Paper Escola e Sociedade

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RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA
Lisandra Souza Peretti¹
Daniela Rohan Hirschmann ²
RESUMO
Percebe-se que os alunos que tem um maior acompanhamento familiar, pois a família é a primeira instituição social onde a criança está inserida, demonstram um avanço superior no desempenho escolar o qual os acompanham até o ingresso e permanência nas universidades, contribuindo para uma formação acadêmica com maior êxito. Há um fator em destaque, como a relação professor e aluno, onde a influência do professor tende a refletir de forma positiva ou negativa no crescimento educacional do educando enquanto ser em formação. É explícita a preocupação de inúmeras famílias com a escolarização de seus filhos e o sucesso escolar dos mesmos, pois atualmente há grande preocupação quanto à crise de identidade nas diversas áreas de profissionalização, em que o mercado de trabalho tornou-se, e também com a inserção do homem na sociedade. Desta forma, vimos a importância da relação escola, família e sociedade como propulsora da relação ensino-aprendizagem escolar.
Palavras-chave: Desempenho escolar. Família. Escola. Sociedade. 
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo compreender e relacionar a enfatizar as relações entre a Escola, Família e Sociedade durante a trajetória escolar dos alunos.
Quando entendemos e consideramos a família como sendo a primeira instituição social na qual a criança está inserida e sendo assim recebe a primeira educação, entendemos que o processo de socialização se dá no convívio familiar e, em especial, por meio das práticas educativas desenvolvidas com a finalidade de transmitir crenças, valores, hábitos e conhecimentos. Identificamos assim, o quão importante é o papel da família na formação educativa da criança e no convívio social. A participação familiar no desenvolvimento das atividades escolares de seus filhos demonstra que a valorização e o esforço que destinam a educação dos mesmos é um dos principais meios de ascensão social e torna-se um forte incentivo para seus filhos.
A busca incansável e incessante pelo sucesso escolar leva muitos educandos a enfrentar dificuldades dentro do ambiente escolar e em muitos casos devido á falta de aprendizagem e prioridade de excelência na educação básica.
A relação família e escola é um tema um tanto complexo, mas de extrema importância de parceria no desenvolvimento educacional do estudante, no processo de ensino e aprendizagem e no acompanhamento da escolaridade não apenas no ambiente escolar como também no contexto familiar.
A tradição de levar conhecimento às gerações futuras é algo que pertence às diversas culturas do mundo. Atualmente, a escola é o primeiro ambiente externo de socialização entre os indivíduos, pois antes acontece a convivência com familiares e parentes. A partir desse contato social, as pessoas aprendem além de conhecimentos, valores e convenções culturais de sua região.
2. A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO AMBIENTE ESCOLAR
Atualmente, vem sendo cada vez mais comum as famílias entregarem para as escolas a responsabilidade de ensinar seus filhos e acreditam que os profissionais da educação irão contagiá-los com valores morais, éticos, regras e boas condutas, desde hábitos higiênicos até boas maneiras. Famílias alegam trabalhar cada vez mais e acabam ficando sem tempo para zelar por seus filhos.
O meio escolar garante o resultado do procedimento educacional, precisa e muito do desempenho e também da colaboração familiar, que necessita estar cuidadosa a todas as áreas no crescimento estudantil de seus filhos, sendo a escola responsável por abrir espaços para a participação das famílias na tomada de decisões administrativas e pedagógicas, o que acaba favorecendo e facilitando a educação dos estudantes.
Quando nos referimos a educação de crianças, podemos sempre evidenciar duas instituições, as principais e mais importantes neste processo, que são a escola e a família. Ambas com um único objetivo em comum, ou seja, conduzir as crianças de maneira correta para que no futuro se tornem adultos responsáveis e também com um caminho próspero. 
Segundo a LDB (2004, p. 27):
Art 2º. A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Atualmente, a aproximação das escolas com as famílias de seus alunos incita-nos a repensar a particularidade de ambas no desenvolvimento infantil. São ainda inúmeros discursos sobre o tema que tratam a família de modo oponente, pois ora consideram como refúgio da criança e ora como uma ameaça ao seu pleno desenvolvimento.
Segundo Szymanzki (2003, p.22):
“é na família que a criança encontra os primeiros ‘outros’ e, por meio deles aprende os modos de existir – seu mundo adquire significado e ela começa a construir-se como sujeito”.
Isso não quer dizer que a escola não deve ensinar ou não possa ensinar valores morais e sociais, mas a escola além desses ensinamentos possui outras particularidades, conforme salienta Szymanki (2003, p. 99):
A escola, entretanto, tem uma especificidade – a obrigação de ensinar (bem) conteúdos específicos de áreas do saber, escolhidos como sendo fundamentais para a instrução de novas gerações. O problema de as crianças aprenderem fração é da escola. Família nenhuma tem essa obrigação.
Desta forma, percebemos que as duas instituições possuem interesses comuns, mas cada uma com sua forma particular de ensinar e assim a família passa a participar do ambiente escolar de maneira bem sutil. Conforme Szymanki (2003, p. 101):
“As famílias podem desenvolver práticas que venham a facilitar a aprendizagem na escola (por exemplo, preparar para a alfabetização) e desenvolver hábitos coerentes com os exigidos pela escola (por exemplo, hábitos de conversação) ou não.
É nesse sentido que a família começa a participar da escola, com pequenas participações, pequenas intervenções no processo educacional da criança mas que com certeza gera grandes mudanças no seu comportamento.
5. CONCLUSÃO
Ao longo dessa pesquisa, identifiquei que ainda são muitas as dificuldades de convivência por escola e familiares de seus alunos, podendo-se dizer inclusive, que por ora essas dificuldades são de forma conflituosa, principalmente por parte dos pais, que não conseguem ver uma forma de poderem participar da vida escolar dos filhos. As instituições escolares por sua vez, realizam atividades extracurriculares com a finalidade de aproximar os pais para que eles possam se aproximar e participar do ambiente no qual seus filhos estão inseridos. 
Contudo, as famílias trazem inúmeras respostas pela ausência na escola, sendo uma delas o fato de trabalhar cada vez mais, o que os impossibilita de participar e zelar mais por seus filhos.
Infelizmente, tais atitudes levam a pensar que já seja uma cultura das famílias de não participarem das atividades, pois inclusive são realizados projetos justamente para que possa haver essa aproximação. Evidente que não é 100% de famílias que não fazem parte do meio escolar dos alunos, mas um número bem significativo.
Quanto ao desempenho escolar, as crianças que não tem a presença da família ou que os mesmos só comparecem à escola depois de chamados de maneira bastante insistente e/ou que a criança já virou um problema dentro da instituição escolar, essas não tem um desempenho satisfatório, pois sentem-se desamparadas e desmotivadas em relação a sua educação, pois seus responsáveis não conhecem a escola, nem seus professores, então, assim, se acomodam e não se sentem estimulados a aprender. 
Esta relação entre família e escola exige ainda muita pesquisa, muitos estudos a serem desenvolvidos, pois são inúmeras as dificuldades entre ambas que necessitam respostas para que possamos realizar nossas atividades de maneira satisfatória tanto para a escola quanto para a família e assim tornar nossos alunos mais interessados pelo ensino e também para que eles se sintam valorizados.
REFERÊNCIAS
Disponívelem: https://www.resumoescolar.com.br/sociologia/educacao-escola-e-sociedade/, acesso 18/03/2020.
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. Cartas a quem quiser ensinar. São Paulo. Olho d”água. 1997.
REIS, Risolene Pereira. Relação família e escola: Uma parceria que dá certo. Mundo Jovem. Um jornal de ideias. p 06. Ano XLV – Nº 373 – Fevereiro 2007.
SZYMANZKI, Heloisa. A Relação família/escola: Desafios e perspectivas. Brasília. Plano Editora. 2003.
1 Lisandra Souza Peretti, graduanda do Curso de Pedagogia.
2 Daniela Rohan Hirschmann,Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (FLEX)