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Lucas Presotti Borges – Pediatria PNEUMONIA • Doença de alta morbidade e mortalidade. Há dificuldade para diagn. etiológico. O agente é importante na hora de você escolher o tratamento. • Saber tratamento adequado. PNM hospitalar tem que optar por antibióticos de maios espectro (considerar se houve uso prévio ou não de ATB) • Saber quais os sinais que indicam que essa criança seja internada PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS: TÍPICOS ATÍPICOS GERMES ATÍPICOS MYCOPLASMA PNEUMONIAE CLAMYDIA PNEUMONIAE CLAMYDIA TRACHOMATIS SOBRE Infecções ocorrem durante o ano todo. Mais comum em escolares 7-8 anos. (Rara antes dos 3-4 anos). Pouco contagiosa. Iniciar rápido o tto para não Mycoplasma. Bactéria intracelular obrigatória. Com isso não cresce em meios de cultura. Pega crianças mais velhas que o Mycoplasma = PRÉ ADOLESCENTE. Comum em situações de conglomerado. Inicio entre 1-3 meses. Sexualmente transmissível. Transmissao vertical. PATOGENIA É o menos sistema autorreplicante e precisa se ficar às células para obter precursores especiais História materna de vulvovaginite, condições precárias de parto, conjuntivite neonatal, tosse persistente, taquipneia, afebril. CLÍNICA Inicio abrupto. Mais comum: cefaleia, mal-estar, febre baixa e irregular, rinorreia e odinofagia. Rouquidão e tosse. A tosse é persistente. Febre não vai embora (baixa e irregular entre 38ºC). LEMBRA ASMA. Pneumonia atípica, com febre baixa, mal- estar, cefaleia, tosse e faringite. *Em asmáticos pode desencadear crises importantes de asma. Inicialmente conjuntivite (aos 15 dias de vida). De 1-3 meses de vida: quadro pulmonar importante, tosse. D.Dif: Coqueluche DIAGNÓSTICO Não adianta fazer só hemocultura. Tem que fazer Sorologia. Raio X: inespecífico. Sorologia Isolamento em cultura tecidual Hemograma = inespecífico Raio X: hiperinsuflacao c/ infiltrados intersticiais ou alveolares mínimas. LABORATÓRIO Hemograma normal. VHS aumentado. Hemogrma normal ou c/Eosinofilia Staphilococcus aureus Streptococcus pneumoniae Haemophilus Influenzae Mycoplasma Pneumoniae Chlamydia pneumonia Chlamydia trachomatis Lucas Presotti Borges – Pediatria GERMES TÍPICOS STREPTOCOCCUS A. PNEUMONIAE STAPHILOCOCCUS AUREUS HAEMOPHILUS INFLUENZAE SOBRE Forma mais comum de PNM Comum na criança pequena. É rápida e progressiva. (Grave) 30% em < de 3 meses. 70% em < de 1 ano. Haemophilus tipo B. Causa importante de infecção bacteriana grave = MENINGITE (não vacinados). Vacina = Penta. PATOGENIA Por aspiração de MO de VAS, chega em local restrito, vai pra um alvéolo e lá promove processo infeccioso com inflamação. No RX esse processo inflamatório mostra Pnemonia lobar. Via hematogênica (por lesão de pele ou cateter profundo). Agente chega ao pulmão através da corrente sanguínea = Pneumonia disseminada. Faz processo de necrose -> destrói o alvéolo e drena secreção purulenta para pleura. Entao pode ocorrer penumotorax e derrame pleural purulento (MT COMUM) Mais comum em crianças complicadas com meningite CLÍNICA No lactente: começa com IVAS e logo surge febre alta (no 2º ou 3º dia), calafrios e dificuldade respiratória. O exame de tórax poder ser absolutamente NORMAL. Ppl exame é FREQUENCIA RESP. Na criança > 3 anos : estertores, MV normal, macicez a percussão, retrações. Pode ocorrer derrame pleural ou empiema e sopro tubário. Começa com uma IVAS. (Infeccao viral favorece de alguma forma a bacteria). Tem mudança abrupta do estado geral. Febre alta, tosse, dificuldade respiratória, distensão abdominal, vômito, diarreia. PROGRESSAO RAPIDA (clinica e radiologicamente) Lobar em geral. Podem ocorrer derrame pleural e pneumatocele. Inicio insidioso. com evolução prolongando-se por semanas. Não compromete muito o estado geral. Complicacoes: bacteremia, pericardite, celulite, empiema, meningite e artrite supurativa DIAGNÓSTICO É Clínico: Indistinguível das outras pneumonias. Evolução rápida em lactentes. Historia de furunculose ou internação recente (pplmente com acesso profundo) RaioX: inespecífico (área limitada ou todo lobo ou hemitorax). Derrame pl. ou empiema. Pneumatoceles são comuns Isolamento do MO no sangue, liquido pleural ou aspirado pulmonar. LABORATÓRIO Hemograma: leucocitose (com desvio ou não) Leucograma: leucocitose com predomínio de polimorfonucleares. Leucocitose moderada. DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO Para confirmar diagnóstico faz-se isolamento da bactéria no sangue ou no derrame pleural(se estiver presente). Também pode fazer cultura. Cultura de aspirado traqueal Punção pleural (proteína > 2,5g e glicose baixa) Lucas Presotti Borges – Pediatria DIAGNÓSTICO DE PNEUMONIA Baseado nos sinais gerais e do trato respiratório. Os sinais que denotam gravidade são: • Recusa alimentar • Convulsões • Sonolência • Dificuldade para acordar • Estridor em repouso • Febre >38ºc ou hipotermia <35ºc • Desnutrição grave • Distensão abdominal • Toxemia A frequência respiratória aumentada dá o diagnóstico de PNM. O uso de Musculatura acessória (tiragem) sugere GRAVIDADE. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Asma: aumenta FR (Dá beta 2, se a criança melhorar é asma, se não é PNM) - Bronquiolite: Aumenta FR, infecção mais comum no 1º ano de vida (Forma grave = interna também) AGENTES ETIOLÓGICOS Primeiro passo: diagnosticar PNM Segundo passo: descobrir agentes mais prováveis pra entrar com o ATB certo. 1. < 2 meses: normalmente quem causa PNM são as bactérias gram negativas, e no RN aquelas que foram adquiridas do canal vaginal (Streptococcus tipo B, Chlamydia trachomatis, Listeria). Então o esquema que a gente vai usar é pra pegar tanto os gram negativos quanto os gram positivos que podem ter passado pelo canal do parto. E notem que a gente ainda tem a Chlamydia trachomatis, com aquelas características de ser afebril e pouco comprometimento do estado geral, então ela é um pouquinho diferente. HOSPITALAR PNM < 2 meses Sinais Tiragem persistente e/ou FR > 60 Sem tiragem e FR < 60 Classificar como Pneumonia grave Não é pneumonia Conduta Internação Orientar retorno se piora PNM de 2 meses a 4 anos Sinais Tiragem Sem tiragem 2-11m: FR > 50 1-4 anos: FR > 40 Sem tiragem ou taquipnéia Classificar como Pneumonia grave Pneumonia Não é pneumonia Conduta Internar Tratamento domiciliar com retorno em 48 horas Tratamento domiciliar Ampicilina com aminoglicosídeo (Gentamicina ou amicacina -> pega o gram negativo) S. Aureus = Oxacilina com gentamicina ou amicacina Lucas Presotti Borges – Pediatria 2. 2 meses – 4 anos são basicamente 3 germes: S. pneumoniae e H. influenzae (não vacinados). Raramente o Staphylococcus aureus AMBULATÓRIO HOSPITALAR 3. > 4 anos: aqui já começa Streptococcus pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae, lembrando que quanto mais próximo da idade escolar, mais provável de ser Mycoplasma *Em pneumonias atípicas sempre usar Eritromicina por 14 dias ou Claritromicina. EXAMES COMPLEMENTARES • Radiografia • Hemograma: inespecífico e na maioria das vezes estará normal (pode dizer se é bacteriana ou não) • Hemocultura • Teste sorológico • Culturas em meios especiais: caros e demorados e nem sempre definem etiologia. DERRAME PLEURAL Diagnóstico: piora clínica. (dificuld. Respiratória, MV diinuido, persistência da febre) Exame: Rx de tórax, TC, ecografia. -> TORACOCENTESE Liq. Não complicado: Liq. Complicado (purulento): não precisa drenar. Tem que drenar. Penicilina Procaína ou Amoxicilina 48 horas sem melhora = Amoxicilina. + Clavulanato Penicilina cristalina EVou Ampicilina Se melhorar = mantém ampicilina ou amoxacilina VO por 7 dias. CRITÉRIOS PARA INTERNAÇÃO: 1. Menores de 2 meses (lembrar da tiragem) 2. Derrame pleural 3. PNM pós sarampo. (o sarampo pode causar quadros recorrentes na criança mesmo depois de uma melhora) 4. Patologia de base 5. Internação prévia 6. Uso prévio de antibióticos (observar maus tratos por parte da mãe em dar remédio errado. Se suspeitar disso, tem que internar criança.) 7. Condições socioeconômicas inadequeadas Ceftriaxone EV + Oxacilina por 10-14 dias (Cefalexina é por VO, pode subst. a Oxacilina) Após 48h sem melhora: pneumoco resistente? Abcesso? Derrame? = entrar com Vancomicina + Ceftriaxone
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