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Tópicos de História Contemporânea A Revolução Industrial Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Andrea Borelli Revisão Textual: Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni 5 • A Revolução Industrial • O nascimento do regime fabril Para realizar seu trabalho com a unidade e desenvolver seu estudo, primeiro leia o Material Teorico, com atenção. Em seguida, verifique se houve uma suficiente compreensão do conteúdo, respondendo às perguntas das Atividades de sistematização, que tratam das questões fundamentais sobre o assunto abordado. Foram disponibilizados, ainda, Materiais Complementares, Apresentação Narrada e videoaula, para aprofundar a análise do tema. Finalmente, realize a Atividade de Aprofundamento da unidade. Nesta unidade, vamos tratar do tema “A Revolução Industrial”. As alterações provocadas pelas mudanças no modo de produção, ocorridas durante a Revolução Industrial, moldaram as relações que se estabeleceram na sociedade a partir desse momento. Essas alterações foram fundamentais para a disseminação do modo de vida burguês, produzido por esses movimentos. A Revolução Industrial 6 Unidade: A Revolução Industrial Contextualização Vida de operário Pato Fu Composição: Excomungados Fim de expediente cinco e meia Cartão de ponto, operários Saem da fábrica cansados da exploração Oito horas e de pé E de pé na fila do ônibus lotado Duas horas em pé ou sentado Vida de operário Vida de operário Vida de operário Braços na máquina operando a situação Crescimento da produção E o lucro é do patrão Semana é do patrão Ganância é do patrão A música do grupo brasileiro Pato Fu descreve o cotidiano do operário. Depois de refletir sobre a discussão que o estudo desta unidade está proporcionando, procure responder: De onde vieram essas regras? Como surgiu esse grupo que vive de vender seu trabalho? Essa condição remete à Revolução Industrial que é objeto desta unidade. Veja o vídeo da música no link que segue: http://www.youtube.com/watch?v=OoJzOpkHH30 http://www.youtube.com/watch%3Fv%3DOoJzOpkHH30 7 A Revolução Industrial Um dos momentos mais marcantes da História Contemporânea, desde o surgimento da agricultura, foi a Revolução Industrial ocorrida no século XVIII na Europa. A Revolução Industrial trouxe consequências para quase todos os aspectos da vida humana: alterou as relações de trabalho, as relações de consumo, a estrutura familiar, social e política. O resultado de toda essa transformação foi a ascensão de um novo grupo político e social: a burguesia. Liberalismo e Revolução Industrial As alterações sociais trazidas pelas revoluções burguesas foram impulsionadas por uma nova forma de perceber o mundo, baseada nas idéias de direito à propriedade e à liberdade. Esse ideário ficou conhecido como liberalismo, doutrina que se tornou a ideologia da sociedade capitalista ou burguesa. O Liberalismo tem como postulado a noção de que todos os indivíduos são livres e podem usufruir de suas propriedades como desejarem. Acontece que, na sociedade capitalista, alguns indivíduos, os proletários, somente possuem uma propriedade: sua força de trabalho. Segundo a ideologia liberal, todos os homens são iguais perante a lei e podem participar da política e ser sujeito de direitos, como direito à vida, liberdade de ir e vir, direito de resistir à opressão. O trabalho de Adam Smith funda-se na ideia de que a liberdade individual pode se traduzir em ações individuais que objetivam garantir o interesse do indivíduo, mas que, inevitavelmente, levam ao bem comum. Deve-se destacar que foi Adam Smith que postulou, no livro a Riqueza das Nações, que toda a prosperidade econômica e acúmulo de riquezas vem do trabalho livre, sem nenhuma intervenção reguladora. A intervenção seria desnecessária, segundo Smith, pois o mercado se autodetermina e favorece o mais competente. Os Liberais defendiam as ideias de livre concorrência, baseada na competência individual e na lei da oferta e da procura. A Revolução Industrial foi marcada pelo desenvolvimento da tecnologia, contudo esse fato não é suficiente para explicar a profundidade desse processo. O que realmente impressiona nesse movimento é a profundidade das mudanças que atingiram o mundo. A Europa passou de uma economia rural para uma baseada na indústria, provocando o desaparecimento da economia familiar e levando a mudanças na estruturação da família. Até as últimas décadas do séc XVIII, a Europa era basicamente dominada pela economia agrícola. Os aristocratas, proprietários da terra, cediam-na aos camponeses para que a cultivassem em troca do pagamento de impostos em espécie. O restante dos produtos era produzido por artesãos especializados, que trabalhavam em manufaturas. As atividades capitalistas eram dominadas pelo mercantilismo, embora as indústrias já existissem. 8 Unidade: A Revolução Industrial Desde o processo da expansão marítima, iniciada com a expansão portuguesa, a economia europeia tornou-se globalizada; os produtos que chegavam aos portos europeus procediam de todos os lugares e esse fator foi decisivo para garantir mercado para os produtos manufaturados e, depois, para os produzidos pelas nascentes indústrias. Importante observar que o objetivo desse comércio era tornar os europeus ricos, sem acrescentar riqueza aos países que faziam parte dessa relação. Outro elemento importante, nesse contexto, foi o crescimento populacional da Europa. Mesmo sendo esse um elemento difícil de analisar, é claro que ele é um fator positivo na transição para a economia industrial, pois esta exigia, cada vez mais, um número maior de braços. A lógica da sociedade industrial é o lucro, que só pode ser atingido com a constante exploração do trabalhador, o qual precisa produzir sempre muito mais. Essa sobrecarga de trabalho é chamada de mais valia e é o que garante o lucro do empregador. É difícil atribuir uma data de início para o movimento, mas os historiadores concordam que ele teve início na Inglaterra, onde as condições essenciais para o seu desenvolvimento se reuniram. Além do aumento populacional, houve também a ampliação da produção de comida, o que permitiu algumas alterações no campo, provocadas pela crescente criação de ovelhas. O lucro trazido pelo comércio da lã para as indústrias nascentes do país levou os produtores a tentarem ampliar as áreas de criação. O Parlamento, controlado basicamente pela camada de capitalistas, aprovou a Lei dos Cercamentos. Na Inglaterra, a servidão deixou de existir no final do século XVII, contudo a tradição impedia que o proprietário de terra expulsasse os camponeses de sua terra sem motivo justo. Além disso, os lotes eram transmitidos hereditariamente. Depois da aprovação dessa lei, o proprietário pôde retirar os camponeses da terra e formar lotes maiores para cultivo ou criação de ovelhas, lançando esses camponeses na miséria. Qual foi a opção dessas pessoas? A fuga para as cidades, onde podiam encontrar oportunidades de emprego. Por outro lado, os burgueses ampliaram sua riqueza e influência política. Eles acreditavam reunir todas as virtudes da sociedade, ao contrário da aristocracia da Europa Continental, que era tida como frívola e tola. A forma de considerar o mundo, emanada desse grupo, espalhou-se pela sociedade e, entre elas, a mais importante era a busca pelo lucro. Essa noção dominou a política inglesa do século XVIII e as diversas guerras travadas pelo país, nesse período, tiveram o objetivo de ampliar os mercados consumidores. A tecnologia, que foi um dos principais marcos da revolução, atingiu a produção de forma irreversível, trazendo imensas alterações em um prazo de aproximadamente cento e cinquenta anos. Já no século XVII, a questão da tecnologia estava presente no pensamento produzido na Inglaterra. Francis Bacon, o pai da ciência moderna, acreditava que o conhecimento poderia ser utilizado para resolver problemas práticos, como garantir a ampliação da produção. Ainda segundoBacon, “conhecimento é poder” e, para ele, a ciência era o poder sobre a natureza. 9 Invenções fundamentais para a mecanização da produção: * a máquina, de Hargreaves (1767), capaz de fiar, sob os cuidados de um só operário, 80 kg de fios de algodão de uma só vez; * o tear hidráulico, de Richard Arkwright (1768); * a máquina Crompton, aprimorando o tear hidráulico (1779); * o tear mecânico, de Edmund Cartwright (1785); * a máquina a vapor, de Thomas Newcomen, aperfeiçoada depois por James Watt (1769); * o barco a vapor, de Robert Fulton (1805 - Estados Unidos); * a locomotiva a vapor, de George Stephenson (1814). Os avanços na tecnologia de energia constituíram-se numa das maiores conquistas desse momento. Os motores a vapor tiveram grande importância, contudo não substituíram as outras tecnologias de energia, como o uso de moinhos de água, animais e força humana. Os grandes motores a vapor tornaram-se mais eficientes com as alterações implementadas por James Watt, por volta de 1780. Os desenvolvimentos subsequentes permitiram o surgimento das locomotivas, que se tornaram um dos maiores símbolos da tecnologia da Revolução Industrial. Esse desenvolvimento foi possível na Inglaterra, pela presença de grandes reservas de carvão, fundamental para o funcionamento desses motores. A exploração dessas minas de carvão, abundantes na Inglaterra, criou um campo de trabalho para a população, que se arriscava em minas cada vez mais profundas e perigosas. A existência de grandes reservas de ferro, nos domínios ingleses, garantiu matéria prima para a construção das máquinas de fiar e tecer, que revolucionaram a forma de produzir. Entre 1809 e 1830, a exportação inglesa cresceu de forma exponencial e os maiores mercados consumidores estavam na Europa, Índia e Ásia, sem contar o comércio com a América. No início do período Vitoriano, a Inglaterra possuía o maior poder industrial e comercial do mundo. O complexo sistema do comércio internacional era garantido por uma eficiente rede de comunicação e transporte. Nesse contexto destacavam-se o navio a vapor, a ferrovia e o telégrafo. Em 1833, a travessia do Atlântico foi reduzida para 22 dias e os navios a vapor levavam as mercadorias produzidas pela Inglaterra para todas as partes do globo. Em conjunto com os navios a vapor, desenvolveu-se a febre das ferrovias, que ligavam as áreas de produção aos portos. Além dessa função, a regularização dos serviços ferroviários permitiu o surgimento de uma nova forma de lazer para as camadas dominantes: as viagens e passeios de curta duração. Em 1851, seis milhões de visitantes chegaram a Londres para a Grande Exibição Mundial e a maioria chegou por trem. Explore E os operários? Para saber mais: COGGIOLA, Oswaldo. O inicio da organização dos trabalhadores. Revista Aurora. Marília. Ano IV, n. 6 agosto de 2010. Disponível em: http://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/Aurora/2%20COGGIOLA.pdf http://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/Aurora/2%2520COGGIOLA.pdf 10 Unidade: A Revolução Industrial A Revolução Industrial alterou profundamente a vida do trabalhador braçal, provocando, a princípio, o deslocamento para as cidades e, assim, levando-as a um crescimento desordenado e sem planejamento. A cidade de Londres chegou a ter aproximadamente 5 milhões de habitantes1, cuja condição de vida era terrível: longas jornadas de trabalho, habitações sem condições sanitárias mínimas. Um panfleto anônimo de 1871 descreve esse contexto: “Isso faz a vida em Londres peculiar. Nós vivemos e nos movemos em multidões, não existe local para descansar, toda a vida é publica. As ruas são frias no inverno e quentes no verão e sempre barulhentas, cheias e muito sujas.2” 2Os baixos salários obrigavam toda a família operária a trabalhar para sobreviver, e as jornadas de trabalho chegavam a 12 horas diárias, em locais abafados e insalubres. Essas condições favoreceram a organização dos trabalhadores em movimentos que demandavam mudanças nessa situação. Uma das organizações mais conhecidas desse período foi o Ludismo. Os movimentos que se opunham à mecanização eram recorrentes, mas, em 1811, esse movimento atingiu dimensões não vistas até então. Os Ludistas invadiram fábricas e destruíram as máquinas, que consideravam como responsáveis pela condição em que viviam. Muitos Ludistas foram presos e condenados pela destruição das máquinas e pela invasão das fábricas. O movimento perdeu sua força quando outras formas de luta se mostraram mais eficazes, como o movimento Cartista. Ned Ludd “Bravos ludistas somos, para a quebra nós vamos!” “Deus salve o Ned Ludd!” “Máquinas para o inferno, queremos a nossa dignidade!” “Quebrar é bom, junte-se a nós e salve a Europa!” “Quebre! Quebre ou morra trabalhando!” “Monstros do industrialismo, queremos vocês quebrados!” “Máquinas para o chão!” “Bater! Bater! Bang Bang! esses são o som da liberdade!” “Quebra um, Quebra dois, Quebra três, quebra tudo! Tudo!” Canção Ludista Ned Ludd era um tecelão, que se acredita tenha vivido em Anstley, na Inglaterra. Segundo a tradição, ele foi o primeiro operário a destruir uma máquina como forma de protesto. Isso fez dele uma figura heroica para os operários, que sempre diziam, quando uma máquina quebrava: ”Foi Ned Ludd”. 1 http://www.londononline.co.uk/factfile/historical/ 2 http://www.victorianweb.org/books/mcdonnell/life.html 11 O Cartismo surgiu como uma estratégia de luta pela inclusão política da classe operária e teve início com a criação da Associação Geral dos Operários de Londres (London Working Men’s Association), liderada por Wiliam Lovett e Feargus O’Connor3. Os Cartistas produziram uma petição apresentada ao Parlamento inglês, em 1838, com seis exigências principais: - Sufrágio universal masculino; - Voto secreto através da cédula; - Eleição anual; - Igualdade entre os direitos eleitorais; - Participação de representantes da classe operária no parlamento; - Remuneração para os parlamentares. A princípio as solicitações dos operários não foram atendidas e isso deu início a movimentos de descontentamento, contudo, gradualmente, as demandas cartistas foram incorporadas à legislação inglesa e o movimento perdeu força. O movimento, entretanto, teve resultados positivos, como: - a lei de proteção ao trabalho infantil (1833); - a lei de imprensa (1836); - a reforma do Código Penal (1837); - a regulamentação do trabalho feminino e infantil; - a supressão da Lei que protegia a produção de cereais, garantindo a entrada de produtos mais baratos; - a lei permitindo as associações políticas; - a lei da jornada de trabalho de 10 horas. No final da década de 1860, as demandas cartistas estavam firmemente integradas à legislação inglesa. Os empregados das fábricas também se organizavam em associações, as chamadas trade unions, que, lentamente, passaram a ganhar força e a apresentar exigências aos patrões. No final do século XIX, as trade unions evoluíram para sindicatos, um grupo organizado para obter participação política e exigir mudanças. 3 http://www.marxists.org/history/england/chartists/index.htm 12 Unidade: A Revolução Industrial O nascimento do regime fabril No período da Revolução Industrial observa-se uma mudança social importante: o trabalho, que antes era associado ao sofrimento e à dor, passa a ser considerado positivo. Diversos filósofos prepararam o caminho para essa alteração, entre os quais se destaca John Locke, que considerava o trabalho como fonte de todas as propriedades. “[...] é a tomada de qualquer parte do que é comum com a remoção para fora do estado em que a natureza o deixou que dá início à propriedade [...]” ‘ [...] a extensão de terra que um homem lavra, planta, melhora, cultiva, cujos produtos usa, constitui sua propriedade.” (LOCKE, J. Segundo tratado sobre o Governo Civil, Cap 5) Adam Smith complementa a colocação de Locke ao argumentar que toda a riqueza vem dotrabalho e é através dele que usufruímos a possibilidade de adquirir bens. “Aqueles que mais cedo estão em condição de fruir sua compensação, mais cedo terão gosto pelo trabalho.” (SMITH, Adam. Uma Investigação Sobre a Natureza e a Causa da Riqueza das Nações.) Karl Marx, um dos mais importantes analistas da sociedade industrial, considerava o trabalho a real expressão de humanidade do homem: “[...] atuando assim sobre o mundo exterior e modificando-o, ao mesmo tempo ele modifica a sua própria natureza. Ele desenvolve seus poderes inativos e compele-os a agir em obediência à sua própria autoridade.” (MARX, O capital, I) O trabalho torna-se central na vida humana e a fábrica é o local privilegiado para se observar o potencial criador do homem e a dimensão ilimitada da produtividade, intermediada pela máquina. A máquina passa a definir a fábrica como espaço de superação das limitações humanas, pela intermediação da tecnologia. Essa valorização do trabalho precisou ser “ensinada” ao trabalhador, que foi constrangido à atividade fabril pela falta de outras oportunidades. Nesse local, ele vivenciou a força desse novo princípio normativo que impunha o gosto pelo trabalho e exigia obediências aos ritmos e à estrutura presentes nesse espaço. A introjeção dessa nova moralidade nas camadas trabalhadoras foi a primeira grande vitória do capitalismo e pode-se dizer que o homem pobre adentrou esse novo mundo pela fábrica. Foi 13 nela que ele conheceu os valores atribuídos ao trabalho e as novas concepções de sociedade que nasciam a partir daquele momento. A noção da positividade do trabalho moldou o mundo burguês! A coação dos homens pobres ao trabalho realizou-se de muitas formas, uma delas a criação das workhouse, que ofereciam alimentação e habitação às pessoas que estivessem dispostas a trabalhar. Na Inglaterra, as workhouses foram formadas a partir das Leis dos Pobres, de 1601, e tinham por objetivo regular o trabalho dos homens pobres, visto que a questão da pobreza era tida como um dado que não podia ser alterado. Em 1806, Patrick Colquhoun, escreveu4: “A pobreza é um ingrediente indispensável da sociedade, sem a qual as nações e comunidades não poderiam existir neste estado de civilização. São esses homens a origem da riqueza e sem a pobreza não existiria trabalho e sem trabalho não existe riqueza, nem conforto, nem refinamento.” Outro viés desse processo foi o controle social trazido pela introjeção de uma nova moral que valida o tempo útil e critica a ociosidade. Esse discurso, que nascia nas camadas burguesas, foi aceito pelos grupos populares como universal e natural aos grupos humanos, quando, na verdade, representava a realização dos interesses burgueses. A fábrica foi fruto do imperativo organizacional capitalista e a tecnologia nascente permitiu a concentração dos trabalhadores em um ambiente controlado e auxiliou a disseminação da disciplina fabril. Afinal, a máquina garantia a continuidade e a regularidade da produção. A máquina mantinha o passo e o trabalhador tinha que se adaptar a essa nova realidade, caso contrário existia a possibilidade do desemprego e dos acidentes. Diversos depoimentos de ex- trabalhadores fabris mostram esse perigo real. John Allett tinha 53 anos quando foi entrevistado pelo Comitê sobre o trabalho infantil que foi organizado pela Casa dos Comuns da Inglaterra. Allet começou a trabalhar aos 14 anos e descreveu um acidente envolvendo uma criança com menos de 10 anos: “Uma criança está trabalhando a lã, preparando para a máquina. Uma alça o pegou e carregou para a máquina e nós encontramos membros em um lugar e em outros. Ele foi cortado em pedaços.” O desemprego trazia a possibilidade da penúria total; esse era outro problema que atingia esses trabalhadores. O fantasma do desemprego levava os trabalhadores a aceitarem as regras e a hierarquia presentes na fábrica. Embora esse processo tenha sido lento e repleto de resistências por parte dos trabalhadores, o sistema fabril se estabeleceu. 4 Patrick ColquhounTratado sobre a Indigência .http://books.google.com.br/ 14 Unidade: A Revolução Industrial Material Complementar Site do Núcleo de Estudos Contemporâneos – mapas, documentos e cronologias http://www.historia.uff.br/nec/ Site de História da BBC – textos sobre a industrialização http://www.bbc.co.uk/history/british/victorians/ Jogo on-line sobre a industrialização http://www.bbc.co.uk/history/british/victorians/launch_gms_cotton_millionaire.shtml Site: Internet Modern History Sourcebook – lista de links e documentos sobre a revolução (ingles) http://www.fordham.edu/halsall/mod/modsbook14.html#The%20Industrial%20Revolution http://www.historia.uff.br/nec/ http://www.bbc.co.uk/history/british/victorians/ http://www.bbc.co.uk/history/british/victorians/launch_gms_cotton_millionaire.shtml http://www.fordham.edu/halsall/mod/modsbook14.html%23The%2520Industrial%2520Revolution 15 Referências ARIES, P. História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. 7. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. 5 vol. DECCA, E. S. O Nascimento das Fábricas. 10. ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. 8 vol. HOBSBAWM, E. J. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. 17. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003. _____. A Era do Capital: 1848-1875. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. IGLESIAS, F. A Revolução Industrial. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. 16 Unidade: A Revolução Industrial Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 http://www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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