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B i a n c a L o u v a i n | 1 RESUMO COM O BASICO DOS (pares cranianos) Para lembrar os 12 pares cranianos: OLHA O ÔNIBUS TÃO TRANSADO, A FRENTE VERDE, GIDÃO VERMELHO. É ATÉ HOTEL! B i a n c a L o u v a i n | 2 (NC I) Função: percepção do cheiro. Os nervos olfatórios (NC I) têm fibras sensitivas relacionadas com o sentido especial do olfato: 1. Os neurônios receptores olfatórios estão no epitélio olfatório (túnica mucosa olfatória) no teto da cavidade nasal. 2. Os prolongamentos centrais dos neurônios receptores olfatórios ascendem (sobem) através dos forames na lâmina cribriforme do etmoide para chegar aos bulbos olfatórios na fossa anterior do crânio. 3. Esses nervos fazem sinapse em neurônios nos bulbos, e os prolongamentos desses neurônios acompanham os tratos olfatórios até as áreas primárias e associadas do córtex cerebral. (NC II) Função: visão. Os nervos ópticos (NC II) têm fibras sensitivas responsáveis pelo sentido especial da visão: 1. As fibras do nervo óptico originam-se de células ganglionares na retina e saem da órbita através dos canais ópticos. 2. As fibras da metade nasal da retina cruzam para o outro lado no quiasma óptico. 3. Depois, as fibras seguem através dos tratos ópticos até os corpos geniculados do tálamo, onde fazem sinapse em neurônios cujos processos formam as radiações ópticas para o córtex visual primário do lobo occipital. B i a n c a L o u v a i n | 3 (NC III). Função: movimento dos olhos, constrição da pupila, formato do cristalino. Os nervos oculomotores (NC III) enviam fibras motoras somáticas para todos os músculos extrínsecos do bulbo do olho, exceto o oblíquo superior e o reto lateral. Esses nervos também enviam fibras parassimpáticas pré-ganglionares para o gânglio ciliar para inervação do corpo ciliar e do músculo esfíncter da pupila. 1. Esses nervos originam-se do tronco encefálico, emergindo medialmente aos pedúnculos cerebrais, e seguem na parede lateral do seio cavernoso. 2. Esses nervos entram na órbita através das fissuras orbitais superiores e dividem-se em ramos superiores (que supre os músculos reto superior e levantador da pálpebra superior) e inferiores (que supre os músculos retos inferior e medial e oblíquo inferior). 3. A divisão inferior também conduz fibras parassimpáticas pré-ganglionares (eferentes viscerais) para o gânglio ciliar, onde fazem sinapses. As fibras pós-ganglionares desse gânglio seguem até o bulbo do olho nos nervos ciliares curtos para inervar o corpo ciliar e o músculo esfíncter da pupila. (NC IV) Função: gira o olho para baixo. Os nervos trocleares (NC IV) enviam fibras motoras somáticas para os músculos oblíquos superiores, que abduzem, deprimem e giram medialmente a pupila. 1. Os nervos trocleares emergem da face posterior do tronco encefálico. 2. Após, seguem um trajeto intracraniano longo, seguindo ao redor do tronco encefálico para atravessar a dura-máter na margem livre do tentório do cerebelo. 3. Em seguida, os nervos passam na parede lateral do seio cavernoso, entrando na órbita através das fissuras orbitais superiores. Observação: visualizar imagem do NC III. (NC VI) Função: movimento lateral dos olhos (para a direita e esquerda). Os nervos abducentes (NC VI) conduzem fibras motoras somáticas para os músculos retos laterais dos bulbos dos olhos. Os nervos originam-se da ponte, perfuram a dura-máter no clivo, atravessam o seio cavernoso e as fissuras orbitais superiores e entram nas órbitas. Observação: visualizar imagem do NC III. B i a n c a L o u v a i n | 4 (NC V) Função: informação sensorial da face e da boca e sinais motores para a mastigação. O nervo trigêmeo (NC V) conduz fibras motoras para os músculos da mastigação, milohióideo, ventre anterior do músculo digástrico, tensor do tímpano e tensor do véu palatino. Também distribui fibras parassimpáticas pós-ganglionares da cabeça até seus destinos. NC V é sensitivo para a duramáter das fossas anterior e média do crânio, pele da face, dentes, gengiva, túnica mucosa da cavidade nasal, seios paranasais e boca. Eles formam três nervos ou divisões: o nervo oftálmico (NC V1), o nervo maxilar (NC V2) e o componente sensitivo do nervo mandibular (NC V3). • Nervo oftálmico – as fibras sensitivas somáticas (gerais) do NC V1 são distribuídas para a pele, túnicas mucosa e conjuntiva da parte anterior da cabeça e nariz. • Nervo maxilar – saindo da cavidade craniana através do forame redondo, suas fibras sensitivas somáticas (gerais) são distribuídas para a pele e as túnicas mucosas associadas à maxila. • Nervo mandibular – é a única divisão do NC V a conduzir fibras motoras somáticas (branquiais), distribuídas, basicamente, para os músculos da mastigação. 1. NC V origina-se na superfície lateral da ponte por duas raízes: motora e sensitiva. 2. Essas raízes cruzam a parte medial da crista da parte petrosa do temporal e entram na cavidade trigeminal da dura-máter lateralmente ao corpo do esfenoide e ao seio cavernoso. 3. A raiz sensitiva leva ao gânglio trigeminal e a raiz motora segue paralelamente à raiz sensitiva, depois passa ao largo do gânglio e torna-se parte do nervo mandibular (NC V3). (NC VII) Função: sensorial gustatório, sinais eferentes para as glândulas lacrimais e salivares e expressão facial. O nervo facial (NC VII) emerge da junção da ponte com o bulbo como duas divisões: • Raiz motora – maior (nervo facial propriamente dito), inerva os músculos da expressão facial. • Nervo intermédio – menor, conduz fibras sensitivas somáticas, parassimpáticas e do paladar. Com isso, os nervos faciais (NC VII) enviam fibras motoras para os músculos estapédio, ventre posterior do músculo digástrico, estilo-hióideo, faciais e do couro cabeludo. Também enviam fibras parassimpáticas pré-ganglionares através do nervo intermédio (raiz menor do NC VII) destinadas aos gânglios pterigopalatino e submandibular através dos nervos petroso maior e corda do tímpano, respectivamente. NC VII é sensitivo para parte da pele do meato acústico externo e, através do nervo intermédio, é sensitivo para o paladar dos dois terços anteriores da língua e o palato mole. Durante seu trajeto, o NC VII atravessa a fossa posterior do crânio, o meato acústico interno, o canal facial, o forame estilomastóideo do temporal e a glândula parótida. Após atravessar o meato acústico interno, o nervo prossegue por uma curta distância anteriormente no temporal e depois faz uma volta abrupta posteriormente para seguir ao longo da parede medial da cavidade timpânica. B i a n c a L o u v a i n | 5 A curva aguda, o joelho do nervo facial, é o local do gânglio geniculado, gânglio sensitivo do NC VII. Ao atravessar o temporal dentro do canal facial, NC VII dá origem ao: • Nervo petroso maior • Nervo para o músculo estapédio • Nervo corda do tímpano. Em seguida, o NC VII emerge do crânio através do forame estilomastóideo e dá origem ao ramo auricular posterior. Ele entra na glândula parótida e forma o plexo intraparotídeo, que dá origem aos seguintes cinco ramos motores terminais: temporal, zigomático, bucal, marginal da mandíbula e cervical. (NC VIII) Função: audição e equilíbrio. Os nervos vestibulococleares (NC VIII) conduzem fibras relacionadas com os sentidos especiais da audição, do equilíbrio e do movimento. 1. Os nervos originam-se do sulco entre a ponte e o bulbo. 2. Atravessam o meato acústico interno e dividem-se nos nervos coclear e vestibular.