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José Eduardo Palacio Soares Indicadores de Saúde Indicadores de morbimortalidade Coeficientes de Morbidade Coeficiente de prevalência: Indica a relação entre o número de casos existentes de uma dada doença e a população, num determinado período de tempo, independentemente de serem casos novos ou antigos. FÓRMULA: Coeficiente de Incidência: Mede a frequência de casos novos de tal doença em determinado local e tempo. FÓRMULA: Coeficiente de Letalidade Avalia a capacidade que uma determinada doença possui de provocar a morte em indivíduos acometidos por ela. FÓRMULA: Coeficientes de Mortalidade Medem a probabilidade que qualquer pessoa da população tem de morrer, em determinado local e ano. Coeficiente de mortalidade geral: Número total de óbitos, por mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. A taxa bruta de mortalidade é influenciada pela estrutura da população quanto à idade e sexo. Taxas elevadas podem estar associadas a baixas condições socioeconômicas ou refletir elevada proporção de pessoas idosas na população total. FÓRMULA: Coeficientes de mortalidade por causas: Medem o risco que uma pessoa de determinada população tem de morrer por uma determinada doença (sarampo, diabetes...), ou por agrupamentos de causas (doenças do aparelho digestivo, neoplasias...). FÓRMULA: José Eduardo Palacio Soares →Coeficiente de mortalidade materna: Estima a frequência de óbitos femininos atribuídos a causas ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério, em relação ao total de nascidos vivos. Morte materna: morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, devida a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela. É dividida em: - Mortes obstétricas DIRETAS: Resultantes de complicações obstétricas na gravidez, parto e puerpério, devidas a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer das causas acima mencionadas. - Mortes obstétricas INDIRETAS: Resultantes de doenças existentes antes da gravidez ou de doenças que se desenvolveram durante a gravidez, não devidas a causas obstétricas diretas, mas que foram agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. - Morte materna TARDIA: é a morte de uma mulher por causas obstétricas diretas ou indiretas mais de 42 dias, mas menos de um ano após o término da gravidez. FÓRMULA: →Coeficiente de mortalidade por causas externas: Número de óbitos por causas externas ( acidentes e violências), por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, n o ano considerado. FÓRMULA: →Coeficiente de mortalidade por neoplasias malignas: Número de óbitos por neoplasias malignas, por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: SEXO MASCULINO: retirando o câncer de pele não melanoma, as neoplasias mais comuns nos homens são (DATASUS 2014): 1. Próstata 2. Pulmão 3. Cólon, junção retossigmoide, reto e ânus As principais neoplasias causadoras de morte nos homens são (DATASUS 2014): 1. Pulmão 2. Próstata 3. Estômago SEXO FEMININO: retirando o câncer de pele não melanoma, as neoplasias mais comuns nas mulheres são (DATASUS 2014): 1. Mama 2. Colo de útero 3. Cólon, junção retossigmoide, reto e ânus José Eduardo Palacio Soares As principais neoplasias causadoras de morte nas mulheres são (DATASUS 2014): 1. Mama 2. Pulmão 3. Cólon, junção retossigmoide, reto e ânus →Coeficiente de mortalidade por afecções originadas no período perinatal: Número de óbitos por afecções originadas no período perinatal, em menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: Coeficientes de mortalidade por idade: → Coeficiente de mortalidade infantil: Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. - Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, o componente pós-neonatal é predominante. - Quando a taxa é baixa, o seu principal componente é a mortalidade neonatal, com predomínio da mortalidade neonatal precoce. FÓRMULA: → Coeficiente de mortalidade neonatal: É um desdobramento do coeficiente de mortalidade infantil, e inclui apenas os óbitos em crianças menores de 28 dias (até 27 dias). Verifica, de forma indireta, como está a assistência ao parto, e avalia o impacto de ações de saúde no pré - natal, diagnosticando dificuldades no acompanhamento de casos nos primeiros dias de vida. FÓRMULA: ✓ Coeficiente de mortalidade neonatal precoce: Número de óbitos de crianças de zero a seis dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: ✓ Coeficiente de mortalidade neonatal tardia: Número de óbitos de crianças de 7 a 27 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: José Eduardo Palacio Soares → Coeficiente de mortalidade pós-neonatal: Número de óbitos de crianças de 28 a 364 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: → Coeficiente de mortalidade perinatal: Número de óbitos fetais (a partir de 22 semanas completas de gestação ou 154 dias) acrescido dos óbitos neonatais precoces (0 a 6 dias), por mil nascimentos totais (óbitos fetais mais nascidos vivos), em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Todos os valores referem-se à população residente. FÓRMULA: → Coeficiente de natimortalidade: Mede apenas os natimortos decorrentes de perdas fetais tardias. FÓRMULA: → Coeficiente de mortalidade na infância: Mede o número de óbitos em crianças até completar cinco anos de vida em relação aos nascidos vivos. FÓRMULA: Índices de mortalidade proporcional por idade Os índices são proporções, comparações entre um subconjunto (no numerador) e o conjunto (no denominador), nas mesmas unidades. São expressos em percentual. Obs.: Coeficientes: numerador ≠ denominador Índices: numerador = denominador DEFINIÇÃO: índices de mortalidade proporcional por idade mostram a distribuição percentual dos óbitos por faixa etária, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: José Eduardo Palacio Soares Índice de Mortalidade infantil proporcional: Indica a proporção de óbitos de crianças menores de 1 ano no conjunto de todos os óbitos. FÓRMULA: Mortalidade proporcional por idade, em menores de 1 ano: Indica a participação dos óbitos de cada grupo etário selecionado, em relação aos óbitos de menores de um ano de idade. Expressa a composição da mortalidade infantil por períodos neonatal (precoce e tardio) e pós-neonatal. FÓRMULA: Índice de Swaroop-Uemura (ou Razão de mortalidade proporcional): Mede a porcentagem de pessoas que morrem com 50 anos ou mais, em relação ao total de óbitos. FÓRMULA: Curvas de Mortalidade Proporcional (Curvas de Nelson Moraes): São construídas a partir da distribuição proporcional dos óbitos por grupos etários em relação ao total de óbitos. O seu formato gráfico permite avaliar o nível de saúde da região estudada. Os grupos etários considerados nas curvas são: menores de 1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 19 anos, 20 a 49 anos e 50 anos ou mais. José Eduardo Palacio Soares -Curva do tipo I: Nível de saúde muito baixo. Tem formato de N. Predomínio de óbitos em adultos jovens. -Curva do tipo II: Nívelde saúde baixo. Formato de L ou J invertido. Predomínio de óbitos infantis e em pré- escolares. -Curva do tipo III: Nível de saúde regular. Formato de U. Mortes em maiores de 50 anos elevam-se, mas os óbitos infantis ainda são considerados em número elevado. -Curva do tipo IV: Nível de saúde elevado. Formato de J. Predomínio de óbitos em maiores de 50 anos. Índices de mortalidade proporcional por causas Distribuição percentual de óbitos por grupos de causas definidas, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: Indicadores Demográficos Taxa de fecundidade total: Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu período reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico. Obs.: taxas inferiores a 2,1 são insuficientes para a reposição populacional. A taxa de fecundidade total é obtida pelo somatório das taxas específicas de fecundidade para as mulheres residentes de 15 a 49 anos de idade. Taxa específica de fecundidade: Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher, por faixa etária definida, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mede a intensidade de fecundidade a que as mulheres estão sujeitas em cada grupo etário do período reprodutivo (15 a 49 anos de idade). FÓRMULA: *A taxa pode ser apresentada por grupo de mil mulheres e cada faixa etária. Taxa bruta de natalidade: Número de nascidos vivos, por mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: Proporção de idosos na população: Percentual de pessoas com 60 anos e mais de idade, na população total residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. FÓRMULA: José Eduardo Palacio Soares Índice de envelhecimento: Número de pessoas de 60* e mais anos de idade, para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. * É comum que, para o cálculo deste indicador, sejam consideradas idosas as pessoas de 65 e mais anos. No entanto, para manter a coerência com os demais indicadores e para atender à política nacional do idoso (Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994), utiliza-se o parâmetro de 60 e mais anos. (fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/LivroIDB/2edrev/a15.pdf) Obs.: Valores elevados desse índice indicam que a transição demográfica se encontra em estágio avançado. FÓRMULA: Razão de dependência: Mede o segmento da população economicamente dependente (indivíduos menores de 15 anos e maiores de 60 anos) em relação à economicamente ativa (indivíduos entre 15-59 anos). FÓRMULA: Esperança de vida ao nascer: Número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de mortalidade existente na população residente, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa o número médio de anos que se esperaria que um recém-nascido vivesse. CÁLCULO: A partir de tábuas de vida elaboradas para cada área geográfica, toma-se o número correspondente a uma geração inicial de nascimentos (l0) e determina-se o tempo cumulativo vivido por essa mesma geração (T0) até a idade limite. A esperança de vida ao nascer é o quociente da divisão de T0 por l0. @palacioeduu http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/LivroIDB/2edrev/a15.pdf
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