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A FORMAÇÃO DA AGENDA E FORMULAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA. O COMPORTAMENTO DOS PRINCIPAIS ATORES NO PROCESSO DE AÇÃO COLETIVA E PADRÕES DE INTERAÇÃO.
Elaine Aparecida dos Santos
 Carlos Alberto Simioni
RESUMO
Uma das dificuldades que encontramos com frequência na formação de agenda governamental e nos ambientes que trabalham com políticas públicas está relacionado aos entendimentos com diversos atores ( atores políticos, chefes do poder executivos, legislativo e judiciário, sindicatos, Ong’s, cidadãos, empresas privadas, ou representantes de comunidades nas tomadas de decisões, na tentativa de solucionar um problema social. São planos, projetos, programa, atividades, propostas, componentes, metas a alcançar, entre outros são usados de formas diversas e imprecisas. O objetivo desta pesquisa é analisar o comportamentos dos atores na formação de políticas públicas e suas maiores dificuldades no processo de implementação de politicas públicas e execução da agenda governamental. Chegamos a conclusão a necessidade de um reconhecimento de um mesmo ambiente ou instituição que seja utilizado uma forma coerente de conceitos e métodos, que todos precisam falar a mesma linguagem. 
Palavras chave: Políticas. Públicas. Formação. Agenda. Atores
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1 Aluna Elaine Aparecida Dos Santos do Curso de Ciência Política do Centro Universitário Internacional UNINTER. Relatório apresentado como Trabalho da Conclusão de Curso Dez/2019
2 Professor Orientador : Dr Carlos Alberto Simioni , Doutor em meio ambiente e desenvolvimento, UFPR, mestre em sociologia, UFPR, graduado em Ciências Sociais UFPR. Professor dos cursos Ciência Política e Relações Internacional do Centro Universitário Uninter desde 2002.
1 INTRODUÇÃO 
O interesse público o qual, por sua vez, reflete as demandas e expectativas da sociedade se forma a partir da atuação dos diversos grupos. Durante a apresentação de suas reivindicações os grupos tentam obter apoio de outros grupos, mas também sofrem oposições daqueles que tem outras reivindicações contrárias. 
O interesse público se forma, portanto, por meio da disputa de todos os grupos da Sociedade Civil Organizada. Aos grupos que interagem o sistema Político, apresentando reivindicações ou executando ações, que serão transformadas em políticas Públicas. No processo de discussão criação e execução das Políticas Públicas, encontramos basicamente dois tipos de atores os “estatais” (oriundos do governo ou do Estado) e os “privados”(oriundos da Sociedade Civil).
 Os atores estatais são aqueles que funções públicas no estado, eleitos pelo povo que são os políticos, ou também os servidores públicos que operam na burocracia de forma permanente. 
A exemplo de diversos atores relacionados e que participam da formação da agenda governamental e formulação das políticas públicas. Uma política pública envolve conteúdos, instrumentos e aspectos institucionais. 
Os atores privados envolvidos podem ser a imprensa, os centros de pesquisa, movimentos sociais, sindicatos dos trabalhadores, conselhos tutelares, conselhos populares, representantes da comunidade, Ong´s, empresas privadas, a esfera governamental com a participação dos três poderes: O poder Executivo, Legislativo e Judiciário.
 Ao longo dos últimos anos diversas abordagens têm sido propostas para analisar o processo de formação de agenda e implementação de politicas públicas, pelo qual determinados problemas tornam–se alvo de atenção do Estado.
 Neste artigo verificamos a importância da participação dos diversos atores na formulação da agenda e implementação de políticas públicas, os conflitos existentes entre si nas tomadas de decisões e nas resoluções de problemas da sociedade em geral.
Este trabalho procurou levantar uma parcela significativa da produção acadêmica brasileira sobre a agenda governamental. Foram verificados artigos científicos, livros, etc. Os principais tópicos que foram analisados: Conceitualização da política pública, a formação de agenda e o modelo de Kington, os atores das políticas públicas, o problema social, o temas emergentes em políticas públicas: A questão ambiental e o poder público, o aumento da população dos idosos, o turismo como política pública, o papel do governo na formação da politica pública, conselhos e gestores de políticas públicas.
 Para responder ou refletir sobre as questões foi organizada um conjunto de autores que orientam as reflexões e permitiram traçar um retrato mais fidedigno do tema. Brenner Lopes e Jefferson Ney Amaral . Políticas Públicas Conceitos e Práticas Sebrae MG 2008, Roosevelt Brasil Queiroz, Formação e gestão de política públicas 2013, Samira Kauchakje Gestão Públicas de Serviços Sociais, Artigo Políticas Públicas: Uma revisão da literatura, Porto Alegre 2006, Artigo: Análise de Politica Públicas no Brasil autor Paulo Carlos Du Pin Calmon, Marcelo Marchesini da Costa. Capella, Ana Claúdia Niedhardt, Formulação de Politica Enap 2018. DIAS, Reinaldo, MATOS, Fernanda. Políticas Públicas Princípios, Propósitos e Processos. São Paulo: Atlas , 2017. Gomes, Eduardo Granha Magalhães. Conselhos Gestores de Políticas Públicas: aspectos teóricos sobre o potencial de controle social e democrático. 2015.
2 CONCEITUALIZAÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA
Conforme Dias et al.(2017,p.11) A expressão” política pública” engloba vários ramos do pensamento humano, sendo interdisciplinar, pois sua descrição e definição abrangem diversas áreas do conhecimento como Ciência Sociais Aplicadas , a Ciência Política, a Economia e a Ciência da Administração Pública, tendo como objetivo o estudo do problema central ou seja, o processo decisório governamental.
Podemos dizer que a política pública é um objeto de estudo interdisciplinar, pois sua atuação está presentes em várias áreas, seja na educação, saúde, segurança pública, transporte, finanças públicas entre outras. 
Na verdade as politicas pública são um conjunto de programas e ações e decisões tomadas pelo governo, seja nacional, estadual e municipal com participação dos atores políticos e privados visando assegurar um direito de cidadania e promover uma política pública na resolução de um problema social em várias áreas.
As políticas públicas são, no estado democrático de direito, os meios que a administração pública dispõe para a defesa e a concretização dos direitos de liberdade e dos direitos sociais dos cidadãos, estabelecidos numa Constituição Nacional. (QUEIROZ,2013,p.97). 
 Diversos autores conceitualizam as políticas públicas, mas são várias as maneiras de dar o significado a esta expressão políticas públicas. É um processo com uma série de etapas e regras que tem por objetivo resolver um problema público.
Segundo KAUCHAKJE (2011,p.76) “As políticas públicas integram um conjunto das ações governamentais que afetam toda a sociedade e que promulgam diretrizes e decisões para as áreas social, de infraestrutura ambiental econômica.”
 Conforme KAUCHAKJE (2011,p.76) “Em outras palavras, podemos afirmar que políticas públicas implicam atividade de organização do poder e que são instrumentos de ação do governo, com as seguintes características”:
· Supõem a fixação de metas, diretrizes ou planos governamentais
· Distribuem bens públicos
· Estão voltados para o interesse público, o que é pautado nos embates entre interesses sociais contraditórios, ou seja, sobrevivência versus desejo de obtenção de capital e lucro.
· São a base de legitimação do Estado.
2.1 A FORMAÇÃO DE AGENDA E O MODELO DE KINGDON
A formação da agenda governamental é o tema do modelo de John Kingdon. O estudo de Kingdon, conhecido como modelo de integração dos fluxos ou de múltiplos fluxos analisa de que forma as questões são reconhecidas e os motivos que a levam a compor a agenda dos governos.
Segundo ( Calmon apud Costa ,2007) O trabalho de Kingdon visa examinar os processos e o reconhecimentos de determinados problemas, como e quando eles passam a despertar a tenção dos líderese gestores de políticos públicas e quando passam efetivamente a ser incorporados na agenda governamental.
Segundo os autores citados acima, Calmon, Costa Kingdon realizou uma ampla pesquisa empírica entrevistando 247 oficiais do governo , políticos e ativistas políticos envolvidos com a política de saúde e de transporte nos Estados Unidos no período de 1976 e 1979. Os dados foram completados por 23 estudos de casos nestas duas áreas.
A análise de políticas públicas visa um processo de compreensão do estudo das ações do governo para a formação da agenda governamental que pode ser realizada ou não, tendo em vista para alcançar um problema social ou um conflito social. São muitos a demandas da sociedade, o problema social tem que ser de caráter público e não de interesse particular. 
É necessário uma análise deste processo nos modelos existentes para as tomadas de decisões entre diversos atores e que eles chegam a um consenso na implementação de uma política pública, Kingdon apresentou o modelos dos múltiplos fluxos. Fluxos de problemas, de soluções, fluxos, políticos.
Segundo Capella (2018, p.13) “A agenda está relacionada ao conjunto de temas ou problemas considerados importantes em um determinado momento, como resultado da ação política de atores como burocratas , movimentos sociais, partidos políticos, mídia, entre outros”.
Verificamos a ideia da autora que são diversos autores envolvidos na formação da agenda na tentativa se solucionar algum problema e atenda às necessidades e os anseios da sociedade. São vários temas em discussão devido os 
acontecimentos, fatos e problemas no dia a dia. Alguns são mais prioritários, é um complexo processo de decisão pela qual os principais atores entram em conflitos.
Além desse processo de conexão dos fluxos, o modelo Kingdon destaca o papel dos atores na definição da agenda governamental. Alguns atores, denominados atores visíveis, por receberem considerável atenção da imprensa e do público, são apontados como centrais às mudanças na agenda.(CAPELLA, 2018, p. 46).
 No modelo da Kingdon destaca o presidente considerado o ator mais influente na definição da agenda . Os indivíduos nomeados pelo presidente para ocupar cargos de níveis altos de escalões da burocracia governamental, como políticos , senadores deputados, partidos políticos, grupos de interesse a mídia e a opinião pública.
Os atores invisíveis tem influência sobre a geração das alternativas e soluções. São compostos por servidores públicos, analistas de grupos de interesse, assessores parlamentares.
Os atores visíveis têm uma participação mais influente e importante na definição da agenda participando intensamente dos fluxos de problemas e de políticas que são responsáveis pela criação das oportunidades e acesso a agenda governamental.
O modelo de Kingdon foi desenvolvido para analisar o sistema político dos Estados Unidos, o modelo de fluxos foi testados com sucessos. Sendo mais de sessenta e cinco países analisado por este modelo. Sendo a Europa o continente com maior quantitativo de publicações. Seguido da América do Norte, Ásia, África do sul e América do sul.
O modelo de Kingdon é muito importante para a investigação e análise do processo de formação de agenda em diversos países na tomada de decisão,. utilizando estudos de casos, comparações entre as políticas em diferentes países.
2.2 OS ATORES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS.
No processo de discussão , criação e execução das politicas públicas, encontramos basicamente dois tipos de atores os “estatais (oriundos do Governo ou do Estado) e os “privados”(oriundos da sociedade civil). Os atores estatais são aqueles que exercem funções públicas no Estado, tendo sido eleitos pela sociedade para um cargo por tempo determinado( os políticos), ou atuando de forma permanente, como os servidores públicos que operam a burocracia). ( LOPES,BRENNER et al. Sebrae/MG2008)
Os atores privados não possuem vínculo direto com administração do Estado, isto é a Sociedade Civil Organizada. Os grupos que fazem parte: a imprensa, sindicatos, conselho tutelar, empresas privados, As associações da Sociedade Civil Organizada, conselhos comunitários.
A ideia de participação política está ligada à universalização dos direitos, à ampliação do conceito de cidadania (além da sua dimensão jurídica) e a uma nova compreensão sobre o papel e o caráter do Estado. (DIAS,MATOS 2017, p.161).
A participação efetiva da sociedade significa o seu envolvimento em todas as etapas do processo decisório e não apenas nas fases iniciais de sugestão, indicação ou proposição. “ Participar é exercitar a democracia. Isso pressupões o pluralismo de ideias e práticas , a convivência de grupos de interesses diversos que tem contradições quanto aos objetivos e aos meios de consegui-los.” (DIAS,MATOS,2017, p.161).
Os temas emergentes em políticas públicas , que eram colocados à margem das ações politicas tradicionais, ou nem mesmo eram problemas que constavam da agenda pública, constituem portanto novas áreas de políticas. A necessidade de enfrentamento dessas novas realidades exige da burocracia política maior agilidade na resposta, pois os
destinatários hoje em dia, estão equipados com tecnologias que multiplicam sua capacidade de articulação de redes que podem questionar a legitimidade governamental , evidenciando suas falhas e inviabilizando sua continuidade. (DIAS, MATOS , 2017, p.199).
As sociedades humanas estão em constantes mudanças e exigem que as políticas públicas abordem temas emergentes. Surgem novas demandas por parte da sociedade civil, novos interesses, novas ideias que exigem alto grau de inovação e ser inserida na formação da agenda.
Os problemas tornaram-se mais complexos, envolvendo inúmeros fatores em sua resolução; novas descobertas científicas prolongam a vida humana, aumentando o número de idosos com mais necessidades específicas; a diminuição do tempo de trabalho aumenta a necessidade de lazer e entretenimento. (DIAS,MATOS,2017,p.199)
Segundo o autor de acordo com as mudanças na sociedade, a velocidade e o efeito da globalização aumentam os motivos e os problemas na sociedade. São os números crescentes de mulheres que são inseridas no mercado de trabalho e necessitam de creches e atendimento infantil. 
“Também devem ser consideradas novas políticas as novas áreas de ação políticas e programas voltados ao desenvolvimento local, com destaque para aquelas que buscam a geração de emprego e renda.” (DIAS,MATOS,2017,p.199).
2.3 O PROBLEMA SOCIAL
A noção de problema está presente no cotidiano de todas as pessoas. Intuitivamente, todos sabem o que é um problema. Mas o que é um problema para um pode não ser para outro e, ainda ser uma solução para um terceiro, especialmente quando se trabalha com a ideia de problema social. (QUEIROZ,2013,p.138).
Os interesses, as motivações e os objetivos de cada sujeito são diferentes no ponto de vista de cada um. Uma mesma realidade pode ser ter diferentes leituras, dependendo como se situa o observador em relação ao problema. O que pode ser problema para alguns pode não ser problema para outro. 
 Os atores das políticas públicas entram em conflitos, pois são diversos demandas de problemas a serem incluídas na agenda públicas e todos ao mesmo tempo reivindicam a solução de seus problemas. 
 Chegar ao um consenso qual seria a prioridade a ser resolvida com mais urgência é uma tarefa difícil, pois em todos os setores, seja saúde, educação, transporte, meio ambiente necessitam de uma política pública que busca soluções para seu problema social.
Segundo Queiroz ( 2017, p.138) “ Os governos existem para dar solução aos problemas da sociedade e os instrumentos de que dispõem para isso são as políticas públicas.”
Um problema social compreende principalmente a disfunção no funcionamento de uma sociedade marcada pelos graves problemas como altos índices de mortalidade e alto índice de violência urbana, a evasão escolar , a falta de um determinado serviço público essencial, entre inúmeros outros.
2.4 OS TEMAS EMERGENTESEM POLÍTICAS PÚBLICAS
2.4 1 A questão ambiental e o poder público
Os temas ambientais são, hoje, parte importantes da agenda global, considerados assunto prioritário em diversos encontros internacionais da gravidade da dimensão que assumem os problemas ecológicos. As ameaças que pesam sobre o planeta hoje, caso não sejam levadas a sério, podem colocar em risco a existência da própria vida na terra. (DIAS,MATOS,2017,p.200)
A questão ambiental deve ser tratada de forma global, considerando que a degradação ambiental é resultado de um processo social, queimadas nas florestas, poluição de rios e mares, poluição das indústrias e automóveis que atingem de forma agressiva o no ecossistema. São fatores determinados pelo modo como a sociedade apropria-se e utiliza os recursos naturais.
Não é possível pretender resolver os problemas ambientais de forma isolada. È necessário introduzir um nova abordagem decorrente da compreensão de que a existência de uma certa qualidade ambiental está diretamente condicionada ao processo de desenvolvimento adotada pelas nações.
Segundo DIAS, MATOS (2017,p.201) “ As políticas públicas de meio ambiente são competência comum de todos os entes federados e devem envolver a sociedade, tal como prevê a Constituição Federal.”
È necessário discutir a temática ambiental em todos os níveis, mas em particular em âmbito local onde ocorrem os processos que mais afetam a sociedade e os integrantes da comunidade. A responsabilidade é de todos os atores envolvidos a sociedade civil, políticos, comunidades para a conservação e preservação do meio ambiente, afim de proporcionar um meio ambiente sustentável para gerações futuras.
2.4 2 O aumento da população dos idosos
Há um sensível aumento da população idosa propiciado pela melhoria das condições de vida e a descoberta de novos medicamentos que ampliaram a perspectiva de existência. Essa população, acima dos 65 anos, é bastante ativa, produtiva e, na realidade, na maioria dos casos, subaproveitada em seu potencial de trabalho , na capacidade criativa e na disponibilidade para praticar ações de voluntariado nos munícipios. (DIAS,MATOS,2017, p.204).
Segundo os autores com enorme crescimento da população de idosos novos problemas vão surgindo para administração pública, em particular o atendimento nos postos de saúde e hospitais públicos que deve acompanhar a mudança de perfil demográfico, necessitando de novos especialistas, procedimento e forma de atendimento.
 Cabe os atores de políticas públicas elaborar projetos para a formação de agenda governamental que atenda este publico que continuará aumento da expectativa de vida, superando o número de jovens.
2.4 3 O turismo como política pública
O turismo ,como um novo componente das políticas públicas , constitui-se num setor bastante dinâmico o que impede muitas vezes o Estado de dar respostas num tempo adequado aos problemas e demandas que provoca a atividade. (DIAS,MATOS.2017,p.205).
Segundo DIAS,MATOS (2017, p.205) “ Os esforços para a criação de instrumentos de acompanhamento do desenvolvimento turístico de uma localidade se concentram naqueles locais onde o turismo tornou-se significativo como gerador de renda local.”
É no campo do turismo que inúmeras atividades têm encontrado lastro para seu próprio crescimentos, como a história , a arqueologia , a paleontologia , as artes, a proteção ambiental, a música popular e a erudita, a gastronomia, entre tantas outras. A atividade provoca, por outro lado, um incremento das interações entre diferentes culturas, fortalecendo suas identidades e acentuando a difusão cultural, aumentando a tolerância, o respeito e o reconhecimento da diversidade cultural. (DIAS,MATOS,2017,p.206).
As políticas públicas de turismo são intervenções que proporcionam de maneira consciente para os turistas e os cidadãos locais sobre estratégia do Estado, tanto na dimensão local, regional e nacional, proporcionando lazer, cultura e desenvolvimento econômico gerando empregos para toda sociedade numa perspectiva sustentável. O sistema turístico deve ser articulado pelas seguintes dimensões, a econômica, a social, a lúdica e de entretenimento, a cultural a cívica e ambiental.
2. 4 4 Conselhos gestores de políticas públicas
A partir da Constituição Federal de 1998, os conselhos gestores de políticas públicas tornaram-se instituições importantes no âmbito de políticas públicas. Os conselhos tem poder de argumentação , normas, regulamentos e procedimentos na formação do consenso entres os atores . 
Os conselhos gestores tem o poder de agenda e podem interferir de forma significativa nas ações e metas do governo e em seus sistemas administrativos. 
Possuem dimensão jurídica e tem poder na tomada de decisão e definir as prioridades de um problema social.
Esse aspecto qualitativo é realmente mais desalentador como revelam relatos de experiências práticas : deficiências quanto à representatividade dos conselheiros, quanto à capacidade de deliberar, impor suas decisões e controlar as ações do governo são frequentemente apontadas na literatura ( CARVALHO,1998 apud TEIXEIRA,2000).
 A expansão da quantidade de conselhos não significou necessariamente o sucesso dessa nova institucionalidade na superação dos desafios a ele interpostos .(GOMES, 2015, p.895.909 ).
Os conselhos de gestão pública visa realizar as possibilidades da democracia deliberativa e exercer controle social sobre o governo, as políticas públicas e seus resultados.
2 4 5 o papel do governo na formulação de políticas públicas
Os debates e conflitos existentes no âmbito de políticas implicam em responder a questão sobre os papéis dos governos sobre a implementação de políticas públicas.
Atualmente o Brasil é um dos países mais rico do mundo, mas com uma das maiores fragilidades sociais, já que fornece os salários mais baixos , educação pública de má qualidade, saúde precária.
O Estado brasileiro em várias décadas, somente se preocupou com o desenvolvimento econômico, crescimento de indústrias e produção. Não tinha preocupação em regularizar as questões ambientais e resolver as dificuldades da população brasileira proporcionando uma vida de qualidade aos cidadão brasileiros e diminuindo as desigualdades sociais.
Pensar no papel dos governos em relação a implementação de políticas públicas resultam nos grandes debates e conflitos existes diversos atores, a sociedade civil organizada, comunidades, conselhos, movimentos sociais
 O papel dos governo que envolvem a formulação da políticas públicas como os grupos de interesse e os movimentos sociais cada um com seu maior ou menor grau de influência a depender do tipo de políticas formulada e das coalizões que integram o governo, e apesar de uma certa literatura argumentar que o papel. dos governos tem sido encolhido por fenômenos de globalização. Entretanto segundo a literatura a diminuição da capacidade dos governos de intervir não está impiamente comprovada. (C. Souza-sociologia-2006 p.27)
O governo pode implementar a políticas públicas, porque possui a capacidade universal, tem o poder de correção e regulamentação do processo de implementação de uma politica pública , e poder fazer com que a politica pública seja executada e entre em ação. Sendo assim o povo de forma generalizada tem alcance a estas políticas públicas.
O importante é destacar que esses atores políticos ao exercerem suas funções mobilizam os recursos necessários para realização das políticas públicas 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O título escolhido para os fins de pesquisa a formação da agenda e implementação de políticas públicas e a participação dos principais atores no processo de interação. Foram feitas várias abordagens analisadas em pesquisa bibliográfica, envolvendo vários atores utilizando sites de pesquisa e a plataforma Scielo sobre o aprofundamento dos estudos.
Acredita-se no entanto que o estudo cumpre seu papel de esboçar um quadro geral sobre a produção nacional em formação de agenda e os conflitos entre os diversos atores.
É preciso realizar um esforçonos trabalhos brasileiros sobre a formação da agenda governamental e a participação dos diversos atores envolvidos e o processo de interação entre eles na tomada de decisão. O conflito é uma modalidade de interação social envolvendo indivíduos, grupos, organizações, e a coletividades.
Todo tem o direito de participarem no processo de formação da agenda, porém o conflito deve estar dentro de limites administráveis. Todos os atores querem reivindicarem ao mesmo tempo, cada tem seu problema, mas existes prioridades, nem todo os problemas pertencem uma política pública.
Para tanto é necessário que haja um consenso em relação às regras e aos limites necessários ao bem estar coletivo. Os consenso são construídos entre o Estado e a sociedade.
Vimos que na formação da agenda depende do reconhecimento de situação diversas como “problema” políticos a serem solucionados. Assim a formação da agenda é influenciada pelos vários fatores as quais se destacam os problemas , seja reconhecimento é afetado por crise, pela ação coletiva, por comunidades, os atores visíveis , invisíveis, comunidades políticas e a existência de propostas ou congressos que viabilizam a busca de solução para os problemas.
No estudo foi discutido a respeito dos temas emergentes, a questão ao aumento da população idosas que surgem várias demandas e reivindicações da sociedade, como a saúde dos idosos, a questão do bem estar desta população que vem aumentando cada mais. 
A questão do meio ambiente sobre a responsabilidade de todos numa ação que proporcione uma sustentabilidade para as gerações futuras. Uma política pública voltada para preservação de meio ambiente para uma vida saudável aos cidadãos.
O tema emergente sobre o turismo que garantam lazer, a ludicidade, a preservação dos monumentos históricos das cidades e um ambiente receptivo e atraente aos turistas, pois é uma fonte de renda para o comércio local gerando empregos, proporcionando crescimento econômico, social e lazer. 
Chegamos a conclusão que não se faz uma boa política pública sem interação entres os atores , que o fundamental nas tomadas de decisão é um consenso que as prioridades devem serem bem definidas ao bem estar social.
REFERÊNCIAS
Calmon, Costa. Análise de Políticas Públicas no Brasil , Estudos sobre a formação da Agenda Governamental , Rio De Janeiro, 2007 
Brenner Lopes e Jefferson, Ney Amaral. Políticas Públicas Conceitos e Práticas, coordenação de Ricardo Wahrendorff Caldas- Belo Horizonte Sebrae/MG, 2008 48p.
Capella, Ana Claúdia Niedhardt. Formulação de Políticas / Ana Claúdia Niedhardt Capella –Brasília Enap,2018.
DIAS, Reinaldo, MATOS, Fernanda. Políticas Públicas Princípios, Propósitos e Processos. São Paulo: Atlas , 2017.
Gomes, Eduardo Granha Magalhães. Conselhos Gestores de Políticas Públicas: aspectos teóricos sobre o potencial de controle social e democrático. 2015.
Queiroz Rooselvelt Brasil. Formação e gestão de políticas públicas- Curitiba: Intersaberes 2012.
Samira Kauchakje Gestão Públicas de Serviços Sociais. série gestão Curitiba: Ibpex, 2011( série gestão pública)
Souza Celina, Sociologia , Porto Alegre ano 6 n 16. Jul/dez 2006. P. 20-25 Políticas Públicas : Uma revisão de literatura 2006.