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2020 Estudo de caso HOSPITAL SARAH Kubitschek FORTALEZA Julia, Pedro, Rafaela e Thamirys CONFORTO AMBIENTAL I Prof.: Aline Sauer 1 JOÃO FILGUEIRAS LIMA O Lelé 2 João Filgueiras Lima (Lelé) 02 Natural do Rio de Janeiro. Estudou na Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, onde se formou arquiteto em 1955. Durante a construção de Brasília, no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, desenvolveu vários projetos ao lado de Oscar Niemeyer, e outros de autoria própria. Natural do Rio de Janeiro. Estudou na Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, onde se formou arquiteto em 1955. Durante a construção de Brasília, no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, Lelé desenvolveu vários projetos ao lado de Oscar Niemeyer, e outros de autoria própria. 3 João Filgueiras Lima (Lelé) 03 Um acidente de automóvel com sua esposa, em 1963, aproximou o carioca João Filgueiras Lima de Aloysio Campos da Paz (1934), um médico que iria presidir a Fundação das Pioneiras Sociais dos Hospitais Sarah Kubitschek. Um acidente de automóvel com sua esposa, em 1963, aproximou o carioca João Filgueiras Lima de Aloysio Campos da Paz (1934), um médico que iria presidir a Fundação das Pioneiras Sociais dos Hospitais Sarah Kubitschek. Assim surgiram os notáveis edifícios hospitalares projetados por Lelé. 4 João Filgueiras Lima (Lelé) 04 Uma de suas marcas registradas é o uso criativo e ousado de sistemas pré-fabricados de construção em série. Desenvolveu “fábricas de hospitais”, montadas para a construção da rede Sarah Kubitschek. Passou a usar a argamassa armada, mais leve que o concreto armado em muitas obras. Uma de suas marcas registradas é o uso criativo e ousado de sistemas pré-fabricados de construção em série, que o levaram a criar fábricas de pré-moldados – as primeiras montadas em Salvador, em 1979, para projetos urbanos criados pelo prefeito Mario Kertész. Desenvolveu “fábricas de hospitais”, montadas para a construção da rede Sarah Kubitschek, onde foram feitos não apenas os elementos construtivos, mas objetos hospitalares. Passou a usar a argamassa armada, mais leve que o concreto armado em muitas obras, como as escolinhas de Abadiânia, 1982, no interior de Goiás e também na “fábrica de escolas” do Rio de Janeiro, em 1984, e na Fábrica de Equipamentos Comunitários – Faec, 1985, em Salvador, voltada para a produção de peças de equipamento urbano: escada, arrimo, canaleta pluvial, banco, ponto de ônibus, passarela etc. 5 REDE DE HOSPITAIS SARAH Kubitschek 6 06 1960 - Inauguração do Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek 1968 - As origens do projeto SARAH 1976 - Aprovação do projeto 1980 - Inauguração do SARAH 2001 - SARAH Fortaleza REDE SARAH 1960 Inauguração do Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek Com o objetivo de dotar Brasília de moderno centro de reabilitação, a Fundação das Pioneiras Sociais implanta, na nova capital, um centro de reabilitação, inaugurado, em 21 de abril de 1960, pelo Presidente Juscelino Kubitschek. 1968 As origens do projeto SARAH Aloysio Campos da Paz Júnior é convidado para dirigir o Centro de Reabilitação SARAH Kubitschek e nele desenvolver as ideias que surgiram do seu treinamento em Oxford. Surge o embrião do Conselho Comunitário, para dar apoio político ao futuro projeto 1976 Aprovação do projeto A Secretaria de Planejamento da Presidência da República e o Ministério da Saúde aprovam o projeto que prevê um futuro hospital. Além dos programas de tratamento, este centro formará recursos humanos, desenvolverá técnicas e equipamentos e coordenará, no futuro, uma rede nacional de hospitais em sua especialidade. 1980 Inauguração do SARAH Em 12 de setembro, o SARAH torna-se realidade e é inaugurado pelo Presidente da República. 2001 SARAH Fortaleza É inaugurada a primeira unidade voltada exclusivamente para a Neurorreabilitação: o SARAH Fortaleza. (durante o período de 1980 e 2001, outros hospitais também foram inaugurados em outros estados) -Destaca-se a preocupação de Lelé em melhorar a eficiência dos sheds dos Hospitais, em função da luz e do vento -As propostas de Lelé, sempre que possível, priorizam a solução horizontal (Figura 54) por adequar-se melhor à metodologia de tratamento e por permitir a ventilação e a iluminação natural por meio de sheds. Às vezes, fatores como terrenos pequenos ou a presença de florestas determinam uma configuração mais compacta e vertical. -A incorporação de jardins internos e dispositivos de climatização passivos, como espelhos d´água e nebulizadores, são também ilustrados - Os sheds são elementos arquitetônicos que têm uma presença marcante em todos os hospitais da Rede Sarah; além do valor estético, eles dão unidade ao conjunto e caracterizam a linguagem arquitetônica de toda a Rede. Sua principal função e razão de ser é permitir a entrada da luz natural e favorecer a ventilação vertical, através do efeito de sucção. Sua forma é conseqüência, principalmente, da eficiência do efeito de sucção, fazendo parte também das suas diretrizes evitar a insolação direta e favorecer a iluminação natural. Quanto maior o pé direto do shed, melhor será o efeito chaminé, sendo a altura (h) da abertura de saída importante para uma ventilação eficiente. A conjugação do efeito chaminé com a direção dos ventos predominantes é fundamental, sendo assim, a abertura do shed deverá funcionar como saida do ar. 7 CARACTERISTICAS CLIMÁTICAS 8 Estado do Ceará 12 O clima do Ceará é quente e úmido, com temperaturas entre os 19° e 31°. Ventos alísios, permanentes, com constantes correntes vindas do sudeste. As estratégias bioclimáticas: ventilação, resfriamento evaporativo e massa térmica Princípios de projeto recomendados são: aberturas amplas e sombreadas, direcionadas de forma a captar o vento; adoção de ventilação cruzada e ventilação vertical; construção de espaços internos fluidos, e outros O Estado de Ceará está situado na Região Nordeste do Brasil, um pouco abaixo da linha do Equador, numa posição nitidamente tropical, entre 2º 46’30’’ e 7º52’15’’ de latitude sul e 37º14’54’’ e 41º24’45’’ de longitude ocidental. • O clima do Ceará é quente e úmido, com temperaturas entre os 19° e 31°. • Ventos alísios, permanentes, com constantes correntes vindas do sudeste. • As estratégias bioclimáticas recomendadas para essa cidade são: ventilação, resfriamento evaporativo e massa térmica • Por apresentar a maior parte das horas do ano concentrada na zona de ventilação, conforme a carta bioclimática, os princípios de projeto recomendados são: aberturas amplas e sombreadas, direcionadas de forma a captar o vento; adoção de ventilação cruzada e ventilação vertical; construção de espaços internos fluidos, e outros 9 Localização e características do terreno 10 localização 14 O Hospital está localizado na Av. Juscelino Kubitscheck, N˚. 4500, no Bairro Passaré, Fortaleza, capital do Estado do Ceará. O terreno possuía uma grande área arborizada, abundante em espécies locais, que ocupava mais de 1/3 do terreno. O Hospital está localizado na Av. Juscelino Kubitscheck, N˚. 4500, no Bairro Passaré, Fortaleza, capital do Estado do Ceará. O terreno possuía uma grande área arborizada, abundante em espécies locais, que ocupava mais de 1/3 do terreno. Influência da vegetação: A presença de vegetação afeta a configuração do fluxo do vento, dependendo de sua forma e dimensão”. 11 CARACTERISTICAS 15 Orientação Forma Solução mista sendo horizontal-vertical mais compacta, ocupando menos o Solo, de modo a garantir a preservação integral de uma grande área arborizada. Material envolvente: cor e textura Utilização de paredes duplas que não se tocam, podendo passar uma corrente de ar entre as duas ou também é colocado uma lâmina de isopor. A área de contato entre a placa interna e a externa é mínima, reduzindo assim a ponte térmica ou ganho de calor por condução entre as duas superfícies Orientação Por meio da orientação procura-se ganhar energia radiante no caso de lugaresde clima frio, ou, por outro lado, evitar o ganho de calor em regiões de clima quente, e forma, bem como a orientação são importantes variáveis que determinarão tanto as condições internas de conforto quanto o desempenho e eficiência energéticos numa edificação Forma hospital Sarah Fortaleza deveu-se à consciência ambientalista do arquiteto que optou por preservar a mata existente, embora ela ocupasse um terço do terreno com solução mista sendo horizontal-vertical mais compacta, ocupando menos o Solo, de modo a garantir a preservação integral de uma grande área arborizada que ocupa mais de 1/3 do terreno. Material envolvente: cor e textura O comportamento térmico dos materiais utilizados nas edificações é importante para garantir o conforto nos ambientes internos. Lelé tem plena consciência disso. Utilização de paredes duplas que não se tocam, podendo passar uma corrente de ar entre as duas ou também é colocado uma lâmina de isopor. Lelé diz que esta sempre aperfeiçoando os projetos e isso significa um sobrecusto, mas o conforto é importante e temos de mantê-lo. A área de contato entre a placa interna e a externa é mínima, reduzindo assim a ponte térmica ou ganho de calor por condução entre as duas superfícies (Figura 28 a e c). 12 HOSPITAL SARAH - FORTALEZA ANÁLISE 13 organização dos ambientes especiais e os ambientes flexíveis 10 Nos ambientes especiais (salas de radiologia, farmácias e centros cirúrgicos), o ar condicionado é fundamental, pois exigem níveis rigorosos e controlados de Temperatura, Umidade Relativa e gradiente de pressão de ar. Já nos ambientes flexíveis (salas de fisioterapia, ambulatórios, enfermarias e áreas de espera), onde o controle é menos rigoroso, a ventilação natural garante o conforto térmico. Conclui-se que os dispositivos de fechamento devem permitir o controle independente da iluminação e da ventilação natural. Obra que favorece a entrada do vento e da luz Nos ambientes especiais (salas de radiologia, farmácias e centros cirúrgicos), o ar condicionado é fundamental, pois exigem níveis rigorosos e controlados de Temperatura, Umidade Relativa e gradiente de pressão de ar. Já nos ambientes flexíveis (salas de fisioterapia, ambulatórios, enfermarias e áreas de espera), onde o controle é menos rigoroso, a ventilação natural garante o conforto térmico. Cabe salientar que os ambientes flexíveis estão dispostos de maneira a captar os ventos dominantes. Conclui-se que os dispositivos de fechamento (janelas, sheds, muros e aberturas) devem permitir o controle independente da iluminação e da ventilação natural. 14 Área de fisioterapia 15 ÁREA DE FISIOTERAPIA 17 Na área de fisioterapia, observa-se como a iluminação difusa, refletida pelo forro, ilumina o ambiente. Graças aos sheds, esse ambiente apresenta níveis adequados de iluminação natural. Contíguo à essa área, está o ginásio onde são realizados exercícios de recuperação e diversas atividades recreativas Na área de fisioterapia são desenvolvidas técnicas para o tratamento do incapacitado físico ou de pacientes com problemas de locomoção. Os pacientes em recuperação realizam vários tipos de exercícios físicos, muitos dos quais têm lugar em áreas abertas, com passeios ou em piscinas. Essa situação é aproveitada pelo arquiteto, que toma partido de uma necessidade decorrente da metodologia de tratamento e propõe grandes jardins internos que interligam todos os espaços do hospital, sendo a área de fisioterapia um dos ambientes com mais verde, luz e ambiência com o exterior, fator que estimula o psicológico dos pacientes. Dessa forma, nos hospitais da Rede, as áreas internas estão sempre integradas a jardins adjacentes Na área de fisioterapia, observa-se como a iluminação difusa, refletida pelo forro, ilumina o ambiente. Graças aos sheds, esse ambiente apresenta níveis adequados de iluminação natural. Contíguo à essa área, está o ginásio onde são realizados exercícios de recuperação e diversas atividades recreativas 16 Ginásio Área coberta 17 Cobertura 19 A grande cobertura protege a varanda das enfermarias da radiação solar direta. Tal proteção possibilita uma interessante relação espacial e de integração, embora apenas visual, entre as enfermarias e a área do ginásio. Dessa forma, quando acontecem atividades recreativas, o corredor das enfermarias transforma-se numa espécie de “camarote”. A grande cobertura protege a varanda das enfermarias da radiação solar direta (Figura 67). Tal proteção possibilita uma interessante relação espacial e de integração, embora apenas visual, entre as enfermarias e a área do ginásio. Dessa forma, quando acontecem atividades recreativas, o corredor das enfermarias transforma-se numa espécie de “camarote”. Lelé destaca que “é importante que os pacientes possam assistir principalmente às sessões de reabilitações e reuniões”, já que “[...] levam sempre artistas e todos podem assistir das galerias como se fosse nas frisas de um teatro” (LIMA, 2003b). (Figura 71 c) 18 Enfermarias 19 Ventilação cruzada 21 Para evitar a ventilação cruzada optou-se por enfermarias mais curtas, com apenas três leitos, em sequência. O bloco de enfermarias, com aproximadamente 8 m de largura, teve que ser verticalizado e, consequentemente, o sistema de ventilação vertical, ideal para esses ambientes, não foi possível. Para evitar a ventilação cruzada optou-se por enfermarias mais curtas, com apenas três leitos, em sequência. O bloco de enfermarias, com aproximadamente 8 m de largura, teve que ser verticalizado e, conseqüentemente, o sistema de ventilação vertical, ideal para esses ambientes, não foi possível. Lembra-se que a ventilação cruzada é evitada por Lelé, já que o vento transporta poeira e vírus de um lado para outro. Nesse sentido, Lelé afirma que a “infecção cruzada”; infecção transferida de um paciente para outro, também é evitada. Para isso, desenvolveram-se muitas tecnologias de assepsia dos equipamentos, entre elas, a cama-maca. 20 SOLÁRIOS 21 RADIAÇÃO SOLAR 23 A radiação solar é fundamental para a saúde. Não há equilíbrio fisiológico se o homem não se expuser à radiação solar por longos períodos de tempo. A radiação solar é fundamental para a saúde. Não há equilíbrio fisiológico se o homem não se expuser à radiação solar por longos períodos de tempo. Sendo a radiação solar importante no processo de recuperação dos pacientes, nos hospitais da Rede Sarah criaram-se os solários, espaços determinados para os banhos de sol, importantes na metodologia de tratamento e recuperação dos pacientes. Cabe destacar que, nas diversas propostas dos hospitais, os solários, devido à riqueza das suas formas, agregaram valores estéticos à sua principal função. 22 SISTEMAS DE VENTILAÇÃO Convecção e ventilação cruzada 23 Sistema de ventilação 25 A ventilação natural dos ambientes do hospital é garantida pelos fundamentos da dinâmica dos ventos e das diferenças térmicas. Por meio desses princípios de ventilação natural, foram desenvolvidos dois sistemas de ventilação, que podem operar simultaneamente: O de convecção; O de ventilação cruzada por ambiente. A ventilação natural dos ambientes do hospital é garantida pelos fundamentos da dinâmica dos ventos e das diferenças térmicas. Por meio desses princípios de ventilação natural, foram desenvolvidos dois sistemas de ventilação, que podem operar simultaneamente: - O de convecção, em que o ar frio é injetado através das galerias de ventilação do subsolo e extraído pelos sheds, com as aberturas na direção a favor dos ventos dominantes (efeito de sucção). - O de ventilação cruzada por ambiente, através de dois sheds com aberturas voltadas em sentido oposto. A eficiência desse sistema poderá ser eventualmente aumentada com o emprego de equipamento mecânico de exaustão ou insuflamento, localizado na abertura do shed. O sistema de convecção merece especial atenção, devido ao funcionamento das galerias de ventilação. 24 Galerias de ventilação 25 COMOFUNCIONA? 27 Esse sistema opera seguindo o princípio da convecção, em que o ar frio entra por baixo do edifício (pelas bocas das galerias de ventilação) e sai pelos sheds posicionados a favor dos ventos, provocando o efeito de sucção. Esse sistema opera seguindo o princípio da convecção, em que o ar frio entra por baixo do edifício (pelas bocas das galerias de ventilação) e sai pelos sheds posicionados a favor dos ventos, provocando o efeito de sucção. Na ausência de ventos ou de ventos abaixo da média, as galerias de ventilação possuem grandes ventiladores que insuflam o ar para dentro do edifício, garantindo a vazão de ar necessária para uma ventilação efetiva. Esses exaustores funcionam de segunda a sexta-feira, em horário de expediente. Durante o final de semana são desligados. 26 Nebulizadores E ESPELHO DE ÁGUA 28 Frente às galerias encontram-se os nebulizadores que expelem água, aumentando a umidade do ar e conseguindo, assim, diminuir a temperatura do ar. Além da presença dos nebulizadores, existe um espelho de água na frente das galerias, que serve de amortecedor térmico. Frente às galerias encontram-se os nebulizadores que expelem água, aumentando a umidade do ar e conseguindo, assim, diminuir a temperatura do ar. Esses nebulizadores, além de refrescar o ar que entra nas galerias, servem para filtrar as partículas de poeira presentes no ar, que vêm do exterior. Além da presença dos nebulizadores, existe um espelho de água na frente das galerias, que serve de amortecedor térmico. Lembra-se que parte do calor ganho nas edificações é produto da radiação de onda longa, irradiada pelas superfícies externas. Dessa forma, a presença de água minimiza a temperatura das partículas de ar na frente das galerias e, consequentemente, melhora os resultados do sistema. 27 SHEDS 29 Para evitar o ganho de calor consequência da forma côncava do shed, inverteu-se a superfície frontal. Surge então uma superfície convexa, que evita a radiação de calor para dentro do shed. Nessa solução a pestana ou testeira ainda é uma peça independente acoplada ao shed. O hospital possui galerias de ventilação, e os ambientes possuem uma única saída de ar, localizada na parte inferior das paredes. Para evitar o ganho de calor conseqüencia da forma côncava do shed, inverteu-se a superfície frontal. Surge então uma superfície convexa, que evita a radiação de calor para dentro do shed. Nessa solução a pestana ou testeira ainda é uma peça independente acoplada ao shed. O hospital possui galerias de ventilação, e os ambientes possuem uma única saída de ar, localizada na parte inferior das paredes. A iluminação por sheds pode ser uma excelente opção para iluminar áreas que têm um uso intenso, como é o caso dos ambulatórios em hospitais, entre outros. Os sheds possuem na sua frente uma estrutura ou painel de lamelas,pintado na cor azul. Segundo Lelé, a cor azul reflete pouco o calor, mas minimiza o calor ganho pelo edifício. 28 COBERTURA METÁLICA DO JARDIM 30 Pode ser entendida como um grande sistema, desenvolvido segundo os princípios de ventilação e iluminação natural. A grande cobertura curva está formada por vigas de metal, apoiadas nos pilares periféricos da área de fisioterapia. Lâminas de metal, apoiadas às vigas, funcionam como brises protegendo o jardim interno da radiação direta do sol, da chuva e, por sua vez, permitem a ventilação cruzada no ambiente. Essa cobertura ilustra os objetivos estudados sobre ventilação e iluminação natural, pode ser entendida como um grande sistema, desenvolvido segundo os princípios de ventilação e iluminação natural. A grande cobertura curva está formada por vigas de metal, apoiadas nos pilares periféricos da área de fisioterapia. Lâminas de metal, apoiadas às vigas, funcionam como brises protegendo o jardim interno da radiação direta do sol, da chuva e, por sua vez, permitem a ventilação cruzada no ambiente. 29 brises 31 O conjunto de brises cria um jogo de relações lúdicas. Contrastes de luz e sombra no interior do jardim, principalmente no final da tarde, proporcionam ao ambiente uma agradável sensação de contato com o exterior. O conjunto de brises cria um jogo de relações lúdicas. Contrastes de luz e sombra no interior do jardim, principalmente no final da tarde, proporcionam ao ambiente uma agradável sensação de contato com o exterior. Os brises foram concebidos com um sistema mecânico que permite mudar os graus de inclinação em função do movimento do sol. De acordo com a posição do sol, a inclinação dos brises varia, permitindo a entrada da luz da abóbada azul e evitando a entrada da luz direta do sol. Devido a problemas de manutenção o sistema foi desativado, ficando definida uma inclinação. 30 Os SISTEMAS AUTOMATIZADOS 32 São interessantes para utilização nos edifícios para facilitar o manuseio. Sistemas similares foram utilizados nas enfermarias desse hospital, para facilitar o controle de abertura dos vidros dos sheds. É um controle mecânico de abertura se ventilação, são interessantes para utilização nos edifícios para facilitar o manuseio. No caso dessa cobertura, seria quase impossível movimentar manualmente a inclinação dos brises. Sistemas similares foram utilizados nas enfermarias desse hospital, para facilitar o controle de abertura dos vidros dos sheds. O sistema mecânico é muito simples. “Um simples motor de janela de carro tem feito milagres em todos os sistemas mecanizados propostos para os hospitais” 31 CONCLUSÃO [...] Este ecleticismo construtivo permitiu uma variedade formal que o momento anterior da trajetória profissional de Lelé não possuía e possibilita afirmar que o Sarah-Fortaleza sintetiza a experiência de uma vida dedicada à compreensão da arquitetura na amplitude de seu campo de conhecimento, efetuando, com maestria, a conjunção entre arte e técnica. 32
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