Vanguardas europeias

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Vanguardas europeias
Criança Geopolítica Assistindo ao Nascimento do Novo Homem, de 
Salvador Dali
 Transformações tecnológicas na virada do século;
 O automóvel, o avião, o cinema deslocaram e aceleraram o olhar do homem moderno;
 Novas maneiras de o homem perceber a realidade;
 Em meio a essas transformações, surgem várias manifestações artísticas.
Vanguardas europeias
Expressionismo Cubismo
Futurismo
Dadaísmo Surrealismo
Vanguardas europeias
As vanguardas 
europeias 
vão dar origem 
à arte moderna
Expressionismo
 Surgiu na Alemanha em 1910; 
 Preocupação foi a forma em expressar as manifestações do mundo interior;
 Pouco se importavam com o conceito de belo e feio, o importante era a “expressão”, ou seja, a forma de transportar para as telas as imagens que nasciam em seu interior.
 Como forma de expressar a visão pessoal do artista, os expressionistas , além de darem grande importância ao poder expressivo das cores e das formas, valorizavam as composições abstratas e as imagens distorcidas.
Expressionismo
Principais representantes na pintura:
Paul Cézanne (O monte de Santa Vitória)
Paul Gauguim (Duas mulheres na praia)
Edvard Much 
Vincent Van Gogh 
O grito,
Ansiedade,
Desespero, todas de Edvard Much 
Entre o relógio e a cama,
Melancolia, de Edvard Much 
A Noite Estrelada, 
Doze girassóis numa jarra, 
Quarto em Arles, todos de Vincent Van Gogh.
O meu tempo
(Wilheim Klem)
Cantos e metrópoles, lavinas febris,
Terras descoradas, polos sem glória,
Miséria, heróis e mulheres da escória,
Sobrolhos espectrais, tumulto em carris.
Expressionismo na Literatura:
 linguagem fragmentada, elíptica, frases nominais (sem verbos);
 despreocupação quanto à organização do texto em estrofes, ao emprego de rimas ou à musicalidade;
 combate à fome, à inércia e aos valores do mundo burguês.
Cubismo
 Surgiu em 1907, a partir das experiências do espanhol Pablo Picasso e do francês Georges Braque;
 Desenvolveu-se inicialmente na pintura, caracterizou-se pela valorização de formas geométricas como cubos, cones, cilindros;
 Defesa da ideia de que o artista deveria ter toda a liberdade para decompor a realidade que está interessado em representar e depois recriá-la a partir de elementos geométricos sobrepostos; 
Cubismo
 Picasso, na pintura, e Apollinaire, na literatura, são os principais representantes dessa vanguarda.
Segundo Picasso, “a arte é uma mentira que nos faz perceber a verdade.”
A seguir:
Guernica,
Les Demoiselles d'Avignon
Mulher sentada, todas de Picasso.
Cubismo
Cubismo: na Literatura
 Na literatura, os artistas cubistas preocuparam-se com a construção do texto e ressaltaram a disposição gráfica do poema. Com isso, os espaços em branco da folha de papel passaram a ter importância. Além disso, o Cubismo caracterizou-se por apresentar uma linguagem bem humorada, cheia de inversões e elipses, na qual os substantivos são dispostos de forma, aparentemente, anárquica, e o verbo, os adjetivos e a pontuação são desprezados.
Futurismo
 Liderado pelo italiano Felipo Tomamaso Marinetti;
 Forte ruptura com o passado;
 Exaltação da vida moderna, ou seja, da máquina, do automóvel, da eletricidade, da velocidade, do movimento;
 Em 1012, Marinetti lançou o manifesto técnico da literatura futurista, também conhecido como “Palavras em liberdade”, que critica a posição da arte literária do século XIX, propondo a destruição dos padrões da sintaxe gramatical;
Futurismo
 A identificação do futurismo com seu líder, Marinetti, foi tanta que essas palavras tornaram-se quase sinônimos. A partir de 1919, Marinetti aderiu ao fascismo e isso fez com que os modernistas brasileiros, apesar de aceitar algumas ideias futuristas, passassem a repudiar a posição política adotada por ele.
 Na pintura, Giacomo Balla foi o representante mais importante.
Futurismo
Treno + Stazione, de Vittorio Corona Treno
Velocidade de uma motocicleta, de Giacomo Balla 
O ciclista, de Natalia Goncharova
Ode triunfal
(Álvaro de Campos)
 
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
 
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
[...]
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
[...]
Dadaísmo
 Fundado na Suíça, em 1916, foi o mais radical dos movimentos de vanguarda;
 O próprio Tristan disse que “dadá” não significa nada. Segundo ele essa palavra foi encontrada casualmente quando abriu o dicionário;
 Os dadaístas não propõem nada, exceto a destruição do passado, do presente e o futuro;
 Total falta de perspectiva diante da guerra.
Dadaísmo
 Os dadaístas são contra as teorias, as ordenações lógicas, os manifestos e pouco se importavam com o leitor. O importante para eles era criar palavras que rompiam com as barreiras da sonoridade. O importante era o “urro” contra a guerra e contra o capitalismo.
	Para se ter uma ideia da importância do urro para os dadaístas, basta mencionar o prefácio da obra “Pauliceia Desvairada”, de Mário de Andrade, que diz o seguinte: “Quem não souber urrar, que não leia ‘Ode ao burguês’”.
Dadaísmo
Fonte, de Marcel Duchamp, (1917)
"Adolf, "o Super - Homem,
Engole Ouro e Soa a Falso
 de John Hartfield
Dadaísmo na Literatura:
 Agressividade;
 Improvisação;
 Desordem;
 Rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio;
 Livre associação de palavras (técnica da escrita automática, que mais tarde seria aproveitada pelo surrealismo);
 Invenção de palavra com base na exploração apenas de sua sonoridade.
Surrealismo
 O surrealismo foi o último dos movimentos de vanguarda. Surgiu em 1942, em Paris, quando André Breton lançou o Manifesto Surrealista;
	O movimento nasceu de uma ruptura com o dadaísmo. Breton e outros artistas como Louis Aragon e Salvador Dali achavam que a ação demolidora deveria ser somente uma das etapas do processo criativo. Queriam elaborar 
uma nova cultura, encontrar um caminho de acesso às zonas profundas do psiquismo humano. Questionando a sociedade e a arte, eles se propunham a destruí-la, para recriá-la a partir de técnicas renovadoras.
Surrealismo
	Os surrealistas procuravam fundir a imaginação -que dorme no inconsciente- com a razão: a fantasia e a realidade unidas permitiriam captar uma super-realidade.
	Duas linhas de atuação: as experiências criadoras automáticas e o imaginário extraído do sonho, buscando liberar o artista dos limites da razão.
	André Breton, Salvador Dali, Joan Miró são representantes do movimento.
cadavre exquis
Números e constelações em amor com uma mulher, de Miró
 Interior holandês, de Miró
A persistência da memória, De Dali
O sonho, de Dali
Surrealismo na Literatura:
 No Brasil, vários escritores foram influenciados pelas ideias surrealistas, tais como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima.
 No poema a seguir, de Murilo Mendes, podemos perceber algumas características do surrealismo, como: absurdo, imagens surpreendentes, atmosfera onírca.
Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.
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