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Contabilidade-Geral-Sefaz-Apostila-Completa

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CONTABILIDADE GERAL | APOSTILA 2012 
Prof
a
. Germana Chaves 
 
Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85)3208. 2222 – www.masterconcurso.com.br 1 
 
OS: 0026/12/12-Gil 
CONCURSO: SEFAZ / RECEITA FEDERAL / AFT 
 
ASSUNTO: 
AULA 1 – Patrimônio............................................................................................................01 
AULA 2 – CPC 00 e Princípios Contábeis...........................................................................09 
AULA 3 – Contas...................................................................................................................22 
AULA 4 – Escrituração.........................................................................................................38 
AULA 5 – Atos e Fatos Contábeis.......................................................................................51 
AULA 6 – Controle de Estoque............................................................................................55 
AULA 7 – Mercadoria............................................................................................................64 
AULA 8 – Depreciação..........................................................................................................82 
AULA 9 – PL........................................................................................................................100 
AULA 10 – Demonstração Contábil...................................................................................127 
 
 
AULA 1  PATRIMONIO 
 
1. CONCEITO: 
 
Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativas ä 
administração econômica. (I Congresso Brasileiro de Contabilista). 
 
“Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, 
mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos com o fim de oferecer informações 
sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico da entidade”. Hilário Franco 
 
Contabilidade ↔ ciência social 
 
Objeto ↔ patrimônio da entidade 
 
Objetivo ↔ fornecer aos usuários informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do 
patrimônio e suas mutações, como suporte á tomada de decisões. 
 
 
2. CAMPO DE APLICAÇÃO 
 
- Aziendas: assim entendidas como as Entidades consideradas juntamente com as pessoas que sobre elas têm 
poder de decisão, ou seja, entidades e seus dirigentes. 
 
Entidades econômico-administrativas, assim chamadas aquelas que, para atingir seus objetivos, seja ele 
econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo, que pratica atos de 
natureza econômica necessários a seus fins 
 
 
3. USUÁRIOS: 
 
São pessoas físicas ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que utilizam as informações contábeis de forma 
permanente ou transitória. 
 
- Internos: sócios, administradores, empregados. 
 
- Externos: bancos, governo, investidores e público em geral. 
 
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OS: 0026/12/12-Gil 
4. FUNÇÕES 
 
- Função Administrativa: Controlar o patrimônio da entidade, tanto sob o aspecto estático, quanto o dinâmico. 
 - Estático: controlar posição do patrimônio em dado momento. 
 - Dinâmico: controlar suas mutações qualitativas e quantitativas. 
 
- Função Econômica: Apurar o resultado (rédito), isto é, apurar o lucro ou prejuízo da entidade. 
 
5. TECNICAS CONTÁBEIS 
 
- Escrituração: registro dos fatos que alteram o patrimônio. Escriturar = registrar, lançar, contabilizar. 
 
- Demonstrações Contábeis (função de controle): quadros técnicos que evidenciam a situação patrimonial, 
financeira ou econômica da entidade. 
 
 
Art. 176, Lei 6.404/76: 
 
“Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as 
seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e 
as mutações ocorridas no exercício: 
 
 I - balanço patrimonial; 
 II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
 III - demonstração do resultado do exercício; 
 IV – demonstração dos fluxos de caixa; e 
 V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.” 
 
Obs1. A cia. Fechada com PL, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 não será obrigada à elaboração e 
publicação da DFC. 
 
Obs2. A Comissão de valores Mobiliários - CVM exige que as Cias. Abertas publiquem a DMPL - Demonstração da 
Mutação do Patrimônio Líquido. 
 
Obs3. Juntamente com as demonstrações, as companhias devem complementá-las com NOTAS EXPLICATIVAS, as 
quais têm por objetivo esclarecer alguns detalhes não explicitados nas demonstrações. 
 
- Análise das Demonstrações Contábeis, Análise de Balanços ou Análise das Demonstrações Financeiras 
(função de orientação): Interpretação das DC`s, através de índices e quocientes calculados a partir de itens 
extraídos dessas demonstrações. Permite conhecer a capacidade de crédito, a capacidade de solvência, as 
tendências de expansão, a rentabilidade de uma empresa. 
 
- Analise vertical, horizontal, por índice. 
 
- Auditoria: exame e verificação dos registros e das Demonstrações Contábeis. Verifica a fidelidade das 
informações contábeis, detectando erros ou fraudes e, por fim, emitindo um parecer ou relatório sobre as 
informações fornecidas pelo sistema contábil e controles internos da entidade auditada. 
- auditoria interna e externa. 
 
 
 
 
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OS: 0026/12/12-Gil 
6. PATRIMONIO 
 
- Conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de propriedade da empresa. 
 
Patrimônio 
 
Bens + 
Direitos 
 
 
Obrigação 
Parte positiva Parte Negativa 
 
a) Bens: todas as coisas que satisfazem as necessidades humanas possuem utilidade e podem ser quantificados 
monetariamente. 
 
- Bens Tangíveis, Materiais ou Corpóreos: existência concreta, material. 
 Ex.: Móveis e Utensílios, Veículos, Animais de reprodução, Terrenos 
 
- Bens Intangíveis, Imateriais, Incorpóreos: existência abstrata, imaterial. 
 Ex.: Marcas e Patentes, Fundos de Comércio 
 
b) Direitos: são todos os créditos (valores a receber) de uma empresa contra terceiros mais as despesas pagas 
antecipadamente. 
Ex.: Duplicatas a receber, Adiantamentos a fornecedores, Impostos a recuperar, Seguros a vencer. 
 
c) Obrigações: são todos os débitos (valores a pagar) da empresa com terceiros mais as receitas recebidas 
antecipadamente. 
Ex.: Duplicatas a pagar, Impostos a recolher, Adiantamento a clientes, Empréstimos bancários, Provisão para IR, 
Provisão p/ contingências. 
 
d) Patrimônio Líquido: Riqueza própria de uma empresa representa a sua GRANDEZA PATRIMONIAL. 
Ex. Capital Social, Reservas, Prejuízos Acumulados. 
 
 
7. COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO 
 
- Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que 
resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. 
 
- Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que 
resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. 
 
- Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PATRIMÔNIO 
 
Bens+ Direitos 
 
Obrigações 
 
ATIVO 
 
PASSIVO 
ou ou 
PATRIMÔNIO BRUTO CAPITAL ALHEIO 
ou ou 
CAPITAL APLICADO CAPITAL DE TERCEIROS 
ou ou 
RECURSOS APLICADOS PASSIVO EXIGÍVEL 
ou ou 
CAPITAL INVESTIDO 
 
RECURSOS DE TERCEIROS 
ou 
PASSIVO REAL 
 
 Patrimônio Líquido = A - P 
 SITUAÇÃO LIQUIDA 
ou 
 CAPITAL PRÓPRIO 
ou 
 PASSIVO NÃO EXIGIVEL 
ou 
 PASSIVO FICTÍCIO 
ou 
 RECURSOS PRÓPRIOS 
 
8. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO 
 
 
ATIVO = PASSIVO + PL 
 
ou 
 
PL = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES 
 
ou 
 
PL = ATIVO – PASSIVO 
 
 
 
Atenção: 
1) Os valores do ativo e do passivo serão, necessariamente, iguais ou maiores que zero. 
2) O valor do PL, por representar a situação em que a entidade se encontra, poderá ser igual, maior ou 
menor que zero. 
 
 
 
 
 
 
 
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OS: 0026/12/12-Gil 
Assim teremos: 
 
PATRIMÔNIO 
 
ATIVO 
CAPITAL APLICADO 
 
PASSIVO 
CAPITAL DE TERCEIROS, RECURSOS DE 
TERCEIROS 
 + 
 PL 
 CAPITAL PRÓPRIO, RECURSOS 
PRÓPIOS 
 
 
APLICAÇÃODOS RECURSOS 
 FONTE DE INVESTIMENTO 
 
ORIGEM DOS RECURSOS 
FONTE DE FINANCIAMENTO 
 Total das ORIGENS = Total das APLICAÇÕES 
 
Fonte de FINANCIAMNETO = Fonte de INVESTIMENTO 
 
 
Obs1. Capital de Terceiros + Capital Próprio = Capital à Disposição da empresa 
 
Obs2. Quando a Lei 6.404/76 se refere ao PASSIVO, está se referindo ao PASSIVO TOTAL (Passivo Exigível+PL). 
 
9. ESTADOS PATRIMONIAIS 
 
a) Quando a Ativo > Passivo Exigível: Situação líquida maior que zero. 
 
A > P → SL > 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Situação Líquida POSITIVA, Situação Líquida ATIVA, Situação Líquida SUPERAVITÁRIA, Situação Líquida 
FAVORÁVEL= GRANDEZA PATRIMONIAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bens: 5.000 
+ 
Direitos: 3.000 
 
Obrigação: 6.000 
 
 
PL: 2.000 
 
ATIVO: 8.000 PASSIVO + PL: 8.000 
PATRIMONIO 
 
ATIVO 
 
PASSIVO 
 
GRANDEZA 
PATRIMONIAL 
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b) Quando o Ativo = Passivo Exigível: Situação Líquida igual a zero. 
 
A = P → SL = 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Situação Líquida NULA ou COMPENSADA. 
 
c) Quando o Ativo < Passivo Exigível: Situação Líquida menor que zero. 
 
A < P→ SL < 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. COMPONENTES DO PL 
a) Partes positivas: 
 Capital Social: total de ações subscritas na constituição de uma sociedade anônima ou de quotas 
subscritas na constituição de uma sociedade limitada. 
 Reservas: são valores acumulados no PL para uso posterior. 
 Ajuste de avaliação Patrimonial: ajuste positivo ao valor justo 
 
b) Partes negativas: 
 Prejuízos Acumulados: se a empresa ao invés de lucro tiver prejuízo, este entrará no PL diminuindo-o. 
Despesas> Receitas. 
 Ações em tesouraria: é utilizada quando a empresa adquire suas próprias ações e as mantém em 
tesouraria, com o fim de venda futura. Exceção ao art. 30 da Lei 6.404/76. 
 Capital a Realizar: corresponde as ações subscritas e não realizadas pelos acionistas, ou seja, valor do 
capital que não foi colocado à disposição da empresa 
 Ajuste de avaliação Patrimonial: ajuste negativo ao valor justo 
 
 
 
 
 
Bens: 5.000 
+ 
Direitos: 3.000 
 
Obrigação: 8.000 
 
 
PL: 0 
 
ATIVO: 8.000 PASSIVO + PL: 8.000 
PATRIMONIO 
 
ATIVO 
 
PASSIVO 
 
Bens: 3.000 
+ 
Direitos: 2.000 
 
Obrigação: 8.000 
 
 
PL: (3.000) 
 
ATIVO: 5.000 PASSIVO + PL: 5.000 
PATRIMONIO 
ATIVO 
 
PASSIVO 
 
 
(-) PL 
 
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11. PATRIMÔNIO X CAPITAL 
 
- Capital Social ou Nominal ou Registrado: investimento inicial (cotas ou ações adquiridas ou comprometidas) 
efetuado pelos sócios, proprietários ou acionistas em uma empresa; abrangendo também valores obtidos pela 
empresa (LUCRO) que por decisão dos sócios poderão compor o Capital Social. 
- Capital Subscrito: valor do capital pelo qual os sócios se obrigam no ato da assinatura do contrato social ou no 
ato da subscrição das ações. 
- Capital a Realizar ou a Integralizar ou Não-realizado: ações subscritas e não realizadas pelos acionistas, ou 
seja, valor do capital que não foi colocado à disposição da empresa. É a dívida do acionista diante da própria 
sociedade. Deve figurar no PL como conta retificadora. (Art.182, Lei 6.404/76) 
- Capital Realizado ou Integralizado: parcela realizada (valor efetivamente entregue) pelos sócios ou acionista 
do Capital Subscrito. 
- Capital Autorizado: É o limite máximo que o capital poderá atingir, sem que haja alteração no estatuto social. 
(Exclusivo das Sociedades Anônimas). Autorizado em estatuto. 
- Capital de Terceiros: recursos originários de terceiros utilizados na aquisição de ativos de propriedade da 
entidade. É o passivo exigível. 
- Capital Próprio: recursos originários dos sócios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas operações 
sociais. Corresponde ao Patrimônio Líquido. 
- Capital á disposição da entidade: Capital Próprio + Capital Terceiros 
- Capital Aplicado: Aplicação de recursos = Ativo 
- Capital de Giro: capital em circulação associado apenas aos investimentos circulantes. 
- Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro Próprio: AC-PC 
- Capital Fixo: Ativo Imobilizado (bens de uso). 
 
 
 
EXERCICIOS 
 
01. (AFRF- ESAF) Da leitura atenta dos balanços gerais da Cia. Emile, levantados em 31.12.01 para publicação, e 
dos relatórios que os acompanham, podemos observar informações corretas que indicam a existência de: 
 
 Capital de giro no valor de R$ 2.000,00 
Capital Social no valor de R$ 5.000,00 
Capital fixo no valor de R$ 6.000,00 
Capital alheio no valor de R$ 5.000,00 
Capital autorizado no valor de R$ 5.500,00 
Capital a realizar no valor de R$ 1.500,00 
Capital investido no valor de R$ 8.000,00 
Capital integralizado no valor de R$ 3.500,00 
Lucros acumulados no valor de R$ 500,00 
Prejuízo líquido do exercício de R$ 1.000,00 
 
 
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A partir das observações acima, podemos dizer que o valor do capital próprio da cia. Emile é: 
 
a) R$ 5.500,00 
b) R$ 5.000,00 
c) R$ 4.000,00 
d) R$ 3.500,00 
e) R$ 3.000,00 
 
02. (CGU-2008/ESAF) Em relação ao patrimônio de uma empresa e às diversas situações patrimoniais que pode 
assumir de acordo com a equação fundamental do patrimônio, indique a opção incorreta. 
a) A empresa tem passivo a descoberto quando o Ativo é igual ao Passivo menos a Situação Líquida. 
b) A Situação Líquida negativa acontece quando o total do Ativo é menor que o passivo exigível. 
c) Na constituição da empresa, o Ativo menos o Passivo Exigível é igual a zero. 
d) A situação em que o Passivo mais o Ativo menos a Situação Líquida é igual a zero é impossível de 
acontecer. 
e) A Situação Líquida é positiva quando o Ativo é maior que o Passivo Exigível. 
 
03. (ATRFB - 2009) A empresa Gregório, Irmãos & Cia. Ltda., possuindo Disponibilidades de R$ 2.730,00, 
Imobilizações de R$ 3.270,00 e Dívidas de R$ 2.900,00, realizou duas transações: 
 
1. a compra de uma máquina por R$ 2.000,00, pagando 20% de entrada; e 
2. a venda de um equipamentopor R$ 3.000,00, perdendo 30%. 
 
Concluídas as operações, e devidamente registradas, pode-se afirmar com certeza que essa firma tem: 
 
a) prejuízos de R$ 500,00. 
b) passivo exigível de R$ 4.500,00. 
c) patrimônio líquido de R$ 3.100,00. 
d) passivo a descoberto de R$ 900,00. 
e) ativo de R$ 4.600,00. 
 
04. (FCC) Aponte abaixo a opção que contém uma assertiva incorreta. 
 
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera 
que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. 
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se 
espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos para a entidade. 
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os resultados. 
d) Muitos ativos têm uma substância física. Entretanto, substância física não é essencial à existência de um 
ativo. 
e) Muitos ativos estão ligados a direitos legais, inclusive a direito de propriedade. Ao determinar a 
existência de um ativo, entretanto, o direito de propriedade não é essencial. 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1. E 2. C 3. B 4. C 
 
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OS: 0026/12/12-Gil 
AULA 2  CPC 00 E PRINCIPIOS CONTÁBEIS 
 
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS- PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1) 
 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro 
 
Introdução 
 
As demonstrações contábeis podem também ser denominadas de “relatórios contábeis financeiros”. 
As demonstrações Contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas 
finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, por 
exemplo, podem determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Essas 
exigências, no entanto, não devem afetar as demonstrações contábeis elaboradas segundo esta Estrutura 
Conceitual. 
Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam fornecer 
informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em geral, 
não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados grupos de usuários. 
Demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus 
usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas demonstrações contábeis para a tomada de decisões 
econômicas, tais como: 
(a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais; 
(b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à 
qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas; 
(c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar- lhes outros benefícios; 
(d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade; 
(e) determinar políticas tributárias; 
(f) determinar a distribuição de lucros e dividendos; 
(g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou 
(h) regulamentar as atividades das entidades. 
 
Finalidade e status 
Esta Estrutura Conceitual estabelece os conceitos que fundamentam a elaboração e a apresentação de 
demonstrações contábeis destinadas a usuários externos. A finalidade desta Estrutura Conceitual é: 
(a) dar suporte ao desenvolvimento de novos Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações e à 
revisão dos já existentes, quando necessário; 
(b) dar suporte à promoção da harmonização das regulações, das normas contábeis e dos procedimentos 
relacionados à apresentação das demonstrações contábeis, provendo uma base para a redução do número de 
tratamentos contábeis alternativos permitidos pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações; 
(c) dar suporte aos órgãos reguladores nacionais; 
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OS: 0026/12/12-Gil 
(d) auxiliar os responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis na aplicação dos Pronunciamentos 
Técnicos, Interpretações e Orientações e no tratamento de assuntos que ainda não tenham sido objeto 
desses documentos; 
(e) auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a conformidade das demonstrações contábeis 
com os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações; 
(f) auxiliar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de informações nelas contidas, elaboradas 
em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações; e 
(g) proporcionar aos interessados informações sobre o enfoque adotado na formulação dos Pronunciamentos 
Técnicos, das Interpretações e das Orientações. 
 
Alcance 
Esta Estrutura Conceitual aborda: 
(a) o objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro; 
(b) as características qualitativas da informação contábil-financeira útil; 
(c) a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as Demonstrações contábeis 
são elaboradas; e 
(d) os conceitos de capital e de manutenção de capital. 
 
 
CAPÍTULO 1: OBJETIVO DO RELATÓRIO CONTÁBIL- FINANCEIRO DE PROPÓSITO GERAL 
 Objetivo, utilidade e limitações do relatório contábil-financeiro de propósito geral 
OB2. O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral1 é fornecer informações contábil-
financeiras acerca da entidade que reporta essa informação (reporting entity) que sejam úteis a investidores 
existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao 
fornecimento de recursos para a entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações 
em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras 
formas de crédito. 
 
CAPÍTULO 2: A ENTIDADE QUE REPORTA A INFORMAÇÃO 
[a ser acrescentado futuramente] 
 
CAPÍTULO 3: CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL-FINANCEIRA ÚTIL 
Identificam os tipos de informações que muito provavelmente são consideradas como sendo as mais úteis para 
que os usuários tomem decisões a respeito de determinada entidade. 
 
 
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Características qualitativas da informação contábil-financeira útil 
QC4. Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com 
fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela 
for comparável, verificável, tempestiva e compreensível. 
 
Características qualitativas fundamentais 
QC5. As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna. 
 
Relevância 
QC6. Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser 
tomadas pelos usuários. 
 
QC7. A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo, valor 
confirmatório ou ambos. 
 
QC8. A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada como dado de entrada em 
processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados 
 
QC9. A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-alimentar -servir de feedback- 
avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las). 
 
QC10. O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil-financeira estão inter-relacionados. A 
informação que tem valor preditivo muitas vezes também tem valor confirmatório. Por exemplo, a informação 
sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como base para predizer receitas para anos futuros, 
também pode ser comparada com predições de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. 
Os resultados dessas comparações podem auxiliar os usuários a corrigirem e a melhorarem os processos que 
foram utilizados para fazer tais predições. 
 
Materialidade 
QC11. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar 
decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que 
reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade 
baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no 
contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em particular. Consequentemente, não se pode 
CARACTERISTICAS 
QUALITATIVAS 
FUNDAMENTAIS 
DE MELHORIA 
RELEVANCIA 
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA 
COMPARABILIDADE 
VERIFICABILIDADE 
TEMPESTIVIDADE 
COMPREENSIBILIDADE 
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especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material 
para uma situação particular. 
 
Representação fidedigna 
QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser 
útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que 
representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser representação 
perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre 
de erro. 
 
Completude: o retrato completo da realidade econômica deve incluir toda informação necessária para que o 
usuário compreenda o fenômeno que está sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações 
necessárias. 
 
Neutralidade: um retrato neutro da realidade é desprovido de viés(tendência) na seleção ou na apresentação da 
informação contábil – financeira. Não deve ser distorcido de contorno, dando a ele maior ou menor peso, ênfase 
maior ou menor. 
 
Ausência de Erros: é aquele em que não há erros ou omissões no fenômeno retratado, e que o processo utilizado 
para produzir a informação reportada, foi selecionado e aplicado livre de erros. 
 
Características qualitativas de melhoria 
QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade são características qualitativas 
que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representada com fidedignidade. As 
características qualitativas de melhoria podem também auxiliar a determinar qual de duas alternativas que 
sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para 
retratar um fenômeno. 
 
Comparabilidade 
QC21. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam 
similaridades dos itens e diferenças entre eles. Diferentemente de outras características qualitativas, a 
comparabilidade não está relacionada com um único item. A comparação requer no mínimo dois itens. 
 
A comparabilidade não deve ser confundida nem com a consistência e nem com a uniformidade. 
 
QC22. Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo. Consistência 
refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a 
mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre entidades. Comparabilidade é o 
objetivo; a consistência auxilia a alcançar esse objetivo. 
 
QC23. Comparabilidade não significa uniformidade. A uniformidade está relacionada com a forma como a 
informação é apresentada. Para que a informação seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas 
diferentes precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informação contábil financeira não é aprimorada 
ao se fazer com que coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes. 
 
Verificabilidade 
QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o 
fenômeno econômico que se propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, 
cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um 
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completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação 
fidedigna. . 
 
QC27. A verificação pode ser direta ou indireta. 
 
Tempestividade 
QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder 
influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, 
certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período 
contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências. 
 
Compreensibilidade 
QC30. Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a compreensível. 
 
QC31. Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser facilmente compreendidos. A exclusão 
de informações sobre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante 
em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios seriam considerados 
incompletos e potencialmente distorcidos (misleading). 
 
Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro útil 
QC35. O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na entidade no processo de elaboração e 
divulgação de relatório contábil-financeiro. O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro impõe custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefícios gerados pela 
divulgação da informação. Existem variados tipos de custos e benefícios a considerar. 
 
 
CAPÍTULO 4: ESTRUTURA CONCEITUAL PARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS: TEXTO REMANESCENTE 
 
O texto remanescente da Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis 
anteriormente emitida não foi emendado para refletir quaisquer alterações implementadas pelo 
Pronunciamento Técnico CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis (a IAS 1 que o espelha foi 
revisada pelo IASB em 2007). 
O texto remanescente será atualizado quando forem revisitados conceitualmente os elementos das 
demonstrações contábeis e suas bases de mensuração. 
 
Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil – financeiro útil. 
O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro impõe custos, sendo importante que ditos 
custos sejam justificados pelos benefícios gerados pela divulgação da informação. 
 
È necessário analisar a relação custo x beneficio de se fornecer a informação. Na aplicação da restrição do custo, 
avalia-se os benefícios proporcionados pela elaboração e divulgação de informação em particular são 
provavelmente justificados pelos custos incorridospara fornecimento e uso dessa informação. 
 
Premissa subjacente 
Continuidade 
4.1. As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas tendo como premissa que a entidade está em 
atividade (going concern assumption) e irá manter-se em operação por um futuro previsível. Desse modo, parte-
se do pressuposto de que a entidade não tem a intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo 
de liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações. Por outro lado, se essa intenção ou 
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necessidade existir, as demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, nesse caso, 
a base de elaboração utilizada deve ser divulgada. 
 
Elementos das demonstrações contábeis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posição patrimonial e financeira 
4.4. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são os 
ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ativos 
4.8. Benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, 
para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial pode ser produtivo, quando o 
recurso for parte integrante das atividades operacionais da entidade. Pode também ter a forma de 
conversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa ou pode ainda ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como 
no caso de processo industrial alternativo que reduza os custos de produção. 
 
4.10. Os benefícios econômicos futuros incorporados a um ativo podem fluir para a entidade de diversas 
maneiras. Por exemplo, o ativo pode ser: 
 
(a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de bens ou na prestação de serviços a 
serem vendidos pela entidade; 
(b) trocado por outros ativos; 
(c) usado para liquidar um passivo; ou 
(d) distribuído aos proprietários da entidade. 
 
 
 
(a) AATTIIVVOO é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do 
qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; 
 
ATIVO, PASSIVO E PL 
RECEITAS E DESPESAS 
Mutação na posição 
FINANCEIRA 
MENSURAÇÃO DA POSIÇÃO PATRIMONIAL E 
FINANCEIRA 
MENSURAÇÃO DA PERFORMANCE (DESEMPENHO) 
DO RESULTADO 
Reflete os elementos da demonstração do resultado e as 
mutações nos elementos do balanço patrimonial 
 
(b) PPAASSSSIIVVOO é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja 
liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios 
econômicos; 
 
(c) PPAATTRRIIMMÔÔNNIIOO LLÍÍQQUUIIDDOO é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos 
todos os seus passivos. 
 
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4.11. Muitos ativos, como, por exemplo, itens do imobilizado, têm forma física. 
Entretanto, a forma física não é essencial para a existência de ativo. Assim sendo, as patentes e os direitos 
autorais, por exemplo, são considerados ativos, caso deles sejam esperados que benefícios econômicos futuros 
fluam para a entidade e caso eles sejam por ela controlados. 
 
4.12. Recurso controlado pela entidade: muitos ativos, como, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão 
associados a direitos legais, incluindo o direito de propriedade. Ao determinar a existência do ativo, o direito de 
propriedade não é essencial. Assim, por exemplo, um imóvel objeto de arrendamento mercantil será um ativo, 
caso a entidade controle os benefícios econômicos que são esperados que fluam da propriedade. 
 
4.13. Resultado de eventos passados: os ativos da entidade resultam de transações passadas ou de outros 
eventos passados. As entidades normalmente obtêm ativos por meio de sua compra ou produção, mas 
outras transações ou eventos podem gerar ativos. Por exemplo, um imóvel recebido de ente governamental 
como parte de programa para fomentar o crescimento econômico de dada região ou a descoberta de jazidas 
minerais. Transações ou eventos previstos para ocorrer no futuro não dão origem, por si só, ao surgimento 
de ativos. Desse modo, por exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, por si só, à definição de ativo. 
 
Passivos 
4.15. Obrigação presente: uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha uma 
obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de desempenhar uma dada tarefa 
de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de contrato ou de exigências 
estatutárias. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por bens e serviços recebidos. 
Entretanto, obrigações surgem também de práticas usuais do negócio, de usos e costumes e do desejo de manter 
boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa. Desse modo, se, por exemplo, a entidade que decida, por 
questão de política mercadológica ou de imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais 
defeitos tenham se tornado conhecidos depois da expiração do período da garantia, as importâncias que espera 
gastar com os produtos já vendidos constituem passivos. 
 
4.16. Deve-se fazer uma distinção entre obrigação presente e compromisso futuro. A decisão da administração de 
uma entidade para adquirir ativos no futuro não dá origem, por si só, a uma obrigação presente. A obrigação 
normalmente surge somente quando um ativo é entregue ou a entidade ingressa em acordo irrevogável para 
adquirir o ativo. 
 
Eventos já ocorridos: Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. A aquisição de mercadorias e 
o uso de serviços resultam em contas a pagar. 
 
4.17. Gerar benefícios econômicos: A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica a utilização, pela 
entidade, de recursos incorporados de benefícios econômicos a fim de satisfazer a demanda da outra parte. A 
liquidação de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, como, por exemplo, por meio de: 
(a) pagamento em caixa; 
(b) transferência de outros ativos; 
(c) prestação de serviços; 
(d) substituição da obrigação por outra; ou 
(e) conversão da obrigação em item do patrimônio líquido. 
 
A obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia do credor ou pela perda dos seus 
direitos. 
 
Patrimônio líquido 
4.20. Embora o patrimônio líquido seja definido no item 4.4 como algo residual, ele pode ter subclassificações no 
balanço patrimonial. Por exemplo, na sociedade por ações, recursos aportados pelos sócios, reservas resultantes 
de retenções de lucros e reservas representando ajustes para manutenção do capital podem ser demonstrados 
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separadamente. Tais classificações podem ser relevantes para a tomada de decisão dos usuários das 
demonstrações contábeis quando indicarem restrições legais ou de outra natureza sobre a capacidade que a 
entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seus recursos patrimoniais. Podem também refletir o fato 
de que determinadas partes com direitos de propriedade sobre a entidade têm direitos diferentes com 
relação ao recebimento de dividendos ou ao reembolso de capital. 
 
Performance 
4.24. O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance ou como base para outras medidas, 
tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação. Os elementosdiretamente relacionados com a 
mensuração do resultado são as receitas e as despesas 
 
4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Receitas 
4.29. A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos. A receita 
surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, 
honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis. 
 
4.30. Ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e podem ou não surgir no 
curso das atividades usuais da entidade, representando aumentos nos benefícios econômicos e, como tais, não 
diferem, em natureza, das receitas. Consequentemente, não são considerados como elemento separado nesta 
Estrutura Conceitual. Ex. Ganhos incluem, por exemplo, aqueles que resultam da venda de ativos não circulantes. 
 
Despesas 
4.33. A definição de despesas abrange tanto as perdas quanto as despesas propriamente ditas que surgem no 
curso das atividades usuais da entidade. As despesas que surgem no curso das atividades usuais da entidade 
incluem, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Geralmente, tomam a forma de desembolso ou 
redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado. 
 
4.34. Perdas representam outros itens que se enquadram na definição de despesas e podem ou não surgir no 
curso das atividades usuais da entidade, representando decréscimos nos benefícios econômicos e, como tais, não 
diferem, em natureza, das demais despesas. Consequentemente, não são consideradas como elemento separado 
nesta Estrutura Conceitual. Exemplo, as que resultam de sinistros como incêndio e inundações, assim como as 
que decorrem da venda de ativos não circulantes. 
 
 
 
 
 
 
 
(a) RREECCEEIITTAASS são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de 
recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e 
que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais; 
 
(b) DDEESSPPEESSAASS são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de 
recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e 
que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. 
 
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Reconhecimento dos elementos das DC´s 
 
Reconhecimento 
de Ativos 
 - for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a 
entidade e 
- seu custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade 
Reconhecimento 
de Passivos 
- for provável que uma saída de recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida 
em liquidação de obrigação presente e 
- valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com confiabilidade. 
 
Reconhecimento 
de Receitas 
- resultar em aumento nos benefícios econômicos futuros relacionado com aumento de 
ativo ou com diminuição de passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade 
Reconhecimento 
de Despesa 
- quando resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com 
o decréscimo de um ativo ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurado com 
confiabilidade. 
 
Conceitos de capital e de manutenção de capital 
Conceitos de capital 
4.57. O conceito de capital financeiro (ou monetário) é adotado pela maioria das entidades na elaboração de 
suas demonstrações contábeis. De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou 
o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade. 
Segundo o conceito de capital físico, tal como capacidade operacional, o capital é considerado como a 
capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária. 
 
 
 
 
 
 
Conceitos de manutenção de capital e determinação do lucro 
4.59. Os conceitos de capital mencionados anteriormente dão origem aos seguintes conceitos de manutenção de 
capital: 
 
(a) Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado auferido somente se o 
montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do período exceder o seu montante financeiro (ou 
dinheiro) no começo do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de 
capital durante o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetária 
nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante. 
 
(b) Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado auferido somente se a 
capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessários para 
atingir essa capacidade) no fim do período exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de 
excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCaappiittaall FFiinnaanncceeiirroo  ativo líquido ou PL 
 
CCaappiittaall FFííssiiccoo  capacidade produtiva da entidade 
 
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RESOLUÇÃO 750/93 ALTERADA PELA RESOLUÇÃO 1.282/10 
 
Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, 
 
CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação das 
Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
RESOLVE: 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resolução. 
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui 
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). 
§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações 
deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
CAPÍTULO II 
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da 
Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. 
Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das 
entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
I. o da ENTIDADE; 
 
II. o da CONTINUIDADE; 
 
III. o da OPORTUNIDADE; 
 
IV. o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
 
V. o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
VI. o da COMPETÊNCIA; 
 
VII. o da PRUDÊNCIA. 
 
SEÇÃO I 
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a 
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm#art2
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patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, 
nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de 
sociedade ou instituição. 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou 
agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de 
natureza econômico-contábil. 
SEÇÃO II 
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, 
portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
SEÇÃO III 
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação 
contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade 
e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
SEÇÃO IV 
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem 
ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 
 § 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do 
tempo, de diferentes formas: 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou 
equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. 
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em 
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para 
liquidar o passivo no curso normal das operações; e 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos 
e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais 
teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das 
demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não 
descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações 
contábeis; 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais 
poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e 
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes 
obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm#art2
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c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada 
líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos 
são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja 
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes 
conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser 
reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos 
componentes patrimoniais. 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante 
em termos do poder aquisitivo; 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário 
atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os 
valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e 
 III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores 
originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a 
variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
SEÇÃO VI 
 
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam 
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de 
despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
SEÇÃO VII 
 
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e 
do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício 
dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas 
não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao 
processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 
27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do 
Contabilista. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10303.htm#art2
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EXERCICIO DE FIXAÇÃO 
 
1. (AFRF-2009) O Conselho Federal de Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da Ciência 
Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de seus princípios, editou, em 29 de dezembro de 
1993, a Resolução 750, dispondo sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a 
opção que indica uma afirmativa falsa. 
 
a) A observância dos Princípiosde Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui 
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). 
b) Os Princípios de Contabilidade, por representarem a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência 
da Contabilidade, a ela dizem respeito no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o 
patrimônio das Entidades. 
c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos 
patrimônios existentes. 
d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de 
patrimônios autônomos não resulta em nova entidade mas numa unidade de natureza econômico-
contábil. 
e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo 
valor original; o da competência e o da prudência. 
 
2. (ATRFB-2009) Determinada empresa, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, pagou a quantia de 
R$ 1.524,00 de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30 de setembro de 2007. 
A apólice pertinente a essa transação cobre riscos durante o período de primeiro de outubro de 2007 a 30 de 
setembro de 2008. 
Considerando o princípio da competência de exercícios, o Contador da empresa registrou o pagamento dos 
gastos na conta Seguros a Vencer. 
No balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2007, após as apropriações de praxe, o saldo desta conta, 
“Seguros a Vencer”, deverá ser de 
 
a) R$ 1.260,00. 
b) R$ 381,00. 
c) R$ 1.055,00. 
d) R$ 1.172,20. 
e) R$ 1.143,00. 
 
3. (ESAF 2010) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa falsa. 
 
a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas não se confundem, para 
efeito contábil, com aquelas. 
b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por período indeterminado de 
tempo até que surjam fortes evidências em contrário. 
c) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de servirem como orientação precisa para 
os procedimentos contábeis, não constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade. 
d) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições 
de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade. 
e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente válidos, segundo os princípios, 
a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as 
obrigações. 
 
 
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4. (ESAF 2010) Ao apurar o resultado no fim do período contábil, a empresa encontrou um lucro líquido, antes 
dos tributos sobre o lucro e das participações, no montante de R$ 1.520,00. 
A planilha de custos trazida para compor o resultado do período continha juros relativos a dezembro de 
2009, já pagos, no valor de R$ 125,00; juros relativos a janeiro de 2010, ainda não pagos, no valor de R$ 
180,00; juros relativos a dezembro de 2009, ainda não pagos, no valor de R$ 160,00; juros relativos a janeiro 
de 2010, já pagos, no valor de R$ 200,00. 
Referida planilha já havia sido contabilizada segundo o regime de caixa. 
As demais contas estavam certas, com saldos já contabilizados, segundo o regime de competência. 
A empresa, então, mandou promover o registro contábil das alterações necessárias para apresentar os 
eventos segundo o regime de competência, em obediência à regulamentação vigente. 
Após os lançamentos cabíveis, o rédito do período passou a ser lucro de 
 
a) R$ 1.180,00 
b) R$ 1.195,00 
c) R$ 1.360,00 
d) R$ 1.560,00 
e) R$ 1.235,00 
 
5. (Prova: ESAF 2010 – AUDITOR CVM) As demonstrações contábeis, quando corretamente elaboradas, 
satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles as utilizam 
para a tomada de decisões de ordem econômica. 
 Sob esse aspecto, pode-se dizer que, entre outras finalidades, os usuários baseiam-se nas demonstrações 
contábeis para praticar as seguintes ações, exceto: 
 
a) decidir quando comprar, manter ou vender um investimento em ações. 
b) avaliar a capacidade da entidade de pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefícios. 
c) determinar a distribuição de lucros e dividendos. 
d) regulamentar as atividades das entidades. 
e) fiscalizar a lisura dos atos administrativos. 
 
6. (Prova: AFRFB ESAF/2012) Entre as características qualitativas de melhoria, a comparabilidade está entre as 
que os analistas de demonstrações contábeis mais buscam. Dessa forma, pode-se definir pela estrutura 
conceitual contábil que comparabilidade é a característica que 
 
a) permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles 
nas Demonstrações Contábeis. 
b) utiliza os mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a 
mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre entidades. 
c) considera a uniformidade na aplicação dos procedimentos e normas contábeis, onde, para se obter a 
comparabilidade, as entidades precisam adotar os mesmos métodos de apuração e cálculo. 
d) garante que usuários diferentes concluam de forma completa e igual, quanto à condição econômica e 
financeira da empresa, sendo levados a um completo acordo. 
e) estabelece procedimentos para a padronização dos métodos e processos aplicados em demonstrações 
contábeis de mesmo segmento. 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1. C 2. E 3. C 4. D 5. E 6.A 
 
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AULA 3  CONTAS 
 
1. CONTA: é um título que identifica um elemento patrimonial com características semelhantes (bem, direito, 
obrigação ou PL) ou uma variação patrimonial (receitas e despesas). 
 
* Conta sintética: genérica. Nome que indica um conjunto de contas analíticas ao mesmo tempo. Assim, o valor 
patrimonial de uma conta sintética é igual a soma dos valores patrimoniais das contas analíticas que a compõem. 
 
 * Conta analítica: específica. São aquelas que demandam controle e acompanhamento em separado das demais. 
Assim, para cada fato contábil ocorrido, serão alterados os valores patrimoniais das respectivas contas analíticas 
envolvidas. 
 
CONTA SINTÉTICA CONTA ANALÍTICA 
Bancos Banco Itaú 
Banco do Brasil 
Fornecedores Casas Bahia 
Insinuante 
Clientes João da Silva 
Maria das Graças 
 
 
2. TIPOS DE CONTAS: 
 
2.1. CONTAS PATRIMONIAIS: são utilizadas para controle e apuração do patrimônio, registram os bens, direitos, 
obrigações e situação líquida. São consideradas permanentes, acumulam-se de um período para outro. 
 
a) CONTAS DO ATIVO = bens + direitos. Organizadas em ordem decrescente do grau de liquidez. Divididas em 
Ativo Circulante e Ativo Não Circulante, composto por: ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível. 
 
“ Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que 
resultem futuros benefícios econômicos para a entidade;” 
 
 
b) CONTAS DO PASSIVO: obrigações da entidade para com terceiros ou da mesma para com os sócios. 
Organizadas em ordem decrescente do grau de exigibilidade. 
 
“ Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que 
resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;” 
 
c) CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL): riqueza própria da entidade, obtida pela diferença entre o Ativo e o 
Passivo.Ex. capital social, reserva de capital, reserva de lucro, ajuste de avaliação patrimonial, prejuízos acumulados e 
ações em tesouraria. 
 
“Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.” 
 
d) CONTAS REDUTORAS: tem a função de reduzir o saldo de outra conta. Possui a natureza inversa, a natureza do 
grupo ao qual pertencem. 
Ex. depreciação acumulada, capital a integralizar, provisão de devedores duvidosos. 
 
 
 
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CONTAS PATRIMONIAIS 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante 
As disponibilidades, os direitos realizáveis no 
curso do exercício social subseqüente e as 
aplicações de recursos em despesas do exercício 
seguinte. 
Ex. caixa, adiantamento a funcionários, despesas 
antecipadas, adiantamento a fornecedores, 
impostos a recuperar, clientes. 
 
Passivo Circulante 
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para 
aquisição de direitos do ativo não-circulante, serão 
classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no 
exercício seguinte. 
Ex. fornecedores, impostos a recolher, salários a pagar, 
adiantamento de clientes, provisão de férias. 
 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte, assim como os derivados de 
vendas, adiantamentos ou empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), 
diretores, acionistas ou participantes no lucro da 
companhia, que não constituírem negócios 
usuais na exploração do objeto da companhia. 
Ex. duplicatas a receber de longo prazo, 
adiantamento a sócios, empréstimos a coligadas. 
 
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para 
aquisição de direitos do ativo não-circulante, serão 
classificadas no passivo não-circulante, se tiverem 
vencimento em prazo maior. 
Ex. duplicatas a pagar em LP, empréstimos de LP. 
 
Investimento 
As participações permanentes em outras 
sociedades e os direitos de qualquer natureza, 
não classificáveis no ativo circulante, e que não 
se destinem à manutenção da atividade da 
companhia ou da empresa. 
Ex. obras de arte, participações societárias de 
caráter permanente. 
 
Patrimônio Liquido 
Capital Social 
(-) Capital a Realizar 
Reserva de Lucros 
Reserva de Capital 
+/- Ajuste de Avaliação Patrimonial 
(-) Prejuizos Acumulados 
(-) Ações em Tesouraria 
Imobilizado 
Os direitos que tenham por objeto bens 
corpóreos destinados à manutenção das 
atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os 
decorrentes de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e controle desses 
bens. 
Ex. imóvel, veículos, móveis e utensílios. 
 
Intangível 
Os direitos que tenham por objeto bens 
incorpóreos destinados à manutenção da 
companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércio adquirido. 
Ex. marcas e patentes, fundo de comércio. 
 
 
 
Obs1. MP 449/08, Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 
deverá ser reclassificado para o passivo não-circulante em conta representativa de receita diferida. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm#art299b
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Parágrafo único. O registro do saldo de que trata o caput deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo 
diferido.” (NR) 
 
Para ser registrada como receita diferida no passivo não circulante a receita antecipada deverá atender as 
seguintes características: 
- receita líquida e certa, impossibilidade de devolução do dinheiro recebido antecipadamente. 
- não deve gerar a obrigatoriedade futura da entrega de bem ou prestação de serviço. 
 
Obs.2 MP 449/08, Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela 
sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação 
até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o parágrafo 3º do art. 183 
 
ALTERAÇÕES LEI 6.404/76 
 
Lei 6.404/76 Lei 11.638/07 Lei 11.941/09 
Ativo Circulante Ativo Circulante Ativo Circulante 
Ativo Realizável Longo Prazo Ativo Realizável Longo Prazo Ativo Não Circulante 
Ativo Permanente Ativo Permanente X Ativo Realizável Longo Prazo 
Investimento Investimento Investimento 
Imobilizado Imobilizado Imobilizado 
Diferido Intangível Intangível 
 Diferido X 
 
Lei 6.404/76 Lei 11.638/07 Lei 11.941/09 
Passivo Circulante Passivo Circulante Passivo Circulante 
Passivo Exigível Longo Prazo Passivo Exigível Longo Prazo Passivo Não Circulante 
Resultado Exercício Futuro Resultado Exercício Futuro Patrimônio Líquido 
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido 
 
 
2.2. CONTAS DE RESULTADO: são utilizadas para a apuração do resultado do exercício. Representam os ganhos 
(receitas) e as perdas (despesas). Consideradas transitórias, visto que, seu tempo de vida é limitado a um 
exercício social, pois, ao final de cada exercício terão seus saldos zerados (encerrados) a fim de que se possa 
apurar o resultado do período. 
 
a) Receitas: variações positivas (aumento) do Patrimônio Líquido. 
Ex. receitas de venda, receitas financeiras, receita de equivalência patrimonial, ganho de capital. 
 
“ Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de 
recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que 
não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade; “ 
 
b) Despesas: variações negativas (reduções) do Patrimônio Líquido. 
Ex. despesa financeira, despesa administrativa, despesa com vendas, perdas de capital. 
 
“Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de 
recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e 
que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.” 
 
 
 
 
 
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OS: 0026/12/12-Gil 
RECEITA BRUTA OU RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Vendas Brutas 
Prestação de Serviços 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA 
Impostos s/ Vendas e Serviços (ICMS, ISS, Pis, Cofins) 
Devoluções ou Cancelamentos de Vendas 
Descontos Incondicionais e Abatimentos s/ Venda 
(=) RECEITA LÍQUIDA OU RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA 
(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS OU DOS PRODUTOS E SERVIÇOS VENDIDOS 
(=) LUCRO OU PREJUIZO BRUTO OU RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
(-) Despesas com Vendas 
(-) Despesas Administrativas 
(-) Despesas Financeiras 
(+) Receitas Financeiras 
(-) Outras Despesas Operacionais 
(+) Outras Receitas Operacionais 
(-) Outras Despesas 
+ Outras Receitas 
(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO OU LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL 
(=) RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA = LAIR 
(-) Contribuição Social s/ o Lucro (CSLL) 
(-) Imposto de Renda s/ o Lucro 
(=) LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA = LAPIR 
(-) PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS 
Debêntures 
Empregados 
Administradores 
Partes Beneficiárias 
Fundos de Assistência de Empregados 
(=) LUCRO/ PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
 
3. PLANO DE CONTAS: é o conjunto composto pela relação ordenada e codificada das contas utilizadas pela 
entidade, objetivando servir como guia e meio de padronização, a fim de facilitar a analise e elaboração dos 
registros e demonstrações contábeis. Na sua elaboraçãodeverão ser observados os princípios fundamentais de 
contabilidade, as normas determinadas na Lei nº 6.404/76, a legislação específica do ramo de atividade da 
empresa e ainda deve adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos à empresa 
(fornecedores, bancos, fisco). 
Composição: 
- Elenco de Contas: relação ordenada e codificada de todas as contas utilizadas pela entidade, conforme disposto 
na Lei 6.404/76. 
1. ATIVO - Grupo 
1.1. Ativo Circulante - Subgrupo 
1.1.1. Disponibilidades - Subgrupo 
1.1.1.0001. Caixa - Conta 
- Manual de Contas: evidencia o uso adequado de cada conta, definindo os seguintes elementos: 
Função – razão de sua existência 
Funcionamento – quando a conta será debitada ou creditada, bem como seu saldo. 
Natureza do saldo – devedor ou credor. 
 
 
 
 
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OS: 0026/12/12-Gil 
4. TEORIA DAS CONTAS 
 
4.1. Teoria Personalista: vincula a conta à pessoa responsável pelos procedimentos administrativos a ela 
relacionados. 
- Agentes Consignatários: bens da empresa 
- Agentes Correspondentes: direitos e obrigações da empresa 
- Conta dos Proprietários: patrimônio líquido, receitas e despesas 
 
4.2. Teoria Materialista: relacionam-se com a materialidade, as contas traduzem simples ingressos e saídas de 
valores, que evidenciam o ativo, sendo este representado pelos valores positivos, e o passivo representado pelos 
valores negativos. 
- Contas Integrais ou Elementares: bens, direitos e obrigações. 
- Contas Diferenciais ou Derivadas: receita, despesa e patrimônio líquido. 
 
4.3. Teoria Patrimonialista: reconhece o patrimônio, como objeto da contabilidade. Distingue os elementos que 
compõem o patrimônio (contas patrimoniais) dos elementos que o modificam (contas de resultado). 
- Contas Patrimoniais: bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido. 
- Contas de Resultado: receita e despesa. 
 
Resumo: 
 
 
 Agente consignatário: Bens 
 
 
Teoria Personalista Agente Correspondente: Direitos e Obrigações 
 
 
 Proprietário: Receita, Despesa e PL 
 
 
 
 
 Integrais: Bens, Direitos e Obrigações 
 
Teoria Materialista 
 
 Diferencias: Receita, Despesa e PL 
 
 
 
 
 Patrimoniais: Ativo, Passivo e PL 
 
Teoria Patrimonialista 
 
 Resultado: Receita e Despesa 
 
 
 
 
 
 
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5. SITUAÇÕES DAS CONTAS: DÉBITOS E CRÉDITOS 
 
DÉBITO→ Situação de dívida da conta. 
 
CRÉDITO→ Situação de direito da conta. 
 
 
 
Obs 3. Não confundir débito de uma conta com débito da empresa. O primeiro representa uma dívida da conta 
(direito da empresa), o segundo uma dívida da empresa (passivo exigível). O mesmo para crédito de uma conta e 
crédito da empresa, este representa um direito da empresa (ativo) e aquele um direito da conta, portanto uma 
obrigação da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EMPRESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na identificação dos débitos e créditos nas contas, aplicaremos o seguinte raciocínio: 
 
ATIVO - natureza devedora (saldo devedor): 
Toda vez que aumentar o Ativo, DEBITAR a respectiva conta. 
Toda vez que diminuir o Ativo, CREDITAR a respectiva conta. 
 
 
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO – natureza credora (saldo credor): 
Toda vez que aumentar o Passivo, CREDITAR a respectiva conta. 
Toda vez que diminuir o Passivo, DEBITAR a respectiva conta. 
 
 
 DEBITO CREDITO SALDO 
ATIVO + - devedor 
PASSIVO E PL - + credor 
 
CRÉDITO 
direito da empresa 
 
DÉBITO/DIVIDA 
 
obrigação da 
empresa 
 
DÉBITO/DIVIDA 
 
obrigação da conta 
 
Contas do 
ATIVO 
Contas do 
PASSIVO 
CRÉDITO 
direito da conta 
 
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DESPESAS – natureza devedora (saldo devedor): 
Toda vez que ocorrer uma Despesa, DEBITAR a respectiva conta. 
Creditadas para efeito de apuração do resultado do período. 
 
 
RECEITAS - natureza credora (saldo credor): 
Toda vez que ocorrer uma Receita, CREDITAR a respectiva conta. 
Debitadas para efeito de apuração do resultado do período. 
 
 
 DEBITO CREDITO SALDO 
RECEITA REX + Credor 
DESPESA + REX Devedor 
 
 
OBS4. REX = Apuração do Resultado do EXercício 
 
6. RAZONETE: representação gráfica de uma conta = T, onde o lado esquerdo é o lado dos débitos e o lado direito 
dos créditos. 
 D C 
 
 
 
 
 
 
 
7. SALDO DAS CONTAS: diferença entre os valores lançados a Débito e a Crédito. Dependendo da natureza das 
contas, estas terão saldo devedor ou credor. 
- Saldo Credor: total dos créditos > total dos débitos 
- Saldo Devedor: total dos créditos < total dos débitos 
- Saldo Nulo: total dos créditos = total dos débitos 
 
 
EXERCICIO DE FIXAÇÃO 
 
1. (ESAF) A relação seguinte refere-se aos títulos contábeis constantes do livro Razão da empresa comercial 
Concórdia Sociedade Anônima, e respectivos saldos, em 31 de dezembro de 2008: 
 
01 – Bancos Conta Movimento 17.875,00 
02 – Bancos Conta Empréstimos 50.000,00 
03 – Conta Mercadorias 42.500,00 
04 – Capital Social 105.000,00 
05 – Móveis e Utensílios 280.000,00 
06 – ICMS a Recolher 7.500,00 
07 – Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 212.500,00 
08 – Salários e Ordenados 10.000,00 
09 – Contribuições de Previdência 3.750,00 
10 – Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa 3.500,00 
11 – Depreciação Acumulada 44.800,00 
12 – Retenção de Lucros 51.200,00 
13 – Vendas de Mercadorias 352.000,00 
14 – Impostos e Taxas 2.200,00 
CONTABILIDADE GERAL | APOSTILA 2012 
Prof
a
. Germana Chaves 
 
Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85)3208. 2222 – www.masterconcurso.com.br 30 
 
OS: 0026/12/12-Gil 
15 – PIS e COFINS 8.625,00 
16 – ICMS sobre vendas 52.500,00 
17 – Pró-labore 7.600,00 
18 – Fornecedores 157.750,00 
19 – PIS e COFINS a Recolher 1.800,00 
20 – Duplicatas a Receber 100.000,00 
21 – Encargos de Depreciação 32.000,00 
22 – Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 3.000,00 
 
Ao elaborar o balancete geral de verificação, no fim do exercício social, com as contas e saldos apresentados, a 
empresa, certamente, encontrará: 
 
a) um balancete fechado em R$ 773.050,00. 
b) um saldo credor a menor em R$ 100.000,00. 
c) um saldo devedor a maior em R$ 25.600,00. 
d) um endividamento de R$ 167.050,00. 
e) um lucro com mercadorias de R$ 137.500,00. 
 
2. (ESAF) No Plano de Contas da Empresa Valpeças e Acessórios S/A constam diversos títulos contábeis, dos quais 
extraímos os seguintes, em ordem alfabética: 
 
01 - CAIXA 
02 - CAPITAL SOCIAL 
03 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 
04 - DESPESAS DE ALUGUEL 
05 - DUPLICATAS A PAGAR 
06 - DUPLICATAS A RECEBER 
07 - IMPOSTOS A RECOLHER 
08 - LUCROS ACUMULADOS

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