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Lúdico e Musicalização na Educação Infantil
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cor – enfim, a criança age sobre o objeto, determinando a ação, tendo a oportunidade de participar de uma experiência enriquecedora e única. FIGURA 13 – EXERCÍCIO SENSÓRIO-MOTOR FONTE: Disponível em: <http://www.colegiobrasilia.com.br/cursos/infantil/index.html>. Acesso em: 11 dez. 2010. A seguir você encontrará algumas sugestões de jogos e exercícios sensório- motores, que você, professor(a), pode explorar com seus alunos: • passar água ou areia de um recipiente (pode ser um balde de brinquedo ou outro recipiente semelhante) para outro, utilizando copos ou colheres; • saltar no mesmo lugar com os dois pés juntos; UNIDADE 1 | LÚDICO E EDUCAÇÃO INFANTIL 30 • transformar uma caixa de papelão em diferentes objetos, com os quais a criança irá interagir livremente e de diferentes maneiras (ela pode entrar na caixa que pode se transformar num carro, numa casa, num escorregador); • lançar a bola na parede e tornar a pegá-la; • andar sobre diferentes tipos de traçados no chão; • lançar uma bola de meia, dentro de uma caixa de papelão; • andar livremente batendo palmas; • manipular objetos que provocam ruídos, batendo, sacudindo, apertando; • procurar objetos escondidos na sala de aula ou no pátio da escola; • empurrar brinquedos com rodas (como carros de brinquedo). Portanto, a criança precisa explorar o seu mundo para conhecê-lo e, principalmente, para se conhecer; portanto, professor(a), você pode criar inúmeras atividades divertidas e que sejam enriquecedoras para seus alunos. FIGURA 14 – EXERCÍCIO SENSÓRIO-MOTOR FONTE: Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/criancas- muito-aprender-creche-educacao-infantil-aprendizagem-brincadeiras-linguagem-546791. shtml?page=6>. Acesso em: 6 jan. 2011. TÓPICO 2 | AS ATIVIDADES LÚDICAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 31 Leia agora uma sugestão de atividade para as crianças. GRANDES TALENTOS Suzel Tunes Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a perceber que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e produzindo algo para ser visto – experiência que já é estética. Oferecer diferentes materiais aos pequenos é uma maneira de ampliar a capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo. A vivência artística da criança será mais rica se ela tiver acesso a tintas, pincéis, lápis e canetas. • IDADE: 1 a 2 anos • TEMPO: de 10 a 15 minutos • ESPAÇO: sala de atividades • MATERIAL: um vidro grosso (janela, porta de vidro ou outra superfície transparente, desde que bem fixa, para garantir segurança), tinta guache, rolinho, pincel, esponja ou as mãos. • OBJETIVOS: explorar e reconhecer o corpo como produtor de marcas; perceber e reconhecer as características do vidro (transparência, movimentos, formas e cores) por meio da luz que atravessa o vidro. Antes de começar a pintura, estimule as crianças a observar a superfície e suas características (lisa, fria, transparente...). Brinque de fazer caretas do outro lado do vidro, de pôr a mão atrás dele para a criança tentar pegar e de amassar o rosto contra ele. Depois as crianças podem espalhar a tinta e observar que onde está pintado não há mais transparência. Proponha que elas pintem com o dedo e observem que a transparência volta por onde o dedo passa. Forme uma roda de conversa para retomar as experiências vividas no processo. FONTE: TUNES, S. Grandes talentos. Revista Nova Escola, São Paulo, n. 9, p. 22-23, abr. 2006. Edição especial. 2.2 JOGO SIMBÓLICO Do segundo ao sexto ano de vida, Piaget define a fase como “jogo simbólico”. Neste estágio a criança se desenvolve a partir da assimilação do real, isto é, através da representação, da imaginação, do mundo do faz de conta. É comum nesta fase crianças utilizarem objetos, como, por exemplo, um cabo de vassoura, para transformá-lo num cavalo e ela por sua vez no cavaleiro, ou ainda ao amarrar um pedaço de pano no pescoço ela é capaz de transformar-se em um super-herói. UNIDADE 1 | LÚDICO E EDUCAÇÃO INFANTIL 32 É interessante observar crianças brincando nesta fase, pois elas demonstram através das brincadeiras a forma como elas vivem. Um exemplo disso é quando brincam de escolinha e a criança, que representa o papel de professor(a), demonstra agressividade, autoritarismo, grita com os alunos. Provavelmente ela está reproduzindo o seu dia a dia. As atitudes são um reflexo do que ela vive: se ela é tratada com carinho e afeto, ela deixará transparecer esse modelo nas brincadeiras, assim como, se ela for tratada com gritos e ofensas, essas atitudes serão comuns nas brincadeiras. Almeida (2000, p. 47) afirma: É a fase em que, sob a forma de exercícios psicomotores e simbolismo, a criança transforma o real em função das múltiplas necessidades do seu ‘eu’. [...] Os jogos de que as crianças mais gostam são aqueles em que seu corpo está em movimento; elas ficam contentes quando podem movimentar-se, e é essa movimentação do corpo que torna seu crescimento físico natural e saudável. [...] É a fase em que a criança imita tudo e tudo quer saber (fase do porquê). É comum neste estágio as crianças não conseguirem seguir regras, por mais simples que elas pareçam e, é bom enfatizar, elas não fazem isso por desobediência. Segundo Chaparède (1956), o que acontece na maioria dos casos é que elas apenas não conseguem lembrar de todas as regras. Para elas não importa ganhar ou perder, geralmente elas jogam/brincam pelo prazer que isso lhes proporciona. De acordo com Almeida (2000, p. 48), “Nesta fase, a criança reúne-se com outras crianças para brincar, mas ainda age sem observar regras. No jogo todas ganham e todas perdem.” FIGURA 15 – JOGOS SIMBÓLICOS FONTE: <http://www.colegiobrasilia.com.br/cursos/infantil/index.html>. Acesso em: 11 dez. 2010. TÓPICO 2 | AS ATIVIDADES LÚDICAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 33 É comum as crianças optarem por atividades repetitivas. Um exemplo que podemos citar aqui é a incessante vontade de assistirem, repetidas vezes, aos mesmos filmes infantis. Muitas vezes, elas assistem tanto que já antecipam a fala do personagem do filme e dizem o texto junto com o personagem (geralmente o que mais chamou sua atenção) como se elas fizessem parte do filme. Elas sentem imenso prazer em ver, ouvir e rever as mesmas histórias e, muitas vezes, quando estão diante da TV, é muito difícil conseguir distraí-las com outra atividade, pois elas precisam, mais uma vez, ouvir e ver o que o personagem faz. Daí a importância e a atenção dos professores em procurar programas de TV ou vídeos educativos que transmitam mensagens que as crianças poderão levar para sempre como experiência de vida. Utilizar as tecnologias disponíveis como recurso pedagógico é importante, mas levar a criança a entender as imagens que foram registradas na sua memória, percebendo o certo e o errado, é papel dos professores. Discutir sobre o que está vendo, perguntar o que entendeu, por que a história aconteceu de uma maneira e não de outra, que consequências positivas e negativas a criança pode perceber na história, fazer registros das histórias através de desenhos e trabalhos escolares variados, enfim, utilizar essas imagens e conteúdos tecnológicos como forma de aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento e entendimento de emoções e superação de conflitos. Os professores fascinantes transformam a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência. Sabem que apenas a experiência é registrada de maneira privilegiada nos solos da memória, e somente ela cria avenidas na memória capazes de transformar a personalidade. Por isso, estão sempre trazendo as informações que transmitem para a experiência de vida. (CURY, 2003, p. 57). Ter consciência da importância das atividades, das histórias, dos filmes, brincadeiras etc. que você, professor(a), escolherá para trabalhar com seus alunos é fundamental. Para auxiliá-lo(a) veja algumas atividades que seguem como sugestão de jogos