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AULA 4 PROJETO LUMINOTÉCNICO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Prof.ª Rafaela Scaciota Simões da Silva 2 TEMA 1 – DIALUX EVO – AMBIENTES Anteriormente, vimos qual é o processo completo para desenhar a estrutura da edificação. Nesta aula, o objetivo será criar os ambientes internos das edificações, bem como os ambientes externos. Em seguida, aprenderemos a introduzir portas e janelas no projeto. E, por fim, inserir e importar luminárias. 1.1 Criando ambientes internos Ambientes internos podem ser desenhados de duas maneiras. É possível determiná-los conforme apresentado anteriormente, em que são desenhadas as divisórias quando fazemos o contorno interno do edifício. No entanto, esta não é a melhor forma de criar os ambientes, pois impossibilita a introdução de portas e janelas. Também é importante lembrar que o projeto luminotécnico deve ser desenvolvido para o pior cenário de iluminação, quando portas e janelas estão fechadas e a luz externa é insuficiente para iluminação do ambiente. Utilizar os objetos é o melhor modo de fazer as divisões do ambiente; e os objetos podem ser configurados e deslocados de duas maneiras. A primeira está representada na figura 1. Nesta opção, você arrasta as laterais do objeto para que elas tenham o tamanho necessário. Lembrando de, ao final, determinar o tamanho do objeto sem a altura do piso. Figura 1 – Ambiente interno – opção 1 A segunda opção é apresentada na figura 2, em que é possível desenhar o objeto do tamanho determinado utilizando as arestas de um objeto qualquer. 3 Sendo assim, deslocam-se as arestas para os pontos necessários, formando o novo objeto. Lembre-se de que é preciso verificar o tamanho do objeto. Figura 2 – Ambiente interno – opção 2 1.2 Criando ambientes externos Ambientes externos podem ser criados por meio de um edifício já construído ou podemos somente criar um ambiente externo. Pela figura 3, é possível verificar os passos a serem tomados para inserir um ambiente externo. Figura 3 – Ambiente externo Como pode ser verificado na figura 3, é necessário voltar ao ícone que utilizamos para construir a edificação e escolher que tipo de elemento de solo você deseja desenhar. O elemento de solo que pode ser utilizado de diversas maneiras é o solo poligonal. Após termos o solo desenhado, é necessário definir o 4 alinhamento da edificação, como mostrado na figura 4. O alinhamento da edificação é importante para termos uma noção de quanto à luz da lua interferirá no projeto luminotécnico final. Também é possível inserir todo tipo de objeto no ambiente externo. No próprio DIALux existem carros, pessoas, placas de trânsito, bancos de praça, entre outros elementos, os quais podem influenciar a iluminação de ambientes externos. A inserção de pavimentos no Dialux é feita por meio da duplicação de um pavimento já existente ou da determinação inicial de mais de um pavimento logo no início do projeto. Lembrando que a estrutura externa de todos os pavimentos será a mesma. A estrutura interna, feita com base em objetos, pode ser modificada conforme o necessário para os demais pavimentos. Figura 4 – Alinhamento de edificação TEMA 2 – DIALUX EVO – INSERINDO PORTAS, JANELAS E TEXTURAS 2.1 Inserindo portas e janelas Com o projeto já importado para o DIALux, é mais fácil determinar onde serão inseridas as portas e janelas. A figura 5 apresenta o ícone que direciona para o catálogo disponível de porta e janelas, e exportar arquivos com diferentes tipos de portas e janelas. No entanto, isso faz com que o projeto fique maior, pois esses arquivos nem sempre são otimizados para o Dialux. Depois de decidido qual será usada, é preciso clicar no ícone desenhar nova abertura da edificação e clicar nos extremos do desenho da janela. A aparência final desta parte de estrutura do projeto pode ser vista na figura 6. 5 Figura 5 – Inserindo portas e janelas Figura 6 – Projeto com portas e janelas Elementos vazados podem ser incluídos por meio da inserção de janelas nos locais. Elementos zenitais e vazados não são encontrados no programa. Sendo assim, é possível adaptar a incidência de luz natural por meio destes elementos utilizando janelas. 2.2 Determinando materiais, texturas e cores (cor das superfícies) A reflexão da cor de pisos e paredes é uma variação na hora de fazer o projeto luminotécnico de um ambiente. Sabe-se que, em um ambiente muito escuro, a luz não reflete tanto quanto em um ambiente claro. É necessário observar cada ambiente separadamente e de acordo com a coloração de todo o ambiente. 6 A figura 7 apresenta o ícone do âmbito de construção em que se encontram os materiais referentes a superfícies. Neste item, é possível criar uma paleta de cores e texturas ou utilizar os materiais já existentes no catálogo, como mostra a figura 8. Figura 7 – Determinação de superfícies Após escolher o material a ser utilizado, é possível designar esse material, selecionando-o e clicando no ícone que aparece dentro do quadro azul da figura 8. E, depois, selecionar a superfície em que este material se encontra. Figura 8 – Catálogo de cores e materiais Fonte: DIALux Software. É possível determinar um material para cada parede e superfície. Vale É interessante também dar uma olhada no grau de reflexão e no espelhamento. 7 Quando for necessário um piso em cada ambiente, orienta-se agregar ao projeto o piso como um objeto para determinar o material de cada piso. TEMA 3 – DIALUX EVO – LUMINÁRIAS 3.1 Inserindo, modificando e orientando luminárias Agora começaremos a decidir qual será a luminária utilizada para cada ambiente. No entanto, precisamos do arquivo.ies da lâmpada para que o projeto tenha veracidade de acordo com a curva de distribuição isométrica de cada lâmpada. O arquivo.ies pode ser obtido online. Por meio de alguns sites, é possível obter o arquivo.ies desejado no próprio catálogo online. Algumas empresas não têm curva.ies de qualquer uma das suas luminárias, mas é possível utilizar uma curva que tenha as mesmas especificações que a luminária desejada para fazer os devidos cálculos do projeto. Antes de iniciarmos a inserção do arquivo no programa DIALux, vamos entender o que sabemos sobre lâmpadas. A figura 9 nos ajudará a entender quais especificações aparecem nos sites e catálogos, e quais destas especificações são realmente importantes para o projeto. Pela figura 9, começaremos com o quadro preto, que contêm a foto da lâmpada a ser utilizada. Logo abaixo, no quadro vermelho, temos as especificações físicas desta lâmpada e a comparação com outros tipos que ela pode substituir. Tal comparação é feita em quantidade de lumens por watts, mais conhecida como eficiência luminosa. O aumento da eficiência luminosa representa mais luz em um ponto utilizando menos potência. Créditos: Brovko Serhii/Shutterstock. 8 Figura 9 – Descrições da lâmpada Bulbo de LED Fonte: Mundial Lux, 2017. O quadro azul apresenta algumas informações técnicas, como a base do bocal desta lâmpada, o índice de reprodução de cor, a potência, o ângulo do facho de luz, o fluxo luminoso, a temperatura de cor, entre outras informações. Essas informações são essenciais para a comodidade e para a funcionalidade do projeto. No quadro verde, tem-se a curva de distribuição fotométrica obtida pelo goniofotômetro, também utilizada no arquivo.ies. E, por último, tem-se a relação de iluminância e altura da lâmpada em relação ao objeto. Conforme maior a distância, menor é a quantidade de lux em um raio determinado. Figura 10 – Importando arquivos.ies Fonte: DIALux Software. 9 Agora, inicia-se o processo de importar o arquivo.ies e utilizá-lo no programa DIALux (conforme figura 10). É preciso ir até a aba Luz e, no primeiro ícone à esquerda, importar os arquivos de luminárias. Logoque importado o arquivo, temos as informações da mesma logo abaixo. É também possível alterar a lâmpada no botão selecionar, pois lá estão todas as lâmpadas que foram exportadas para o DIALux. Figura 11 – Disposição das lâmpadas no projeto Fonte: DIALux Software. Na figura 11, apresentamos as etapas referentes à disposição das luminárias. Após selecionada a luminária que será utilizada, é preciso determinar o tipo de disposição que será feito com esta lâmpada. Os tipos de disposições que podemos ter com o programa estão destacados pelo quadrado vermelho. Cada disposição tem um tipo de distribuição que pode ser feita. No caso da distribuição retangular, é possível decidir quantas lâmpadas teremos no eixo X e no eixo Y. Também é possível obter um cálculo aproximado de lux, obtido por cada distribuição determinada. Algumas vezes, é necessário utilizar outra lâmpada ou verificar sua eficácia em relação à outra lâmpada, com isso é preciso substituir a lâmpada já existente por outra, usam-se então os ícones dentro da caixa azul para esta necessidade. Quando substituída a lâmpada, esta continuará tendo a mesma disposição que a anterior. Ao final desta aula, temos a edificação finalizada e a análise do posicionamento das luminárias, conforme a quantidade de lux, referente a cada ambiente em particular, podendo ser observada a evolução na figura 12. 10 Figura 12 – Projeto luminotécnico É possível adicionar a iluminação natural de acordo com as coordenadas geográficas de onde o projeto será implantado. Com isso, é possível avaliar a necessidade de iluminação artificial de acordo com a quantidade de luz produzida somente com a iluminação artificial. TEMA 4 – DIALUX EVO – MALHA DE CÁLCULO 4.1 Definindo pontos e áreas de cálculo Logo de início, é necessário determinar a malha de cálculo em cada ambiente. Na figura 13, é possível observar em qual ícone superior e em qual ícone esquerdo está a inserção da malha de cálculo. O ícone objeto de cálculo poligonal disponibiliza que o usuário determine as extremidades da malha de cálculo, como mostra a figura 14. 11 Figura 13 – Cálculo luminotécnico Fonte: DIALux Software. Lembre-se de que a malha de cálculo deve ser feita tirando os objetos. A luz que se encontra abaixo dos objetos não é a intensidade que queremos. Então, se colocarmos a malha de cálculo no nível do chão, devem-se contornar os objetos. No entanto, a malha de cálculo, na maioria das vezes, é colocada de 80 cm a 1 metro acima do chão. Isso ocorre pois necessitamos determinar a quantidade de luz em cima do objeto onde o usuário mais necessita da luz. Figura 14 – Inserindo malha do cálculo luminotécnico Fonte: DIALux Software. A malha de cálculo, na maioria das vezes, é desenhada nos extremos do ambiente. No entanto, são raros os ambientes que precisam de luz nos extremos. 12 Sendo assim, tende-se a diminuir a malha de cálculo nas laterais de 50 cm a 1 metro em cada lateral, dependendo do tamanho do ambiente. Essas modificações podem ser feitas utilizando as áreas destacadas na figura 15. A área em verde mostra a malha de cálculo criada. Ao selecionar uma malha de cálculo, é possível fazer várias alterações contidas no quadro verde. A alteração que queremos é determinada no ícone de posicionamento. Então, o quadro vermelho, neste item, apresenta a altura, em relação ao chão, da malha de cálculo. E no quadro azul estão as dimensões da malha de cálculo. Lembre-se de alterar as dimensões de maneira uniforme. Se deseja 50 cm a menos em cada lado, deve diminuir 1 metro no ícone referente à dimensão da malha de cálculo. Figura 15 – Cálculo luminotécnico Fonte: DIALux Software. TEMA 5 – DIALUX EVO – CÁLCULOS 5.1 Realizando os cálculos Após as definições das malhas de cálculo, é possível iniciar os cálculos. A figura 16 apresenta dois tipos diferentes de ajuste de cálculo que podem ser selecionados. O primeiro, denominado Padrão, faz o cálculo para os ambientes do seu projeto. Já o segundo, conhecido como Rápido, realiza o cálculo luminotécnico somente para um andar por vez. A grande diferença é na demora dos cálculos para um grande projeto, mas os cálculos para o mesmo ambiente feito pelas duas definições apresentam o mesmo resultado. Determinada a 13 definição desejada, inicia-se o cálculo no ícone que está no quadrado vermelho, na figura 16. Figura 16 – Cálculo luminotécnico Fonte: DIALux Software. Nesta aula, continuamos o exercício inicializado anteriormente. Finalizaremos todo o exercício mais adiante, com a obtenção do relatório final. 14 REFERÊNCIAS ARQUIVOS IES. LUMICENTER Lighting. Disponível em: <http://www.lumicenteriluminacao.com.br/downloads/arquivos-ies-c2/>. Acesso em: 02 jul. 2019. CATÁLOGO de produtos. Itaim Iluminação. Disponível em: <http://www.itaimiluminacao.com.br/catalogo/index/uso/99>. Acesso em: 02 jul. 2019. CATÁLOGO de produtos. Stella. Disponível em: <https://stella.com.br/produto/>. Acesso em: 02 jul. 2019. DIAL. DIALux Software. For lighting designer and manufacturer. Disponível em: <https://www.dial.de/en/dialux/>. Acesso em: 02 jul. 2019. SOFTWARE de simulação de iluminação. Philips. Disponível em: <http://www.lighting.philips.com.br/suporte/suporte-para-produtos/dialux-e- outras-transferencias>. Acesso em: 02 jul. 2019. https://stella.com.br/produto/ http://www.lighting.philips.com.br/suporte/suporte-para-produtos/dialux-e-outras-transferencias http://www.lighting.philips.com.br/suporte/suporte-para-produtos/dialux-e-outras-transferencias
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