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Doenças exantemáticas - Pediatria

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Pediatria – Lucas Presotti Borges 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS 
Lucas Presotti Borges 
 
Tipo de 
exantema 
Evolução Tipo de 
febre 
Periodo prodromico Notas 
Sa
ra
m
po
* 
 
Morbiliforme. 
Começa no couro 
cabeludo e desce 
crânio-caudal. 
 
Lesões iniciais não 
desaparecem com o das 
de origem. 
Evolui com lesões 
descamativas, não 
descama pés e mãos. 
 
Mais alta 
no período 
exantemáti
co 
Febre, tosse seca, coriza, 
lacrimejamento (conjuntivite), 
cefaleia, prostração, mal estar e 
diarreia. 
Enantema de Koplik (manchas 
brancas na altura dos molares) 
patognomonico 
Exantema surge 3 dias depois 
No pico exantemático 
Afasta a criança das atividades por 7 dias 
Ru
be
ol
a *
 
 
Maculopapular 
róseo 
Cranio-caudal. Podem ser 
predominantes no 
tronco. 
As lesões iniciais somem 
antes das tardias. 
Dura 3 dias 
Não descama 
Febre baixa Em crianças pode não ter ou ter 
sintomas gripais leves parecidos com 
sarampo. No adulto sempre tem 
prodromo (adeno e hepatomegalia, 
artralgia) pode não ter exantema. 
Manchas Forschheimer (petéquias no 
palato) não patognomonico 
Afastar por 7 dias principalmente de gestantes (Pico da 
transmissão congênita primeiro trimestre) 
Es
ca
rla
tin
a 
 
Micropapular 
difuso, vermelho 
intenso que 
desaparece à 
digitopressão, 
com sensação de 
lixa 
O exantema não aparece 
nas mãos e pés 
Descama pés e mãos. 
A língua saburrosa evolui 
para língua de framboesa 
(2 a 4 dias) 
Abrupta Febre, mal estar, dor de garganta, 
vomito, odinofagia, cefaleia, amigdala 
edemaciadas, hiperemiadas, 
petéquias no palato, úvula de aspecto 
gelatinoso. Sinal de Filatov (pele 
branquinha e bochcecha rosada). 
Lingua saburrosa. 
Sinal de Pastia (petequias em dobras 
que não desaparecem à digitopressão) 
Bacteriana (S. beta hemolítico) 
3 a 15 anos 
Trata 10 dias para evitar febre reumática. 
Pode evoluir para GNDA (20 a 30 dias após o tto) pois o ATB 
só previne a FR. (O pico de transmissão é antes de 24 a 48hs 
de ATBterapia) 
Er
ite
m
a 
in
fe
cc
io
so
 
Exantema 
maculopapular 
Exantema difuso que 
evolui pra rendado. 
Depois de uma semana, o 
exantema rendado pode 
aparecer depois da cura, 
quando a criança toma 
sol ou se exercita 
Não tem 
febre 
Não tem prodromos. Não precisa isolar. 
“Fácies esbofeteadas”. 
Cuidado com contactantes (hemoglobinopatias, gestantes e 
imunocomprometidos) 
Pediatria – Lucas Presotti Borges 
Ex
an
te
m
a 
sú
bi
to
 Exantema em 
orofaringe 
Surge após a febre e 
desaparece rapidamente 
Febre alta 
por 3 dias 
que cede 
naturalmen
te 
(pode ter 
convulsão) 
Lesões em orofaringe (exantema 
confundido com dor de garganta) 
Comum entre 6 meses e 6 anos. 
Não precisa isolar. Normalmente passa de adulto para criança. 
Cuidado para não diagnosticar como faringite e dar amoxilina. 
M
on
on
uc
le
os
e 
in
fe
cc
isa
 
 
escarlatiniforme, 
urticariforme, 
morbiliforme, ou 
petequial 
 Febre lenta 
e baixa 
Mal estar, cansaço, dor abdominal, 
edema palpebral, com ou sem febre, 
faringite exsudativa, adenomegalia 
cervical dolorosa, espleno e 
hepatomegalia 
 
Do
en
ça
 d
e 
Ka
w
as
ak
i 
Exantema 
polimórfico 
(maculopapular, 
escarlatiforme, 
multiforme) 
Lingua em framboesa Febre alta e 
prolongada 
por pelo 
menos 5 
dias(é o 
momento 
de tratar) 
Conjuntivite bilateral seca; nos lábios 
terá eritema, fissura e língua em 
framboesa, hiperemia de mucosa oral 
e faringe. 
Na fase aguda: eritema e edema 
palmar e plantar, descamação 
Vasculite com predileção por coronárias. 
Va
ric
el
a 
Polimorfismo 
regional. Mácula, 
pápula, vesícula, 
pústula e crostas. 
Lesões 
centrípetas. 
 
(afastar a criança 
da escola até 
todas as lesões 
secarem 
Todas as lesões ao 
mesmo tempo. 
O pico de transmissão é 
na fase de vesícula 
A febre é 
proporcion
al à 
quantidade 
de 
vesiculas 
Febre inexplicada 5 a 9 anos. 
Complicação: S. de Reye. NÃO DAR SALICILATO (AAS, 
melhoral, aspirina). 
Risco de infecção secundária por ruptura das lesões. 
Se a lesão evoluir com região escura ao redor pode ser 
necrose. Adolescentes e adultos podem ter complicações 
respiratórias. 
Em imunodeprimidos e casos graves usar aciclovir 
 
Sempre lembrar que tem que tratar o doente e proteger o sadio. A proteção é feita por bloqueio vacinal, ig, isolamento do doente, terapêutica adequada 
Sarampo: a transmissão ocorre por perdigotos e acomete quem não tem proteção, quer seja a criança que não recebeu os anticorpos da mãe, quer seja a criança que já 
perdeu a proteção ou as pessoas não vacinadas que não tiveram contato com a doença. Para ser contaminado não precisa ter contato direto com o contaminado. A criança 
transmite por uns 10 dias (3 antes dos prodromos e até 6 depois dos exantemas). É importante saber que a doença ocorre em surtos, logo, devemos fazer um bloqueio nesses 
Pediatria – Lucas Presotti Borges 
casos (antecipar a vacina para 9 meses). Alta contagiosidade. Vacinar todos que tiveram contato com o contaminado até 72hs após exposição e dar Igg para quem não pode 
vacinar. Sempre avaliar a orofaringe do paciente. 
Após inicio das lesões o contaminado deve ficar 06 dias sem contato com susceptíveis, se o paciente estiver internado, deve usar máscara (assim como os profissionais que 
atenderem). 
A doença é grave em menores de um ano, adolescentes, adultos e desnutridos. 
Complicações: laringite, traqueobronquite, pneumonia, otite 
Diagnóstico é clinico, mas dosagem de IgG e IgM pode ajudar a saber se teve contato ou se tem a doença, respectivamente. 
O tratamento é para os sintomas, a não ser que o paciente evolua com otite, aí trata-se com amoxilina (ou azitromicina se a criança for alérgica a amoxilina). Como o sarampo 
pode evoluir para cegueira, faz-se vit A profilática no dia do diagnostico e no dia seguinte. 
VACINA: tríplice e tetra (12 e 15m). Criancas menores de 9 meses e gestantes dar Ig. Até 5 dias depois do contato. 
Rubeola: a transmissão ocorre por perdigotos e por via placentária (grave). O bebe que tem rubéola congênita pode transmitir a doença por até um ano e, as crianças com 
rubéola adquirida por até 7 dias após o inicio das lesões. Em crianças e adultos a doença não apresenta risco, mas para o feto é altamente perigosa, então se uma gestante 
apresenta rubéola deve receber Ig até 5 dias depois do contato. Se houver contato fazer bloqueio vacinal em duas doses, até 72hs depois. 
Varicela: Transmite por secreções nasais e contato. Quanto mais vesículas tem, maior a febre e a transmissão. A vacina é feita aos 12 meses e caso haja surto pode dar aos 9 
meses, menores de 9 meses devem tomar Ig. Se a mãe teve catapora dois dias antes do bebê nascer ou até cinco dias depois, dá Ig e afasta a mãe do bebê, o leite tem que ser 
ordenhado. A varicela é grave em neonatos e imunodeprimidos. 
O tratamento consiste em: ATB para infecção secundária, aciclovir, anti-histaminico para o prurido, higiene pessoal (banho normal ou com permanganato de potássio diluído 
1/40 litros) 
Considerados graves: pacientes acima de 13 anos são considerados adultos, pacientes acima de 01 ano com doença pulmonar grave, paciente em uso de corticoide e AAS, 
segundo caso no mesmo domicilio, doença grave ou progressiva diagnosticada previamente -> dar aciclovir 
Para o bloqueio, faz a varicela isolada, a não ser que não tenha (aí faz a tetra) pode antecipar para até o 9º mês do bebe. Em gestantes, imunossuprimidos, RN cujas mães 
tiveram catapora 2 dias antes ou até 5 dias depois do parto, prematuras > 28 semanas que mae tem histórico de varicela ou <28 semanas (todos os RN) faz Ig. Vacinação de 
bloqueio pode ser feita até 5 dias após o contato em crianças maiores de 1 ano. 
Pediatria – Lucas Presotti Borges 
Doença de Kawasaki: é uma vasculite que tem etiologia infecciosa ou genética, nela predomina a febre prolongada e o tratamento durante o período febril proporciona 
melhora do prognóstico. A forma clássica tem 03 fases predominantes: aguda (febre – é o momento de tratar para não complicar),subaguda ( descamação, trombocitose, 
aneurismas coronarianos), convalescença (só o VHS permanece alto) 
Pode complicar com aneurismas e miocardite -> tem que realizar o ECG. Faz no ato do diagnóstico e repete após 2semanas, 8 semanas e 01 ano. Só caracteriza o paciente 
como curado após 5 anos. 
O tratamento é feito com AAS e Ig, logo o paciente deve ser sondado sobre imunização para varicela antes de iniciar o tratamento e, se não tiver sido vacinado, deve vacinar 
antes de iniciar o tratamento, pois a dose de AAS é cavalar. Se o paciente apresentar lesão ao ECG o tratamento será mantido até que a lesão desapareça. 
Pode ter PCR e VHS elevados 
Eritema infeccioso: transmissão por perdigotos, a transmissão é antes do exantema. Não tem prodromos e nem febre. É perigosa somente para 03 perfis: crianças com 
hemoglobinopatias pois podem ter uma anemia grave, nas gestantes pois pode dar alteração do bebê ao nascimento e em imunossuprimidos. A conduta nesses pacientes é 
diferente. (QUAL?? ). Tratamento sintomático. Diagnóstico clínico. Não existe prevenção. 
Exantema súbito: Pode acontecer linfadenopatia cervical, úlceras no palato mole e úvula (manchas de Nagayama – não é patognomônico). 
Podem aparecer pontos avermelhados no palato (machas de Forschheimer) semelhante à rubéola. 
Mononucleose: Transmissão por contato direto, em 90% tem relação com Epstein Barr. Doença insidiosa. Principais sinais: faringite exsudativa (exsudato branco-acizentado) , 
com febre prolongada, não muito alta, sintomatologia sistêmica + esplenomegalia = diagnóstico final. Aparentemente o tratamento com amoxilina estimula o exantema. 
Exames complementares: 
Hemograma (leucocitose com linfocitose) -> 20 a 40% dos linfócitos são atípicos; pode haver trombocitopenia leve e aumento da bilirrubina 
Sorologia: 
- anticorpos heterofilos (Paul-Bunnel da classe IgM): faz a partir da terceira semana, mesmo se der negativo não afasta a doença (aí faz o anti-corpo específico). 
- anticorpos específicos: IgM anti-VCA (4 semanas até 3 meses), elevação transitória, dá pra fazer diagnóstico de doença atual; IgG anti-VCA (detectada para o resto da vida) não 
dá pra fazer diagnóstico de doença atual. Proteínas não estruturais (EA) antígeno precoce, mas desaparece rápido também. Proteínas nucleares expressas durante fase de 
infecção latente (EBNA): são os últimos a surgir à 3 a 4 meses após a infecção aguda 
Hemograma deu leucocitose com linfocitose. Mas não tive certeza do que é. Vou fazer anticorpo heterofilo que é o IgM. Primeira semana só 40% dá positivo. A partir da terceira 
semana, 90%. Eu posso ter criança menor que 4 anos e alguns adultos que ele não aparece. Então só serve se vier positivo. Se vier negativo, eu posso fazer os específicos. O 
melhor pra eu fazer pra detectar quadro agudo é o IgM anti-VCA. (CAIU ISSO NA PROVA PASSADA). 
Pediatria – Lucas Presotti Borges 
Tratamento é sintomático com hidratação, analgésico, antitérmicos, repouso. Aciclovir apenas no imunodeprimido, atividade física limitada em pacientes com organomegalias 
(evitar rotura de baço). O uso de corticoide(prednisona=1mg/kg/dia em 7 dias) é restrito a pacientes com sintomatologia grave: obstrução respiratória importante, 
esplenomegalia volumosa, anemia hemolítica, trombocitopenia com hemorragia e convulsão, meningite. 
Deve-se utilizar máscara ao conduzir esses pacientes.

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