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Resumo - Processos Proliferativos Não-Neoplásicos

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Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
 
iNTRODUÇÃO 
PPNNs são hiperplasias reacionais ao tecido mole, 
em resposta a um trauma, acúmulo de biofilme... 
É um conceito bem diferente de Neoplasia, a 
qual corresponde a uma proliferação celular 
anormal, descontrolada e autônoma, com perda 
ou redução da diferenciação celular, em 
consequência a alterações em genes e proteínas. 
Fibroma de irritação 
É sinônimo de fibroma traumático ou nódulo 
fibroso. Essa hiperplasia é causada por uma 
proliferação de tecido conjuntivo devido a um 
trauma/irritação local. 
 
Mais prevalente em mulheres, e entre 30-60 
anos, e se localizam mais em mucosa jugal 
(próximo à linha de oclusão), mucosa labial, 
língua e gengiva (regiões mais susceptíveis a 
sofrerem traumas). 
Características clínicas 
• Nódulo séssil ou pediculado de superfí-
cie lisa e coloração semelhante à da mu-
cosa adjacente; 
• Pode apresentar coloração esbranquiça-
da devido ao trauma (queratinização); 
• Tamanho variado (≥ de 1,5cm); 
• Não apresenta sintomatologia. 
O tratamento consiste na remoção cirúrgica por 
biópsia excisional. 
Hiperplasia fibrosa 
inflamatória 
Sinônimo de hiperplasia fibrosa focal, epúlide 
fissurada, epúlide por dentadura, hiperplasia por 
trauma de dentadura... 
Características clínicas 
• Proliferação de tecido conjuntivo devido 
ao uso de próteses mal adaptadas; 
• Trauma crônico de baixa intensidade; 
 
• Mais comum em mulheres; 
• Acomete mais adultos e idosos; 
• Apresenta característica clínica diversi-
ficada. 
 
O tratamento consiste em remoção cirúrgica do 
tecido hiperplásico, reembasamento e readapta-
ção da prótese pré-existente ou confecção de uma 
nova prótese. 
Hiperplasia papilomatosa 
inflamatória 
Lesão inflamatória assintomática, com superfície 
pedregosa ou papilar. 
Características clínicas 
• Proliferação de tecido conjuntivo geral-
mente abaixo da prótese (nem sempre); 
• Palato duro de pacientes respiradores 
bucais e palatos ogivais. 
 
 
Fatores ligados à patogênese 
• Prótese removível mal adaptada; 
• Má higiene da prótese removível; 
• Uso da prótese removível por 24h; 
• Candidose pode estar associada (princi-
palmente em pacientes HIV+). 
O tratamento consiste na remoção da prótese e 
orientação de higiene, terapia antifúngica (se 
necessário), e em casos mais avançados, pode-se 
fazer remoção cirúrgica do tecido. 
Processos proliferativos não-
neoplásicos (PPNN) 
Propedêutica Estomatológica 
 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Hiperplasias gengivais 
(Fibromatoses gengivais) 
Características clínicas 
• Crescimento gengival generalizado; 
• Esse crescimento é associado ao biofil-
me, porém pode apresentar fatores mo-
dificadores que o amplifiquem. 
 
HIPERPLASIA GENGIVAL 
INFLAMATÓRIA 
É sinônimo de hiperplasia gengival irritativa, e é 
associada ao acúmulo de biofilme. 
Apresenta como características clínicas: 
• Aumento gengival de forma generalizada 
• Presença de cálculo, mal posiciona-
mento dentário, próteses mal adaptadas; 
• Comum em pacientes respiradores 
bucais. 
 
O tratamento consiste em tratamento periodontal 
associado ou não às correções cirúrgicas, além de 
instruções no controle de biofilme. 
HIPERPLASIA GENGIVAL 
MEDICAMENTOSA 
É sinônimo de aumento gengival associado a me-
dicamentos. Apresenta como características clíni-
cas: 
• Aumento de tecido gengival de forma 
local ou generalizada com início na papi-
la interdental e acomete tecidos margi-
nais; 
• É firme à palpação, pela formação de 
tecido fibroso; 
• Muito comum ser causada por medica-
mentos anticonvulsivantes, imunossu-
pressores e bloqueadores de canais de 
sódio. 
a) Anticonvulsivantes: Fenitoína, Hidantal 
e Gardenal. 
 
b) Imunossupressores: Ciclosporina-A. 
 
O crescimento por Fenitoína ocorre em áreas 
dentadas, e o tecido gengival é firme, consistente 
à palpação e com coloração rosa-pálido na ausên-
cia de inflamação e vermelho-vivo quando infla-
mado. 
c) Bloqueadores de canais de cálcio: Nife-
dipina, Verapamil, Diltiazem e Felodi-
pina. 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
O diagnóstico da hiperplasia gengival medica-
mentosa é feito a partir dos sinais clínicos e da 
anamnese. 
O tratamento consiste em controle do biofilme, 
com tratamento periodontal básico e cirúrgico 
para correção estética e tratamentos paliativos. 
Além disso, deve-se conversar com o médico dos 
pacientes que apresentem essas condições, e veri-
ficar a possibilidade de mudança da medicação. 
HIPERPLASIA GENGIVAL HEREDITÁRIA 
É sinônimo de fibromatose gengival hereditária 
(FGH). As características clínicas dessa alteração 
são: 
• Aumento gengival generalizado, por 
vestibular e lingual; 
• Crescimento apenas em rebordos denta-
dos; 
• Acomete mais a dentição permanente; 
• Se apresenta como tecido fibrótico, de 
coloração normal da mucosa e resistente 
à pressão. 
 
O tratamento vai depender da severidade do caso: 
1. Casos leves: raspagem e alisamento radi-
cular + controle do biofilme. 
2. Casos severos: procedimentos cirúrgi-
cos avançados (gengivectomia) + con-
trole do biofilme. 
Porém, a recorrência da FGH é imprevisível, por 
isso o controle do biofilme é o padrão de preven-
ção na maioria dos casos. 
Granuloma piogênico 
Também é sinônimo de granuloma gravídico. É 
uma resposta tecidual a um trauma ou irritação 
local. É uma lesão friável (sangra bastante) 
Mais comum em crianças e adultos jovens, e 
maior prevalência em mulheres. Em 75% dos 
casos, afeta a gengiva, e é mais incidente na 
vestibular do que na lingual. 
Características clínicas 
• Nódulo liso ou lobulado, normalmente 
pediculado (pode ser séssil também); 
• A superfície pode ser ulcerada, e nesse 
caso a lesão apresenta membrana fibri-
nopurulenta; 
• Sua coloração pode ser vermelha ou ar-
roxeada, devido sua alta vascularização; 
• É uma lesão indolor de crescimento 
lento. 
 
O tratamento consiste em remoção cirúrgica ex-
cisional e remoção dos fatores predisponentes. 
Fibroma ossificante 
periférico 
É um crescimento gengival considerado como le-
são reacional, e sua patogênese é incerta. Acre-
dita-se que seja devido a uma maturação fibrosa a 
qual calcificou, ou é um produto mineralizado do 
periósteo ou ligamento periodontal. 
Características clínicas 
• Acomete exclusivamente a gengiva, e 
em áreas dentadas; 
• Nódulo séssil ou pediculado firme à pal-
pação, de coloração rósea ou averme-
lhada, pois a superfície pode estar ulce-
rada; 
• Mais comum em adolescentes e jovens 
adultos (10-19 anos), acometendo mais 
mulheres; 
• Predileção pela região interior da maxila 
(incisivos e caninos). 
O tratamento consiste na excisão cirúrgica a nível 
subperiosteal, com raspagem de dentes adjacen-
tes, pois essa lesão apresenta características de 
recidiva. 
 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Lesão periférica de células 
gigantes 
Difere da Lesão Central de células gigantes, 
e apresenta algumas características próprias, 
como: 
• Nódulo séssil ou pediculado exclusivo 
de gengiva ou rebordo alveolar edên-
tulo; 
• Apresenta coloração vermelha ou 
vermelha-azulada (roxo), com presença 
de hemossiderina em seu interior; 
• Pode ocorrer em qualquer faixa etária, 
mas é mais prevalente nas primeiras 3 
décadas de vida, e acomete mais mulhe-
res; 
• Predileção pela mandíbula. 
 
Lesão central de células 
gigantes 
Características clínicas 
• Lesão intraóssea, que pode ser um 
achado radiográfico; 
• Afeta uma ampla faixa etária, que vai dos 
2 aos 80 anos, e 60% dos casos ocorre 
antes dos 30 anos; 
• Predileção pelo sexo feminino e pela 
mandíbula, nesse caso sendo mais 
frequente na região anterior (cruzando alinha média); 
• As lesões podem ser não-agressivas ou 
agressivas: 
a) Agressivas: são a minoria dos casos, e 
nessa situação a lesão é sintomática com 
perfuração das corticais ósseas. 
b) Não-agressivas: são lesões bem deli-
mitadas sem bordas corticais, podendo 
ser uniloculares (deve-se fazer diagnós-
tico diferencial com cistos radiculares e 
granulomas periapicais) ou multilocula-
res (diagnóstico diferencial com amelo-
blastoma). 
 
Legenda: 1) Variação unilocular, 2) Variação 
multilocular. 
 
O tratamento dessa lesão consiste em curetagem. 
Nos casos mais agressivos e recorrentes, deve-se 
fazer curetagem e osteotomia periapical. 
Alguns tratamentos alternativos consistem na 
injeção intra-lesional de corticosteroides, calcito-
nina, interferon-α, bisfosfonatos e outros medica-
mentos. 
O prognóstico normalmente é favorável, porém 
em casos mais agressivos pode-se ter uma taxa de 
recidiva mais alta. 
Neuroma traumático 
É uma proliferação de tecido neural após transsec-
ção ou dano ao feixe nervoso. 
Características clínicas 
• Nódulo não ulcerado de superfície lisa; 
• Pode ocorrer em qualquer local onde 
haja feixe nervoso, porém as regiões 
mais cometidas são forame mentoniano 
(mentual), língua e lábio inferior; 
• Ocorre após exodontias ou cirurgias; 
• Acomete mais adultos de meia-idade; 
• Cerca de 25% dos casos apresentam dor, 
que pode ser constante ou intermitente, 
leve queimação ou até dor severa 
irradiada; 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
• Podem ser dolorosos quando comprimi-
dos por próteses ou palpação. 
 
O tratamento consiste em excisão cirúrgica, 
incluindo uma pequena porção do feixe nervoso 
acometido. 
referências 
Neville et al: Patologia Oral e Maxilofacial, 3ª 
edição, Capítulo 12. 
Tommasi, Maria Helena Martins: Diagnóstico 
em Patologia Bucal, Capítulo 12. 
Regezi, J.A. et al: Patologia Oral: Correlações 
clinicopatológicas, 6ª edição.

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