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Reprodução e ciclo de vida

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Biologia reprodutiva 
Os mamíferos
Enquanto todos os mamíferos apresentam lactação e cuidado parental, os monotremados são únicos, dentre os mamíferos, por botar ovos. Todos os mamíferos crescem a partir de uma esfera de células embrionárias (o blastocisto), o qual forma tanto o embrião quanto o trofoblasto. O trofoblasto é uma diferenciação do tecido extraembrionário, especializado na obtenção de nutrientes no útero para a produção de hormônios sinalizadores no estado da gravidez e, nos térios, para auxiliar o implante do embrião na parede do útero. Todos os mamíferos têm um trofoblasto, mas a distinção entre as camadas celulares internas do blastocisto (formadoras do embrião) e camadas de células externas (formadoras do trofoblasto) são mais diferenciadas nos eutérios do que nos monotremados e nos marsupiais.
As aves
O ciclo reprodutivo das aves está diretamente ligado a fatores ambientais e manejo. São animais dioicos, ovíparos, com fecundação interna e desempenham cuidado parental (em muitas espécies de aves, machos e fêmeas desenvolvem conjuntamente um ninho). O acasalamento é iniciado com o cortejo, normalmente tem-se nesse grupo de animal ocorrência de um processo poligâmico (onde macho combina com mais de uma fêmea) e poliandro (uma fêmea combina com mais de um macho). O sistema reprodutor das aves é morfologicamente semelhante entre as espécies domésticas e selvagens. A determinação sexual nas aves é essencialmente genética, na qual o sexo é determinado no momento da fertilização pela herança de cromossomos sexuais distintos. As aves apresentam uma diferença marcante durante a diferenciação gonadal: é comum o desenvolvimento de uma assimetria gonadal em ambos os sexos, onde a gônada esquerda é, geralmente, maior do que a direita. No entanto, nas fêmeas é comum um padrão de assimetria gonadal extrema decorrente de uma falha durante o desenvolvimento dos ovários: somente o ovário esquerdo e o oviduto associado se desenvolvem e se tornam funcionais. As aves apresentam um sistema reprodutor masculino formado por dois testículos localizados no interior da cavidade abdominal aderidos à parede corporal por uma prega derivada do peritónio chamada mesórquio; um par de pequenos epidídimos e um par de ductos deferentes, fixados à parede dorsal do corpo, desembocando num pequeno falo na região dorso lateral da cloaca, na maioria das espécies. O sistema reprodutor feminino das aves é formado somente por um ovário esquerdo e por um oviduto associado, terminando numa cloaca.
Repteis
As tartarugas marinhas possuem em ciclo de vida longo e complexo, e possuem uma ampla distribuição. Vivem principalmente nas áreas tropicais e temperadas, devido a temperatura mais adequada para a reprodução e maior disponibilidade de alimento.
 Apresentam maturação tardia, cerca de 20 á 30 anos. O tamanho da carapaça não está relacionado a maturidade sexual e o dimorfismo sexual externo e interno só é visualmente verificado quando as tartarugas marinhas estiverem adultas. Os machos apresentam cauda alongada com cerca de 50 cm e cloaca localizada na extremidade da cauda, com gônadas amareladas ou acinzentadas, fusiformes, com unhas maiores e curvadas que auxiliam na reprodução. As fêmeas apresentam cauda curta e cloaca localizada entre a ponta da cauda e o plastrão, as gônadas possuem coloração rosada e textura granular pelo surgimento dos folículos ovarianos. Ao atingirem a maturidade sexual, as fêmeas e machos se deslocam para as áreas de reprodução.
 O acasalamento ocorre aproximadamente dois meses antes do início das desovas. Após copularem, os machos voltam para a área de alimentação e as fêmeas ficam para a desova. As tartarugas marinhas tendem a realizar suas desovas sempre na mesma área. O período entre uma postura e a outra é denominado "intervalo internidal" e costuma ser de 14 dias. As fêmeas não se reproduzem em anos consecutivos e esse intervalo de remigração pode oscilar de 1 a 9 anos. Este período varia entre espécies, podendo aumentar ou diminuir ao longo do tempo devido à disponibilidade de alimento, condições ambientais, distância entre áreas de alimentação e reprodução. Após o nascimento, os filhotes deslocam para os ambientes pelágicos, até atingirem a maturidade. 
A fecundação é interna, a fêmea consegue armazenar o sêmen no oviduto e proceder a fecundação dos óvulos dias ou meses depois da cópula. As fêmeas veem para a costa e enterram seus ovos nas praias ou ambientes arenosos tipicamente á noite e bem longe da linha da maré alta da costa. O processo de desova envolve várias etapas tais como: emergência da fêmea da água, deslocamento até local protegido da ação das marés, preparação do terreno e da “cama”, escavação do ninho, deposição dos ovos, cobertura e camuflagem do ninho e retorno ao mar. No momento da desova a tartaruga fica em uma espécie de transe, e desova cerca de 120 ovos. Depois da desova, o ninho fica de 45 a 60 dias no período de incubação, até o nascimento. As tartarugas exercem considerável cuidado na construção de seu ninho uma vez que os ovos são depositados e cobertos, a fêmea deixa-os.
 
Peixes Ósseos
Nos peixes existe uma diversidade de padrões comportamentais e reprodutivos uma vez que desenvolveram diferentes estratégias de vida, que se ajustam aos diferentes tipos de ambientes e o cuidado parental é um aspeto característico. Em geral os peixes ósseos são dioicos, embora possa haver espécies monoicos. Os peixes podem apresentar dois modos reprodutivos: fertilização externa (90%) e interna. As gônadas são estruturas pares alongadas na região dorsal da cavidade abdominal, entre o sistema digestivo e a bexiga natatória, os testículos são alongados e normalmente lisos o volume varia conforme o estágio de maturação, os ovários são mais volumosos que os testículos em função do desenvolvimento dos ovócitos. Na fertilização externa durante a época reprodutiva os machos e as fêmeas liberam suas gametas na água, onde ocorre a fertilização. Apesar da grande quantidade de ovos formados, há baixa taxa de sobrevivência, o que funciona como meio de controle populacional. Em muitos peixes pode ocorre a desova parcial onde liberam suas gametas em diferentes lotes durante a época reprodutiva e existe outros onde a desova e total caraterizada pela liberação de todos os ovócitos de uma vez só. O desenvolvimento do ovo pode ser dividido em clivagem inicial (formação das primeiras células), embrião inicial (diferenciação do embrião), cauda livre (desprendimento da cauda do vitelo) e embrião final (pronto para eclosão), apresentam um desenvolvimento larvar. O outro modo reprodutivo esta relacionado com a fertilização interna dos óvulos. Para isso, os machos podem ter um órgão copulador em forma de papila ou de gonopódio, ma também pode ocorrer pelo simples contato entre os orifícios genitais.
Peixes cartilaginosos
Todos os peixes cartilaginosos apresentam fecundação interna por meio de órgãos intromitentes dos machos, os clásperes ou mixopterígios que são estruturas pares originadas das nadadeiras pélvicas. As estratégias reprodutivas encontradas entre esses peixes são diversos e incluem oviparidade, viviparidade lecitotrófica na qual os ovos são retidos no interior da fêmea e a nutrição dos embriões depende exclusivamente do vitelo, e viviparidade matrotrófica, na qual os embriões recebem um aporte adicional de nutrientes a partir do organismo materno. Nas espécies ovíparas, o ovo é revestido por uma casca que forma uma cápsula, geralmente contendo projeções para fixá-la ao substrato e o desenvolvimento embrionário ocorre externamente ao corpo da mãe. A casca da cápsula protege o embrião e possibilita as trocas gasosas. Nas espécies ovíparas, a produção de ovos pode ocorrer durante todo o ano. Entre as espécies vivíparas, a maioria apresenta ciclos reprodutivos anuais, enquanto outras apresentam ciclos bienais ou, ainda, de até 5 anos ou mais, ainda a quantidade de embriões produzidos (fecundidade uterina) varia de 2 a 135, sendo a forma mais prolífica o tubarão-azul (Prionaceglauca). Quanto ao comportamento reprodutivo, a cópula geralmente é precedida por comportamentos de corte nupcial, que podem incluir nados sincronizados e mordidas (nipping) do macho na fêmea. Durante a cópula, o macho obtém apoio adicional segurando a fêmea com mordida nas nadadeiras, no flanco ou no abdome. 
Equinodermes
 A reprodução pode ser sexuada ou assexuada, sendo a maioria das espécies dioicas (sexos separados) mas não apresentam dimorfismo sexual a fecundação é externa. Os órgãos sexuais são simples, existindo, geralmente, apenas gônadas sem ductos genitais. O desenvolvimento é indireto, aparecendo em cada classe um tipo característico de larva: bipinária (nas estrelas do-mar), pluteus (ofiúros e ouriço), dolidária (crinoides) e auriculária (pepino-do-mar). A simetria é bilateral nas larvas, passando a radial nos animais adultos. A reprodução assexuada aparece em algumas larvas que se autodividem; além disso, as estrelas-do-mar e o pepino-do-mar têm a capacidade de regenerar partes perdidas. As larvas apresentam a forma plantónica, na fase de juvenil, ao ocorrer a metamorfização adquire assim hábitos bentónicos.
Crustáceos
O ciclo reprodutivo dos crustáceos envolve uma serie de eventos como a ativação da gametogénese, diferenciação, crescimento de gametas, maturação, comportamento reprodutivo associado ao acasalamento, ovulação e desenvolvimento do embrião até a eclosão dos ovos. Geralmente esses animais são dioicos, raramente hermafroditas. A fecundação é interna, com cópula, realizada por meio de gonópodos ou pênis. Os ovos geralmente são transportados pelas fêmeas, ou protegidos em bolsas especializadas. Alguns jovens eclodem com número completo de segmentos do adulto. A maioria eclode como larva náuplio nadante e de vida livre. Alguns realizam reprodução partenogenética e possuem algum cuidado parental: câmaras incubatórias (cladócera), sacos anexos ao abdômen (copépodes) ou carregam os ovos ou juvenis nos apêndices.
 Moluscos
 Os moluscos apresentam reprodução sexuada, com fecundação interna ou externa. A maioria dos moluscos apresenta sexos separados, com exceção dos bivalves que são hermafroditas. Na fecundação externa, os machos liberam os espermatozoides e as fêmeas liberam os óvulos diretamente na água, onde as duas gametas se encontram. No caso da fecundação interna, os espermatozoides são liberados dentro do corpo da fêmea. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, apresentam estágio larval trocófora livre, em alguns casos como (nas ostras há um estágio larval velieger).
Cnidários
Algumas hidromedusas podem gerar descendentes por brotamento a partir do manúbrio ou dos bulbos tentaculares enquanto outras podem sofrer fissão. Um broto desenvolve-se como uma simples evaginação da parede do corpo contendo uma extensão da cavidade gastrovascular. Eventualmente o broto destaca-se da hidra-mãe tornando-se uma hidra independente. Todas as medusas reproduzem-se sexuadamente, sendo a maior parte delas dioicas. Os óvulos e espermatozoides originam-se de células intersticiais epidérmicas ou gastrodérmicas que migram a locais específicos da epiderme, onde aglutinam-se para formar uma gônada. A fertilização pode ser externa ocorrendo na água do mar, sobre a superfície do manúbrio, ou então, ser interna com os ovos iniciando o seu desenvolvimento no interior da gônada. O desenvolvimento embrionário termina numa larva plânula ciliada de vida livre. A plânula adere a um objeto através de sua extremidade anterior e desenvolve numa colónia hidroide. 
Poríferos
As esponjas reproduzem assexuadamente e sexualmente. A reprodução assexual ocorre por meio da formação de brotos e pela regeneração depois da fragmentação. Os brotos externos, após alcançarem um certo tamanho. Podem destacar do organismo parental e flutuar para dar origem a novas esponjas, ou podem permanecer associados à colónia. A maioria das esponjas que reproduzem sexuadamente são monoicas. Os espermatozoides derivam-se da transformação dos coanócitos. A maioria das esponjas são vivíparas. Após a fertilização o zigoto é retido e obtém nutrição no organismo parental, e posteriormente, uma larva ciliada é liberada. Os coanócitos fagocitam o espermatozóide, logo os coanócitos transformam em células transportadoras, que carregam o espermatozóide através do meso-hilo aos oócitos. Outras esponjas são ovíparas, e ambos oócitos e espermatozóides são expelidos na água. A larva livre nadante da maioria das esponjas é um parênquima sólido. As células flageladas dirigidas para o exterior, migram ao interior após o assentamento da larva e transformam-se em coanócitos nas câmaras flageladas.
Angiospermas marinhas
A reprodução desses vegetais é mais comum por propagação de rizomas (crescimento de clones). A espessa rede de raízes e rizomas que a planta possui une os indivíduos e pode dar origem a outros bancos, caso seja levada pelas correntes, garantindo não só a sobrevivência como também a propagação da espécie. As angiospermas marinhas se reproduzem através de polinização enquanto submersas e completam todo seu ciclo de vida debaixo da água. Quando realizam a reprodução sexuada, o fazem através do fenômeno de polinização hidrófila em que o transportador do pólen é a água.
 Macroalgas e algas unicelulares
A reprodução das algas reúne três processos: vegetativo, assexuado e sexuado. O vegetativo envolve divisões celulares do tipo mitose sem ocorrer alterações no número de cromossomos das células. Nas formas multicelulares, a reprodução vegetativa pode ocorrer por fragmentação, em especial nas formas filamentosas. O processo assexuado envolve a formação de células especializadas, os esporos, que podem ser móveis (zoósporos) ou não (aplanósporos). Esses esporos não têm caráter de sexualidade, são formados no interior de esporângios, através de divisões mitóticas, e originam diretamente novos indivíduos. O processo sexuado envolve fusão de gametas com formação de zigoto e algumas vezes de um embrião. As gametas são formadas nos gametângios masculinos, os anterídios ou espermatângios (rodofíceas), e femininos, oogônio e carpogônio (rodofíceas). Podem ser móveis por flagelos (planogametas) ou não (aplanogametas), iguais na forma e no tamanho (isogametas) ou diferentes (heterogametas). A reprodução é isogâmica quando envolve isogametas, oogâmica quando envolve heterogametas. Em alguns representantes, a reprodução sexuada envolve a produção de fases distintas, gametófito (n) e esporófito (2n), que se alternam em ciclos de gerações isomórficas ou heteromórficas. Representantes das rodofíceas podem apresentar ciclo trifásico, sendo uma fase haploide (gametofítica) e duas diploides (carposporofitica e tetrasporofítica). Nas algas unicelulares a reprodução assexuada ocorre por divisão binária, com ocorrência da mitose para efetuar a divisão celular.
Referencias bibliográficas
· Linzey D. W. (2003) Vertebrates biology. 1 eth McGrawHilCompanies.
· Derner, B. R.; Olise, S. (2006). Microalgas, produtos e aplicações. Brasil.
· Benedito, E. (2015). Biologia e Ecologia dos Vertebrados. Rio de Janeiro: Roca.
· Hickman, C. P.; Roberts, L. S. & Larson, A. (2008). Integrated Principles Of Zoology. 14th Ed. New York, McGraw-Hil.
· Bicudo, M. E. C.; Menezes, M. (2010). Introdução as Algas do Brasil. Rio de Janeiro.

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