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GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE Dione Arruda dos Santos Produção Didático-Pedagógica Inserção da Temática “Verminoses” no Ensino Fundamental a partir da Teoria da Aprendizagem Significativa LONDRINA - 2011 DIONE ARRUDA DOS SANTOS Produção Didático-Pedagógica Inserção da Temática “Verminoses” no Ensino Fundamental a partir da Teoria da Aprendizagem Significativa Produção Didático-Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional. ORIENTADORA: Prof.ª Dr.ª Tânia Aparecida da Silva Klein. IES: Universidade Estadual de Londrina – UEL ÁREA CURRICULAR: Ciências. LONDRINA - 2011 1 INTRODUÇÃO Esta Unidade Didática consiste em um instrumento para implementação de atividades sobre o tema de verminoses, com alunos da 6ª. Série, provenientes da zona rural e periferia urbana, regiões quase não servidas de saneamento básico, e instalações sanitárias. As atividades pedagógicas, a serem desenvolvidas para o implemento dessa Unidade Didática, serão concebidas de acordo com os pressupostos da Teoria da Aprendizagem Significativa (Ausubel, 1968), que sustenta a importância de se conhecer as ideias prévias dos estudantes no processo da aprendizagem e trabalhar de forma a articular tais ideias com os novos conhecimentos apresentados. A escolha do tema “verminoses” se deu em virtude da grande ocorrência com que os educandos apresentam, para abonar os dias faltados em aulas, atestados médicos com diagnóstico de verminose. As verminoses são doenças parasitárias e, portanto, caracterizam-se por uma infestação onde o agente invasor, o verme, vive à custa de um hospedeiro, no caso, o corpo humano. As parasitoses causam infecções intestinais ocasionadas por uma variedade de agentes. Esse tipo de enfermidade é muito comum em crianças, geralmente residente em localidades com pouco acesso a saneamento básico. Dessa forma, infere-se que o conhecimento das concepções dos alunos sobre verminoses e aspectos relativos à saúde humana, é necessário para o planejamento das atividades de aprendizagem, as quais devem levar os alunos à reflexão e discussão sobre os conteúdos abordados, para desenvolverem atitudes e procedimentos favoráveis para a manutenção da saúde. Neste sentido, Ausubel (1980) coloca que a Teoria da Aprendizagem Significativa acontecerá quando a informação ancorar-se em conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aluno, diferenciando-se da aprendizagem mecânica. Na aprendizagem mecânica as novas informações não interagem com conceitos da estrutura cognitiva do aluno. Assim, as novas informações devem relacionar-se de forma substantiva e não arbitrária ao que o aluno já sabe. Os objetivos desta Unidade Didática incluem a elaboração de atividades que estimulem mudanças de atitudes em relação às parasitoses, por parte dos educandos, bem como, o envolvimento da comunidade e dos pais com informativos e questionários, a fim de traçar uma possível relação entre hábitos, costumes e alimentações com acometimentos de parasitose. Os objetivos específicos desta unidade didática são: - criar situações onde os educandos possam expressar seus conhecimentos prévios sobre o tema; - interpretar os dados coletados, junto aos educandos, transformando-os em informações releventes para a Aprendizagem Significativa dos conteúdos que envolvem o tema verminose; - implementar atividades, com base na Teoria da Aprendizagem Significativa, que visem a conscientização e prevenção de verminoses. 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Esta unidade didática foi elaborada com o objetivo de trabalhar o tema verminoses, por meio de atividades didáticas baseadas na Teoria da Aprendizagem Significativa. Cada atividade possui: o enunciado, o objetivo a ser atingido, o encaminhamento metodológico que poderá ser realizado e sugestão de avaliação. A metodologia será dividida em duas partes: I. Esclarecendo o que se sabe sobre verminoses II. Confecção de livro sobre fitoterapia e verminose PARTE I - ESCLARECENDO O QUE SE SABE SOBRE VERMINOSES ATIVIDADE 1 – IDENTIFICAÇÃO E DISCUSSÃO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS SOBRE VERMINOSES Os alunos discutirão o que sabem sobre verminoses, sem a mediação da professora e organizarão um mapa conceitual com os conhecimentos prévios que possuem sobre verminoses, colocando-os na parede da sala, sob a forma de cartazes. Após, desenvolverem todas as atividades propostas na unidade didática, os alunos farão outro mapa conceitual sobre as verminoses para compararem o conhecimento prévio que apresentavam no primeiro mapa conceitual, com o conhecimento adquirido neste último mapa conceitual. OBJETIVOS Identificar e Interpretar os dados coletados, a partir do questionário proposto (anexo 1) junto aos educandos, transformando-os em informações releventes para a Aprendizagem Significativa dos conteúdos que envolvem o tema verminose; discutir e organizar os dados em gráficos junto com os alunos e verificar quais foram às formas de maior incidência que levaram a contraírem as verminoses. ATIVIDADE 2 – PESQUISA SOBRE CADA VERMINOSE Solicitar aos alunos que se organizem em quatro grupos e elegerem entre eles um representante do grupo e sortear entre os representantes dos grupos, os quatro grupos distintos de verminoses que serão estudados: Esquistossomose (Barriga d’água), Ancilostomose (Amarelão), Ascaridíase (Lombriga) e a Teníase (Solitária) para pesquisarem no laboratório de informática da escola sobre a verminose que sortearam. Para que haja interação entre os estudos dos grupos e o tema verminose, sorteada e pesquisada pelos grupos entre todos os alunos da sala, cada grupo deverá apresentar em forma de seminário sua pesquisa utilizando para isso critérios semelhantes aos demais grupos (diagnóstico, tratamento e prevenção). Que serão estimulados para utilizarem recursos como: tv pendrive, fotografias, cartazes, entrevistas com médicos ou com pessoas infectadas com a verminose pesquisada também poderão procurar saber quanto custa para fazer um exame de fezes particular e como deverão proceder para fazer pelo hospital municipal. OBJETIVOS: Despertar o interesse ampliando os conhecimentos dos alunos, visando à conscientização e prevenção de verminoses. ATIVIDADE 3 - DISCUSSÃO DE VIDEOS Após o estudo dos textos diversificados serão apresentados, aos alunos, alguns vídeos sobre verminoses. Cirurgia para retirada de vermes do intestino MrRoadrunner1975, http://www.youtube.com/watch?v=RR3aO6B9Tp8; Lombrices Intestinales guach, http://www.youtube.com/watch?v=d-6MyRnoUUQ; Solitaria o Tenia, yperegrino, http://www.youtube.com/watch?v=LhufdMa5zso; Esquiatossomose, 23brunacalix, http://www.youtube.com/watch?v=nrkRtnEf9IE. ________________________________________________________________ ATIVIDADE 4 – Discussão do Filme o Jeca Tatu ________________________________________________________________ A aula será iniciada com a exibição do filme, O Jeca Tatú, cuja ideia âncora é a prevenção das verminoses. http://www.youtube.com/watch?v=RR3aO6B9Tp8 http://www.youtube.com/watch?v=d-6MyRnoUUQ http://www.youtube.com/watch?v=LhufdMa5zso http://www.youtube.com/watch?v=nrkRtnEf9IE O filme foi escolhido por apresentar um conteúdo que está de acordo com as Diretrizes Curriculares do Ensino de Ciências, abordando a análise científica, enfatizando a busca do conhecimento científico, levando os alunos a refletirem sobre as verminoses. OBJETIVO: - Criar situações onde os educandos possam expressar seus conhecimentos prévios sobre o tema. SINOPSE: Filme: O Jeca Tatú.Título Original: O Jeca Tatú. Gênero: Comédia. Duração: 45 minutos. Ano de Lançamento: 1959. Jeca é um caipira preguiçoso e simplório que vive na zona rural de uma cidadezinha do interior de São Paulo, com sua mulher e filha. Credor de um bar na cidade dá pedaços de sua terra para pagar suas dívidas. Ele sempre briga com um latifundiário italiano. Um cara chamado Vaca Brava, quer se casar com sua filha só que ele não consegue por dois motivos: primeiro a filha era namorada do filho do italiano, e segundo, o casamento não tem o aval de Jeca. Vaca Brava fica furioso e diz que o Jeca vai se arrepender. Vaca Brava arma com Jeca e sua família. Primeiro, Vaca Brava rouba ovos e uma galinha do italiano e coloca tudo na casa de Jeca. Por mais que Jeca e sua família negue, Jeca se responsabiliza e vai preso. Depois de uma semana na cadeia ele é liberado. O delegado recomenda para Jeca não fazer nada errado para não ser preso pra valer. Vaca Brava fica furioso quando o tiro sai pela culatra. Na segunda tentativa, Vaca Brava rouba um chapéu de Jeca e bate no seu filho. E deixa o chapéu lá. Quando o italiano viu o chapéu não tinha dúvidas de que Jeca bateu no seu filho. E então ele pegou um lampião e incendiou a simples casa de palha de Jeca. Jeca, muito preguiçoso quase fica preso e é queimado com a casa, uma cena hilária e triste ao mesmo tempo. Todos saem sem se machucarem, e veem de camarote o seu teto sendo consumido pelo fogo. O Italiano diz: “é isso que dá mexer com uma família que está quieta no seu canto”. Jeca revida dizendo que é um ato desumano queimar um teto que uma família demora a vida toda para construir. No dia seguinte Jeca, sem teto, pega sua família e vai embora da cidade, diz para a população que vai para Brasília ajudar na construção da cidade. As pessoas dizem para ficar. No bar Jeca encontra Vaca Brava e diz que foi ele que armou para o Italiano acabar com ele. Ele o chama para a briga, mas a polícia chega e prende Vaca Brava. Jeca vai para São Paulo procurar o prefeito candidato a prefeitura da cidade de Jeca para que ele o ajude a construir sua nova casa, totalmente bestificado e estranhado com o mundo da cidade grande, estranha homens e mulheres tomando banho de piscina. O Candidato usa Jeca como homem chefe de sua campanha e consegue se eleger. Ele constrói um casarão imenso e Jeca vira coronel da cidade. ________________________________________________________________ ATIVIDADE 5 – DEBATE SOBRE O FILME E REESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO Após o filme, debater em sala de aula sobre as verminoses, incentivando os alunos a exporem suas opiniões a respeito do assunto. Ao final do debate desenvolver uma resenha sobre o filme. Para auxiliar na reestruturação do trabalho, a professora fornecerá a cada grupo, textos científicos, de acordo com a verminose trabalhada pelo grupo. Os textos científicos que a serem distribuídos pela professora, para auxiliar na reestruturação do material produzido por parte dos alunos, encontram-se em anexo. ATIVIDADE 6 - SEMINÁRIO Concluído o seminário, os grupos trocarão entre si as pesquisas, e retornarão aos seus grupos para fazer desenhos sobre o ciclo desta verminose, sobre a qual montarão um mapa conceitual. Cada grupo apresentará este novo trabalho, para os alunos da sala de aula, e estes por sua vez, irão colocar ao grupo se as informações contidas estão corretas ou se será necessário fazer alguma correção. Inicialmente, será estimulada uma reflexão sobre os problemas provocados pelas verminoses e pelos maus hábitos de higiene pessoal e alimentar. Ao sugerir uma aprendizagem significativa, precisamos levar em conta o conhecimento prévio do aluno acerca do tema para que, partindo desses conhecimentos, ele possa construir novos conhecimentos, entender conceitos científicos e contextualizá-los no meio social, cultural e econômico onde está inserido. Ao estimularmos a construção do conhecimento por meio de ações que causam problemas, instigamos os alunos a buscarem novos conhecimentos, confrontando com situações e fatos presentes no seu cotidiano, visando à criação de outros caminhos e o entendimento da realidade a partir da ciência. Busca-se propor para os alunos, hábitos de pensar, refletir e agir criticamente através de atitudes que aumentem o acesso ao conhecimento ressaltando a importância da prevenção das verminoses. PARTE II - LIVRO SOBRE FITOTERAPIA E VERMINOSE ATIVIDADE 1– PESQUISA NA COMUNIDADE SOBRE FITOTERAPIA E VERMINOSE Pesquisar na comunidade sobre o uso da medicina natural para combater as verminoses. Após a pesquisa, os alunos irão elaborar um livro sobre “Ervas Medicinais no combate as Verminoses”, contendo as informações recolhidas, suas propriedades e como deve ser o uso e manuseio das ervas medicinais. O desenvolvimento desta atividade será precedido de uma palestra, com um médico do Hospital Municipal São Francisco de Assis, sobre fitoterapia e verminoses. ATIVIDADE 2 – PESQUISA CIENTÍFICA SOBRE FITOTERAPIA E VERMINOSE _______________________________________________________________ 4 PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS O ponto de partida será o diagnóstico realizado com o público-alvo, com o proposito de, gradativamente, fazer com que os alunos se inteirem do tema trabalhado (verminoses) e sejam capazes, ao final, de produzirem materiais a respeito. A unidade didática ficará organizada de acordo com o cronograma definido para o segundo semestre do ano letivo de 2011. Serão utilizados, para tanto, materiais e recursos tecnológicos tais como: textos, xerocopiados, digitados e impressos, livros didáticos, DVDs, apresentações de slides, fotografias, data show, recursos audiovisuais. ATIVIDADE 3 – CONFECÇÃO DE UM FOLDER (LIVRO) SOBRE OS CUIDADOS COM VERMIONOSES E FITOTERAPIA Posteriormente a palestra, os alunos, em atividade individual, deverão trazer para a sala de aula as ervas medicinais pesquisadas e indicadas pela comunidade, para confeccionar o livro, como produto final da avaliação da aprendizagem. Após a elaboração do livro, os alunos serão distribuídos em quatro grupos, os quais apresentarão o livro para as outras turmas de 6ª série do Colégio. 4.1 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO A avaliação desta Unidade Didática será feita posteriormente a cada atividade realizada, e as observações serão registradas em um caderno, onde o professor analisará os seguintes critérios: Em relação às questões da sondagem da aprendizagem, qual o grau de dificuldade encontrado pelos alunos, para responderem as questões; No que diz respeito aos textos propostos, avaliar o aproveitamento dos alunos ao responderem as questões sugeridas no término dos mesmos, e durante a apresentação do seminário, onde o que se pedia eram as causas, consequências e prevenção das verminoses; Após o filme, observar se os alunos conseguiram identificar os hábitos que causam verminoses; Durante a confecção do livro “Ervas Medicinais no combate as Verminoses” levantar com que frequência às famílias e/ou alunos fazem uso da medicina natural no combate às verminoses e incentivar essa prática. Os pontos a serem analisados serão: se as atividades propostas conseguiram envolver os alunos, se os objetivos foram atingidos, se as atividades propostas em cada trabalho contribuíram para a aprendizagem, quais fatores favoreceram e quais dificultaram o desenvolvimento desta Unidade Didática e, enfim, quais as adequações necessárias ao melhoramento desta proposta de trabalho. 5 REFERÊNCIAS : AUSUBEL, D.P; NOVAK, J.D; HANESIAN, H. (1980). Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Interamericana. AUSUBEL, D.P. Educacional psychology: A cognitive view. Nova York, Holt Rinehart and Winston Inc., 1968. FERREIRA, MarceloUrbano; FERREIRA, Claudio dos Santos; MONTEIRO, Carlos Augusto. Tendência secular das parasitoses intestinais na infância na cidade de São Paulo (1984-1996). Rev. Saúde Pública , São Paulo, v. 34, n. 6, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 89102000000700010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 14 de jun de 2011. LUDWIG, Karin Maria et al . Correlação entre condições de saneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis, Estado de São Paulo. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. , Uberaba, v. 32, n. 5, 1999 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037- 86821999000500013&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 12 de jun de 2011. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria da Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Guia de Bolso. 5ª edição ampliada. Série B Textos Básicos de Saúde. Brasília/DF, 2005. OLIVEIRA, S, S.; GUERREIRO, L. B.; BONFIM, P. (2007). Educação para a saúde: a Manguinhos doença como conteúdo nas aulas de ciências. In: Hist. cienc. saúde - vol.14 nº.4. TOSCANI, Nadima Vieira et al . Desenvolvimento e análise de jogo educativo para crianças visando à prevenção de doenças parasitológicas. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 11, n. 22, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 32832007000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 13 de jun de 2011. ANEXOS ANEXO 1 1.1 QUESTIONÁRIO 1.Você sabe o que quer dizer verminoses? ( ) Sim; ( ) Não. 2. Você já teve verminose? ( ) Sim; ( ) Não. 3. Qual foi a verminose que você teve? ( ) Esquistossomose (Barriga d’água); ( ) Ancilostomose (Amarelão); ( )Ascaridíase (Lombriga) ; ( )Teníase (Solitária). 4.Quais os sintomas que apresentou quando teve verminose? ( ) Coceira no bumbum; ( ) Corrimento; ( ) Barriguinha inchada com cólicas perto da área do umbigo; ( ) Anemia; ( ) Tosse; ( ) Fezes com catarro e um pouco de sangue, cólicas e às vezes até febre. 5.Como tratou? ( ) Foi ao médico e tomou remédio; ( ) Foi na benzedeira e tomou remédio caseiro. 6. Como você “acha” que contraiu a doença? ( ) Andou descalço; ( ) Comia unha; ( ) Não lavava as mãos antes das refeições ou quando ia ao banheiro; ( ) Comia carne suína ou bovina mal fritas ou cozidas; ( ) Não dava vermífugo aos gatos e cães que brincava; ( ) Não lava as frutas antes de comer; ( ) Nadava em tanques (represas); ( ) Não tomava água tratada e filtrada; ( ) Colocava a mão na boca. 7. Qual sua opinião sobre o que deve ser feito para a prevenção da verminose? ( ) Ter maior cuidado com a higiene pessoal; ( ) Cuidar dos animais de estimação, principalmente, dos cães e gatos dando- lhes vermífugos e banhos; ( ) Lavar em água corrente frutas, verduras e legumes; ( ) Tomar água tratada e filtrada; ( ) Não andar descalço; ( ) Tomar banho apenas no rio; ( ) Comer carne bem frita, assada ou cozida; ( ) Fazer exame de fezes, pelo menos, duas vezes ao ano para saber se não está com vermes; ( ) Tomar vermífugo; ( ) Não colocar as mãos sujas na boca; ( ) Ir sempre na benzedeira. ANEXO 2 - TEXTOS DE APOIO – VERMINOSES 2.1 AVANÇO DAS VERMINOSES NO MUNDO As parasitoses intestinais constituem-se num grave problema de saúde pública, sobretudo nos países do terceiro mundo, sendo um dos principais fatores debilitantes da população, associando-se frequentemente a quadros de diarreia crônica e desnutrição, comprometendo, como consequência, o desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais jovens da população (LUDWIG, 1999). Apesar de todo o avanço científico e tecnológico atual, são ainda um dos principais problemas de saúde, ocupando um lugar de destaque entre as doenças infecciosas por sua alta prevalência e incidência na população mundial. São considerados importantes objetos de estudo, principalmente em países em desenvolvimentos, nos quais ainda são observadas condições precárias de higiene, saneamento e nutrição, associada à baixa qualidade de vida da população. 2.2 TIPOS DE VERMINOSES Os parasitas intestinais estão entre os patógenos mais frequentemente encontrados em seres humanos. Dentre os helmintos, os mais frequentes são os nematelmintos Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura e os ancilostomídeos Necator americanus e Ancylostoma duodenale. Dentre os protozoários, destacam-se Entamoeba histolytica e Giardia duodenalis (FERREIRA, 2000). Neste trabalho de inserção da temática “verminoses” no ensino fundamental a partir da teoria da aprendizagem significativa optou-se por explorar quatro grupos distintos de verminoses: Esquistossomose (Barriga d’água), Ancilostomose (Amarelão), Ascaridíase (Lombriga) e a Teníase (Solitária). Esses agentes etiológicos apresentam ciclos evolutivos que contam com períodos de parasitose humana, períodos de vida livre no ambiente e períodos de parasitose em outros animais. A infecção humana é mais comum em crianças, por meio da via oral–fecal, sendo águas e alimentos contaminados os principais veículos de transmissão (TOSCANI, 2007). A parasitologia é a ciência que analisa as formas de vida que habitam sobre outros organismos. Observa-se que o homem é um dos hospedeiros onde pode abrigar diversos tipos de parasitos. Estes parasitos provocam manifestações como no organismo como: - semi obstrução: causada pela presença do verme no intestino. Há alteração da eliminação de gases e fezes, deixando a barriguinha inchada e provocando cólicas perto da área do umbigo; - ação espoliadora: alguns vermes sugam o sangue da parede do intestino, provocando perda de ferro e consequente anemia, além da perda de proteínas e vitaminas; - ação inflamatória: o verme irrita as paredes do intestino e pode provocar crises de dor, além de gases e falta de apetite; - alteração da bile que é lançada nos intestinos: Esse mecanismo, provocado principalmente pela Giardia, faz com que apareçam nas fezes restos alimentares ou muco; -certos vermes quando estão na fase de larvas, passeiam pelo sangue e chegam aos pulmões causando tosse;- a ameba provoca lesão na mucosa do intestino, provocando fezes com catarro e um pouco de sangue, além de cólicas e às vezes até febre;- os oxiúros migram para o ânus durante a noite para por seus ovos, provocando coceira no bumbum. Nas meninas pode haver migração para a vagina, provocando corrimento. Ascaridíase, estrongiloidíase, giardíase, ancilostomíase, oxiuríase, tricuríase, larvas mígrans visceral, são algumas das infestações mais frequentes. Neste trabalho optou-se por explorar quatro grupos distintos de verminoses; que serão abordados a seguir. De acordo com o Guia de Bolso, (2005), do Ministério da Saúde, coloca que: 2.3 DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO 2.3.1 DIAGNÓSTICO Pelos sintomas apresentados pelos alunos e por exames de laboratório. Poderá ocorrer a eliminação de vermes pelas fezes. E necessário lembrar que, mesmo havendo parasitoses, o exame de fezes nem sempre dá positivo, isso ocorre porque às vezes a porção de fezes coletada não contém ovos e cistos ou se existirem vermes machos parasitando não haverá produção de ovos. 2.3.2 TRATAMENTO Não se deve acreditar que só se devem tomar vermífugos se os exames de fezes derem positivos. Milhares de pessoas morrem, todos os anos, devido às complicações provocadas pela verminose, mesmo tendo realizado um, dois e até três exames de fezes que deram resultados negativos. 2.3.3 PREVENÇÃOA verminose não ocorre só em crianças. Pode ocorrer em qualquer idade, desde um bebê até pessoas bastante idosas. Atinge todas as classes sociais, porém as de baixa renda são as mais acometidas. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, em todos os membros da família, inclusive em animais domésticos. Algumas maneiras de prevenção contra as verminoses:- utilizar apenas água tratada e filtrada; - lavar bem as frutas e verduras em água corrente; - não se esquecer de lavar as latinhas de refrigerante e boca das garrafas antes do consumo; - não roer as unhas; - dar vermífugo para os cães e gatos; - evitar que a criança ande de pés descalços em solo arenoso; - não tomar banhos em lagoas que não tenham tido vigilância sanitária; - não comer carne suína ou bovina cruas ou mal cozidas; - evitar colocar a mão na boca. 2.4 PLATELMINTOS E NEMATELMINTOS 2.4.1 PLATELMINTOS Os platelmintos são vermes de corpo alongado, achatado e mole. Por isso recebeu o nome de platelminto (do grego platy, que significa chato, e helmins, que significa verme). Muitos platelmintos têm vida parasitaria, mas há vários de vida livre. Eles não possuem ânus, sangue e sistema circulatório tem apenas boca. Seu tubo digestivo é incompleto e podem ser encontrados em ambientes aquáticos ou terrestres úmidos. Há também platelmintos, parasitas, que vivem no interior de outros seres vivos, causando doenças. A seguir estudaremos dois platelmintos que parasitam o corpo humano: o esquistossomo (barriga d’água) e a tênia (solitária). 2.4.2 ESQUISTOSSOMOSE (BARRIGA D'ÁGUA) a) Agente etiológico: Schistossoma mansoni, platelminto pertencente à classe Trematoda. b) Contágio: penetração da larva cercária através da pele. c) Ciclo de vida: o esquistossoma tem o homem como hospedeiro definitivo e caramujos (Biomphalaria sp.) de água doce como hospedeiros intermediários. Quando as fezes humanas contaminadas com ovos atingem a água, um estágio larval, chamado miracídio, se desenvolve. O miracídio penetra no caramujo, onde ocorre a reprodução assexuada e a formação de esporocistos. Os esporocistos dão origem a outro tipo de larva, a cercária, que abandona o caramujo atingindo a água. O homem se contamina com a cercária ao andar descalço na beira de lagos ou áreas de solo úmido contaminado. As larvas perfuram a pele e penetram na corrente sanguínea, atingindo o intestino e o fígado, no interior dos quais se desenvolvem e se reproduzem sexuadamente, originando novos ovos e fechando o ciclo. d) Sintomas: na fase aguda pode ocorrer febre, dores de cabeça e abdominais, diarreia, vômitos, entre outros. Na fase crônica, diversos órgãos podem ser atingidos, tendo seu funcionamento prejudicado. O rompimento de células e tecidos provoca a liberação de fluídos na cavidade abdominal, provocando o inchaço dessa região, vindo daí o nome barriga d'água. e) Profilaxia: medidas de saneamento básico, medidas de higiene pessoal e controle da população de caramujos. 2.4.4 TENÍASE (SOLITÁRIA) a) Agente etiológico: Taenia solium e Taenia saginata. b) Contágio: a tênia, popularmente conhecida como “solitária”, é transmitida pela ingestão de carnes bovinas ou suínas mal cozidas. c) Ciclo de vida: a tênia tem o corpo formado por anéis, pode atingir de dois a três metros de comprimento, seus ovos são eliminados pelas fezes. A água e o solo, uma vez contaminados pelas fezes, são ingeridos pelos animais que passam a transmitir o verme. d) Sintomas: perda de peso, dores abdominais, falta de apetite, fraqueza, irritabilidade, diarreia, insônia. e) Como diagnosticar a presença da tênia: o exame de fezes determina a presença de ovos e parasitas de Taenia solium e Taenia saginata. f) Profilaxia: no tratamento da teníase são utilizados medicamentos orais, como a niclosamida. Algumas medidas básicas de higiene podem ser tomadas, como forma de prevenção da doença, tais como: lavar as mãos antes das refeições, após ir ao banheiro, cozinhar bem a carne bovina ou suína, lavar bem as frutas, as verduras e os legumes. g) Complicações da teníase: uma das complicações da teníase é a cisticercose, autoinfecção por ovos de tênias. Esta é adquirida através dos ovos da Taenia solium, provenientes de carne de porco, verduras e legumes mal lavados ou higiene inadequada. Pessoas contaminadas apenas com tênias (Taenia solium), podem se infectar também ingerindo ovos de seus vermes através das mãos contaminadas, enquanto se secam ou coçam a região anal. A cisticercose pode causar problemas visuais e neurológicos. 2.4.5 NEMATELMINTOS Os nematelmintos, também chamados de nematódeos, são vermes de corpo cilíndrico, afilados nas extremidades. O nome deste filo é nematelminto (do grego nema, que significa fio, e helmis, que significa verme). Reproduzem- se sexuadamente por fecundação interna, produzindo ovos que se transformam em larvas. Os nematelmintos podem ser de vida livre ou de vida parasitária. No solo e na água podemos encontrar as espécies de vida livre e nos vegetais e corpo dos animais (entre eles o ser humano) as espécies parasitas. A seguir estudaremos dois nematelmintos que parasitam o corpo humano: o ancilóstomo (amarelão) e a ascaridíase (lombriga). 2.4.6 ANCILOSTOMOSE (AMARELÃO) a) Agente etiológico: Ancylostoma duodenale e Necator americanus, vermes pertencentes ao grupo dos nematelmintos. b) Contágio: penetração da larva através da pele e mucosas ou através da ingestão de água ou alimentos contaminados. c) Ciclo de vida: após penetrar no corpo humano, as larvas caem na corrente sanguínea e sofrem diversas transformações até chegar ao sistema digestivo. No interior do intestino, atingem o estágio adulto e se reproduzem, liberando ovos que serão eliminados através das fezes. Os vermes adultos se fixam na parede do intestino, provocando pequenas lesões e se alimentando do sangue do hospedeiro. d) Sintomas: a penetração da larva pode provocar coceira, ardência e edemas. A instalação do verme no intestino pode causar dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreias e anemia. e) Profilaxia: medidas de saneamento básico e higiene pessoal, evitarem contato com solos úmidos apropriados ao desenvolvimento da larva, através, por exemplo, do uso de calçados. 2.4.7 ASCARIDÍASE (LOMBRIGA) a) Agente etiológico: Ascaris lumbricóides (lombriga). b) Contágio: ingestão dos ovos do verme através das mãos, água ou alimentos contaminados. c) Ciclo de vida: os ovos ingeridos atingem o intestino, originando larvas que migram para a corrente sanguínea. Através da circulação, as larvas atingem diversos órgãos, nos quais podem provocar lesões. Ao chegar aos pulmões, às larvas migram pelo sistema respiratório até atingir a faringe. Da faringe elas podem ser expelidas para a boca e, em seguida deglutidas. Desta forma, atingem novamente o sistema digestivo. No interior do intestino, as larvas se desenvolvem em adultos e se reproduzem. Seus ovos são liberados com as fezes, fechando o ciclo. d) Sintomas: lesões nos órgãos afetados. Ao atingir os pulmões, as larvas podem causar bronquite, febre e pneumonia. A presença dos vermes no aparelho digestivo pode causar dores abdominais, diarreias, vômitos e náuseas. No caso de um grande número de vermes, pode ocorrer a obstrução ou perfuração intestinal. e) Profilaxia: medidas de saneamento básico e de higiene pessoal, consumo, de água tratada e alimentos bem lavados. ANEXO 3 3.1 ORIENTAÇÕES PARA OS PROFESSORES 3.1.2 TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA A aprendizagem significativa processa-se quando o material novo, ideias e informações que apresentam numa estrutura lógica, interagem com conceitos relevantes e inclusivos, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo por eles assimilados,contribuindo para sua diferenciação, elaboração e estabilidade. Essa interação constitui, segundo Ausubel (1968, p. 37-39), uma experiência consciente, claramente articulada e precisamente diferenciada, que emerge quando sinais, símbolos, conceitos proposições potencialmente significativos são relacionados à estrutura cognitiva e nela incorporados. Significado, segundo Ausubel, é, pois, um produto “fenomenológico” do processo de aprendizagem, no qual o significado potencial, inerente aos símbolos, converte-se em conteúdo cognitivo, diferenciado para um determinado indivíduo. O significado potencial converte-se em significado “fenomenológico”, quando um indivíduo, empregando um determinado padrão de aprendizagem, incorpora um símbolo que é potencialmente significativo em sua estrutura cognitiva. Dessa forma, quando o educador se prepara, buscando novos métodos para trabalhar, a aprendizagem se torna mais atrativa para os alunos. Outro fator importante, para a formação do aluno, é o educador valorizar o que o educando já sabe, além, é claro de conhecer a realidade dos mesmos. Conhecer e compreender as transformações e, principalmente, a integração entre os sistemas que compõem o corpo humano, bem como as questões relacionadas à saúde e a sua manutenção, caracterizam o campo deste estudo, cujo princípio é a busca da prevenção. Para um melhor desenvolvimento do trabalho didático, será realizado um levantamento sobre o conhecimento prévio do aluno a respeito de verminoses, o que pode proporcionar uma maior participação dos educandos durante as atividades de leitura, compreensão e interpretação de textos e as discussões a cerca das questões socioculturais existentes nos mesmos. ANEXO 4 4.1 FITOTERAPIA. 4.1.2 O QUE É FITOTERAPIA? A palavra Fitoterapia deriva dos termos “Phyton” = vegetal e “Therapeia” = terapia e, segundo o Dicionário Aurélio da língua portuguesa, significa “Tratamento de doença mediante o uso de plantas”. Algumas sugestões de ervas medicinais no combate das verminoses: Erva de Santa Maria – fazer infusão com 10g de folhas e litro de água e tomar uma colher das de sopa de hora em hora. Também se usa macerar bem a erva, tirar o suco e tomar uma colher de chá depois de cada refeição, durante sete dias. Sementes de abóbora levemente tostadas e salgadas – duas colheres de sopa um pouco antes do almoço e jantar. Coco verde – comer uma colher (sopa) da polpa em jejum. Hortelã – tomar uma xícara de chá em jejum. Losna – fazer infusão com 20 g da folha para um litro de água e tomar duas colheres das de sopa de hora em hora. Não usar qualquer preparado de losna além de sete dias. Figo – extrair o suco das folhas e dos talos, diluir em igual quantidade de água e tomar duas colheres de sopa em jejum, durante uma semana. Chicória, escarola- chá por infusão três a cinco xícaras por dia. Couve – tomar cinco colheres (sopa) do sumo por dia Limão – esmagar os caroços de um limão, misturar com mel e dar às crianças durante vários dias contra oxiúros. Mamão – tomar três colheres (chá) do leite que sai quando se corta a fruta com igual quantidade de mel em jejum pela manhã. Picão – chá por infusão, tomar três a cinco xícaras por dia. Muito eficiente contra vermes do fígado e para tratar hepatites. Pitanga - chá por infusão das folhas, tomar três a quatro xícaras por dia. Repolho – tomar em jejum cinco colheres do sumo Eucalipto – extrato fluido das folhas. Tomar três a quatro colheres de chá em água antes das refeições por sete dias. Repetir mensalmente. Página em branco
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