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da família. Portanto, sua estrutura psíquica é orientada neste sentido, de forma que muito de sua imagem própria provém do fato de obter sucesso em seus empreendimentos na área do trabalho. É por essa razão que bem cedo na vida do homem os objetivos e sonhos assumem uma forma profissional. Se perguntarmos a qualquer garoto o que deseja ser quando crescer, ele respon- derá prontamente: bombeiro, policial, médico, jogador de futebol ou piloto de avião. Embora ele possa vir a mudar de objetivos várias vezes, à medida que for crescendo, isso realmente indica sua inclinação profissional. Mas se pergun- tarmos a uma menina o que deseja ser ao crescer, a resposta mais comum é: mãe ou dona de casa. Na idade adulta e mesmo depois de fazer cursos profissionalizantes completos, muitas mulheres ainda colocam "dona-de-casa" como seu principal objetivo de vida. Quando estive em Jackson, Mississipi, dando um curso de estudos do Family Life, fui entrevistado por uma jovem repórter. Não foi preciso muito tempo para que eu percebesse sua irritação e humilhação por ter sido designada para entrevistar um pastor evangélico. A maioria dos jornais atribui a repórteres novatos as matérias em conexão com religião, e esse era o caso dela. Obviamente, ela teria preferido entrevistar uma pessoa mais importante. Mas eu aceitei o desafio, e decidi romper aquele seu verniz profissional, fazen- do-lhe as perguntas que dirijo a centenas de pessoas em minhas viagens pelo país. Informou-me que estava-se gra- 40 duando em jornalismo pela universidade, e achava-se decidida a ser a "melhor repórter do estado". Vim a saber, durante a conversa, que devido a um amor infeliz na idade de vinte e dois anos, ela "detestava" os homens. Quando, afinal, tornou- se um pouco mais accessível, indaguei: "Estou realizando uma pesquisa informal. Você permitiria que eu lhe fizesse uma pergunta de ordem pessoal?" Toda mulher curiosa responde afirmativamente a uma indagação deste tipo. Então perguntei: "O que você mais deseja na vida?" Ela pensou um pouco e replicou: "Um lar e uma família." Meio de brincadeira, indaguei: "E um marido?" Ruborizou-se ligeiramente e respondeu: "Bem, creio que sim." Até eu fiquei um pouco surpreso ao encontrar uma mulher cuja aparência exterior a identificava com a filosofia do movimento de emancipação feminina, confessando aberta- mente possuir o desejo natural do coração de toda mulher — ser dona-de-casa. Essa tendência intuitiva é, em nossa opinião, o impulso básico da mulher. Ela nunca deveria envergonhar-se deste fenômeno físico; Deus a criou deste modo. As mulheres mais frustradas do mundo são aquelas que abafam esta tendência ou a substituem por outra de menor prioridade. Se nossa suposição é verdadeira, e cremos que seja, então o ponto que a mulher alcança como esposa é muito importante para ela. O leitor pode estar indagando: "Que tem isso a ver com o ato amoroso?" Muita coisa. Uma esposa é mais que mãe ou dona-de-casa. Ela também é a parceira sexual do marido. Como o homem, se não obtiver sucesso no leito, ela fracassa em outras áreas, por duas razões: primeiro, poucos homens aceitam um fracasso sexual sem reagirem carnalmente, fica- rem irritados e insultarem a esposa; segundo, quando o marido não aprecia a união com ela, ele o demonstra clara- mente. A mulher obtém grande parte de sua auto-estima do marido. Aliás, ainda não encontramos uma só mulher com boa imagem própria, que não apreciasse a si mesma como esposa. Essa, em nossa opinião, é uma das razões por que as mulheres divorciadas fazem casamentos desvantajosos, quan- do se casam pela segunda vez — foram depreciadas pelo marido e assim prejudicam seu senso de auto-aceitação, que é vital para qualquer pessoa. 41 Uma senhora veio procurar-me aflita, para saber minha opinião sobre quem estava com a razão, ela ou o marido. "Creio que, para um casal cristão, o sexo é desnecessário; mas meu marido não concorda." As mulheres sexualmente bem ajustadas e todos os homens tomariam o lado do marido, mas, segundo nossas pesquisas, as mulheres sexualmente frustra- das concordariam com ela. Essa mulher afirmou dogmatica- mente: "Posso passar o resto de minha vida sem o sexo." Não admira que ela seja uma das mulheres casadas mais carentes de auto-estima com quem já conversamos. Quando lhe apre- sentamos o desafio de que nunca poderia aceitar a si mesma como mulher a menos que o marido a aceitasse como esposa, voltou para seu leito nupcial com nova motivação. Depois de algum tempo, e com a ajuda de Deus, essa nova atitude transformou tanto o relacionamento deles, como a personali- dade dela. Hoje, essa senhora é uma mulher amadurecida, com uma imagem própria razoavelmente boa. 2. Assegura-lhe do amor do marido. O único ponto em que todos os psicólogos concordam entre si é que todas as pessoas possuem a necessidade básica de serem amadas. Em geral, isso se aplica mais às mulheres do que aos homens. Elas possuem uma imensa capacidade para o amor, tanto no dar como no receber. Poderíamos apresentar centenas de exem- plos de amor materno, de esposa, de irmã, etc, mas o leitor, sem dúvida alguma, deve estar familiarizado com essas coisas. Contudo, alguns ainda desconhecem os cinco tipos de amor de que precisa uma mulher. A. Amor-companheirismo. Poucas mulheres apreciam a solidão por um longo período de tempo. Já notou como são poucos os casos de heremitas ou reclusos do sexo feminino? Encontram-se algumas exceções entre as mais idosas, natural- mente, quando essas se tornam esclerosadas, ou já perderam todos os entes queridos. Mas a mulher contempla o casamento como um companheirismo perpétuo, o que explica por que ocorrem tantos problemas, quando o homem tem um emprego que o obriga a passar muitas horas longe de casa. Na maioria dos casos, ele não compreende esta necessidade que a esposa tem da companhia dele. Quando o homem está constante- mente cercado de pessoas, geralmente fica ansioso para afastar-se um pouco, e ficar a sós. Quando chega em casa, é possível que encontre a esposa desejosa de suas atenções e companhia. 42 Se os homens entendessem esta necessidade de suas esposas, passariam menos tempo diante do televisor, quando estão em casa, e aprenderiam a apreciar um pouco mais a presença da esposa. Ê verdade também que.algumas mulheres bem que poderiam atrair um pouco mais a companhia do marido se conversassem sobre coisas que interessam aos homens, ao invés de falarem sempre de trivialidades. Não é bom a esposa dirigir sempre a conversação para aquilo que interessa somente a ela, quando o marido chega em casa. Seria melhor se ela o recebesse com um assunto que lhe fosse mais interessante e lhe transmitisse uma impressão de boa acolhida e de amor. Isso implicaria em deixar que ele falasse do que lhe vai no pensamento, e em demonstrar interesse pelas suas atividades. Essa atitude é também uma oportuni- dade de a mulher soerguê-lo com comentários agradáveis. Os cônjuges que foram bons amigos antes do casamento, raramente têm problemas depois, mas se deixarem de cultivar esse relacionamento, acabarão por perdê-lo. Meu filho escre- veu uma carta à sua mãe, nove meses depois que se casara, e nela disse o seguinte: "Kathy é a minha melhor amiga." Naturalmente, ele não percebeu isso, mas estava declarando possuir esse amor de companheiro para com sua esposa. Muitas vezes é difícil para uma jovem dar o amor físico a um homem que não retribui essa sede de companheirismo que ela possui. É sempre mais fácil dar amor a alguém, quando o objeto desse amor parece apreciá-lo e necessitar dele. Uma boa esposa deve saber que seu marido precisa de sua compa- nhia, tanto quanto ela da dele, não importa que ele seja ou não uma pessoa muito ocupada e bem sucedida na vida. Na verdade,