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IBET Módulo I - Direito Tributário e o Conceito de Tributo

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IBET – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS
FÁBIO PAULA DE OLIVEIRA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO
Seminário I – Direito Tributário e o Conceito de “Tributo”
CAMPINAS
2019
Aluno: Fábio Paula de Oliveira
Seminário I – Direito Tributário e o Conceito de “Tributo”
Respostas
1. Direito é o conjunto de normas sistematicamente organizadas, que visa regular as relações dos indivíduos dentro de uma sociedade, formando-se um sistema jurídico, onde o Estado dita tais regras que vinculam a conduta humana, direito objetivo, facultando à pessoa em invocar ou não a norma jurídica em seu favor, direito subjetivo.
A Ciência do Direito trata-se do estudo desse conjunto de normas e princípios, que de forma ordenada e sistemática, define o ordenamento jurídico, Direito Positivo, tal qual procura apreender o seu objeto jurídico, ou seja, o ponto de vista do Direito em si.
Nesse diapasão, vimos que o Direito Objetivo, oriundo dessas normas, nasce de fontes distintas, quais sejam: a) o Poder Constituinte, oriundo do povo, para elaboração e promulgação da Constituição, onde esse Poder é exercido pela Assembleia Constituinte. b) O Poder Legislativo em suas esferas Federal, Estadual e Municipal, tal qual é exercido pelo Congresso Nacional ou Parlamento, pelas Assembleias Legislativas dos Estados e pelas Câmara Municipais, inclusive, contando com a participação do Poder Executivo, tais quais, nos moldes Constitucionais, sancionam, promulgam e publicam as leis. c) O Poder Executivo, também em suas esferas Federal, Estadual e Municipal, sendo exercido pelo Chefe de Governo, como o Presidente da República, Governadores de Estado e Prefeitos. d) O Poder Judiciário, exercido pelos Juízes e Tribunais, onde sua fonte provem das decisões exaradas nos casos concretos. e) O Usos e Costumes, nas hipóteses de admissão por Lei e Tribunais. f) Os Princípios Gerais do Direito, tais quais estão consagrados em legislações diversas. 
2. Na concepção do Código Tributário Nacional, em seu artigo 3º, “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”[footnoteRef:1] [1: SARAIVA, Editora: “Código Tributário Nacional: mini/ obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes. ”. 9ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva. 2003. Página 52] 
Como acima apontado, o conceito jurídico ou legal, se extrai do Direito Positivo, onde atribui a ele a obrigação pecuniária, que tem o condão de sanção por ato ilícito, cujo qual o sujeito ativo é o Poder Público e o sujeito passivo é aquele que é colocado em tal situação pela vontade da Lei, obedecendo aos desígnios da Constituição, tais quais estão previstos na Magna Carta em seus artigos 145 a 162, onde instituiu o Sistema Tributário Nacional, a limitação ao poder de tributar, as competências da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, bem como a repartição das receitas tributárias.
Importante frisar que esse conceito é um preceito didático, pois a lei não pode alarga-lo, reduzi-lo ou modifica-lo, assegurando à demarcação de competências legislativas e balizador do regime tributário, tal qual cria um conjunto de normas que visam proteger o contribuinte em face ao poder tributário, que são exercidos, dentro das competências, pela União, Estados e Municípios.
Dentro da questão, são consideradas tributos: a) o valor cobrado pela União a título de ressarcimento de despesas com selos de controle de IPI fabricado pela Casa da Moeda, pois apesar de ser uma obrigação de natureza acessória, sua característica tem amparo no artigo 3º, do CTN, além do que, a obrigação acessória, nos termos do artigo 113, § 2º, do CTN, tem natureza tributária e nessa hipótese, o sujeito ativo é a União, cuja a competência está prevista no artigos 153 e 154, da Constituição Federal. b) o tributo inserido na base de cálculo de outro tributo, uma vez que, diante dos mesmos argumentos, a obrigação acessória, tem natureza tributária.
Por amor ao argumento, entendemos que a contribuição sindical, não tem natureza tributária, uma vez que o destinatário não é órgão do Poder Público, portanto, não previsto nos artigos 145 a 162, da Constituição Federal, além do que, com a reforma trabalhista, Lei 13.467/2017, que alterou o artigo 578, da CLT, e agora com a Medida Provisória 873/2019, tornou de uma vez por todas, facultativo o desconto da contribuição sindical.
Ao que tange o tributo por meio de decreto, se observado o princípio da legalidade, pode existir sim, inclusive, a Constituição Federal em seu artigo 149-A dá como exemplo a instituição de contribuição, através do Município, na forma das respectivas leis, para custeio de serviços de iluminação Pública.
O professor Paulo de Barros Carvalho, em sua obra Curso do Direito Tributário, cita que “a geografia das normas tributárias deve ser encontrada entre unidades situadas nos diversos patamares do ordenamento posto, tais como (...) decretos do Executivo...”[footnoteRef:2] [2: CARVALHO. Paulo de Barros: Curso de Direito Tributário. 22ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva. 2010. Página 48.
] 
Uma vez que o prefeito é representante do Poder Executivo, esse pode, observando a legalidade, ajustar tributo por meio de decreto, como exemplo, o reajuste do IPTU, desde que atente ao limite oficial, como bem citado na Súmula 160, do Colendo STJ, a saber:
“É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.”[footnoteRef:3] [3: http://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_11_capSumula160.pdf] 
3. A norma jurídica é um comando, uma regra que temos a possibilidade de perceber quando da leitura de textos do direito positivado, a norma jurídica é o pensamento do legislador, transferido para a forma escrita, cabendo a cada leitor identificar e interpretar a mensagem nela contida.
A norma jurídica completa, traz em seu corpo informações oriundas do direito positivo, que transmitem uma mensagem em sentido amplo, tal qual prescreve a regra, também citada como norma jurídica primária e, dá garantia ao seu cumprimento através de sanção, também citada como norma jurídica secundária.
Para o autor Geraldo Ataliba, “a estrutura das normas jurídicas é complexa; não é simples, não se reduz a conter um comando pura e simplesmente. Toda norma jurídica tem hipótese, mandamento e sanção.”[footnoteRef:4] [4: ATALIBA. Geraldo: Hipótese de Incidência Tributária. 6ª Edição. São Paulo. Editora Malheiros. 2004. Página 42.] 
Ao que tange a sanção, é a consequência, penalidade, promovida pelo Estado em face daquele que pratica o ato ilícito, coagindo o infrator a obedecer na norma.
No ordenamento jurídico, não há que se falar em norma sem sanção, haja vista que a norma jurídica em sua totalidade é formada pela regra primária e secundária, a primeira depende da sanção para dar seu cumprimento e a segunda, depende da primeira para poder sancionar.
4. Há diferenças sim. A princípio o documento normativo, que é uma norma em sentido estrito, trata-se do registro da linguagem da norma, a forma em que haverá a comunicação textual do direito positivado. Por outro lado, temos as normas em sentido amplo, como é o enunciado prescritivo, tal qual surge na forma física através da construção do texto de lei, oriundo de sua síntese gramatical, ou seja, é a estrutura em que o texto é apresentado. As proposições, produzidas através dos enunciados, que são importantes para a formação do direito, essas têm o papel fundamental para dar sentido às normas, elas quem dão significado à norma jurídica. Dessa feita, a contextualização de todos acima, correspondem à formação da norma jurídica em sentido amplo, cuja sua composição traz uma condição, um mandamento, e associa uma consequência na hipótese de se realizar o caso fáticonela descrito.
5. Como acima descrito, extraído dos artigos 145 a 162, da Magna Carta Federal e com seu conceito no artigo 3º, do Código Tributário Nacional, o tributo é uma obrigação pecuniária, tal qual tem o condão de sanção por ato ilícito, onde o sujeito ativo é o Poder Público e o sujeito passivo é aquele que é colocado em tal situação pela vontade da Lei. 
Acerca do desconto do IPVA concedido para contribuintes que não incorreram em infrações de trânsito não tem utilização do tributo como sanção, uma vez que essa é uma consequência jurídica que incide no caso de descumprimento da norma legal, contudo, na hipótese do desconto do IPVA, não é uma consequência sancionatória, mas um benefício ao bom motorista.
Ao que tange a progressividade do IPTU e do ITR em razão da função social da propriedade, já tem natureza tributária, posto que gera uma consequência na hipótese de descumprimento de lei. 
Acerca da função social, a Constituição Federal de 1.988, passou a destacar dentre os direitos fundamentais, àqueles de interesses à coletividade, sobre o individual, como podemos perceber, inclusive, ao que tange o direito da propriedade e da função social da propriedade, como vimos no artigo 5º, incisos XXII, XXIII.
Ainda, com base no artigo 170, III, da Constituição Federal, ou seja, o proprietário da porção de terra pode fazer tudo, desde que não haja óbice legal, tendo que se adequar a isso, inclusive, sob pena de desapropriação para reforma agrária.
Em relação às alíquotas do tributo, essas podem variar de acordo com a periculosidade de uma empresa, como por exemplo o Seguro Acidente de Trabalho – SAT, o qual sua forma está prevista, a princípio, no artigo 7º, inciso XXVIII, da Magna Carta Federal, que garante aos empregados um seguro contra acidentes de trabalho, além dos artigos 149 que dá competência à União para instituir contribuições sociais e 201, inciso I, que institui a Previdência Social, tendo como um dos fins o atendimento à cobertura de eventos como doença, invalidez, morte e idade avançada.
A saber a Lei 8.212/1991, em seu artigo 22, inciso II, dispõe percentuais observados o grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais, que variam entre 1% (um por cento) a 3% (três por cento).
Uma vez que, nos moldes do artigo 3º, do CTN, o SAT tem natureza tributária e como observamos, à legislação que possibilita a variação do tributo conforme o grau de periculosidade da empresa.
6. Delimitar a definição do Direito Tributário à luz da sentença exposta, é impor limites à sua aplicabilidade, razão pela qual, o entendimento ali citado é suscinto e limitado. O direito tributário está ligado a todo o universo dos institutos do direito, integrando todo o conjunto de proposições jurídico-normativas nas mais diversas áreas e esferas. 
Encontramos o Direito Tributário em normas e/ou relações no campo civil, trabalhista, processual, constitucional, dentre outros, ou seja, em sua grande maioria, podemos enxergar a aplicação do Direito Tributário, mesmo que indiretamente, na integração dessas matérias.
Portanto, o Direito Tributário trata-se de matéria autônoma do direito, que integra um conjunto de proposições jurídico-normativas, que direta ou indiretamente, nas mais diversas áreas do ramo do direito, visam regular a forma de instituição, arrecadação e fiscalização dos tributos.
7. Uma vez que a forma de interpretação da norma jurídica é subjetiva ao leitor, na citada Lei, é inconclusivo explicitar quantas normas possam existir, todavia, podemos citar alguns exemplos que encontramos, como a) No próprio título há um decreto e uma sanção do legislador, ou seja o Estado de Minas Gerais decretou e essa foi sancionada; b) Há instituição de taxa de controle, monitoramento e fiscalização, definindo o fato gerador e o poder de polícia do Estado; c) Há instituição de base de cálculo e alíquota; d) Observa-se a forma de recolhimento e prazo para pagamento, com pena de multa; e) Ainda, há regulamentação na hipótese de ausência de recolhimento, instituindo o procedimento para aplicação da infração e multa; f) Encontramos também a possibilidade de isenção, em conformidade com a atividade desenvolvida.
Uma vez que a ciência do Direito Tributário estuda um conjunto de proposições jurídico-normativas, nas mais diversas áreas do ramo do direito, podemos citar que todas as normas são correspondentes a esse estudo.
É certo dizer que a Ciência do Direito é um conjunto de normas sistematicamente organizadas, que institui princípios e regras, regulamentado a conduta do cidadão, portanto, as normas transcritas no texto legal, já que se enquadra nesse conceito, é Ciência do Direito.
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