Buscar

EFEITOS DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES ACOMETIDOS COM FIBROSE CÍSTICA: REVISÃO INTEGRATIVA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CATEGORIA: RESUMO EXPANDIDO 
EFEITOS DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES ACOMETIDOS COM FIBROSE 
CÍSTICA: REVISÃO INTEGRATIVA 
Karine Alves de Castro1 
Jennifer Nathali de Melo Galindo2 
Rogleson Albuquerque Brito3 
 
RESUMO 
Introdução: A fibrose cística (FC) é uma patologia hereditária do tipo autossômica recessiva, 
que afeta o gene regulador transmembranar, essa falha faz com que as glândulas secretoras do 
sistema respiratório produzam secreções espessas. A fisioterapia direcionada aos pacientes 
portadores de fibrose Cística,tem como objetivo otimizar ou manter a tolerância ao exercicio, 
aprimorar a higiene brônquica, aumentar ou manter o fluxo pulmonar, otimizar ou manter a 
reexpansão pulmonar, assim diminuindo quadros de dor e dispnéia, prevenindo infecções 
respiratórias Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo principal, realizar uma 
revisão integrativa a cerca dos efeitos da fisioterapia em pacientes acometidos com fibrose 
cística. Método: Trata-se de uma revisão integrativa realizada através de buscas nas bases 
eletrônicas de dados LILACS e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão definidos para a 
seleção dos artigos foram: artigos publicados nos anos 2008 a 2020, sendo em língua 
portuguesa e língua inglesa, disponíveis em texto completo e que retratassem a temática 
proposta.Resultados e Discussão: Os resultados encontrados nos artigos científicos nessa 
revisão mostram a relevância da fisioterapia em pacientes acometidos com fibrose cística, 
comprovando a melhora e manutenção da biomecânica respiratória, além de potencializar a 
eliminação das secreções. Considerações Finais: Pode se concluir que portadores de fibrose 
cística têm altas decorrências negativas, provenientes do seu diagnóstico. Dessa forma a 
intervenção fisioterapêutica se faz fundamental, trazendo benefícios e favorecendo uma 
melhora no quadro do paciente, sendo realizado por meio de diferentes modalidades. Vale 
ressaltar que no momento são poucos estudos sobre os efeitos da fisioterapia em pacientes 
com fibrose cística, diante disso sugerem-se novas pesquisas sobre o tema, a fim de 
demonstrar novas perspectivas e terapêuticas para esse público, podendo assim proporcionar 
um melhor tratamento. 
 
Palavras-chave: Fibrose Cística. Modalidades de Fisioterapia. Terapêutica. 
 
INTRODUÇÃO 
A fibrose cística (FC) é uma patologia hereditária do tipo autossômica recessiva, que afeta o 
gene regulador transmembranar, essa falha faz com que as glândulas secretoras do sistema 
respiratório produzam secreções espessas. O mau funcionamento desse sistema faz com que 
tenha uma retenção desse muco, dificultando a depuração das vias aéreas, acarretando em 
infecções provenientes da FC. (FEITEN et al. 2016) 
Complicações são decorrentes de portadores de FC, causada por mutações somente em um 
gene no cromossomo 7, a partir desse defeito, acaba codificando a proteína CFTR, que é 
 
1 Discente do Curso de Fisioterapia, UniFanor | Wyden, karinnycastro28@hotmail.com 
2 Discente do Curso de Fisioterapia, UniFanor | Wyden, jennifer.melo89@hotmail.com 
3 Docente do Curso de Fisioterapia UniFanor | Wyden, rogleson.brito@unifanor.edu.br 
responsável por realizar o transporte de cloro intracelular, elevando uma maior concentração 
de eletrólitos no suor. As alterações na via respiratória superior é a principal causa de 
morbidade e mortalidade. (FEITEN et al. 2016) 
O desenvolvimento da FC gera uma diminuição da força muscular, posteriormente uma 
diminuição da função pulmonar, podendo contribuir para uma fadiga durante exercícios e 
atividades diárias, podendo provocar uma hipotrofia e depleção nutricional. (FRANCO, 2014) 
Segundo Mattos (2008) A incidência estimada é de 1:3.000 nascidos vivos entre caucasianos, 
caindo para 1:17.000 entre afroamericanos e para 1:90.000 entre asiáticos. A 
morbimortalidade é alta, com somente 34% dos acometidos, chegando à idade adulta e menos 
de 10% ultrapassando os 30 anos de idade. 
O exame mais comumente utilizado para o diagnostico da FC é o teste do pezinho, sendo 
realizado nos primeiros dias de vida. Pode-se prosseguir assintomático por vastos períodos, ou 
apresentam infecções respiratórias de repetição evoluindo com pneumonia. (MATTOS, 2008) 
A terapêutica utilizada inicialmente contém, antibioticoterapia, higiene das vias aéreas, 
exercício físico, uso de agentes mucolíticos, broncodilatadores e agentes antiinflamatórios, 
suporte nutricional e oxigenoterapia. (FEITEN et al. 2016) 
A fisioterapia direcionada aos pacientes portadores de fibrose Cística tem como objetivo 
otimizar ou manter a tolerância ao exercício, aprimorar a higiene brônquica, aumentar ou 
manter o fluxo pulmonar, otimizar ou manter a reexpansão pulmonar, assim diminuindo 
quadros de dor e dispnéia, prevenindo infecções respiratórias. (MATTOS, 2008) 
Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo principal, realizar uma revisão 
integrativa a cerca dos efeitos da fisioterapia em pacientes acometidos com fibrose cística. 
 
 
MÉTODO 
Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de maio a junho de 2020. Onde feito 
através de buscas nas bases eletrônicas de dados: Google Acadêmico e MEDLINE (Literatura 
Internacional em Ciências da Saúde). No qual foram utilizados para a busca dos artigos os 
seguintes descritores: Fibrose Cística, Modalidades de Fisioterapia, Terapêutica. Os critérios 
de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos publicados nos anos 2008 a 
2020, sendo em língua portuguesa, disponíveis em texto completo e que retratassem a 
temática proposta. Como critérios de exclusão, artigos que não estivessem dentro dos padrões 
de avaliação completa, resumos e artigos não disponíveis para leitura completa e que não 
retratassem a temática do trabalho. Foram encontrados 838 estudos, a partir dos descritores 
utilizados, sendo 547 publicados no Google Acadêmico, e 291 na MEDLINE. Após a leitura 
dos estudos, foram analisados os títulos e resumos disponíveis na base de dados, em seguida, 
a partir dessa leitura, foram coletados 45 estudos. Fez-se, então, a leitura completa das 45 
publicações, das quais 30 (13,5%) se encontram no Google Acadêmico, já 15 (6,75%) na 
MEDLINE, e desse quantitativo apenas 3 se adequaram a todos os critérios de inclusão 
mencionados anteriormente. As informações extraídas dos artigos serviram para compor a 
tabela dos resultados contendo: título/autor/ ano, objetivo, intervenção, resultado/desfecho. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A tabela 01 expõe as informações recolhidas dos artigos que serviram para compor as 
informações seguintes: título, autor, ano; objetivo; intervenção; resultado, desfecho. 
Tabela 01 Observação descritiva dos estudos randomizados, publicados entre 2008 e 2017. 
 
Titulo/Autor/Ano Objetivo Intervenção Resultado/Desfecho 
 
Fisioterapia respiratória: 
um problema de crianças e 
adolescentes com fibrose 
cística 
 
Feiten et al. (2016) 
 
 
 
 
 
 
O objetivo deste estudo 
é avaliar o grau 
de adesão à fisioterapia 
respiratória 
 
 
 
A amostra 
do estudo foi constituída 
por crianças e adolescentes 
com diagnóstico de FC de 
acordo com os critérios de 
um consenso, 
com idade entre 6 e 17 
anos, onde respondia a um 
questionário de adesão ao 
tratamento 
fisioterapêutico. 
 
Como conclusão, o 
presente estudo revelou 
que 
59% dos pacientes com 
FC na faixa etária 
estudada 
tiveram alta adesão à 
fisioterapia, enquanto 
aproximadamente 41% 
não conseguiam seguir 
regularmente as 
recomendações de 
tratamento, apresentando, 
como 
principais motivos para a 
não realização da 
fisioterapia, 
compromissos e cansaço. 
 
Efeitos do método Pilates 
na força muscular e na 
função pulmonar de 
pacientes com fibrose 
cística. 
 
Franco et al. (2014) 
 
 
O presente estudo teve 
como objetivoprimário 
analisar os resultados, 
antes e após a 
intervenção, do 
comportamento da FMR, 
através da medição da 
PImáx e da PEmáx; 
como objetivo 
secundário, foi utilizado 
a PFP para avaliar CVF 
e VEF 
 
Realizou-se um ensaio 
clínico em 19 pacientes 
com diagnóstico de FC, 
com idade variando de 7 a 
33 anos, de ambos os 
sexos. Todos os pacientes 
foram submetidos a 
sessões do método Pilates 
uma hora por dia, uma vez 
por semana, durante 16 
semanas. 
 
Houve ganhos da FMR, 
com aumento significativo 
na PImáx nos pacientes do 
sexo masculino após a 
intervenção, enquanto 
houve aumentos 
significativos na PImáx e 
PEmáx nos pacientes do 
sexo feminino, no qual 
apresentaram diferenças 
significativas em relação 
CVF e VEF1. 
 
Fisioterapia nas 
complicações respiratórias 
da fibrose cística: Relato 
de caso. 
 
Mattos. (2008) 
 
 
 
O presente estudo tem 
por objetivo principal 
descrever o tratamento 
fisioterapêutico em 
criança fibrocística 
durante sua internação 
hospitalar. 
 
Foram realizados: 
alongamento 
da musculatura acessória 
da respiração, manobras 
de higiene brônquica 
(MHBs), exercícios 
respiratórios, exercícios 
físicos e atividades 
lúdicas. 
 
Como resultados, houve 
aumento da SapO2 
diária (avaliado por 
oximetria), melhora da 
higiene 
brônquica e do padrão 
respiratório com menos 
uso da musculatura 
acessória, aumento da 
ventilação e melhora da 
tosse . 
Fonte: Elaborado pela autora (2020) 
 
Conforme o estudo de Feiten et al., (2016) a má adesão ao tratamento fisioterapêutico , torna 
dificultoso a qualquer terapêutica escolhida, podendo levar a um maior número de 
hospitalização e assim levando a uma piora na qualidade de vida. Enfatiza que a fisioterapia 
pode beneficiar os indivíduos com FC, sendo as técnicas respiratórias fundamental, devido às 
complicações apresentadas nesta doença. 
Os resultados mencionam que fisioterapia é composta por diversas técnicas, não tendo uma 
modalidade mais efetiva dentre elas, mais sem a colaboração do paciente, qualquer técnica 
torna-se ineficaz para o tratamento, portanto a cooperação é a chave para qualquer 
procedimento. 
O autor Mattos (2008) realizou um estudo de caso, sobre a fisioterapia nas complicações 
respiratórias na FC, onde acompanhou uma paciente pediátrica, de 7 anos, com quadros de 
dispnéia, e alta quantidade de secreção purulenta. No qual traçou um plano terapêutico 
especifico, direcionado a higiene brônquica e reexpansão pulmonar. As técnicas utilizadas 
consistiram em vibrocompressão, manobra da aceleração do fluxo expiratório ativo-assistido 
associado à abertura da glote e técnica de expiração forçada. Os resultados apresentados 
após o plano terapêutico, mostram aumento da saturação, intensificação da expectoração e 
consequentemente diminuição do desconforto respiratório, assim otimizando o fluxo 
respiratório. 
Já Franco et al., (2014) analisaram os benefícios do método pilates em portadores de FC. 
Onde concluíram que o pilates trás benefícios aos acometidos, aumentando significativamente 
a PImáx e PEmáx, potencializando a força muscular respiratória. 
Os resultados encontrados nos artigos científicos nessa revisão mostram a relevância da 
fisioterapia em pacientes acometidos com fibrose cística, comprovando a melhora e 
manutenção da biomecânica respiratória, além de potencializar a eliminação das secreções. 
 
CONCLUSÕES/COSIDERAÇÕES FINAIS 
Pode se concluir que portadores de fibrose cística têm altas decorrências negativas, 
provenientes do seu diagnóstico. Dessa forma a intervenção fisioterapêutica se faz 
fundamental, trazendo benefícios e favorecendo uma melhora no quadro do paciente, sendo 
realizado por meio de diferentes modalidades. Por ser uma patologia que não se tem cura a 
fisioterapia se faz necessária a intervenção fisioterapêutica continuamente para a eliminação 
do muco e aumento e/ou manutenção do fluxo pulmonar, fazendo com que este público tenha 
menos quadros de infecções, podendo assim evitar exacerbações dando assim uma melhor 
qualidade de vida. 
Vale ressaltar que no momento são poucos estudos sobre os efeitos da fisioterapia em 
pacientes com fibrose cística, diante disso sugerem-se novas pesquisas sobre o tema, a fim de 
demonstrar novas perspectivas e terapêuticas para esse publico, podendo assim proporcionar 
um melhor tratamento. 
 
REFERÊNCIAS 
 
FEITEN, Taiane dos santos et al. Fisioterapia respiratória: um problema de crianças e 
adolescentes com fibrose cística. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 42, n. 1, p. 29-34, 
2016. 
FRANCO, Caroline Buarque et al. Efeitos do método Pilates na força muscular e na 
função pulmonar de pacientes com fibrose cística. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 40, 
n. 5, p. 521-527, 2014. 
MATTOS, Daniela Junckes da Silva. Fisioterapia nas complicações respiratórias da fibrose 
cística: Relato de caso. Lecturas: Educación física y deportes, n. 122, p. 16, 2008.

Outros materiais