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01 ESTUDO DE CASO CLíNICO THALÍA S. FIRMINO Createde by Thalía 1 Paciente B.F.S., do sexo feminino, 08 meses de idade, chegou ao PSF Santos Dumont I acompanhada da mãe que relatou ao médico assistente que sua filha há aproximadamente 02 semanas apresenta febre de 37, 9ºC, mal estar geral, coriza e tosse seca. “Hoje está sem febre, mas apresenta tosse seca incontrolável, rápida e curta (cerca de 07 tossidas em uma única respiração)”. Ao exame: tax = 37,8ºC, P=100bpm, Fr = 65ipm e peso=8Kg, paroxismo de tosse seca e incontrolada (08 tossidas em uma única respiração), não conseguia inspirar, protrusão de língua, congestão facial e cianose perioral. Foi verificado que as 2ª e 3ª doses da vacina DPT estavam atrasadas. O médico assistente encaminhou a criança ao HMGV após ter solicitado punção venosa periférica com SGF 3:1 a 10 mgts/mini e ter prescrito eritromicina 80mg de 06/06horas por 14 dias. Createde by Thalía VOCÊ SABIA? FONTE: GOOGLE IMAGENS Createde by Thalía Createde by Thalía Descrição A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda e transmissível, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca, cuja evolução se faz em três fases sucessivas: fase catarral, fase paroxística e fase de convalescença. Createde by Thalía FONTE: GOOGLE IMAGENS Createde by Thalía Fisiopatologia O bacilo da coqueluche invade o organismo humano através das vias aéreas superiores, instalando-se na árvore respiratória (brônquios e bronquíolos) particularmente no epitélio ciliado respiratório, onde se multiplica, causando uma necrose local e uma paralisia ciliar. Todo esse processo irrita as mucosas da árvore respiratória que produzem uma abundante secreção de muco com bastante viscosidade gerando uma obstrução bronquiolar que pode desencadear uma atelectasia e/ou um processo inflamatório nos pulmões. Createde by Thalía Agente Etiológico Bordetella pertussis Bacilo gram-negativo Aeróbio Não esporulado Imóvel e pequeno Provido de cápsula Fímbrias Createde by Thalía Modo de transmissão Createde by Thalía Contato direto da pessoa infectada com uma pessoa suscetível. Gotículas de secreção. Transmissão por objetos recentemente a contaminados. Período de incubação Em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. Período de transmissibilidade Para efeito de controle, considera-se que o período de transmissão se estende do 5º dia após a exposição do doente até a 3ª semana do início das crises. Em lactentes menores de 6 meses, pode prolongar-se por até 4 ou 6 semanas após o início da tosse. A maior transmissibilidade cai de 95% na 1a semana da doença (fase catarral) para 50% na 3a semana, sendo praticamente nula na 5a semana, embora, ocasionalmente, já tenham sido isoladas bactérias na 10ª semana de doença. Createde by Thalía Suscetibilidade e Imunidade Createde by Thalía Ao adquirir a doença, a imunidade é duradoura mas não é permanente. Em média de 5 a 10 anos após a última dose da vacina a proteção pode ser pouca ou inexistente. Pela vacina, mínimo de 3 doses com a pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B), um reforço aos 15 meses de idade, e um segundo reforço aos 4 anos de idade com a tríplice bacteriana (DTP). A imunidade não é permanente; após 5 a 10 anos, em média, da última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou inexistente. FASE CATARRAL FASE DE CONVALESCENÇA FASE PAROXÍSTICA M anifestações Clínicas Createde by Thalía Diagnóstico Laboratorial e Diferencial - Específico e Diferencial FONTE: GOOGLE IMAGENS Createde by Thalía Complicações Respiratórias – pneumonia por B. pertussis, pneumonias por outras etiologias, ativação de tuberculose latente, atelectasia, bronquiectasia, enfisema, pneumotórax, ruptura de diafragma. Neurológicas – encefalopatia aguda, convulsões, coma, hemorragias intracerebrais, hemorragia subdural, estrabismo e surdez. Outras – hemorragias subconjuntivais, otite média por B. pertussis, epistaxe, edema de face, úlcera do frênulo lingual, hérnias (umbilicais, inguinais e diafragmáticas), conjuntivite, desidratação e/ou desnutrição Createde by Thalía Tratamento Eritromicina e Claritromicina. Nos casos de contraindicação ao uso da azitromicina e da claritromicina, recomenda-se o sulfametoxazol + trimetropin Createde by Thalía Medicamentos sintomáticos Aspectos Epidemiológicos Populações aglomeradas. Maior número na primavera e no verão. Inexistência de uma distribuição geográfica preferencial. No inicio da década de 80 eram notificados mais de 40 mil casos anuais e o coeficiente de incidência era superior a 30/100.000 habitantes. Createde by Thalía Este número caiu abruptamente a partir de 1983 e, em 2008, o numero de casos confirmados foi de 1.344 casos/ano e o coeficiente de incidência (CI) foi de 0,71 /100.000 habitantes graças a elevação da cobertura vacinal, principalmente a partir de 1998, resultando em importante modificação no perfil epidemiológico desta doença. Últimos anos, surtos de Coqueluche. Createde by Thalía O grupo de menores de um ano concentra cerca de 50% do total de casos e apresenta o maior coeficiente de incidência. A letalidade da doença é também mais elevada no grupo de crianças menores de um ano, particularmente naquelas com menos de seis meses de idade, que concentram quase todos os óbitos por Coqueluche. Createde by Thalía Vigilância Epidemiológica - Acompanhar a tendência temporal da doença para detecção precoce de surtos e epidemias; - Adotar medidas de controle pertinentes; - Aumentar o percentual de isolamento em cultura, com envio de 100% das cepas isoladas para o Laboratório de referência nacional, para estudos moleculares e de resistência bacteriana a antimicrobianos; - Notificação compulsória. - Definição de caso: Suspeito: Tosse paroxística (tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas, ou seja, 5 a 10, em uma única expiração); guincho inspiratório; vômitos pós-tosse. Confirmado: Critério laboratorial; Critério clínico-epidemiológico; Critério clínico. Createde by Thalía INSTRUMENTOS DISPONÍVEIS PARA CONTROLE Vacinação; Esquema básico de vacinação; Vacinação de bloqueio; - Controle de Comunicantes: Os comunicantes íntimos, familiares e escolares, menores de 7 anos não vacinados, inadequadamente vacinados ou com situação vacinal desconhecida; Pesquisa de novos casos; Quimioprofilaxia. Createde by Thalía Não esqueça a minha vacina !!! FONTE: GOOGLE IMAGENS Createde by Thalía Educação em saúde e participação da comunidade As pessoas devem ser informadas quanto a importância da vacinação como medida de prevenção e controle da Coqueluche. Deve-se dar ênfase à necessidade de se administrar o número de doses preconizado pelo calendário vigente. Também deve ser ressaltada a importância da procura aos serviços de saúde se forem observadas as manifestações que caracterizam a definição de caso suspeito de Coqueluche. Portanto, deve-se realizar ações de conscientização e educação em saúde nas comunidades, para que tenham conhecimento sobre a doença e possam reconhecer os sintomas, e as formas de prevenção. A comunidade deve participar de forma ativa desse trabalho de educação em saúde, pois podem obter conhecimento, e passa-lo adiante, e além disso, diminuir a disseminação da doença. Createde by Thalía SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PROBLEMAS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM SEGUNDO NANDA PRESCRIÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM RESULTADOS ESPERADOS -Febre -Mal estar geral -Coriza -Paroxismo de Tosse seca e incontrolada -Incapacidade de inspirar -2ª e 3ª dose de DTP atrasadas -Protrusão de língua -Congestão facial -Cianose perioral Ventilação espontânea prejudicada Características definidoras: Dispneia Fator relacionado: Fadiga da musculatura respiratóriaCondição associada: Alteração do metabolismo Comportamento de saúde propenso a risco Características definidoras: Falha em agir de forma a prevenir problemas de saúde Fatores relacionados: Percepção negativa do provedor de cuidados de saúde Apoio social insuficiente Risco de infecção Fatores de risco: vacinação inadequada População em risco: Exposição a surto de doenças Condições associadas não estão de acordo com o quadro clínico -Manter as vias áreas desobstruídas e aplicar soro fisiológico de 12 em 12h. -Orientar a utilização de oxigenação adequada, através do fornecimento de oxigênio suplementar, por meio de cateter ou máscara . -Manter o ambiente calmo e limpo, explicar a família as causas da fadiga, identificar fatores que desencadeiam. -Orientar o responsável a deixar o paciente de repouso. -Encaminhar ao pneumologista, para tratamento preciso caso haja persistência dos sintomas. -Orientar o responsável da importância da vacinação, seus benefícios e apresentar o calendário seguido no protocolo. -Encaminhar a ACS no dia esperado para relembrar o responsável sobre a vacinação do menor. -Espera-se que o paciente se recupere da doença, fazendo o tratamento de forma adequada na unidade de saúde. -Espera-se que o responsável pelo menor se atente as vacinas previstas pelo calendário fornecido pelo ministério da Saúde e se certifique que não há vacinas em atraso. Createde by Thalía FONTE: GOOGLE IMAGENS Createde by Thalía Obrigada! Createde by Thalía .MsftOfcThm_Background2_lumMod_90_Fill { fill:#DADADA; } .MsftOfcThm_Accent4_Fill { fill:#EAD000; } .MsftOfcThm_Accent4_Fill { fill:#EAD000; }
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