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Pintura Automotiva Colorimetria Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional © SENAI-SP, 2004. Capa – Imagem CESVI Brasil Coordenação Osney Seri Equipe de elaboração Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Projeto e revisão técnica Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Paulo da Costa Hantke-CMFP 1.65 Alexandre Felske da Silva-CFP 1.13 Elaboração Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Equipe de editoração Assistência Editorial Planejamento visual Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Revisão Paulo da Costa Hantke-CMFP 1.65 Norma Lucia Barbosa-CFP 1.13 Ilustração Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Diagramação Digitalização Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 Produção gráfica SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Centro Móvel de Formação Profissional Al. Barão de Limeira, 539 - 1º andar -Campos Elíseos São Paulo - SP CEP 01202-902 Telefone Telefax SENAI on-line (11) 3273 - 5150 (11) 3273 - 5161 0800 - 55 - 1000 E-mail Home page cmfp@sp.senai.br http:// www.sp.senai.br Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional Sumário 1 – Cuidados necessários com a segurança no trabalho: 1.1 – Equipamentos de proteção 07 1.2 – Normas de segurança 08 1.3 – Quando a proteção falha 09 1.4 – Normas gerais de segurança 13 2 – A tinta 2.1 – O que é tinta? 17 2.2 – Composição básica da tinta 18 2.3 – Denominação da tinta 19 3 – A cor 3.1 – A teoria da cor e o mundo em que vivemos 21 3.2 – A cor na nossa vida 21 3.3 – Teoria da luz e cor 25 3.4 – Pigmentos 29 3.5 – Metameria 33 3.6 – Limitantes 35 4 – Variação de cor 4.1 – Variação de cor 37 4.2 – Principais causas da diferença de tonalidade 38 4.3 – Cuidados para uma boa reprodução de cor 41 5 – Cores primárias e secundárias 5.1 – Cores primárias 43 5.2 – Cores secundárias 43 5.3 – Mistura de cores 44 5.4 – Técnica das cores opostas 45 5.5 – Círculo cromático e tendência da cores 48 6 – Cores metálicas 6.1 – Tipos de alumínio 49 6.2 – Tipos de pérolas 50 6.3 - Problemas com o pigmento branco 51 6.4 – Aditivos 51 6.5 – Dez dicas para uma boa reprodução de cor 53 7 – Referências bibliográficas 55 8 – Anexos 57 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional Apresentação Caro Aluno, Este curso tem como objetivo oferecer ao profissional do ramo de Pintura Automotiva, treinamento voltado à prática e à simulação de situações vividas no dia-a-dia no ambiente de trabalho. Com o auxílio dos conhecimentos adquiridos neste curso, você aprimorará seus conhecimentos em relação a cores e ajustes de tonalidades, aumentando a qualidade do serviço de pintura. Para isso, você receberá informações importantes que o levarão a conhecer melhor as novas técnicas de manuseio e aplicação, além de ressaltar a importância da mão-de- obra treinada e qualificada. Bom proveito! Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 7 Cuidados Necessários com a Segurança no Trabalho EPI´s são equipamentos de proteção individual e obrigatórios para uso dos profissio- nais no ramo de pintura automotiva e se usados de maneira correta, previnem aciden- tes e preservam a saúde. EPI PROTEÇÃO CONTRA OPERAÇÃO Respirador semifacial Fumos de soldagem, poeiras (tóxicas ou atóxicas) vapores de tintas, solventes, thinners e névoas. Soldagem, lixamento, esmerilhamento, pin- tura e polimento. Respirador facial Solventes, poeiras, névoas e vapores. Pintura em cabine. Máscara facial Poeiras, névoas e fumos. Pintura, soldagem. Óculos de segurança Partículas volantes, respingos de produtos químicos. Soldagem, lixamento, esmerilhamto, aplica- ção de produtos quí- micos, pintura. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 8 Luvas Agentes químicos, agentes térmicos e agentes abrasivos, escoriantes, perfurantes e cortantes. Soldagem, lixamento esmerilhamento, apli- cação. Protetor Auditivo Ruídos Lixamento, esmerilhamento, corte de chapas metálicas. Macacão de segurança Respingos de produtos químicos. Pinturas e outras aplicações que envolvam a aplicação e manuseio de produ- tos químicos. Sapatos de segurança Queda de objetos e produtos químicos, é necessário solado antiderrapante Pintura, mecânica, área de funilaria. É IMPORTANTE LEMBRAR QUE: TODOS OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL DEVEM TER UM CERTIFICADO DE APROVAÇÃO (CA) FORNECIDO AO FABRICANTE PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO A preocupação com a saúde do trabalhador contra agentes contaminantes presen- tes no ambiente, não deve ficar apenas no campo de proteção, seja ela individual ou coletiva. O ambiente de trabalho deve ser amplo, limpo, e bem iluminado. TIPO OPERAÇÃO GERADORA DESCRIÇÃO RISCOS CAUSADOS PROTEÇÃO NECESSÁRIA Poeira Esmerilhameto, lixamento, desbaste, corte, varrição do chão. Partículas sólidas em suspensão no ar Dificuldades respiratórias. Sistema de ventilação com exaustores; EPI: proteção respiratória e proteção facial. Fumos Soldagem e fusão de mate-riais. Partículas metálicas suspensas no ar e criadas por aqueci- mento de metais. Irritação das vias respiratórias, pele e olhos, dermatites, febre de fumo metálico, efeito sobre os pulmões, rins e ossos, edema pulmonar, pneumonia. Sistema de ventilação com exaustores; EPI: proteção respiratória e proteção facial. Névoas Atomização e condensação de pulverização (pintura com revólver). Partículas de materiais líquidos suspensas no ar. Dificuldades respiratórias, Irritação das vias respiratórias e olhos, tontura, dor de cabeça e náusea. Sistema de ventilação com exaustores; EPI: proteção respiratória. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 9 Gases Soldagem Substâncias em forma de gás dispersas no ar, na temperatura ambiente e normal- mente invisível a olho nu. Dificuldade respiratória irritação de olhos e nariz, tontura, dores de cabeça e náusea. Sistema de ventilação com erxaustores; EPI: proteção respiratória e proteção facial. Vapores Pintura, limpeza, decapagem, desengraxe Substâncias evapora- das de líquidos do tipo solvente, thinner e gasolina Irritação nos olhos e nariz, Tontura, dor de cabeça, náusea, desmaio; a exposi - cão prolongada pode causar danos irreversíveis aos pulmões. Sistema de ventilação com exaustores; EPI: proteção respiratória. Ainda sobre o ambiente de trabalho, a Portaria nº 3214 do Ministério do Trabalho determina que, em cada posto de trabalho numa oficina de pintura deve ter uma ilumi- nação mínima de 1000lux. E deve ter instalados equipamentos de proteção coletiva representados por um sistema de ventilação, com exaustores e filtros adequados para captação e retenção de gases, vapores e partículas presentes no ambiente de trabalho do profissional de pintura. Mas, estes equipamentos apenas conseguem diminuir as quantidades de contaminantes do ar sem eliminá-los totalmente. Quando a proteção falha! Como já foi explicado anteriormente, a oficina de pintura automotiva apresenta conta- minantes que ameaçam diariamente a saúde do profissionalquando manuseia tintas, solventes e outros produtos químicos, sem os quais não poderá realizar seu trabalho. Portanto, o profissional de pintura está constantemente exposto a estes contaminan- tes, que podem provocar intoxicações, devido a inalação e a absorção pela pele. Por isso, as latas de tintas, solventes e outros produtos químicos usados no processo de pintura devem ser armazenados, sempre tampados, em locais separados, próprios e adequados, organizados e ventilados, protegidos assim contra faíscas e altas tempe- raturas. Deve-se ficar claro aos funcionários da oficina que, nesse local de armazenamento, é expressamente proibido fumar, comer ou beber, afixando-se cartazes em locais bem visíveis. ATENÇÃO O AVISO DE “PROIBIDO FUMAR” TAMBÉM DEVE ESTAR PRESENTE NAS ÁREAS RESERVADAS À PINTURA Os riscos de intoxicação podem ser prevenidos também, desde que o profissional co- nheça todas as informações de segurança e manuseio descritas, sucintamente, nas embalagens dos produtos. Fonte: BARROS, Edson. Aumenta a necessidade de proteção respiratória nas oficinas. Revista Funilaria & Pintura, São Paulo nº 7, p. 4-6, set. 2002 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 10 Por isso, é importante ter acesso a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos, exigência do Decreto 2657/98), que tem justamente a função de fornecer informações detalhadas sobre eles. É possível conseguir essa ficha, entrando em contato com os departamentos de assistência técnica das empresas fabricantes de tintas, solventes e outros produtos químicos usa- dos no processo de pintura. Essa ficha é elaborada de acordo com a Norma ISO 110014-1 e contém as seguintes informações: • identificação do produto e da empresa fabricante; • composição, informações sobre ingredientes; • identificação de risco; • medidas de primeiros socorros; • medidas de combate a incêndios; • medidas em caso de vazamento / derramamento; • transporte, manuseio e armazenamento; • controle de exposição / proteção pessoal; • propriedades físico-químicos; • estabilidade e reatividade; • toxicologia; • informações referentes a ecologia; • descarte; • transporte; • regulamentação pertinente; • outras informações. Na atividade diária do profissional de pintura, a embalagem do produto é a primeira fonte de informação. A leitura atenta das informações contidas nela pode evitar alguns acidentes como, confusões e erros de manipulação e, ainda: • ajudara a organizar a prevenir, garantindo o conjunto de informações relevantes para a segurança e proteção da saúde de quem manuseia o produto; • ser um guia para a compra do produto; • é importante em caso de acidentes; • orientar sobre a gestão dos resíduos e a proteção do ambiente. Seu rótulo deve conter as seguintes informações redigidas em língua portuguesa: • nome da substância ou seu nome comercial; Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 11 • dados do fabricante, importador ou distribuidor com endereço comercial, telefo- ne, endereço eletrônico, etc.; • símbolos e indicações de perigo para o manuseio e uso da substância e suas preparações; • orientações de como proceder em caso de intoxicação acidental; • prazo de validade do produto. O rótulo pode apresentar, também, símbolos que indicam o grau de periculosidade do manuseio e uso do produto. Veja tabela a seguir. SIGNIFICADO SÍMBOLO DESCRIÇÃO DOS RISCOS Tóxico Substâncias e preparações tóxicas e nocivas que apresentam, mesmo em pequenas quantidades, um perigo para a saúde. Nocivo Produtos que penetram no organismo por inalação, por ingestão ou através da pele. Inflamáveis Produtos facilmente inflamáveis que se incendeiam em presença de uma chama, de uma fonte de calor (superfície quente) ou de uma fagulha. Corrosivo Substâncias corrosivas que danificam gravemente os tecidos vivos e atacam igualmente os materiais, a reação pode ser devido a presença de água ou de umidade. Explosivos Produtos que podem explodir em presença de fontes de calor, choques ou atrito. Perigo para o ambiente Substância muito tóxica para a vida aquática, tóxicas para a fauna, perigosas para a camada de ozônio. Fonte ABNT.NBR 7500 Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. Rio de Janeiro, abr., 2001 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 12 Deve-se tomar os seguintes cuidados com as embalagens, como também com os rótu- los (pela importância das informações neles contidas): • nunca retire os rótulos das embalagens; • nunca reutilize as embalagens de produtos químicos; • verifique as condições das embalagens (ferrugem, furos, amassados, etc.) an- tes de manuseá-las. • nunca abra tambores com auxílio de maçarico (gerador de calor) ou talhadeira (geradora de faísca), principalmente aqueles que contêm produtos inflamáveis. Alguns fabricantes de tintas e produtos para pintura têm parceria com o CEATOX- (Centro de Atendimento Toxicológico), localizado no Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP, no Complexo do Hospital das Clínicas em São Paulo. Por esta razão, apresentam em suas embalagens os telefones de contato com o centro. Anote- os e mantenha-os sempre em local de fácil acesso. O objetivo do CEATOX é fornecer informações especializadas sobre intoxicações agu- das ou crônicas, acidentes intencionais ou ocupacionais, causados por medicamentos, produtos químicos, plantas e drogas. ATENÇÃO: EM CASO DE UMA EMERGÊNCIA PROVOCADA PELA EXPOSIÇÃO A ALGUM TIPO DE PRODUTO QUÍMIICO, A VÍTIMA DEVERÁ SER REMOVIDA IMEDIATAMENTE PARA A UNIDADE MAIS PRÓXIMA DE PRONTO SOCORRO. A EMBALAGEM DO PRODUTO CAUSADOR DO ACIDENTE TAMBÉM DEVERÁ SER LEVADA, POIS CONTÉM. INFORMAÇÕES SOBRE O TIPO DE SUBSTÂNCIA TÓXICA, QUE SERAO IMPORTANTES PARA O TRATAMENTO DA VÍTIMA. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 13 Normas de segurança Cuidados no ambiente de trabalho INCÊNDIO Nas áreas reservadas às operações de pintura, seja em uma grande empresa ou em oficinas, em geral, devem ser garantidas as seguintes condições: • não haver acúmulo de lixo pelos cantos; • não improvise instalações elétricas; • não permita que as pessoas fumem; • utilize exaustores na ventilação local para impedir a concentração de solventes, que são fontes potenciais de ignição, o que traz riscos de explosão e incêndio; • mantenha a área distante de risco de ocorrência de faísca, altas temperaturas ou chama (pintura separada da funilaria); • mantenha saídas de emergência desobstruídas e devidamente sinalizadas; • dispor de equipamentos de combate a incêndio(extintores) em boas condições de uso; • mantenha bem fechadas as latas de tintas, solventes e outros produtos infla- máveis imediatamente após o uso e mantenha-as guardadas em local protegi- do do calor e afastado da área de pintura; • mantenha os funcionários treinados nos procedimentos contra incêndio e utili- zação correta dos extintores. Por isso, os hidrantes (dependendo do tamanho da oficina) e os extintores de incêndio são obrigatórios e indispensáveis nesses locais e devem ser carregados anualmente e vistoriados mensalmente. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 14 Veja no quadro abaixo o tipo de extintores e o tipo de emergência(classe de fogo) em que deve ser usado: TIPO DE EXTINTOR CLASSE DE FOGO CARACTERÍSTICAS ÁGUA PRESSURIZADA Apaga o fogo por resfri- amento. A papel, tecido, madeira, plástico Materiais que queimam na superfície e em profundidade e deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão) Pó QUíMICO Apaga o fogo por abafamento. B óleo, solventes, gasolina, querosene, etc. Materiais que queimam somente na superfície e não deixam resíduos quando queimados.GÁS CARBôNICO Apaga o fogo por abafamento. C equipamentos elétricos energizados. Equipamentos elétricos, máquinas, fiações, e quadro de força. Quando desligados, o fogo passa a ser de classe A, podendo ser também usado na classe B. O Corpo de Bombeiros faz as seguintes recomendações quanto ao uso e manuseio dos extintores: • aprender a usar os extintores de incêndio; • conhecer os locais onde estão instalados os extintores e outros equipamentos de proteção contra fogo; • nunca deixar obstruído o acesso aos extintores ou hidrantes; • não retirar lacres, etiquetas ou selos colados ao corpo dos extintores; • não mexer nos extintores de incêndio e hidrantes, a menos que seja necessário a sua utilização . O local do extintor deve ser bem sinalizado com placas, descrevendo o tipo de cada um ( água pressurizada, pó químico ou gás carbônico). Se, apesar de todas as providências preventivas, ainda assim, ocorrer um incêndio, deve-se: 1. Avise imediatamente as pessoas que estão próximas do fogo. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 15 2. Inicie o mais rápido possível o combate às chamas, utilizando o extintor ade- quado. 3. Se, após 2 minutos, o fogo não estiver controlado, avise imediatamente a bri- gada de incêndio, cujo telefone deve estar sempre em local disponível e de fácil acesso. HIGIENE Locais com boa higiene e limpeza, além de proporcionar um ambiente de trabalho sau- dável para os profissionais que nela trabalham, confere confiabilidade ao trabalho que lá será executado, agregando valor ao serviço prestado ao cliente. Os profissionais também devem estar com uniformes limpos e usando os equipamen- tos adequados de proteção individual, o piso da área de trabalho também deve ser antiderrapante e esse deve estar limpo e isento de substâncias escorregadias, a fim de proteger as pessoas contra o risco de acidente. ATENÇÃO O LIXO BEM COMO OS PAPÉIS, PLÁSTICOS E OUTROS MATERIAIS QUE PEGAM FOGO FACILMENTE, DEVEM FICAR DENTRO DE LATÕES TAMPADOS, AFASTADOS DA ÁREA DE PINTURA. OS PEDAÇOS DE PANO, TRAPOS E ESTOPAS EMBEBIDOS EM TINTA, SOLVENTE, GASOLINA OU OUTROS PRODUTOS INFLAMÁVEIS DEVEM SER JOGADOS EM UM BALDE COM ÁGUA, POIS PODEM PEGAR FOGO FACILMENTE. DESCARTE DE TINTAS Como já vimos anteriormente, as tintas bem como todos os materiais usados no pro- cesso de pintura são altamente tóxicos e, por sua vez, poluentes devido a presença de pigmentos e compostos orgânicos em sua composição, por isto deve haver a conscien- tização dos profissionais e das empresas em geral em relação aos danos ambientais que esses produtos provocam, pois este assunto está influenciando no estabelecimen- to de políticas de proteção baseadas em legislação, que tendem a ficar cada dia mais exigentes. Por esta razão, é crime ambiental lançar resíduos de trabalho de pintura (borras de tintas, solventes, e produtos inflamáveis) no solo, na água ou no ar. A Lei dos Crimes Ambientais nº 9.605/98 pune com multa e pena de detenção de 1 a 5 anos. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 16 Numa oficina de pintura, existe uma grande variedade de resíduos que, por sua natu- reza, são nocivos ao meio ambiente. São eles: • restos de tintas; • solventes usados/sujos; • embalagens vazias de tintas, solventes e outros produtos tóxicos/inflamáveis; • filtros de tintas sujos; • papéis, panos, estopas sujos com tintas e solventes. Por serem prejudiciais ao meio ambiente, esses resíduos devem receber uma atenção especial quando forem descartados, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos competentes. As orientações sobre o descarte de tudo o que sobrou do processo de pintura e que não pode ser reutilizado são as seguintes: 1. Jamais jogue restos de tinta, borras, solventes e outros produtos químicos di- retamente em ralos de águas pluviais (de chuva), esgotos ou terra, devido aos riscos de incêndio, explosão por formação de gás nas tubulações e contami- nação ambiental. 2. Armazene os restos de tinta em tambores metálicos bem fechados para evitar evaporação e contaminação do meio ambiente. As tintas com alumínio devem ser armazenadas em tambores separados, solicitando às empresas especiali- zadas que venham retirá-los. Em geral, a retirada é feita gratuitamente por es- sas empresas. 3. As borras de tinta podem ser comercializadas com empresas recuperadoras de tinta, devidamente licenciadas junto aos órgãos ambientais. 4. As embalagens vazias devem ser guardadas e doadas para instituições que se encarregam de reciclá-las. 5. Incinere filtros, estopas, papéis por meio de empresas autorizadas pelas auto- ridades ambientais. Os panos podem ser utilizados, se lavados por empresas especializadas. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 17 O que é tinta É um sistema de fluido que se aplicam sobre um substrato (chapa) de um veículo automotor para que, após sua secagem, forme uma película plástica, sólida e uniforme, com a finalidade de proporcionar proteção e beleza. Proteção As tintas conferem proteção contra diversos agentes e intemperismos: A. Umidade e oxigênio do ar: são alguns fatores que vão provocar uma rápida deterioração da chapa, por meio da oxidação e conseqüentemente a corrosão. B. Partículas sólidas: são fatores que provocam atrito. Ex.: areia, pedras, poeira, etc. C. Vapores: são agentes químicos que produzem desgastes. D. Raios solares: são fatores que dissipam o calor no metal e afetam a estrutura. E. Detritos de pássaros, nódoas de árvores. Beleza As tintas têm como objetivo melhorar a aparência dos veículos pintados, dando-lhes características distintas como: A. Efeito: cor, suavidade e textura da superfície; B. Atrativos: reflexão de imagem e profundidade, brilho; C. Dimensão: adição de efeito metálico ou perolizado. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 18 COMPOSIÇÃO BASICA DA TINTA A tinta automotiva tem como elementos básicos os pigmentos, resinas, aditivos e solventes. Veja, a seguir, qual o papel de cada um. Pigmentos São responsáveis pela cor e cobertura e se subdividem em: • Pigmentos cubrentes são usados em cores sólidas; • Pigmentos semi-transparentes (amarelo transparente, etc.) • Pigmentos transparentes quando combinados com alumínio e mica formam as cores metálicas e peroladas; • Pigmentos de alumínio (metálicos); • Pigmentos de mica (perolados) Resinas São responsáveis pela aderência, flexibilidade, dureza, brilho, etc., também determinam o rendimento e as características de cada linha. As mais usadas são: Poliuretanas, base poliéster, laca acrílica, laca nitrocelulose e alquídicas (esmalte sintético). Aditivos São responsáveis por conferir características especiais à tinta. Os mais usados são: antiespumante, plastificante, elastificante com filtro solar (para raios ultravioleta), secante, nivelador, etc. Solventes São responsáveis em dissolver a resina para facilitar a aplicação, também ajudam no alastramento e na secagem. Os mais usados são: acetato de butila, acetato de etila, acetato de butil glicol, xilol, etc. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 19 Denominação da Tinta As tintas recebem sua denominação de acordo com o grupo a que pertencem. Por aplicação final • Original – tinta fornecida à montadora. • Repintura – tinta fornecida a pontos de venda, oficinas e concessionárias. Por seqüência de aplicação • Preparação – massas e primers. • Acabamento – conforme a cor final do veículo. Por seus componentes • Secagem ao ar (oxidação) – se dá com a evaporação dos solventes. Ex: laca nitrocelulose, base poliéster. • Secagem por aquecimento – se dá por elevação de temperatura. Ex: Ondas eletromagnéticas (painel de secagem), todas as tintas, pois minimizam o tempo de secagem.• Secagem por reação química – se dá pela polimerização, ou seja, quando mesclamos dois componentes (mistura catalisada). Ex: Esmalte Poliuretano, verniz, primers, etc. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 20 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 21 A teoria da cor e o mundo em que vivemos O que entendemos por cor? Existem várias definições para explicar a palavra cor. De acordo com o dicionário cor significa: Uma impressão visual produzida pelos raios de luz decompostos que são: matiz, tom e matéria corante. Abaixo estão outras definições: Quimicamente: está relacionada à excitação química dos átomos, resultando em uma impressão colorida. Fisicamente: é a incidência das ondas eletromagnéticas sobre um substrato pigmentado, refletindo o comprimento de onda característico do objeto colorido. Artisticamente: é uma forma de expressão. É também um fenômeno psicofísico, pois pode ser observada através das ondas eletromagnéticas (fenômeno físico), interpretando-as em nosso cérebro, define-se a cor (psíquico). As definições acima descritas estão corretas, mas cor é uma impressão subjetiva, isto é, se houver um objeto colorido e 10 pessoas responderem qual cor faz parte deste objeto, certamente pode-se ter 10 opiniões diferentes de cores para o objeto. A cor na nossa vida As cores estão ligadas as nossas vidas por vários motivos, por exemplo, quando nos vestimos, tentamos combinar uma camisa com uma calça, a saia com a blusa...assim como a escolha de nossos carros. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 22 Cada pessoa tem uma resposta diferente quando submetida a uma determinada cor, por isto a cor tem influencia em nossas decisões. O vermelho, laranja e o amarelo são conhecidos como cores quentes e estimulantes. O azul cian, azul anil e o violeta são conhecidos como cores frias e tranqüilizantes. O verde oliva, verde folha e o verde limão, são conhecidos como cores repousantes e estáticas. Os ambientes que costumamos freqüentar são exemplos de como a cor nos afeta. Tome como exemplo, as casas noturnas. Geralmente elas têm tons escuros, a fim de criar um clima especial para “namorar”. Enquanto que, nos hospitais, geralmente as cores são claras, a fim de acalmar as pessoas. A seguir, serão abordados os atributos cromáticos que são: Tonalidade, Luminosidade e Saturação. Tonalidade - É a grandeza que caracteriza a qualidade da cor, permitindo diferenciá-la. Luminosidade - É a qualidade que caracteriza o grau de claridade da cor, ou seja, se está mais clara ou mais escura. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 23 Saturação - É a qualidade que caracteriza a pureza da cor, ou seja, quando a cor não se encontra misturada, daí fala-se que ela está mais limpa ou pura. Já quando está misturada, fala- se que ela está mais suja ou pálida. É importante entender que para julgar uma cor, é sempre necessário ter outra cor para comparar. Por exemplo, um mixing para tingimento de cor vermelha é por si só vermelho, entretanto, comparando-o com um outro vermelho, ele poderá revelar que não é vermelho puro e sim um vermelho avioletado. Ele irá também parecer relativamente sujo quando comparado com outro vermelho. Assim, o único meio de visualizar a cor é através de uma comparação, para que se possa dizer algo a respeito de qual direção a cor está tomando. A cor e a indústria Como se pode observar, até agora as cores estão em todos os segmentos, ou seja, nos alimentos, nos esportes, nos remédios, na construção, no entretenimento, na indústria automobilística, etc. Todos estes segmentos utilizam as cores para tornar seus produtos mais atrativos, influenciando na preferência de seus consumidores, incorporando também as cores às suas embalagens, procurando formas de destacar mais seus produtos. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 24 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 25 Teoria da luz e cor Imagine-se sentado em uma sala escura onde existam vários objetos de cor branca. O que você estaria vendo? Absolutamente nada, pois você não seria capaz de ver sequer a sua mão em frente ao rosto. Isto ocorre simplesmente porque precisamos de luz para enxergar. Geralmente esta luz é irradiada de objetos extremamente quentes. Naturalmente, o primeiro que vem a nossa mente é o sol, mas o homem inventou a vela e a lâmpada que possuem luz própria.Esses objetos são chamados de fontes de luz que, por sua vez, emitem raios em varias direções. vela lâmpada incandescente lâmpada fluorescente sol (luz fria) Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 26 Se existir uma fonte de luz em uma sala, todos os objetos que estiverem nela serão iluminados por seus raios, que irão retornar e refleti-los. Se você estiver sentado em frente de algum desses objetos, os raios incidirão em seus olhos como se estivesse vindo diretamente do objeto. Assim, é como podem ser vistos os objetos que estão à sua volta. Como já vimos anteriormente, para que possa ver um objeto, temos que ter uma fonte de luz incidindo sobre ele, com isto conclui-se que são necessários três fatores que são: O iluminante, o objeto e o receptor. O que é a luz? Luz é a energia que se propaga em linha reta aproximadamente à 300.000 Km/s. Luz é uma onda eletromagnética e está associada a uma freqüência. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 27 Existe uma ampla gama de ondas eletromagnéticas, da qual apenas uma pequena faixa pode ser observada, e é conhecida como faixa visível. Foi comprovado por Isaac Newton, que ao utilizar um prisma triangular de vidro observou que ao incidir a luz branca (luz do sol) neste prisma ela se separa. Este fenômeno é conhecido como difração da luz. Também pode-se falar que cada cor, quando incide sobre ela um raio de luz branca, emitirá uma freqüência de onda eletromagnética. Portanto, consegue-se distinguir as cores por causa das diferentes velocidades. A cor mais lenta é o violeta por apresentar o menor comprimento de onda. Em contrapartida, o vermelho é a mais rápida. A soma das velocidades de todas as cores do arco-íris resulta na velocidade da luz branca. O espectro visual é uma pequena parte do vasto campo de ondas eletromagnéticas. E são sete cores distintas que são conhecidas como cores espectrais. (A experiência de Issac Newton.) Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 28 São sete as cores espectrais: Azul violeta Azul anil Azul cian Verde Verde limão Vermelho alaranjado Vermelho magenta ARCO-ÍRIS Nas figuras abaixo observe como o tipo de intensidade de luz pode alterar a cor. FIGURA 1 (MADRUGADA) FIGURA 2 (AMANHECER) FIGURA 3 (MEIO DIA) FIGURA 4 (ENTARDECER) FIGURA 5 (NUBLADO) Obs: A intensidade da luz natural varia de acordo com a posição dosol, hora do dia e condições do tempo. Isso pode interferir na observação da cor. A luz artificial também pode influenciar. Luz Fluorescente: pode amarelar ou azular a cor. Luz incandescente: pode amarelar a cor. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 29 Pigmentos Como os pigmentos estão ligados diretamente à maneira de como são vistos, os pode-se concluir que o reflexo deste objeto será de acordo com suas características. Por exemplo: O pigmento branco tem a característica de refletir todas as cores do espectro, que são as cores que compõem a luz branca pura (luz do sol). O pigmento preto, ao contrário, tem como característica absorver todas as cores do espectro, e na ausência de luz o que se vê é o escuro (lembre-se do ditado: “à noite todo gato é pardo”). Já os pigmentos coloridos refletem apenas as cores que não são absorvidas, caracterizando, assim, as suas próprias cores. Na figura abaixo, são vistas todas as cores do espectro incidindo sobre um objeto, o pigmento vermelho está absorvendo todas as outras cores e refletindo apenas o vermelho, que é sua cor predominante. Com cores claras os próprios pigmentos têm que criar o poder de cobertura, já nas cores metálicas são as partículas de alumínio que cuidam disso. O pigmento alumínio consiste em finas placas que se sobrepõem. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 30 No caso dos pigmentos transparentes, a luz o atravessa e incide sobre as placas de alumínio que as transforma em minúsculos espelhos. Assim a combinação de pigmentos transparentes e pigmentos de alumínio criam uma certa profundidade na cor, enquanto também assegura um alto poder de cobertura. Já os pigmentos de mica atuam de maneira diferente. Eles consistem em pequenas lascas de mica com aproximadamente 0,4 microns de espessura, sobre as quais são aplicadas finas camadas de dióxido de titânio ou óxido de ferro. Dependendo da espessura da camada total de dióxido de titânio, os raios de luz que incidem são quebrados de uma certa maneira, criando assim vários efeitos de cores. Se uma cor não muda quando vista de um ângulo diferente, ela é dita como tendo um efeito de pérola. Se por outro lado ela muda, é dito que ela tem um efeito de madre-pérola. Esses pigmentos de mica são extremamente transparentes e em alguns casos é necessária a aplicação de uma base ao substrato. Os mixings de tingimento são classificados de acordo com o tipo de pigmento. Isso nos dá a seguinte divisão: • mixings de tingimento transparentes (mica / pérola); • mixings de tingimento semi-transparente (vermelho transparente, etc); • mixings de tingimento cubrentes (cores sólidas); • mixings de tingimento alumínio; • mixings de tingimento pérola ou madre-pérola. Com o passar dos tempos, as técnicas de pintura foram se modificando, fazendo com que as indústrias de tinta criassem novos produtos com maior resistência e qualidade. Com isto, houve também a evolução dos pigmentos e com a profusão de cores que podem ser alcançadas, tornou este segmento muito rico. Refração da luz na superfície pintada com sistema tri-coat Refração da luz na superfície Pintada com tinta metálica. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 31 Hoje os pigmentos são divididos em dois grandes grupos: Pigmentos inorgânicos e pigmentos orgânicos. Pigmentos Inorgânicos: São obtidos de alguns materiais minerais. • dióxido de titânio; • cromato de zinco; • óxido de ferro, entre outros. Pigmentos Orgânicos: São conseguidos através de sínteses orgânicas complexas. • Amarelo hansa; • Vermelho de toluidina; • Violeta dioxazina, entre outros. Veja tabela abaixo: Inorgânicos Orgânicos densidade + denso - denso tamanho de partícula maiores menores cor (variedades e tipos) + baixa + alta resistência (química, térmica e à luz) maior menor preço + baixo + alto Normalmente, tem-se a necessidade de adicionar vários mixings para tingimento, até se chegar na cor desejada. Isto significa que, existirão vários pigmentos com pesos, formas e estruturas diferentes, entretanto, isto não deveria apresentar tantos problemas quando técnicas corretas de aplicação são usadas. Mas, se é aplicada uma camada muito molhada, o peso, forma e estrutura dos pigmentos poderão causar uma mudança de cor, pois o pigmento da tinta poderá ir para o fundo ou causar, alternativamente, a sua subida para a superfície. Este fenômeno é chamado de FLOTAÇÃO. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 32 Em cores sólidas existe uma pequena chance disto acontecer, já nas cores metálicas e perolizadas isto acontece com mais freqüência. Logo, se for aplicada uma demão mais carregada, ocorrerá uma alteração visível na cor, pois se a cor for metálica, a forma do alumínio em camadas aumentará as chances de haver a flotação. Já nos pigmentos cubrentes este risco é menor. Por isto, esteja sempre atento aos sistemas de repintura. Figura 1 Figura 2 Figura 1 Figura 2 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 33 Metameria Como foi mencionado anteriormente, a cor dos objetos é determinada pelos pigmentos. Ao incidir uma luz branca num objeto colorido qualquer, ele absorverá todas as cores, refletindo apenas uma, ou seja, a porção daquela luz para a qual os pigmentos são sensíveis será refletida. Ilumine um objeto verde com uma lâmpada puramente vermelha. Somente raios vermelhos alcançaram o objeto verde. Foi dito que pigmentos verdes somente refletem luz verde. Isto quer dizer que, nesse caso nada será refletido e conseqüentemente, nada será visto. Naturalmente trata-se de um objeto que contém apenas o pigmento verde que está sendo iluminado por uma luz vermelha pura. Se a luz não for puramente vermelha e ocorrer de ela conter uma pequena porção de raios verdes, embora seja percebido como sendo quase preto. Isto significa que o pigmento e a fonte de luz determinam a cor que você acabou de ver. Como profissional de repintura, você se depara diariamente com esses problemas. Veja este exemplo: Um veículo de cor amarela foi repintado em algumas partes, o cliente retirou o veículo à noite, mas retornou no dia seguinte reclamando que, ao voltar para casa verificou que sob as luzes da rua, a área reparada ficou mais amarela, embora não tivesse notado a diferença na oficina. Além dos pigmentos amarelos, a cor original do veículo também possuía pigmentos vermelhos. Por sua vez, as lâmpadas instaladas na oficina não irradiavam quase nenhuma luz vermelha. Nesta luz, o carro parecia ser apenas amarelo. O pintor, por sua vez, usou amarelo puro no reparo, o que lhe pareceu perfeito sob a luz da oficina. Entretanto, a luz emitida das luzes da rua continha alguma luz vermelha. Esta luz foi refletida pela tinta original do veículo, mas não pela tinta usada no reparo à qual não continha pigmentos vermelhos. Resultado: uma evidente diferença de cor. Este fenômeno é chamado de METAMERIA. Para que os profissionais de repintura não se deparem com este problema, eles devem estar sempre atentos a dois pontos principais: • Procurar manter-se fiel à formula, pois estas já foram testadas exaustivamente em laboratório em relação ao metamerismo. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 34 • Se tiver que comparar as cores sob luz artificial, certifique-se que esta luz aproxima-se o máximo possível da luz natural (luz do sol), ela não deverá ser nem muito amarela e nem tão vermelha ou azul, pois poderia dar a você uma impressão errada da cor real. Alguns tipos de lâmpadas fluorescentes ficam próximos da luz branca pura. Certifique-se que estas lâmpadas estejam instaladasnuma área pintada com uma cor neutra, cinza claro, branco fosco ou acetinado. Assim você não terá influência de paredes brilhantes na área de verificação. Veja abaixo exemplos do que foi comentado. Luz do dia luz do dia Lâmpada incandescente Este fenômeno é mais intenso em cores fortes, porém pode ocorrer em cores claras. Também pode ocorrer nas cores metálicas devido às próprias características de reflexão da luz neste sistema. Lâmpada incandescente Luz do dia Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 35 Limitantes Neste capítulo você conhecerá sobre algumas variáveis que devem ser levadas em consideração, uma vez que são as nossas limitações. Vamos falar um pouco das condições da visão, pois uma visão saudável é importante na observação da cor. Os defeitos mais comuns na visão humana são: Miopia: o indivíduo tem dificuldade de focalizar objetos que estão distantes, pois a imagem chega fora de foco (visão curta). Hipermetropia: o indivíduo tem dificuldade de focalizar objetos próximos (visão longa). Presbiopia: é um defeito que ocorre à medida que as pessoas envelhecem. (visão cansada) Astigmatismo: faz com que as imagens fiquem distorcidas ou borradas. Todas estas limitações são possíveis de corrigir com o uso de lentes. Daltonismo ou discromatopsia: Acredita-se não haver cura para o problema - Existem quatro tipos: 1. Protanopsia: insensibilidade à cor vermelha, levando à confusão entre o amarelo e o verde. 2. Deuteranopsia: o verde deixa de ser visto, sendo confundido com o vermelho e o amarelo. 3. Tritanopsia: é a cegueira para o azul, captada tal qual o verde e o amarelo. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 36 4. Acromatopsia: a mais rara e pouco estudada, pois a pessoa nesta condição vê tudo em preto e branco, com variações de cinza. Como pode-se ver, o olho humano contém muitos tipos receptores de luz. Cada tipo é adaptado para captar vermelho, azul ou amarelo. Se um tipo for completo ou possuir disfunção parcial, então algumas destas cores serão percebidas de forma imperfeita, isto não significa que uma pessoa não possa ver qualquer outra cor, mas apenas uma cor em particular não será percebida ou fracamente percebida. Existem outras limitações para observarmos as cores. Escassa memória de cor: As pessoas têm dificuldade em gravar uma cor na memória. Por isso, a necessidade de recorrer aos catálogos e programas de cores. Efeito de reflexo: Devemos tomar cuidado com os objetos que estão ao nosso redor, e verificar se suas cores não estão sendo refletidas na cor que estamos observando. Efeito de contraste: Devemos perceber se existe algum agente de interferência que possa prejudicar a nossa percepção. Fadiga visual: Ocorre quando uma cor é observada por um tempo prolongado. Condições do local: As condições do local de trabalho são fatores importantes para realização de qualquer ação, sempre obtemos melhores resultados em nossas tarefas, quando as realizamos em um ambiente adequado. Condições de iluminação: Como já visto anteriormente, uma boa iluminação será fundamental para uma correta analise das cores. Idade: Conforme avança a idade, a nossa resposta visual às cores vai mudando e se tornando mais difícil. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 37 Variação de cor Ao se observar a pintura original de um veículo, nota-se que existe uma variação de tonalidade de um carro para o outro, numa mesma cor. Mesmo na pintura original de fábrica, isto tem ocorrido com bastante freqüência e temos hoje várias cores com este problema, pois são vários os fatores que colaboram para esta diferença, entre eles: Produção: Cada fábrica tem sua própria linha de montagem, em diversos locais. Processo: pode variar de acordo com a especificação da empresa. Pessoas: fatores culturais distinguem as pessoas de vários pontos da produção e as técnicas de aplicação de produtos. Materiais: vários fornecedores, além de lotes diferentes. Atualmente existem vários produtores de carros, tendo cada um o seu próprio programa de fornecimento de cores, cerca de 10, algumas vezes 20 cores ou mais. Com o passar dos anos esses programas passam por diversas mudanças, fazendo com que surjam novas cores no mercado. Isto faz com que você, pintor, se depare com centenas de cores. Se todas essas cores fossem constantes em termos de tonalidade, então esse leque de cores tremendamente variado não se apresentaria ao pintor ou produtor de tintas para repintura automotiva como um problema muito grande. Embora produtores de carros e fabricantes de tintas automotivas se esforcem para alcançar 100% de constância na tonalidade dos veículos, isto se torna impossível, devido aos múltiplos fatores que influenciam o processo de produção. É comum um mesmo produtor de veículos adquirir tinta para uma mesma cor de diferentes fabricantes. Outro motivo é que veículos de mesma marca e modelo, produzidos em fábricas diferentes, muitas vezes localizadas em regiões diferentes. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 38 Neste caso, fatores como temperatura local e umidade vão influenciar, mas também teremos técnicas de aplicação diferenciadas e desempenho de sistema variando de fábrica para fábrica o que pode exercer, ainda que, de forma limitada uma variação da cor final no veículo. Todos esses fatores contribuem para que seja impossível fabricar uma mesma cor de carro, que seja 100% constante. É pouco provável que a busca pela perfeição seja completamente satisfeita, porém os profissionais de repintura, têm sido bem sucedidos em atingir um extremo grau de perfeição. Principais causas da diferença de tonalidade Veja, a seguir, algumas das causas da diferença de tonalidade causadas na linha de pintura da montadora. - Falta ou excesso de camada de tinta A falta de camada deixa o filme transparente, tornando a cor mais clara e o excesso de camada deixa o filme mais espesso, tornando a cor mais escura. Nestes casos a cor do primer pode ser um fator importante e acabar influenciando no resultado final. - Pintura carregada ou pulverizada A pintura carregada deixa a tinta mais escura. A pintura pulverizada (empoeirada) deixa a tinta mais clara. - Rodízio de pintores / Equipamento descalibrado A constante troca de pintores pode alterar a cor, pois cada um tem uma forma de aplicá-la. O equipamento utilizado na pulverização também pode contribuir para a mudança de tonalidade. - Excesso de cura A exposição da pintura, ao calor, por tempo prolongado, pode alterar a cor. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 39 - Troca de padrão É comum, quando uma cor fica durante muito tempo em linha surgirem variações, devido à mudança na linha de pintura, no tipo de equipamento, no fornecedor de tinta, etc. Ex: Vermelho Naval e Vermelho Naval I – GM Verde Sirius I e Verde Sirius II – VW Prata Texas I e Prata Texas II – Ford Azul Caribe I e Azul Caribe II – Fiat Também existem os problemas com as tintas, pois elas podem sofrer alterações como: - Correção de lote Durante a aplicação da tinta na linha de pintura da montadora, podem surgir problemas e o fabricante de tinta pode ter que fazer alguma alteração. A mais comum é a aditivação: - Aditivação por fervura, alastramento, crateras, secagem, etc. (Ex.: amarelamento do branco) - Problemas de estabilidade A tinta armazenada por longo tempo, acaba sofrendo dois tipos de problemas: - Sedimentação – parte sólida(no fundo) e a parte líquida (em cima). Quando isso ocorre, a simples homogeneização já corrige o problema. - Precipitação – como na sedimentação, ocorre a separação, porém mesmo fazendo a homogeneização o problema não é resolvido. A tinta fica imprópria para uso. - Problemas de resistência ao intemperismo: O uso de matérias-primas com deficiência causa a queda da qualidade e a tinta fica com dificuldade de resistir ao sol, chuva, sereno, lavagem com solupan, etc. Ex.: Azul Saturno - VW Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 40 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 41 Cuidados para uma boa reprodução de cor Veja alguns cuidados que o profissional de pintura deve ter quando for executar um reparo, pois não basta a tinta estar boa, a linha de ar estar em boas condições e sem nenhum problema, mas, se o profissional “pintor” não fizer a sua parte, todo o processo ficará comprometido. Seguem alguns cuidados importantes para a cor ter uma boa reprodução. Homogeneização É importante fazer a correta homogeneização de maneira adequada, a fim de se evitar problemas de tonalidade, justamente por não misturar bem a tinta, pois nesta etapa alguns pigmentos estão sedimentados. Viscosidade A viscosidade da tinta deve estar de acordo com as recomendações do fabricante, pois se estiver muito baixa (tinta fina), deixará a cor mais clara, ao contrário, se estiver com a viscosidade alta (tinta grossa), deixará a cor mais escura. Thinner/Solvente Esta etapa também tem grande importância, pois, se um thinner/solvente for usado inadequadamente, ocorrerão mudanças nas características do produto, pois um thinner de baixa qualidade pode interferir na tonalidade, ou seja, se for acrescentado mais thinner do que indicado em uma cor metálica, resultará em uma cor mais clara, afetando também sua durabilidade. Temperatura e umidade Fique atento a esses dois fatores, pois dependendo da temperatura e da umidade relativa do ar, tanto o alastramento quanto a secagem da tinta serão alteradas refletindo-se numa mudança de tonalidade (ver quadro abaixo). Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 42 Pistolas As pistolas de pintura também têm papel fundamental, pois elas têm configurações diferentes como capa de ar, bicos e agulhas. Por isto a quantidade de tinta pulverizada em um sistema convencional, comparado a um sistema HVLP será diferente. Com isto, a pistola de pintura acaba sendo uma ferramenta fundamental para uma correta reprodução de cor (ver quadro abaixo). Pressão, velocidade e distância de aplicação. Estes fatores também contribuem para uma boa reprodução de cor. Portanto, são parâmetros a serem considerados na hora de pintar, pois quanto maior a pressão, a cor ficará mais clara, ao contrário quanto menor a pressão mais escura ficará (ver quadro abaixo). Camada de tinta A camada de tinta pode variar de acordo com o tipo de tinta utilizada na pintura, bem como a cor, o equipamento e o profissional aplicador. Cobertura da tinta Algumas linhas de tintas necessitam de um número menor de demãos, devido a quantidade de sólidos existentes em sua composição. A tabela abaixo mostra algumas situações em que a cor poderá ser variada. Para se Deve-se variar Clarear a cor Escurecer a cor Grau de influência Condições da oficina • Temperatura • Umidade • ventilação alta baixa lata alta baixa lata pequena pequena pequena Condições e ajuste do equipamento • Bico de pistola • Válvula de saída da pistola • Abertura do leque • Capa de ar • Pressão de ar da pistola orifício pequeno fechada grande fluxo alto alta orifício grande aberta pequena fluxo baixo baixa grande grande grande grande grande Processo de pintura • Distância da pistola • Velocidade de aplicação • Intervalo entre as demãos grande rápida grande pequena lenta pequeno grande grande grande Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 43 Cores primárias e Secundárias CORES PRIMÁRIAS AZUL, VERMELHO e AMARELO. Com as cores primárias podemos alcançar outras cores. Para isso, teremos que fundir duas cores primárias em quantidades iguais. CORES SECUNDÁRIAS VIOLETA, VERDE e LARANJA AZUL VERMELHO AMARELO VIOLETA LARANJA VERDE Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 44 Mistura de cores A partir da mistura das cores primárias com as secundárias, obtêm-se as demais cores, chamadas de cores terciárias conforme pode ser observado abaixo: AMARELO LARANJA VERMELHO VIOLETA AZUL VERDE vermelho + verde = preto violeta + vermelho = vinho azul + branco = azul claro verde + branco = verde claro azul + preto = azul escuro verde + preto = verde escuro azul + verde = turquesa verde + vioteta = preto vermelho + azul = violeta violeta + azul = anil vermelho + preto = marron escuro violeta + preto = violeta escuro amarelo + violeta = marrom laranja + violeta = marrom amarelo + azul = verde laranja + azul = marrom amarelo + branco = amarelo claro laranja + branco = laranja claro amarelo + laranja = laranja laranja + preto = laranja escuro amarelo + preto = amarelo escuro esverdeado laranja + verde = castanho amarelo + verde = amarelo esverdeado laranja + vermelho = abóbora vermelho + branco = rosa violeta + branco = lilaslilás Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 45 Técnica das cores opostas Hoje no mercado de coloristas, sabe-se que muitos profissionais costumam ajustar tintas utilizando a técnica de cores opostas para corrigir eventuais diferenças de tonalidade. Partindo do princípio de que cores opostas se anulam, muitos coloristas não levam em conta alguns aspectos importantes. Dependendo da quantidade acrescentada de uma cor em outra, teremos a possibilidade de formação de novas cores, por exemplo: Vermelho + Verde = Preto Azul + Amarelo = Verde Branco + Preto = Cinza Bem como se forem misturadas diferentes cores, pode-se obter variações de uma cor. Vermelho + Preto = Marrom Laranja + Azul = Marrom Amarelo corta azul azul corta amarelo vermelho corta verde Verde corta vermelho branco corta preto preto corta branco Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 46 Branco AmareloVerde Vermelho Azul Preto Conforme a figura acima, pode-se observar como é representada a teoria das cores opostas. A partir de agora, comece a analisar as cores que terá que ajustar. Observe como a cor está em relação ao veículo a ser pintado. • visualizar a luminosidade: se a cor está mais clara ou mais escura em relação ao veículo. • visualizar a saturação: se a cor está mais limpa ou mais suja em relação ao veículo. • visualizar a tonalidade: se a cor está mais amarelada, esverdeada ou avermelhada. Portanto, ao iniciar um ajuste de cor, verifique esses três elementos antes de fazer qualquer alteração na tonalidade. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 47 Conforme a figura acima, pode-se observar como analisar a direção de uma cor. Se a cor for acromática: branco, preto, cinza ou prata, cinza metálico, ela pode seguir qualquer uma das tendências acima. Porém, se a cor é cromática: amarelo, vermelho, azul ou verde (lisa, metálica ou perolada) estará sempre seguindo o sentido horário ou anti-horário. Então: Um azul nunca pode estar amarelo, pois ele apenas poderá estar avermelhado ou esverdeado. Assim como: Um amarelo nunca pode estar azulado. Ele só poderá estar avermelhado ou esverdeado. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 48 Circulo cromático e tendência das cores TENDÊNCIA DO VIOLETA TENDÊNCIA DO AZUL TENDÊNCIA DO VERDE TENDÊNCIA DO AMARELO TENDÊNCIA DO LARANJA TENDÊNCIA DO VERMELHO Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 49 Cores metálicas As cores metálicas, por complexidade, são mais sensíveis a variação de cor que as cores lisas, pois sua pigmentação é sempre composta por pigmentos opacos ou transparentes mais o pigmento alumínio e pérola, os quais variam no tamanho da partícula. Tipos de alumínio Existem diversos tipos de alumínio, de vários tamanhos de partículas e tonalidades, variando de mais fino para o mais grosso, do mais acinzentado para o mais prateado. Hoje o mercado oferece alumínios finos, super finos e extra fino. A seguir, veja quais os efeitos desses tipos de alumínios nas cores. Alumínio Fino Tonalidade acinzentada Os alumínios finos clareiam o ângulo e sujam a frente Partículas de mica vistas no microscópio Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 50 Alumínio Grosso Alumínio grosso, super grosso, extra grosso e brilhante. Tonalidade prateada Os alumínios grossos clareiam a frente e sujam o ângulo Tipos de Pérolas As pérolas podem ser divididas em dois grupos: • As pérolas de efeito que, no geral, clareiam em todos os ângulos. • As pérolas de interferência podem apresentar cores diferentes em ângulos diferentes. Alguns pigmentos têm comportamento distinto quando adicionados em cores metálicas. Um destes pigmentos é o branco. É comum nas cores metálicas e peroladas, quando não é usada a mesma pigmentação para reprodução da cor original, utilizarmos o pigmento branco para limpar o ângulo. Não esqueça que o pigmento branco, não sendo transparente, vai esconder o alumínio ou a pérola e diminuir o brilho, por este motivo tenha sempre uma atenção especial ao utilizar este pigmento, pois ele deve ser sempre adicionado em pequenas quantidades, Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 51 caso contrário, a tinta poderá ser perdida. Veja abaixo alguns efeitos que este pigmento pode provocar na cor. Branco • Suja a frente e deixa o ângulo leitoso. Branco Micro Titânio (Micronizado) • Suja a frente e deixa o ângulo leitoso e azulado Existem também alguns aditivos que são utilizados para tingimento. Aditivo Fosqueante • Diminui o brilho, deixa a cor mais clara e leitosa. Obs.: Nas cores lisas monocamadas o aditivo pode ser acrescentado diretamente na tinta. Em cores dupla camada deve ser acrescentado ao verniz. Aditivo de efeito • Limpa o ângulo, ressalta o alumínio ou pérola. Obs: Os aditivos não podem ser utilizados em grandes quantidades no tingimento, pois podem alterar a cobertura. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 52 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 53 Dez dicas para uma boa reprodução de cor 1 – Identifique a cor através do carro, por plaquetas ou etiqueta, caso não exista mais, verifique junto ao catálogo de cores. 2 – Antes de iniciar a pesagem, verificar se não há variantes. 3 – A tinta deverá ser aplicada até a cobertura total do corpo de prova, observe com atenção o número de passadas e o tempo de intervalo entre uma passada e outra definida pelo fabricante. Pese a quantidade mínima de tinta, exceto cores brancas, e aplique corretamente com a pressão especificada pelo fabricante (pistola) num corpo de prova antes de continuar o ajuste, simulando o máximo possível como se fosse a aplicação no veiculo. Obedeça ao tempo de evaporação do solvente (flash off), definido pelo fabricante para aplicar o verniz. 4 – O tipo de luz pode alterar a cor, por isso é muito importante analisar o corpo de prova em vários ângulos e, pelo menos, sob duas fontes de luz diferentes, sendo obrigatoriamente a luz do dia a mais importante. 5 – Verifique a granulação do alumínio, antes de iniciar o ajuste. 6 – Comece com ajuste da intensidade (claro ou escuro). 7 – Observe se a cor está limpa ou suja. 8 – Não introduza vários mixings ao mesmo tempo sem ter chegado a alguma conclusão. 9 – Proceda ao ajuste adicionando pequenas quantidades dos mixings selecionados. 10 – Cuidado para não alterar irreversivelmente a cor. EX.: adicionar branco em cores metálicas e perolizadas. Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 54 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 55 Referências bibliográficas Trabalho compilado e reproduzido a partir das seguintes obras: Fundamentos da Pintura Automotiva – SENAI São Paulo – UFP 1.13 Tintas & Vernizes Ciência e Tecnologia – Pág. 583 / 612 Manual “Tingimento” – Akzo Nobel Manual “Cores” - Glasurit-BASF Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 56 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional 57 Anexos Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional TABELA DE VARIANTES COD. VARIANTE /20 MAIS GROSSO /30 MAIS FINO /40 MAIS ESCURO /50 MAIS AZUL /60 MAIS AMARELO /70 MAIS VERDE /80 MAIS VERMELHO /90 MAIS CLARO /0 A MAIS SUJO /0 B MAIS LIMPO É POSSÍVEL COMPOR CÒDIGOS DE VARIAÇÕES, TAIS COMO: /95 MAIS CLARO, MAIS AZUL /60 B MAIS AMARELO, MAIS LIMPO Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional COLORIDOS Cód. Base 55 Efeitos M 000 Clear Linha 55 clear para ser usado em cores Three Coat ou com Multi Effekt. M 001 Aditivo de efeito Ressalta o alumínio, limpa o ângulo, mas suja a virada. M 25 Branco Ângulo leitoso,suja a frente. A 125 Branco Transparente Mesmo efeito do branco M 25, porém tem menor concentração de pigmentos. A 98 Branco Titânio Clareia deixando ângulo azulado, suja a frente, deixa a virada amarelada. M 105 Ocre Ângulo amarelo leitoso, suja a frente. M 177 Amarelo Orgânico Amarela esverdeando A 136 Amarelo Óxido Amarela em todos os ângulos, deixando tom de envelhecimento na cor. A 137 Amarelo Óxido transp. Mesmo efeito do A 136, porém tem menos concentração de pigmentos. A 143 Laranja Amarelado Amarela alaranjado M 146 Amarelo Limão Amarela, deixando ângulo limpo com leve tom esverdeado leitoso. A 180 Amarelo Cromo Amarelo limpo M 201 Laranja claro Laranja sujo A 257 Laranja Brilhante Laranja Limpo M 306 Vermelho Óxido Ângulo vermelho leitoso, suja a frente A 307 Vermelho Óx. Transp. Mesmo efeito do M 306, porém tem menor concentração de pigmentos. A 324 Vermelho Claro Avermelha deixando tom alaranjado leitoso no ângulo A 335 Vermelho Transp. Vermelho na frente e amarelo sujo no ângulo A 347 Marrom Vermelho na frente e marrom sujo no ângulo A 350 Vermelho Vermelho sujo A 352 Vermelho escuro Vermelho Limpo A 353 Vermelho Magenta Tom rosado na frente, leitoso no ângulo M 355 Lilás Vermelho avioletado sujo A 372 Vermelho Alaranjado Vermelho de tom alaranjado A 390 Marrom Marrom sujo A 427 Violeta Violeta na frente, deixa ângulo sujo A 430 Violeta Avermelhado Vermelho na frente e tom rosado no ângulo A 531 Azul Índio Azul avermelhado, deixa ângulo sujo A 552 Azul Azul levemente esverdeado, deixa ângulo azulado A 553 Azul Claro Mesmo efeito do A 552, porém tem menor concentração de pigmentos. A 555 Azul Oceano Azul na frente, com ângulo esverdeado A 548 Azul Transparente Azul no ângulo, com frente esverdeada A 640 Verde Azulado Verde de tom azulado A 696 Verde Amarelado Verde de tom amarelado A 926 Preto Escurece em todos os ângulos A 927 Preto Mesmo efeito do A 926, porém tem menor concentração de pigmentos. A 929 Preto Escurece em todos os ângulos A 930 Preto Grafite Escurece, com ângulo esverdeado leitoso A 974 Preto Tingimento Escurece, com ângulo leitoso M 1250 Preto Profundo Preto profundo Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional CIRCULO CROMÁTICO Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional CIRCULO CROMÁTICO Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional AZ U L 22 M 6 0 22 M 9 74 22 M 5 2 22 M 5 2 22 M 6 8 --- - --- - 22 A 1 27 --- - VE R D E 22 M 6 0 22 M 97 4 22 M 6 8 22 M 5 2 22 M 6 8 22 M 77 * --- - --- - --- - M AR R O M 22 M 6 0 22 M 9 74 22 M 2 6 --- - --- - 22 M 5 22 M 3 8 22 M 3 0 22 M 3 0 BO R D Ô 22 A 1 60 22 M 9 74 22 M 3 0 22 M 3 0 --- - 22 M 3 8 22 M 3 8 22 M 3 0 22 M 3 0 VE R M EL H O 22 A 1 60 22 M 9 74 22 M 5 5 22 M 3 0 --- - 22 M 3 8 22 M 3 8 22 M 3 26 22 M 3 0 LA R AN JA 22 M 6 0 22 M 9 74 22 M 3 8 --- - --- - 22 M 7 7 * --- - 22 M 3 26 --- - BE G E 22 M 6 0 22 M 9 74 22 M 1 26 --- - 22 A 1 68 22 M 5 22 A 1 72 22 M 6 22 M 3 0 AM AR EL O 22 M 6 0 22 M 9 74 22 A 1 26 --- - 22 A 1 68 22 M 7 7 * 22 A 1 72 --- - --- - C IN ZA 22 M 6 0 22 M 9 74 22 M 2 6 22 A 1 31 22 A 1 68 22 A 1 05 22 A 1 72 22 A 3 0 22 A 1 27 BR AN C O 22 M 6 0 22 M 9 74 22 A 1 26 22 A 1 31 22 A 1 68 22 A 1 05 22 A 1 72 22 A 1 72 22 A 1 27 TO N A AC ER TA R M AI S VI O LE TA M AI S SU JO M AI S ES C U R O M AI S AZ U L M AI S VE R D E M AI S AM AR EL O M AI S LA R AN JA M AI S VE R M EL H O M AI S VI O LE TA * N ão u til iz ar e m c on ce nt ra çã o pe qu en a. TA B EL A D E R EF ER ÊN C IA PA R A A JU ST E D E TO N A LI D A D E LI N H A 2 2 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional ALUMÍNIOS Cód. Base 55 Efeitos M 99/09 Alumínio Super Fino Clareia e deixa o ângulo leitoso e a frente acinzentada M 99/10 Alumínio Extra Fino Clareia e deixa o ângulo limpo e a frente suja M 99/12 Alumínio Médio Clareia em todos os ângulos M 99/19 Alumínio Brilhante Clareia e deixa a frente prateada e o ângulo sujo M 99/20 Alumínio Extra Grosso Clareia e deixa o alumínio saltado M 99/21 Alumínio Grosso Clareia com efeito do alumínio mais saltado e mais brilhante M 99/22 Alumínio Clareia com efeito grosso e brilhante PÉROLAS E MULTI EFFEKT Cód. Base 55 Efeitos M 10 Perolizado Branco Clareia deixando ângulo levemente amarelado M 11 Perolizado Branco Fino Clareia deixando o ângulo leitoso E 110 Perolizado Bronze Pérola com tonalidade bronze M 176 Pérola Dourada Clareia deixando tonalidade mais amarelada E 910 Pérola Dourada Clareia deixando tonalidade mais amarelada M 178 Perolizado Dourado Clareia deixando tonalidade dourada E 920 Perolizado Dourado Clareia deixando tonalidade dourada M 179 Perolizado Amarelo Clareia com tonalidade menos amarelada que M 176 E 220 Perolizado Laranja Pérola alaranjada E 360 Pérola Verm. Esverdeada Pérola verde com ângulo vermelho leitoso M 363 Perolizado Vermelho Clareia deixando tonalidade levemente avermelhada E 360 Perolizado Vermelho Clareia deixando tonalidade levemente avermelhada M 401 Perolizado Violeta Clareia avioletando cores vermelhas E 440 Perolizado Violeta Clareia avioletando cores vermelhas E 470 Pérola Verm. Avioletado Pérola com tonalidade vermelha avioletada M 505 Perolizado Azul Clareia cores azuis M 506 Perolizado Azul Fino Clareia cores azuis, deixando ângulo mais limpo que M 505 M 600 Perolizado Verde Clareia cores verdes E 650 Perolizado Verde Clareia cores verdes M 605 Perolizado Verde Azulado Clareia azulando cores verdes E 660 Perolizado Verde Azulado Clareia Azulando cores verdes E 630 Perolizado Verde Intenso Pérola com tonalidade verde intensa M 800 Peroliz. Vermelho Escuro Clareia cores vermelhas M 801 Pérola Cobre Pérola com tonalidade cobre E 830 Perolizado Cobre Pérola com tonalidade cobre M 802 Perolizado Vermelho Fino Clareia cores vermelhas, deixando ângulo limpo E 810 Perolizado Cobre Pérola com tonalidade cobre ( paliocron ) E 820 Pérola Cobre Pérola de tonalidade cobre e amarelada (Pérola Interferência) Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional TABELA DE REFERÊNCIA PARA AJUSTE DE TONALIDADE LINHA 55 CINZA VERMELHO TON A ACERTAR PRATA MET. PEROL. OURO MET. PEROL. F 55 M 99/12 55 M 99/12 55 M 10 55 M 99/12 55 M 99/12 55 M 800 CLAREAR A 55 M 99/10 55 M 99/10 55 M 11 55 M 99/10 55 M 99/10 55 M 802 F 55 A 353 55 A 353 55 A 353 55 A 353 55 A 353 55 A 353 AVERMELHAR A 55 A 430 55 A 430 55 A 430 55 A 430 55 A 430 55 A 430 F 55 A 640 55 A 640 55 A 640 -- -- -- ESVERDEAR AZULANDO A 55 A 640 55 A 640 55 A 640 -- -- -- F 55 A 696 55 A 696 55 A 696 -- -- -- ESVERDEAR AMARELANDO A 55 A 696 55 A 696 55 A 696 -- -- -- AMARELAR LIMPANDO 55 M 146 55 M 146 55 M 146 55 M 146 F 55 A 136 55 A 136 55 A 136 55 A 136 55 A 136 55 A 136 AMARELAR SUJANDO A 55 M 105 55 M 105 55 M 105 55 M 105 55 M 105 55 M 105 F 55 A 548 55 A 548 55 A 548 55 A 548 55 A 548 55 A 548 AZULAR ESVERDEANDO A 55 A 548 55 A 548 55 A 548 55 A 548 55 A 548 55 A 548 EFEITO DE ALUMÍNIO GROSSO 55M 99/20 55 M 99/20 -- 55 M 99/20 55 M 99/20 -- ESCURECER SUJAR 55 A 926 55 A 926 55 A 926 55 A 926 55 A 926 55 A 926 ÂNGULO LEITOSO 55 A 125 55 A 125 55 A 125 55 A 125 FLOTAR ALUM. CLAREAR ANG. 55 M 1 55 M 1 55 M 1 55 M 1 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional TABELA DE REFERÊNCIA PARA AJUSTE DE TONALIDADE LINHA 55 VERDE AZUL TON A ACERTAR MARRON MET. PEROL. MET. PEROL. F 55 M 99/12 55 M 99/12 55 M 600 55 M 99/12 55 M 505 CLAREAR A 55 M 99/10 55 M 99/10 55 M 600 55 M 99/10 55 M 506 F 55 A 353 -- -- 55 A 427 55 A 427 AVERMELHAR A 55 A 306 -- 55 A 430 55 A 306 55 A 306 F -- 55 A 640 55 A 640 55 A 640 55 A 640 ESVERDEAR AZULANDO A -- 55 A 640 55 A 640 55 A 640 55 A 640 F -- 55 A 696 55 A 696 55 A 696 55 A 696 ESVERDEAR AMARELANDO A -- 55 A 696 55 A 696 55 A 696 55 A 696 AMARELAR LIMPANDO 55 M 146 55 M 146 -- F 55 A 335 55 A 177 55 A 177 -- -- AMARELAR SUJANDO A 55 M 105 55 M 105 55 M 105 -- -- F -- 55 A 531 55 A 531 55 A 531 55 A 531 AZULAR AVERMELHANDO A -- 55 A 427 55 A 427 55 A 427 55 A 427 F -- 55 A 548 55 A 548 55 A 548 55 A 548 AZULAR ESVERDEANDO A -- 55 A 555 55 A 555 55 A 555 55 A 555 EFEITO ALUMÌNIO GROSSO 55 M 99/20 55 M 99/20 -- 55 M 99/20 -- ESCURECER SUJAR 55 M 926 55 M 926 55 M 926 55 M 926 ÂNGULO LEITOSO 55 A 125 55 A 125 55 A 125 55 A 125 55 A 125 FLOTAR ALUMÍNIO CLAREAR ÂNGULO 55 M 1 55 M 1 55 M 1 Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional SISTEMA DELTRON TABELA DE IDENTIFICAÇÃO DAS VARIANTES COD. VARIANTE B MAIS AZUL C ALUMÍNIO MAIS GROSSO D MAIS ESCURO DI MAIS SUJO F ALUMÍNIO MAIS FINO G MAIS VERDE L MAIS CLARO O MAIS LARANJA R MAIS VERMELHO V MAIS VIOLETA VI MAIS VIVO Y MAIS AMARELO W MAIS BRANCO // ÂNGULO (FLOP) X VARIANTE NÃO CATALOGADA OBS.: PODE HAVER COMBINAÇÃO DE VARIANTES Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional TABELA DE AJUSTE DE CORES TOM LINHA DE CORTE AMARELO CORTA AZUL AZUL CORTA AMARELO LARANJA CORTA TURQUESA VERMELHO CORTA VERDE VIOLETA CORTA LIMÃO VERDE CORTA VERMELHO TURQUESA CORTA LARANJA LIMÃO CORTA VIOLETA ALUMÍNIO CLAREIA TODAS AS CORES METÁLICAS PÉROLA CLAREIA TODAS AS CORES PEROLIZADAS / METÁLICAS BRANCO CLAREIA TODAS AS CORES LISAS PRETO ESCURECER / SUJAR TODAS AS CORES LISAS / MET./ PEROL. DICAS PARA AJUSTE DE TONALIDADE (DELTRON DG) AMARELO D 700 CLAREAR D 785 AVERMELHAR D 736 ESVERDEAR AZULANDO D 737 ESVERDEAR AMARELANDO D 719 AMARELAR LIMPANDO D 708 AMARELAR SUJANDO D 702 ESCURECER / SUJAR Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional CINZA D 700 CLAREAR D 785 AVERMELHAR D 736 ESVERDEAR AZULANDO D 737 ESVERDEAR AMARELANDO D 719 AMARELAR LIMPANDO D 708 AMARELAR SUJANDO D 723 AZULAR ESVERDEANDO D 708 AZULAR AVIOLETANDO D 723 ESCURECER / SUJAR BEGE D 700 CLAREAR D 785 AVERMELHAR D 736 ESVERDEAR AZULANDO D 719 AMARELAR LIMPANDO D 708 AMARELAR SUJANDO D 702 ESCURECER / SUJAR VERMELHO D 700 CLAREAR D 785 AVERMELHAR D 736 ESVERDEAR AZULANDO D 719 AMARELAR LIMPANDO D 708 AMARELAR SUJANDO D 702 ESCURECER / SUJAR D 702 AZULAR ESVERDEANDO Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional VERMELHO D 700 CLAREAR D 785 AVERMELHAR D 719 AMARELAR LIMPANDO D 708 AMARELAR SUJANDO D 723 AZULAR ESVERDEANDO D 704 AZULAR AVIOLETANDO D 702 ESCURECER SUJAR MARROM D 700 CLAREAR D 785 AVERMELHAR D 719 AMARELAR LIMPANDO D 708 AMARELAR SUJANDO D 702 ESCURECER SUJAR VERDE D 700 CLAREAR D 736 ESVERDEAR AZULANDO D 719 AMARELAR LIMPANDO D 708 AMARELAR SUJANDO D 723 AZULAR ESVERDEANDO D 704 AZULAR AVIOLETANDO D 702 ESCURECER / SUJAR Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional AZUL D 700 CLAREAR D 785 AVERMELHAR D 723 AZULAR ESVERDEANDO D 704 AZULAR AVIOLETANDO D 702 ESCURECER / SUJAR VERDE D 700 CLAREAR D 785 AVERMELHAR D 729 AVERMELHAR SUJANDO D 736 ESVERDEAR AZULANDO D 737 ESVERDEAR AMARELANDO D 719 AMARELAR LIMPANDO D 708 AMARELAR SUJANDO D 723 AZULAR ESVERDEANDO D 704 AZULAR AVIOLETANDO D 702 ESCURECER / SUJAR Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional CORES METÁLICAS ( DELTRON BC ) PRATA METÁLICO ÂNGULO D 771 CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLARO D 769 CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLARO D 772 CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO ESCURO D 770 CLAREAR ALUMÍNIO FINO ESCURO D 774 AVERMELHAR D 797 ESVERDEAR AZULANDO D 777 ESVERDEAR AMARELANDO D 742 AZULAR AVIOLETANDO D 741 AZULAR ESVERDEANDO D 797 AMARELAR LIMPANDO (FLOP) D 743 AMARELO SUJANDO D 740 ESCURESER / SUJAR D 759 EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO CLARO D 753 ÂNGULO MAIS LEITOSO LEITOSO CINZA METÁLICO ÂNGULO D 771 CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLARO D 769 CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLARO D 772 CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO ESCURO D 770 CLAREAR ALUMÍNIO FINO ESCURO D 774 AVERMELHAR D 797 ESVERDEAR AZULANDO D 777 ESVERDEAR AMARELANDO D 742 AZULAR AVIOLETANDO D 741 AZULAR ESVERDEANDO D 797 AMARELAR LIMPANDO (FLOP) D 743 AMARELO SUJANDO D 740 ESCURESER / SUJAR D 759 EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO CLARO D 753 ÂNGULO MAIS LEITOSO LEITOSO Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional VERMELHO METÁLICO ÂNGULO D 771 CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLARO D 769 CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLARO D 772 CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO ESCURO D 770 CLAREAR ALUMÍNIO FINO ESCURO D 775 AVERMELHAR D 755 AVIOLETAR D 755 AZULAR AVIOLETANDO D 745 AMARELAR SUJANDO D 740 ESCURECER / SUJAR D 759 EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO CLARO D 753 ÂNGULO MAIS LEITOSO LEITOSO MARROM METÁLICO ÂNGULO D 771 CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLARO D 769 CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLARO D 772 CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO ESCURO D 770 CLAREAR ALUMÍNIO FINO ESCURO D 749 AVERMELHAR D 794 AVIOLETAR D 743 AZULAR AVIOLETANDO D 740 AMARELAR SUJANDO D 759 ESCURECER / SUJAR CLARO D 753 AMARELAR LIMPANDO (FLOP) LEITOSO D 797 EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO D 777 ÂNGULO MAIS LEITOSO Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional MARROM METÁLICO ÂNGULO D 771 CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLARO D 769 CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLARO D 772 CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO ESCURO D 770 CLAREAR ALUMÍNIO FINO ESCURO D 797 ESVERDEAR AZULANDO D 777 ESVERDEAR AMARELANDO D 742 AZULAR AVIOLETANDO D 741 AZULAR ESVERDEANDO D 740 ESCURECER / SUJAR D 759 EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO CLARO D 753 ÂNGULO MAIS LEITOSO LEITOSO D 794 AMARELAR LIMPANDO (FLOP) D 743 AMARELAR SUJANDO OURO DOURADO METÁLICO ÂNGULO D 771 CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLARO D 769 CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLARO D 772 CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO ESCURO D 770 CLAREAR ALUMÍNIO FINO ESCURO D 745 ALARANJAR D 797 ESVERDEAR AZULANDO D 777 ESVERDEAR AMARELANDO D 794 AMARELAR LIMPANDO D 743 AMARELAR SUJANDO D 740 ESCURECER / SUJAR D 759 EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO CLARO D 753 ÂNGULO MAIS LEITOSO LEITOSO Colorimetria Centro Móvel de Formação Profissional OURO DOURADO METÁLICO ÂNGULO D 771 CLAREAR ALUMÍNIO MÉDIO CLARO D 769 CLAREAR ALUMÍNIO EXTRA FINO CLARO D 772 CLAREAR ALUMÍNIO GROSSO ESCURO D 770 CLAREAR ALUMÍNIO FINO ESCURO D 745 ALARANJAR D 797 ESVERDEAR AZULANDO D 777 ESVERDEAR AMARELANDO D 794 AMARELAR LIMPANDO D 743 AMARELAR SUJANDO D 740 ESCURECER / SUJAR D 759 EFEITO ALUMÍNIO MAIS GROSSO CLARO D 753 ÂNGULO MAIS LEITOSO LEITOSO CORES PEROLIZADAS ( DELTRON BC ) CINZA PEROLIZADO ÂNGULO D 751 CLAREAR PÉROLA BRANCA GROSSA D 954 CLAREAR PÉROLA BRANCA FINA D 774 AVERMELHAR D 797 ESVERDEAR AZULANDO D 777 ESVERDEAR AMARELANDO D 794 AMARELAR LINPANDO (FLOP) D 743 AMARELAR SUJANDO D 741 AZULAR ESVERDEANDO D 740 ESCURECER / SUJAR D 759 EFEITO PÉROLA MAIS GROSSA CLARO D 753 ÂNGULO MAIS LEITOSO LEITOSO Colorimetria Centro Móvel
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