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C O M O C U I D A R D A S C R I A N Ç A S E M T E M P O S D E P A N D E M I A Conversando sobre o Coronavírus com as crianças Nos últimos meses fomos surpreendidos com essa pandemia global, o que tem causado muito medo em toda população. As crianças em particular, tem apresentado muita ansiedade e temor pela situação, por isso precisamos ter um cuidado especial em como manejar e abordar tal assunto. Para cada idade é orientado um manejo diferente, crianças ainda em processo de formação de linguagem o indicado é que se use o lúdico para informar e trabalhar possíveis anseios, aborde o assunto brincando, desenho e teatro é uma excelente opção. Crianças com a linguagem já estruturada, já conseguem nomear sentimentos e ter uma melhor compreensão do que é dito. Explique de forma prática o que é o vírus, quanto mais informações, mais confusa pode ficar a criança, e estabeleçam juntos estratégias para a prevenção, essa combinação traz tranquilidade aos pequenos. Aborde o tema com objetividade e segurança, entenda que a criança percebe seus sentimentos e emoções, então tente transmitir aos pequenos sua confiança de Tânia Vasconcelos Psicóloga - @taniamvb ? 1 2 que tudo ficará bem. Estimule ações educativas, trabalhe questões como responsabilidade social, no auto cuidado e no cuidado com o outro, esteja atento aos medos e tente ameniza-los de forma leve e amorosa, não julgue ou menospreze seus sentimentos. Evite o excesso de informações, tenha um maior monitoramento aos conteúdos que a criança tem acesso, nos meios de comunicação e internet, o excesso de informações pode gerar mais ansiedade e pânico. Atividades terapêuticas para o período de quarentena Não é tarefa nada fácil manter crianças, em plena fase de desenvolvimento e exploração isoladas em casa, longe do convívio social e do ambiente escolar. Primeiro é muito importante que seja mantida uma rotina mais próxima a já habitual da criança, como a hora de acordar, dormir, horário das refeições e tempo separado para as atividades escolares. Para as horas de lazer, algumas atividades podem ajudar na abstinência das idas ao parquinho e o passeio no shopping, além de proporcionar bons momentos em família. Que tal agora fazer uma troca? Ensine aos seus filhos as brincadeiras da sua infância, e aprenda mais a respeito dos gostos e preferências dos seus filhos. Aproveite esse tempo para estreitar laços e firmar vínculos familiares. Aqui vai algumas dicas de atividades que, além de proporcionar diversão em família, contribuem positivamente para o desenvolvimento cognitivo e a formação da personalidade das crianças. 3 • Jogos de tabuleiro • Jogo da memória e quebra-cabeça • Imagem e ação • Pega vareta • Atividades manuais (desenho, pintura, massinha, jardinagem, colagem, entre outros) • Teatro, música e dança • Cinema em família • Leitura • Gincana (corrida do saco, dança das cadeiras, corrida do ovo, caça ao tesouro, dança das vassouras) • Jogos de adivinhação (acerte o desenho, adivinhe o sabor, adivinhe o objeto) • Mão na massa (que tal fazer uma receita bem gostosa em família?) • Acampamento em casa (na varanda ou na sala) Existem várias atividades que podem proporcionar excelentes aprendizados e tornar mais leve esse período tão desafiador para as crianças. É hora de usar a criatividade e ensinar os pequenos a usarem a imaginação para a solução de desafios e a pensar sobre estratégias para a superação de situações extremas. 4 O cuidado com a saúde das crianças é fundamental, não somente para o momento que estamos vivendo, sendo que as práticas de higiene devem ser incorporadas como hábitos, pois algumas doenças parasitarias e infecciosas são facilmente disseminadas quando estão em ambiente coletivo, dessa forma, resolvemos dar algumas dicas fundamentas como: • Seja você o exemplo, é mais fácil elas reproduzirem o que veem. • Lavar as mãos sempre que forem fazer alguma atividade, devido ao maior costume de levarem a mão à boca. • Os brinquedos de maior interesse devem sem higienizados com maior frequência, de preferência com água e sabão ou com álcool 70%. • Tomar banho regularmente, sempre com o uso de sabonete ideal para pele da criança. • Em caso de sair de casa com a criança, ao retornar, é necessário tomar banho e usar roupas limpas. • Forneça às crianças somente alimentos bem cozidos. • Ao fazer a higiene nasal utilize lenços descartáveis. • Não compartilhar de objetos de uso pessoal, como talheres, pratos copos e garrafas. • Se alguém da família apresentar algum sintoma gripal, é fundamental que as crianças mantenham uma distância. • A área de maior permanecia da criança deve ser mantida bem arejada e higienizada frequentemente. Karen Lucyanne Enfermeira Esteta - @dra.karenlucyanne 5 Imunidade e Prevenção O sistema imunológico compreende dois componentes principais: sistema imune inato e o adquirido. A defesa inata está presente desde o nascimento, não é específica e pode responder aos agentes da mesma forma sem produzir células de memória. Compreende as barreiras estruturais (pele e mucosas) e fisiológicas (pH e níveis de oxigênio), além de células fagocitárias e leucócitos. A resposta imune adquirida atua por tempo maior que a inata e apresenta especificidade e memória, é composta por células de memória, que produzem anticorpos e imunoglobulinas. O período que compreende o final da gestação, a lactação e os primeiros anos de vida é a fase mais vulnerável do processo de crescimento e desenvolvimento. Crianças são particularmente sensíveis aos efeitos da ingestão inadequada de nutrientes, e apresentam maior morbimortalidade devido a doenças infecciosas. Ao nascimento, o sistema imune é imaturo e seu desenvolvimento está diretamente relacionado aos nutrientes. Neste contexto, o leite humano é o alimento ideal para alimentação da criança, particularmente nos primeiros 6 meses de vida. Possui uma diversidade de nutrientes, entre calorias, fatores de crescimento, proteínas, gorduras em quantidades ideais à Ivana Melo Pediatra - @draivanamelo 6 Zn A cada fase da vida, além de micronutrientes e fatores de proteção contra patógenos, como as imunoglobulinas e anticorpos maternos. À medida que a criança cresce, e começa o período da introdução alimentar, é muito importante a oferta de uma grande variedade de alimentos, entre frutas, verduras, legumes e fontes de proteínas (vegetal e animal), além de fontes saudáveis de carboidratos. Nesta fase, deve-se dar atenção especial à formação do paladar, evitando oferta de alimentos de baixo valor nutricional, tais como alimentos industrializados, artificiais, doces e guloseimas. Além de desnutrição energético-proteica, outras carências nutricionais, isoladas ou combinadas, podem interferir na função imunológica. Podemos citar, entre elas, a deficiência de ferro, zinco e vitamina A, as mais prevalentes em nosso meio. A deficiência de ferro é a mais prevalente no mundo, persiste durante décadas e é capaz de ocasionar efeitos negativos e potencialmente irreversíveis no desenvolvimento. As maiores fontes deste mineral são as carnes vermelhas, vísceras. Sua carência, com ou sem anemia, pode ocasionar repercussões no desenvolvimento motor e neurofisiológico, além de afetar o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança. Em relação à função imunológica, vários estudos têm associado sua deficiência a defeitos tanto na resposta adaptativa quanto na resposta inata do indivíduo. O zinco é essencial para o crescimento, desenvolvimento e função imunológica. Amplamente encontrado em alimentos de origem animal, sua deficiência está comumente associada à desnutrição, e interfere na produção de citocinas, e pode alterar a produção de células vermelhas na medula. 7 A vitamina A é encontrada naturalmente em alimentos de origem animal, enquanto os carotenoides, que são convertidosem vitamina A no organismo, são presentes em óleos, frutas e vegetais. Em relação ao sistema imunológico, estimula a resposta das células fagocitárias, e sua deficiência associa-se a redução da produção de anticorpos contra bactérias. A diminuição do consumo de frutas e vegetais, traduzindo algumas das fontes de antioxidantes exógenos, também está associada ao aumento de doenças alérgicas nos últimos anos. Além do papel fundamental das vitaminas e minerais na manutenção da homeostase do organismo, também devemos considerar a importância das fibras prebióticas, e dos probióticos, que contribuem para a manutenção da saúde intestinal, incluindo a produção de anticorpos, desenvolvimento e persistência da tolerância oral a antígenos alimentares, modulando várias propriedades do sistema imunológico. Em suma, observa-se a grande influência da nutrição no sistema imune intestinal e como o intestino deve ser lembrado como um órgão imunológico. 8 Alimentos refinados x Imunidade A relação alimento e saúde imunológica após o nascimento se constrói a partir da amamentação, momento este de suma importância que comporta desde o colostro (substância rica em anticorpos), bem como, ao longo das mamadas, garantem oferta de todos nutrientes suficientes para o desenvolvimento do bebê, que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) deve se perdurar pelo menos até os dois anos de idade. Ao decorrer da maturação do sistema imune dos pequeninos é necessário que se mantenha a oferta desses nutrientes por meio de uma alimentação balanceada. Além disso, também importante saber que assim como existem alimentos que favorecem nosso bom desempenho imunológico também existes aqueles que prejudicam e devem ser evitados. O público infantil tem sido o maior alvo do marketing digital referente a oferta de alimentos processados e ultra processados, hipercalóricos (rico em açúcar refinado e gorduras de baixa qualidade) e vazios de nutrientes. Segundo a sociedade brasileira de imunologia (SBI) o consumo de dietas ricas em açúcares e gorduras refinadas gera maior resposta inflamatória em nosso organismo resultando na probabilidade de uma queda quantitativa de macrófagos (células imunológicas) além de perda da função das mesmas. Layanne Furtado Nutricionista Pediátrica - @nutrilayannefurtado Estudos também apontam o impacto na biodisponibilidade de Vitamina B1, cálcio e magnésio com o consumo de açúcar branco, levando a maiores prevalências de renite, otite, faringite e amigdalites (Universidade Federal do Paraná, 2014). Além do mais, não poderia deixar de falar também da microbiota intestinal que compõe uma das principais barreiras imunológicas do nosso corpo e deve receber um especial olhar e cuidado, uma vez que a ingestão de açúcar branco promove o desequilíbrio populacional, reduzindo o número de bactérias boas e aumentando as patogênicas, levando a mais reflexos na saúde das nossas crianças. Diante de tantos impactos apontados aqui, é indispensável termos um olhar mais crítico aos rótulos dos alimentos "práticos e mascaradamente apetitosos" disponíveis nas prateleiras. Assim te convidamos a incentivar nossas crianças a desembalar menos e descascar mais. 9 10 Será que meu filho precisa de suplementação? Quais são os suplementos mais importantes para bebês e crianças? A suplementação infantil é um tema amplo e que produz muitas dúvidas entre pais e mães, principalmente os de primeira viagem. Se na sua família a preocupação com a nutrição das crianças é recorrente, saiba que você não está sozinha! Afinal, todos querem ver seus pequenos crescerem com saúde, disposição e energia. Infelizmente, a necessidade de incluir determinados suplementos na alimentação infantil tem muito a ver com o estilo de vida que as famílias “contemporâneas” levam, incluindo alimentos industrializados e prontos vindos direto da prateleira do supermercado nas refeições das crianças. Por isso, neste e-bookzinho você vai encontrar informações atualizadas sobre: • Quando é necessário suplementar nutrientes na alimentação infantil; • A importância do acompanhamento da Nutricionista Materno Infantil na suplementação; • Quais são os principais nutrientes a serem suplementados. Danielle Oliveira Nutricionista Infantil Integrativa - @mundoinfantilintegrativo A B1-5 B6-12 C D E 11 Toda criança precisa tomar suplementos? A necessidade ou não de suplementação depende de uma série de fatores: a alimentação da mãe ainda durante a gravidez, os hábitos alimentares da família e, até mesmo de fatores ambientais externos. Mas isto é fato: a suplementação, sempre que indicada, entra como um complemento à nutrição infantil. Afinal, o ideal é que as crianças possam obter todos os macro e micronutrientes de que precisam através de alimentos naturais. Só que isso já não é mais tão simples, não é? Principalmente considerando que, mesmo que o acesso a produtos orgânicos e cultivados esteja crescendo, ainda estamos longe do consumo ideal. De modo geral, a suplementação é indicada em fases cruciais da vida nas quais são necessárias medidas profiláticas, especialmente em casos de: • Determinadas patologias específicas; • Quando a ingesta alimentar é deficiente/ insuficiente para fornecer todos os nutrientes necessários; • Em casos de obesidade infantil; • Quando há a necessidade de otimização da nutrição da criança. Por que não devo suplementar sem acompanhamento profissional? Individualidade - Essa é uma palavra que norteia todo e qualquer trabalho na área da saúde, principalmente quando o tema em pauta é suplementação infantil. Cada criança possui características genéticas e necessidades únicas, de modo que a dosagem de suplementos só pode ser avaliada em uma consulta com a(o) nutricionista Materno Infantil ou com o pediatra que acompanha o bebê. De forma geral, em termos de suplementação, ainda há quem acredite que não é necessário consultar um profissional especializado para começar a tomar cápsulas e outros compostos. 12 Sabemos que a necessidade, principalmente por questão das dosagens que cada paciente com sua individualidade e claro, para evitarmos os possíveis efeitos colaterais de uma prescrição errada. Além disso, é fundamental que os papais e mamães entendam que a suplementação infantil exige um cuidado ainda mais aprimorado, pois os anos iniciais de vida são determinantes para um crescimento sadio. Quais são os Principais Suplementos Infantis? Ômega 3, Vitamina D, Cálcio, Ferro, DHA, Magnésio, Zinco, Iodo... Entre outras. Realmente, para o desenvolvimento pleno da criança, há uma série de elementos que precisam estar incluídos no cardápio diário. Como melhorar a imunidade da criança pela alimentação? Para melhorar a imunidade da criança pela alimentação é uma maneira inteligente de afastar doenças. Oferecer uma alimentação balanceada auxilia o desenvolvimento infantil e previne que vírus e bactérias nocivos à saúde se propaguem pelo organismo. Isso porque tudo que a criança consome fortalece ou enfraquece o seu sistema imunológico. Vamos falar um pouco dos alimentos mais importantes para melhorar a imunidade: LEITE MATERNO (o mais precioso): Até o sexto mês de vida, a recomendação da 13 Organização Mundial da Saúde – é que o bebê seja alimentado exclusivamente com o leite materno. Após esse período, é recomendado que o leite materno continue como um complemento à alimentação até completar dois anos de idade, pelo menos. Justo pelos benefícios que oferece à formação da imunidade. O leite materno é o melhor e mais completo alimento para a saúde humana, responsável por suprir todas as necessidades imunológicas do bebê. NAS CRIANÇAS MAIORES: PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS - tem muito a somar na hora de formar o sistema imunológico. Podemos incluir as fibras que estão na aveia, na banana e na maçã com casca como fibras prebióticas. VITAMINA D - mantero cérebro da criança se desenvolvendo e funcionando perfeitamente, além de fortificar ossos, dentes e músculos. Pode ser encontrado em: carnes, peixes: salmão, sardinha, frutos do mar, ovo, leite, queijos e cogumelos; e principalmente exposição ao sol até as 10 da manhã e depois das 16 hrs. ZINCO - mineral primordial para a síntese de neurotransmissores. Regular o desenvolvimento cerebral durante a fase fetal e pós natal, em gestantes, prevenir a depressão pós parto, melhorar a imunidade e garantir o desenvolvimento cerebral adequado da criança. Após o nascimento, também ajuda a manter o sistema imunológico saudável. Pode ser encontrado em: ostras, camarão, carne, frango, peixe, fígado, gérmen de trigo, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculos. DHA - Um dos ácidos graxos poli-insaturados presentes no ômega-3. Na criança, é responsável por favorecer a saúde cerebral, memória, prevenção de TDAH, autismo e doenças psico- motoras; e aumento da imunidade. Pode ser encontrado em: peixes que se alimentam de algas, pescada branca, sardinhas e cação. Av. dos Holandeses, Litoral Center, N. 1 - Loja 3 (Calhau) (98) 98787-4213 (98) 99115-8414
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