se tornando cada vez mais importante nos ambientes de crescente abertura externa e globalização das economias. Atualmente, sem produtividade ou sem a eficiência do processo produtivo, dificilmente uma empresa será bem sucedida ou até mesmo sobreviver no mercado. Dado o aumento da concorrência, o sistema de produção e o planejamento e controle da produção são quesitos essenciais na formulação das estratégias de competitividade das empresas. O Planejamento e Controle da Produção (PCP) destina orientar ações que visem, sobretudo, a redução de custos sistêmicos e o aumento da eficiência e produtividade agregada da economia nacional, objetivando promover a competitividade nas empresas brasileiras em relação a seus principais concorrentes, visando sempre à eficiência dos recursos nos processos produtivos, e principalmente no controle de seus estoques. Um sistema de produção pode ser definido como um conjunto de elementos pertencentes à produção de um bem ou serviço inter-relacionados que interagem no desempenho de uma função chegando, assim, a um resultado final. O Planejamento e Controle da Produção coordenam as atividades da operação produtiva de modo a satisfazer a demanda dos consumidores. É necessário administrar planos e controles, mesmo que estes possam variar. Planejar é uma atividade muito importante para que uma empresa possa tomar o caminho certo para o seu desenvolvimento, principalmente neste cenário atual, onde tudo muda constantemente.
 A principal finalidade da programação da linha de produção é atender aos prazos de entrega dos produtos vendidos. O planejamento é o resultado de um plano de produção a ser cumprido pela empresa atendendo as demandas, estabelecendo prazos para a realização das atividades, objetivando uma produção de maneira eficaz que produza bens e serviços conforme o planejado. O controle da produção é uma ferramenta que serve para a verificação de todas as etapas de produção, conforme prazos estipulados e recursos alocados para produção, assegurando que o que foi planejado e programado seja realizado Visando compreender melhor o sistema, planejamento, programação e controle de produção, propôs-se o presente estudo através de análise e mapeamento do processo produtivo, caracterizando os principais elementos do Planejamento e Controle da Produção. Contudo, uma forma de buscar o sucesso da organização é ter um sistema de produção consistente, potencializando as vantagens competitivas advindas da função produção e dentro desse contexto, o PCP é uma importante ferramenta na composição de um gerenciamento de produção consistente e eficiente.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
 As últimas décadas constituíram uma época de grandes mudanças na gestão e organização do sistema produtivo das empresas industriais em todo o mundo. Ao longo do processo de modernização da produção, a figura do consumidor tem sido o foco principal, pois é a procura da satisfação do consumidor que tem levado as empresas a se atualizarem com novas técnicas de produção cada vez mais eficazes, eficientes e de alta produtividade. Atualmente, o mundo requer uma contínua, intensa e incessante produção de bens e serviços para abastecer o mercado que não para de exigir, e cujas necessidades se tornam cada vez mais complexas e sofisticadas. Esta moderna sociedade é constituída de inúmeras organizações, que são criadas para a produção, que é o objeto primário de toda e qualquer organização. No entanto os sistemas de produção e PCP dos processos foram criados com o objetivo de organizar a empresa e a forma com que estas geram seus bens ou serviços. Portanto, uma empresa que pretende atender e satisfazer seus clientes deve ter um PCP adequado e eficaz e um sistema de alta produtividade, alcançando bons resultados, aproveitando bem a matéria prima, a capacidade das máquinas, o tempo a as habilidades das pessoas. Com a crescente competitividade imposta pela globalização e independente do ramo de atividade, toda empresa deve ter como objetivo principal conquistar e manter seus clientes, buscando permanente padrão de excelência. A partir da realidade de competitividade, novas tecnologias, crise mundial, e outras variáveis locais tornam-se cada vez mais perceptível a importância das empresas estarem constantemente reciclando seus processos, produtos, conceitos, conhecimentos e estratégias para melhor atender a todos seus clientes.
2.1. SISTEMA DE PRODUÇÃO
 O sistema de produção constitui o núcleo de toda atividade empresarial e, a própria finalidade da existência de cada negócio. Em sua origem, cada empresa nasceu para produzir algo, seja um produto ou um serviço e, assim, obter o retorno do seu trabalho, garantir sua sobrevivência e criar condições para o seu sucesso e o crescimento sustentável. Cada negócio visa à produção de alguma coisa, e é por meio dela que se desdobram os objetivos de uma empresa (CHIAVENATO, 2004). O termo produção pode assumir diversos significados, dentre eles o de gerar, elaborar e realizar, ou ainda pode significar a obra de um autor, as etapas da realização de uma “produção” cinematográfica, entre outros. O que estes significados têm em comum é a capacidade de nos remeter à transformação de algo em uma obra distinta. No meio industrial a palavra produção não é diferente, ela remete, principalmente, à transformação de entradas, em produtos úteis, alocando recursos de um sistema produtivo. Ou seja, é o conjunto das atividades que proporcionam a transformação de insumos em produtos ou serviços, o que requer recursos e competências para tal transformação e gerar bons resultados (CHIAVENATO, 2004).
 De acordo com Fernandes e Filho (2010), um sistema de produção é um conjunto de elementos (humanos, físicos e procedimentos gerais) que estão interligados e projetados para gerar produtos finais, cujo valor final supere o valor dos custos para produzi-lo. Ou seja, é tudo aquilo que transforma entrada em saída com valor inerente. Os sistemas de produção estão inseridos em um ambiente, no entanto, influenciam ao mesmo tempo em que são influenciados por este, pois são sistemas abertos.
 As empresas são definidas como um sistema que transforma, através de processos, entradas (insumos) em saídas (produtos), esse sistema é chamado de sistema produtivo. Portanto, para que esse sistema transforme insumos em produtos, é necessário estabelecer planos, prazos, com aplicação de ações para que após estes prazos, os eventos planejados se tornem realidade. (TUBINO, 2009).
 De acordo com Moreira (2012, p. 7-9) sistema de produção é “o conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens e serviços”.
 O sistema de Planejamento e Controle da Produção (PCP) éconvidado a contribuir com a empresa, frente às novas reivindicações internas e externas, a fim de prover rápidas respostas ao mercado, melhorar o controle dos recursos e desempenhar um bom resultado na entrega de produtos. E para atender tais necessidades, é necessário entender como e quais fatores afetam o desempenho dos sistemas de PCP e em que a sua gestão precisa melhorar.
O sistema de produção é composto por um conjunto de processos, esses processos podem ser qualquer atividade ou conjunto de atividade que parte dos insumos (entrada), transformando-os e agregando-lhes valor, criando, assim, produtos (bens ou serviços) para os clientes, que podem ser compradores do produto final como os clientes dos processos internos (manufatura, qualidade, entre outros). No entanto, é conveniente relacionar o processo de transformação com a natureza dos recursos de entrada: materiais, informações e consumidores. Existem diversas maneiras, sob diversas perspectivas e parâmetros distintos, de se classificar os sistemas produtivos, desde os mais amplos ou genéricos até os mais detalhados. Uma classificação bastante conhecida dos sistemas produtivos é feita com base na atividade econômica à qual este pertence, conforme segue (PIRES, 2004):
a) Primária: agropecuária, extrativismo;
b) Secundária: indústria, transformação;
c) Terciária: serviços.
Russomano (2000) adota uma classificação mais específica, dividida em três tipos: contínuo, intermitente e construção de projetos. Onde são comparadas as principais características de um sistema com destaque na relação entre os tempos de preparo dos equipamentos e de operação, a quantidade de produtos, a capacidade ociosa, a arrumação das máquinas, a qualificação dos operários, o fluxo de produção e a quantidade de material em processamento. Moreira (2008) acrescenta duas classificações de sistemas de produção, a primeira denominada classificação Tradicional e a segunda classificação Cruzada de 22 Schroeder. A classificação tradicional, em função do fluxo do produto e de uma grande variedade de técnicas de planejamento e gestão da produção, agrupa os sistemas de produção em três grandes categorias:
I. Sistema de produção contínua ou de fluxo em linha; Esses sistemas apresentam uma sequência linear na produção dos bens ou serviços com equipamentos arranjados conforme as etapas do processo, produtos bastante padronizados e fluem de um posto de trabalho a outro, no qual as estações de trabalho são organizadas de forma a respeitar a sequência do processo produtivo (CORRÊA e CORRÊA; 2012). São subdivididos em dois grupos:
a) Produção contínua propriamente dita: é o caso das indústrias de processo, esse tipo de produção tende a ter um alto grau de automatização e com produtos altamente padronizados.
b) Produção em massa: linhas de montagem em larga escala de poucos produtos com grau de diferenciação relativamente pequeno.
 De forma geral, os sistemas de fluxo em linha são caracterizados pela alta eficiência pela substituição do trabalho humano em máquina e padronização do trabalho restante em tarefas altamente repetitivas, e acentuada inflexibilidade. Portanto, se as condições forem favoráveis a um alto volume de produção e padronização desta, será necessário o uso de produção contínua pela sua eficiência (MOREIRA, 2011).
II. Sistema de produção intermitente; Neste tipo de sistema, os equipamentos e as habilidades dos trabalhadores são agrupados em conjunto, definindo um tipo de arranjo físico como funcional ou por processo. O sistema produtivo deve ser relativamente flexível visando atender diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda, empregando equipamentos poucos especializados, geralmente agrupados em centros de trabalhos e mão de obra mais polivalente. O produto flui de forma irregular, sendo de um centro de trabalho a outro e são subdivididos em dois grupos:
a) Produção por lotes: produção de um volume médio de bens ou serviços padronizados em lotes, quando a empresa tem uma linha de produtos relativamente estabilizada e de variedade alta, sendo que cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada à medida que as operações anteriores forem sendo realizadas.
b) Produção por encomenda: o cliente apresenta seu próprio projeto do produto, devendo ser seguidas essas especificações na fabricação.
Porém, o que o sistema de produção intermitente ganha em flexibilidade diante da produção contínua, ele perde em volume de produção. Portanto, adota-se este tipo de produção quando o volume de produção for relativamente baixo e são comuns no estágio inicial de vida de muitos produtos (MOREIRA, 1998).
III. Sistema de produção de grandes projetos sem repetição; Este é um tipo de sistema bastante diferente dos anteriores, cada projeto é um produto único, portanto, não há fluxo de produtos. Nesse caso, há uma sequência de tarefas ao longo do tempo com pouca ou nenhuma repetitividade, porém, esse sistema de projetos é de alto custo e possui dificuldade gerencial no planejamento e no controle (MOREIRA, 2011).
A Classificação Cruzada de Schroeder considera duas dimensões. De um lado, a dimensão tipo de fluxo de produto de maneira semelhante à classificação tradicional, e do outro, a dimensão tipo de atendimento ao consumidor, onde existem duas classes:
a) Sistemas orientados para estoque; Este tipo de sistema oferece atendimento rápido e a baixo custo, mas a flexibilidade de escolha do consumidor é reduzida, o produto é fabricado e estocado antes da demanda efetiva do consumidor. Certas atividades são cruciais para este sistema como a previsão de demanda, gerência de estoque e o efetivo planejamento da capacidade de produção. A empresa deve prover o cliente com produtos padronizados, tirados do estoque, com certo nível de atendimento.
b) Sistemas orientados para encomenda; Nesse sistema as operações são ligadas a um cliente em particular com o qual se discute o preço e o prazo de entrega da mercadoria. A medida do desempenho nos sistemas por encomenda é medido pelo prazo de entrega, que o cliente deseja saber de antemão (MOREIRA, 2011).
 As atividades desempenhadas pelo sistema de produção são controladas por meio de regras de controle e/ou programação. Após a realização das tarefas, é feito um monitoramento dos níveis de estoque e da produção para determinar se o realizado foi igual o programado (FERNANDES, 2010).
 Portanto, uma forma de gerenciar esse sistema de produção é através dos chamados sistemas de planejamento e controle da produção, que são responsáveis por planejar, coordenar, dirigir e controlar a produção.
Cabe à administração da produção buscar, definir e aplicar as ferramentas, instrumentos, métodos e alternativas que lhe proporcionem respostas para as seguintes perguntas: como, quando, quanto, com o que produzir? Os sistemas de produção existem, justamente, para auxiliar os executivos dessa área no processo de tomada de decisão. (BALLESTERO-ALVAREZ, 2001, p. 363-364). 
2.1.1 ETAPAS DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO
As etapas, execução e controle da produção, são comandados por um órgão auxiliar denominado planejamento e controle da produção (PCP). Este órgão dita normas às linhas de fabricação, visando a um fluxo ordenado e contínuo do processo produtivo. Ou seja, por meio dele é determinado o que vai ser produzido? Quanto vai ser produzido? Como vai ser produzido? Onde vai ser produzido? Quando vai ser produzido? E quem vai produzir? Isso ocorre devido à utilização eficiente dos meios de produção, dos quais se atingem objetivos planejados, nos prazos determinados.
Na etapa do planejamento, os planos são feitos, ou seja, determina-se o que deverá ser executado, respondendo todas as perguntas acima formuladas. Na etapa do controle, determina-se o que foi feito, obtendo-se respostas efetivas às questões já respondidas na etapa do planejamento. Ou seja, é determinado o que foi feito quanto foi feito como foi feito, onde foi feito, quando foi feito e quem fez.
As dificuldades mais frequentes que ocorrem no planejamentoda produção e fazem com que o controle se diferencie do planejamento são a falta ou atraso de material e mão de obra; a falta de máquinas devido a quebras ou a panes; falta de energia, água ou vapor, ou qualquer outro suprimento; atraso nos tempos de fabricação, devido à ineficiência do trabalhador e/ou da máquina.
O planejamento é dividido em quatro fases. A primeira fase é a determinação dos tipos e quantidades dos produtos a serem fabricados. A determinação é feita por meio dos pedidos recebidos de clientes, das previsões de venda, ou de ambos. A segunda fase é o roteiro, onde se faz a leitura das listas das operações que constituem o processo produtivo do produto, onde se determina quem fará as operações, onde serão feitas e os tempos de fabricação do produto, em cada operação. A terceira fase é o aprazamento, onde é determinado quando será iniciada a produção, quando terminará e quanto tempo levará. A quarta fase é a liberação que consiste na movimentação dos recursos utilizados na produção, antes do momento do seu início, conforme os prazos estabelecidos na fase anterior. Com o início da produção, começa a fase do controle, que acompanha e segue o desenvolvimento da produção, com a apuração final dos resultados. O controle apresenta a mesma estrutura do planejamento e as etapas desenvolvidas nesta fase são verificadas na fase do controle.
O planejamento e controle da produção são responsáveis pela movimentação dos recursos que são necessários ao sistema produtivo, ou seja, à fabricação dos bens. O PCP funciona como órgão de assessoria à gerência da fábrica, exercendo influência sobre a produção. Nele, todo o processo decisório da produção está centralizado, fazendo planos de fabricação e controlando sua execução prática.
FONTE: ACOMSISTEMAS (2018).
2.1.2 PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO.
 O sistema de planejamento e controle da produção está relacionado à estratégia de manufatura e apoia a tomada de decisões táticas e operacionais da empresa, sempre informando e controlando corretamente a situação dos recursos, da ordem de compra e de produção com o intuito de diminuir as perdas, erros e falhas, aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos e do atendimento ao cliente. Aspectos importantes para uma produção eficiente eficaz nunca foram tão exigidos tanto pelos consumidores como pelos produtores como o que é vivenciado atualmente. De acordo com Russomano (2000), a competitividade aumenta os parâmetros de exigência dos consumidores em relação aos critérios de desempenho da produção (melhorias de flexibilidade e qualidade, prazos de entregas e menores custos). No entanto, para atingir os objetivos e aplicar de forma apropriada os recursos, uma empresa precisa planejar e controlar adequadamente sua produção e para isso existe o planejamento e controle da produção (PCP).
 Sempre que é estabelecido um objetivo, é necessária a criação de planos para o gerenciamento de todos os recursos tanto os humanos quanto os físicos necessários, tomando as decisões e ações direcionando as atividades para os objetivos proposto. O planejamento é uma função administrativa de aprimoramento de recursos de entrada, que determina o que deve ser realizado para atingir os objetivos traçados (CHIAVENATO, 2004).
 O planejamento é que lança as bases para as atividades gerenciais, delineando as ações que devem ser seguidas, em que momento agir para que atinja os objetivos em uma organização (MOREIRA, 1999).
 O planejamento da produção resulta em um plano de produção a ser cumprido pela organização, onde é definida a programação como um planejamento de curto e médio prazo para que se obtenha ao final do período um planejamento em longo prazo. Sendo assim, é o processo de estabelecer o tempo adequado para realização das atividades em busca de alcançar os objetivos no processo de planejamento, garantindo que a produção ocorra de forma eficaz.
 “O planejamento e controle da produção têm por objetivos, no entanto, fazer planos que conduzirão a produção e servirão de guia para seu controle” (SACOMANO, 2007).
 A garantia de bons resultados está ligada ao bom planejamento, programação e controle de todo o processo de produção. Desse modo, torna-se possível atuar corretamente quando ocorrerem desvios, falhas do processo, ou agir em metas traçadas de melhoria de seu produto, para que ele seja bem aceito. Essa prática também possibilita a diminuição de seus custos operacionais.
FONTE: Portogente.com(2018).
O trabalho de planejamento, direta ou indiretamente, afeta toda a organização, por meio de documentos e planos: roteiro de produção, ferramentas e estimativas, etc.
 
O controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir possíveis falhas no desempenho a fim de assegurar que a execução do planejamento seja feita da melhor forma. Ou seja, a missão do controle é verificar se tudo está sendo feito conforme o que foi planejado e identificar possíveis erros com a intenção de corrigi-los e evitar perdas no processo e principalmente que os mesmos erros ou falhas se repitam. (CHIAVENATO, 2005).
 
2.2. Informática Auxiliando o Controle da Produção
 A tecnologia da informação segundo Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 82-84) tem tido um impacto significativo e positivo em como os produtos e serviços são ofertados. A utilização de sistemas integrados auxilia na comunicação entre todas as áreas da empresa e faz com que as informações não sejam perdidas e ainda que todos saibam e consigam buscar qualquer detalhe do processo. Ou seja, integra os aspectos da produção em um sistema automatizado. Ainda de acordo com os autores as seguintes razões também podem apoiar a decisão da empresa em investir na tecnologia da informação: 
*Manter participação no mercado;
*Evitar grandes perdas;
*Criar maior flexibilidade e adaptabilidade;
*Melhorar a resposta; Melhorar a qualidade dos serviços;
Elevar a previsibilidade das operações.
Portanto, a utilização informática pode aumentar substancialmente a participação da empresa no mercado e também aumentar seus lucros, bem como o relacionamento com os clientes. Mas vale lembrar que nem sempre a tecnologia da informação pode auxiliar na produtividade, entretanto, os ganhos nas informações e nas razões a cima citada faz valer o investimento.
2.2.1 Execução do PCP
A execução do Planejamento e Controle de Produção passa por seis diferentes etapas, que são:
1. Previsão de demanda-A previsão de demanda é fundamental para que os gestores possam avaliar a necessidade de insumos e de mão de obra. Essa projeção cabe ao departamento comercial e deve ser atualizada continuamente. Nesse ponto, os fornecedores também precisam ser acionados para que possam garantir o abastecimento ― evitando interrupções ou mudanças de última hora na programação.
2. Planejamento da capacidade produtiva- A próxima fase consiste em analisar a capacidade produtiva das instalações atuais, observando, inclusive, se há a necessidade de redimensionamentos ou de novos investimentos em automação industrial. Em determinadas situações, a empresa também pode optar pela terceirização de parte da produção.
3. Planejamento agregado da produção (PAP)-O PAP está embasado em avaliações que consideram ajustes no quadro de colaboradores, estoques, fluxo logístico e contratos de fornecimento. Esse documento deve ser elaborado anualmente, mas está sujeito a correções mensais.
4. Programação mestra da produção (PMP)-Nessa etapa, os gestores definem como operacionalizar o programa de produção, utilizando de forma aprimorada toda a infraestrutura, os materiais e as equipes de trabalho. O PMP é um desdobramento do PAP e, por isso, é mais específico e reúne a previsão da demanda, as ordens de produção e o planejamento de compras.
5. Programação detalhada da produção (PDP)-O PDP estabelece a operação diária da indústria, incluindo a programação e a gestão de insumos. Nesse momento, são avaliados o tamanho dos lotes, o lead time e a reposição dos estoques. Assim, a recomendação é adotar soluçõespara facilitar à logística — como o Kanban, o Just in Time e o Milk Run.
6. Controle da produção- A última etapa de execução do PCP está direcionada ao acompanhamento da produção, de modo a garantir que o planejamento seja obedecido rigorosamente. Com isso, é possível identificar gargalos, alterar a programação, estimar prazos de entrega e simplificar a tomada de decisão ― por meio da análise de dados.
2.2.2 Vantagens e Desvantagens do PCP
 O Planejamento e Controle da Produção ajudam a organizar melhor o processo produtivo, proporcionando maior controle sobre o fluxo, integrando áreas e dimensionando os recursos adequadamente. Porém, os benefícios que ele proporciona vão muito, além disso. Principais vantagens do PCP:
Aumento da eficiência
Eficiência quer dizer produzir mais, utilizando a quantidade ideal de recursos, ou seja: eliminando desperdícios, aproveitando melhor o tempo e aperfeiçoando a produtividade. A eficiência proporcionada pelo PCP vem à medida que se planeja melhor os insumos que serão utilizados para a produção, permitindo que o setor de Compras também realize um trabalho de aquisição mais acertado. Ou seja, o planejamento garante que se produzirão somente os itens e as quantidades necessárias, utilizando apenas matéria-prima, máquinas, equipamentos e mão de obra que são fundamentais para o processo.
 
Melhora na comunicação
Como o PCP requer a integração entre diversos setores e pessoas para funcionar adequadamente a comunicação entre eles precisam ser constante, promovendo a troca de informações necessária para que se execute o trabalho da melhor forma possível. Vale lembrar que qualquer atraso ou falha no envio de dados pode desencadear outros problemas que vão afetar o resultado final, podendo refletir até mesmo no atendimento ao cliente.
 Reduz os custos
Com a redução dos desperdícios, melhoria na produtividade e a eficácia na utilização dos recursos, são possíveis chegar à redução dos custos. Tudo isso porque o setor de Compras passa a adquirir melhor os itens, se produz apenas o necessário para atender a demanda, o que ajuda a evitar perdas dos insumos ou o excesso de mercadorias no estoque, por exemplo.
 O Planejamento e Controle da Produção é uma ferramenta voltada para a melhoria do processo produtivo, mas que auxilia outros setores a realizar seu trabalho com maior eficácia. Isso reflete de maneira positiva no resultado final do negócio.
Principais desvantagens do PCP:
- Dificuldades de implantação. Anos são em geral necessários para instalar um grande sistema mecanizado de PCP. Sistemas menores levam apenas alguns meses;
- Uso intenso de computadores com volume de dados muito grande.
- Custo operacional alto.
- Não enfatiza o envolvimento da mão-de-obra no processo.
- Necessidade de desenvolver parcerias com fornecedores.
 Uma das maiores dificuldades para o desempenho da função PCP refere-se a relacionamentos. Por administrar informações de diversas áreas, o PCP está em constante processo de negociação com os diferentes agentes dentro do processo produtivo. O PCP é o representante da área de vendas dentro da fábrica, é ele quem sabe das prioridades e prazos de entrega dos produtos aos clientes e faz a programação de modo que atenda a esse objetivo.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	A opção metodológica foi à pesquisa qualitativa (através de sites na internet e livros) pautada no estudo de “Planejamento e Controle de Produção”. Esta pesquisa compreende os métodos qualitativos de investigação. Para Stablein (2001) as pesquisas de cunho mais qualitativo visam descobrir e comunicar uma realidade organizacional na maneira como ela é vivenciada pelos vários atores envolvidos, ou que se encontra compatível com as intenções do estudo. De acordo com nossos objetivos esse caminho viabilizaria maior aproximação do nosso objeto de análise e a dinâmica do trabalho.
Diante da nossa intenção, tivemos a seguinte problemática: “como ter uma produção eficiente nas organizações empresariais?”. Desta problemática desdobram-se as questões de como desenvolver o PCP.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Através das pesquisas sobre a “O PLANEJAMENTO E O CONTROLE DE PRODUÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS”; Apresentamos os autores envolvidos com a pesquisa, mostrando sobre a importância de se ter um sistema produtivo bem planejado e controlado. Todos ressaltam que o PCP possui várias funções, além de prestar um atendimento ao setor de vendas, ele se torna responsável pela programação e controle da produção como um todo, determinando a quantidade a produzir, controlando estoques, emitindo ordens de produção, e de fabricação, acompanhando a produção e controlando a qualidade dos produtos. Nota-se que essa inter-relação entre os diversos setores organizacionais é importante para se atingir os objetivos organizacionais. Vale observar que as decisões tomadas no sistema podem afetar diretamente a competitividade e o desempenho e que deve ser gerenciadas de maneira a suportar a estratégia competitiva da empresa. O controle deve iniciar na compra da matéria prima e acompanhar o produto até a sua eventual colocação no estoque, loja e entrega ao representante ou clientes. Neste caso, o controle tem por finalidade fiscalizar todos os processos e cruzar os dados referentes à produção e ao plano de produção, verificando se as atividades planejadas estão sendo executadas de maneira adequada e se ajustes são necessários. 
 Analisando os autores apresentados, percebe-se a compreensão da importância do controle, ao mencionarem que o controle existe para avaliar, corrigir e registrar dados do sistema produtivo, ele se encarrega de manter a produção dentro do que foi planejado e assegurar que os objetivos sejam atingidos. Compreendendo as afirmações dos autores que contribuem para esse estudo, percebe-se que a falta de compreensão dos limites de atuação e de responsabilidades do PCP pode prejudicar o desempenho organizacional das organizações empresarias.
5. CONCLUSÕES
Este PAPER teve por objetivo conhecer e compreender a importância do planejamento e controle de produção nas organizações empresariais. Foi observado segundo os autores; a importância do planejamento e do controle de produção para se alcançar os objetivos organizacionais.
 Além de reconhecer a importância do PCP nas organizações, é necessário compreender alguns detalhes essenciais, tais como, a relação da programação e o sequenciamento das ordens de produção, que podem gerar decisões que prejudicam o atendimento dos prazos pré-estabelecidos pelo setor de vendas.
Considerando que o PCP é responsável pela coordenação e aplicação de recursos produtivos de forma a atender da melhor maneira possível aos planos pré-estabelecidos. As organizações empresariais poderiam estabelecer novos objetivos e metas em função de uma maior compreensão por parte dos profissionais que atuam no planejamento e controle do setor produtivo. Em outras palavras, mais conhecimento [técnico e conceitual] para as organizações poderia melhorar sua competitividade, tornando-se mais eficiente em relação à produção.
 Portanto, para uma gestão eficaz a empresa deve ser composta por setores que se relacionam, fazendo com que os processos de produção, administração e vendas trabalhem de forma sinérgica, formando assim, todo um ciclo de produção. 
6- REFERÊNCIAS
KIELWAGEN, Edson Klaus; SOUZA, Rodolpho Ribeiro da Silva. Gestão de Pessoas. Indaial: Uniasselvi, 2013.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração da Produção. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier Ltda, 2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: Uma Abordagem Introdutória, 3ª ed. São Paulo: Manole, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação ao Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Manole, 2010. 
RUSSOMANO, Victor Henrique. Planejamento e controle da produção. 6º ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
FERNANDES, F. C. F.; GODINHO FILHO, M. Planejamento e Controle da Produção: Dos Fundamentos ao Essencial. São Paulo, SP: Atlas, 2010.
BALESTERO-ALVAREZ, Maria E. Administração da Qualidade e da Produtividade: Abordagemdo Processo Administrativo. São Paulo: Atlas, 2001.
DAVIS, Mark M.; AQUILANO, Nicholas J; CHASE, Richard B. Fundamentos da Administração da Produção. São Paulo: Bookman, 2001.
MOREIRA, Daniel Augusto. Introdução à Administração da Produção e Operações. 1ª ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 1998.
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. 4ª ed. São Paulo: Pioneira, 1999.
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da Produção e Operações. 2ª ed. rev. E ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações (Vol. 2). São Paulo: Pioneira, 2012.
PIRES, S. Gestão da Cadeia de Suprimentos: Conceitos, Estratégias, Práticas e Casos. São Paulo: Atlas, 2004.
RUSSOMANO, V. H. Planejamento e Controle da Produção. 6ª ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
SACOMANO, J.B. Uma Análise da Estrutura Funcional do Planejamento e Controle da Produção e suas Técnicas Auxiliares. São Paulo: Blucher, (p.245-62, 2007).
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações – Manufatura e Serviços: Uma Abordagem Estratégica. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
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1 Acadêmicos: Angélica Moreira da Silva, Gleiciely Maryana Menezes, Luceana Aparecida da Silva Santos, Mirian Pereira do Nascimento, Shirley Orias Marques 
2 Professor tutor externo: Luciano Basso
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Administração (ADG 1055) – Prática do Módulo II -05/06/18

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