Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATIVIDADE DE REVISÃO AV2, FINAL e 2ª CHAMADA INFLUÊNCIA FILOSÓFICAS NA PSICOLOGIA Sócrates é considerado o pai da filosofia ocidental e lança as primeiras ideias sobre a subjetividade humana. Sócrates, que elaborou a frase “conhece-te a ti mesmo” entendia que a filosofia era possível no momento em que o homem retornasse os pensamentos reflexivamente para si próprio. A primera forma de explicar a origem das ideias foi elaborada por Platão, através do Inatismo. A segunda forma foi elaborada por Aristóteles, através do Empirismo. Platão defendia o Inatismo, entendendo que nascemos com princípios racionais e ideias inatas. A origem das referidas ideias, segundo Platão, é dada pelo mundo inteligível, evitando o uso das proposições do mundo sensível. Quando nascemos, já possuímos as ideias em nossas mentes, guardadas para serem utilizadas no mundo sensível. Aristóteles defendia o empirismo, entendendo que as ideias são adquiridas através de experiência. Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das ideias surge através da observação dos objetos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível. Não existindo realidade fora do campo prático. Na Idade Média a igreja monopolizava o poder. Santo Agostinho e São Tomás de Aquino são os principais representantes desse período. A PSICOLOGIA CIENTÍFICA E AS ABORDAGENS PSICOLÓGICAS O nascimento da Psicologia científica na Europa e no Brasil deu-se na segunda metade do século XIX na Europa; e na primeira metade do século XX no Brasil, quando se criou o primeiro laboratório de psicologia experimental. Embora a psicologia cientifica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente. Essas abordagens são: O Funcionalismo, de William James (1842-1910). O Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927) e o Associacionismo, de Edward L. Thordike (1874- 1949). O funcionalismo é considerado como a primeira sistematização genuinamente americana de conhecimentos em Psicologia. Desse modo, para a escola funcionalista de William. James, importa responder “o que fazem os homens” e “por que o fazem”. Para responder a isto, William James elege a consciência como o centro de suas preocupações e buscou a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adapta-se ao meio. O Estruturalismo está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência. Seus aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central. Esta escola foi inaugurada por Wundt, mas foi Titchener, seguidor de Wundt, quem usou o termo estruturalismo pela primeira vez, no sentido de diferenciá-la do funcionalismo. O método de observação de Titchen, assim como o de Wundt, é o introspeccionismo, e os conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório. O principal representante do Associacionismo é Edward L. Thorndike, e sua importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das ideias das mais simples às mais complexas. A Psicologia cientifica, que se constituiu de três escolas, Associacionismo, Estruturalismo e Funcionalismo, foi substituída, no século 20, por novas teorias. As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia neste século são consideradas por inúmeros autores como sendo o Behaviorismo, a Gestalt e a Psicanálise. Wilhelm Wundt é o maior representante do voluntarismo e foi o fundador da psicologia cientifica. Wundt ganhou esse status não só por ter criado o primeiro laboratório de psicologia em Leipzig, na Alemanha, em 1879, mas por esse laboratório ter atraído estudantes do mundo inteiro para uma psicologia científica. Experiência consciente imediata ou experiência imediata é a experiência consciente subjetiva que um sujeito tem da realidade, no exato momento em que este acesso a realidade é direto, intuitivo, independente das características constitutivas do sujeito e sem auxílio de construtos auxiliares. O conceito nasceu a partir da divisão das ciências naturais e da psicologia como primeiramente postulado por Wilhelm Wundt. Segundo ele, enquanto as ciências naturais estudam os objetos da experiência independente do sujeito, a psicologia os investigam na sua relação com o sujeito. Delimitando os domínios dessas ciências, Wundt define que as ciências naturais se ocupam do estudo da experiência mediata, enquanto a psicologia estuda a experiência imediata. Wundt entendia que “a psicologia é uma ciência empírica cujo objeto de estudo é a experiência imediata” e como experiência, Wundt acredita que ela poderia ser analisada pelos seus conteúdos objetivos, que chamaria de experiência mediata e pelos seus conteúdos subjetivos, que chamaria de experiência imediata. Para Wundt, a experiência consiste num todo unitário e coerente que pode ser concebido a partir de dois pontos de vista diferentes e complementares. A experiência mediata, que corresponde ao conteúdo objetivo da experiência e a experiência imediata, que corresponde ao seu aspecto subjetivo. No primeiro caso, a ênfase recai sobre os objetos da experiência vinculados ao mundo externo e pensados independentemente do sujeito que experiência. No segundo caso, a ênfase recai sobre o próprio sujeito da experiência e seu mundo interno em relação com os conteúdos da experiência. O Voluntarismo é o estudo da capacidade mental do consciente humano, de modo voluntário, a organização dos próprios conteúdos em níveis de pensamento superiores. Tem por objetivo compreender como a mente organiza o seu conteúdo mental, descobrindo leis universais em todas as suas manifestações. Quanto ao estudo da Personalidade, existem duas grandes vias de abordagens: Idiográficas e Nomotéticas. A Abordagem Idiográfica considera o indivíduo como uma pessoa inteira e única, cujo processo consiste na concentração de um indivíduo e na observação de suas características em diversas situações, como por exemplo, no estudo de caso. A Abordagem Nomotética e quantificadora representou a busca pelo pesquisador da ordem natural dos fenômenos psicológicos e comportamentais na forma de classificação e leis gerais com caráter preditivo. A psicologia constitui-se como ciência autônoma no final do século XIX e, desde então, caracteriza-se por diversas tensões entre a natureza subjetiva dos fenômenos psicológicos e a imposição de uma abordagem objetiva, típica da ciência. Tal tensão se expressa diferentemente nas principais matrizes que estruturam o pensamento psicológico nas suas origens. Isso culminou em definições diferenciadas sobre a forma científica de produzir conhecimento e a própria definição do objeto da psicologia. Assim, caracterizam-se duas grandes vertentes, uma mais objetivista e outra mais subjetivista. O objetivismo valoriza a experimentação e toma o comportamento manifesto como objeto de estudo, embasando-se na ideia de que todo conhecimento provêm da experiência. O Subjetivismo apoia-se na ideia da autonomia do ser humano, sustentando a tese de que o conhecimento é anterior à experiência. Essa síntese- a subjetividade- é o mundo de ideias, significados, emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivencias e de sua constituição biológica, é também fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais. A subjetividade não é inata ao indivíduo. Criando e transformando o mundo externo, o homem constrói e transforma a si próprio. O Etnocentrismo ocorre quando somente enxergamos o outo grupo tomando como referência o nosso próprio grupo. Intelectualmentepodemos falar da dificuldade de pensarmos a diferença, enquanto que efetivamente podemos considerar ser o medo, o receio, a estranheza do outro grupo. O etnocentrismo pode assim ser colocado como a procura por entender porque há tantas distorções entre o que sentimos e pensamos. Temos como exemplos de Etnocentrismo, a Xenofobia; o hábito indígena de vestir pouca ou nenhuma roupa; o uso do kilt (uma típica saia) pelos escoceses; enquanto alguns animais como escorpiões e cães não fazem parte da cultura alimentar do brasileiro, em alguns países asiáticos estes animais são preparados como alimentos; Nazismo; dentre outros. A psicologia é um campo do saber entre o humano e o científico; entre o biológico e o social. BEHAVIORISMO O Objeto de estudo do Behaviorismo é o comportamento. O Behaviorismo tinha como pressuposto básico a natureza objetiva e natural do ser humano e a possibilidade de construção de uma sociedade embasada em princípios do comportamento humano. O Behaviorismo é uma abordagem psicológica que tem como unidades básicas de estudo, os estímulos e as respostas. Ganhar uma bonificação após ter emitido o comportamento de aumento de produtividade no trabalho é um exemplo de reforço positivo. Um setor tem uma queda na produtividade e o gestor cria a norma de corte na bonificação de sua equipe. A equipe então, se empenha e aumenta a produtividade do setor e o gestor retira a norma. Isso é um exemplo de reforço negativo. PSICANÁLISE O objeto de estudo da Psicanálise é o inconsciente. Freud propôs uma teoria topográfica da mente quando dividiu em consciente, pré-consciente e inconsciente. No livro “A interpretação dos sonhos”,Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade: inconsciente, pré- consciente e consciente. Fases de desenvolvimento psicossexual de Freud: Na fase oral, a zona de erotização do bebê é a boca. Esta fase NÃO possui função social ou interpessoal. Na fase anal, a obtenção do controle fisiológico é ligada à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer. No período de latência, a sexualidade NÃO avança. Na fase fálica há a diferenciação entre os sexos pela criança e a ocorrência do complexo de Édipo O Inconsciente: não é um lugar, nem uma coisa. É a parte da mente que é recalcada (desejos, fantasias, recordações dolorosas). Os processos mentais inconscientes são atemporais. O método de associação livre visa permitir a um sujeito reencontrar seus próprios sentidos. O sentido de seus sintomas. Realidade Psíquica corresponde a realidade subjetiva. O inconsciente é estruturado como uma linguagem e pode manifestar-se através de atos, falas ou imagens inesperadas. Mecanismos de Defesa: Projeção: o indivíduo localiza algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que foi projetado como algo seu que considera indesejável. Regressão: o indivíduo retorna a etapas anteriores de seu desenvolvimento; é uma passagem para modos de expressão mais primitivos. Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” da consciência. Recalque: o indivíduo “não vê”, “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade. Este aspecto que não é percebido pelo indivíduo faz parte de um todo e, ao ficar invisível, altera, deforma o sentido do todo. Formação reativa: o ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção, e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo. FENOMENOLOGIA, EXISTENCIALISMO, HUMANISMO/GESTALT A Fenomenologia e o Existencialismo originaram a Psicologia Humanista. A Fenomenologia busca alcançar a compreensão do ser, partindo da intuição das essências como possibilidade da consciência e recorrendo à noção de intencionalidade. A Abordagem centrada na pessoa é uma teoria Humanista, criada por Carl Rogers e entende que a maior força motivadora da personalidade é a tendência realizadora. A Gestalt iniciou seus estudos pela percepção e sensação do movimento. Sua preocupação era compreender quais os processos psicológicos estavam envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como forma diferente da que ele tem na realidade. Na Gestalt o comportamento é controlado pela percepção individual da realidade; O que os indivíduos percebem e como eles percebem, são dados importantes para a compreensão do comportamento humano na Gestalt. A PSICOLOGIA SÓCIO HISTÓRICA A proposta da Psicologia sócio histórica é produzir um conhecimento que permita compreender os fenômenos sociais a partir da constituição histórica e social dos indivíduos. Nessa perspectiva, compreender o indivíduo é compreender ao mesmo tempo a relação indivíduo-sociedade, superando a dicotomia. Não há uma sociedade externa ao indivíduo; não há um indivíduo a priori ou independente da sociedade. Desvendar os processos subjetivos e sua constituição é desvendar a relação entre o psicológico e o social, compreendida aqui como uma relação de constituição mútua.
Compartilhar