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TUBERCULOSE - Diagnóstico e imagem na pediatria

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Produzida por Mycobacterium Tuberculosis 
Transmissão respiratória - núcleos de Wells: 1 - 3 bacilos 
Um indivíduo infectado em 1 ano pode infectar em média 10 a 15 pessoas
Quem transmite?
Doente com tuberculose pulmonar bacilífero
NÃO transmite aquele paciente com tuberculose extrapulmonar e o doente em
tratamento (em geral depois de 15 dais)
Etiopatogenia:
Não se transmite por:
Sangue contaminado 
Copos e talheres 
Roupas e objetos 
Alimentos 
Usando o mesmo banheiro 
Sexo ou pelo beijo 
Como é transmitida?
Pela tosse, espirro, fala - liberação de partículas no ar
com o bacilo 
7,5 milhões de crianças entre 0-14 anos infectadas a
cada ano --> a cada 1 milhão de crianças infectadas
52% são crianças menores de 5 anos. 
O percentual de casos de TB não diagnosticadas por
faixa etária:
Em crianças < 5 anos o percentual é maior porque
tem uma dificuldade de diagnóstico e falha na
investigação.
Aproximadamente 55% dos casos estimados de TB
nas crianças (0-14 anos) não são notificados aos
programas nacionais. 
1,6 milhões de óbitos em 2017
233.000 crianças entre 0 e 14 anos
80% < 5 anos
96% dos óbitos aconteceu em crianças que não
tiveram acesso ao tratamento
17% dos óbitos em crianças coinfectadas TB/HIV
Epidemiologia da TB pediátrica:
Regiões norte e Centro Oeste são as mais prevalentes, por
dificuldade de alcance do serviço de saúde e pela
população indígena. 
MANEJO CLÍNICO DA
TUBERCULOSE PEDIÁTRICA
Crianças menores de 5 anos possuem maior risco de desenvolver TB ativa após o
contato; 
Entre 5 e 10 anos o risco diminui, voltando a se elevar na adolescência 
Independentemente da faixa etária, o risco de adoecimento das crianças é sempre
maior do que o dos adultos.
Idade:
PULMONAR:
Mais frequente: 90% adultos e 75% crianças 
Sintomas gerais: 
Queda do estado geral 
Febre baixa vespertina 
Falta de apetite 
Emagrecimento 
Sudorese noturna 
Sintomas específicos:
Tosse persistente > 3 semanas, hemoptises (rara em crianças)
Pneumonia que não melhora
Difícil diagnóstico na infância: 40 - 50% dos lactentes e 80 - 90% de crianças
maiores são assintomáticas 
TB em crianças é paucibacilar (não transmitem e dificulta o isolamento), BK
difícil de encontrar --> diagnóstico muitas vezes é pela clinica + epidemiologia
EXTRA PULMONAR:
Maior dificuldade no diagnóstico 
Confirmação bacteriológica somente em cerca de 25% dos casos
Mais comum em crianças (25 -30%)
Pleural - mais comum em adultos, derrame pleural, ↓ glicose, ↑proteínas 
Ganglionar - mais comum em crianças, unilateral, frequente em cadeia cervical, não
responde ao uso de antibióticos, adenomegalia indolor de mais de 3 semanas
Ósteo-articular - mais comum em crianças e idosos, coluna vertebral 
SNC - forma grave, meningoencefalite ou tuberculoma cerebral 
Pericárdica - rara, por contiguidade, derrame pericárdico 
Gastrointestinal - úlceras em jejuno e íleo, peritonite secundária 
Oftálmica - uveites 
Geniturinária - renal: incomum em crianças; genital: mais comum em mulheres 
Cutânea - incomum em crianças, nódulos, escrofulodermia
Miliar - FOD, pode coexistir com TB SNC, grave
Formas clínicas:
1.
2.
Bacteriológico; direto ou cultura 
Prova tuberculínica (PPD)
Raio -X
TC 
Teste de sensibilidade 
Histopatologia 
Diagnóstico:
Reação em Cadeia de Polimerase (PCR)
ELISA 
ADA (formas pleuro-pulmonares)
IGRA
Bacteriologia:
Direta (Baciloscopia):
Método prioritário - diagnóstico e
controle (80% Tb P)
Para ser positiva: mínimo 5.000
bacilos/mm 
Detecta BAAR
2 amostras de escarro 
Escarro espontâneo ou induzido 
Lavado gástrico 
Broncoscopia: lavado ou biópsia 
Baciloscopia direta deve ser solicitada
para:
Sintomático respiratório
Suspeita clínica e/ou radiológica de
TB pulmonar, independentemente
do tempo de tosse
Suspeita clínica de TB
extrapulmonar
A baciloscopia de escarro quando
executada corretamente, permite
detectar de 60 a 80% dos casos de TB
pulmonar.
1.
Cultura:
Teste padrão ouro
Positiva com menor número de
bacilos
M. Tuberculosis (2-4 semanas)
Avaliação da sensibilidade as drogas e
resistência
Cultura para micobactéria está
indicada nos seguintes casos:
Suspeita clínica e/ou radiológica
de TB com baciloscopia
repetidamente negativa 
Suspeita de TB com amostras
paucibacilares (poucos bacilos)
Suspeitos de TB com dificuldades
de obtenção da amostra
Suspeita de TB extrapulmonar 
Casos suspeitos de infecções
causadas por micobactérias não
tuberculosas (MNT)
Consiste na aplicação intradérmica de um derivado proteico purificado (PPD) do M.
tuberculosis, com a finalidade de medir a hipersensibilidade a este antígeno. 
Deve ser interpretada como sugestiva de infecção por M. tuberculosis,
independentemente do tempo de vacinação pelo BCG
Positivo ≥ 5 mm 
Negativo ≤ 4 mm 
É um teste imunológico capaz de identificar a infecção pelo M. tuberculosis por meio
da presença do Interferon Gamma produzido pelas células mononucleares
periféricas, em resposta a antígenos específicos do M. tuberculosis. 
Positivo - ILTB presente 
Negativo - não afasta ILTB em crianças menores de 5 anos e imunossuprimidos 
Indeterminado - repetir o teste 
 2. PPD:
 3. IGRA:
Incidências básica - PA e perfil 
Em crianças que não conseguem ficar na
posição para fazer PA pode ser feita em
AP. 
 4. Radiografia de tórax:
TB primária: doença de criança, mas vem aumentando em adultos:
Consolidação parenquimatosa 
Linfonodomegalia mediastinal e hilar 
Atelectasia 
Derrame pleural 
Padrão miliar ou micronodular 
TB pós-primária: é a forma de adoecimento em adultos e adolescentes 
Opacidades heterogêneas 
Cavidades 
Consolidações 
Padrão retículo-nodular 
Nódulo (Tuberculoma)
Imagens radiológicas comuns causadas pela TB
observada em um Raio-X de tórax:
As imagens radiológicas mais comuns são:
Envolvimento dos linfonodos mediastinais e
hilares e as complicações causadas por esses
linfonodos quando se infiltram nas estruturas
mediastinais, especialmente nas vias aéreas. 
Na maioria das crianças, a anormalidade mais
comum é:
Aumento mediastinal e/ou linfonodal - 50%
Opacificação alveolar (doença do espaço aéreo)
- 30%
Derrame pleural - 8%
TB miliar - 5%
Localizações mais frequentes:
Segmento posterior do
lobo superior direito
Segmento superior do
lobo médio
Alargamento do
contorno direito do
mediastino supeiror 
Cavitação - mais comum
na pós-primária 
Cavitação no lobo
superior direito (10 anos) 
Cavitação e nódulos
centrolobulares -
mostram a doença ativa 
Padrão de tuberculose
miliar 
Derrames pleurais Tuberculoma (seta
branca): massa ou
nódulo pulmonar bem
definido que simula
tumor
Diagnóstico bacteriológico confirmado (baciloscopia e/ou cultura positivas)
Diagnóstico baseado em dados clínico-epidemiológicos e em resultados de exames
complementares
Definição de caso de TB:
Até os 4 anos tem a
presença do timo que
pode aparecer no Raio-
X e ser confundido com
alguma alteração
pulmonar.
BCG:
Prevenir as formas graves de TB (miliar e meníngea)
Indicações:
Crianças com menos de 5 anos de idade 
Obrigatória para menores de 1 ano, preferivelmente ao nascer 
Para crianças HIV + assintomática e filhos de mães HIV +
Contatos de Hanseníase 
Profissionais de saúde não reatores ao teste tuberculínico 
Militares não reatores ao teste tuberculínico 
População indígena sem cicatriz vacinal 
Contra indicações: 
RN com peso inferior a 2kg
Afecções dermatológicas no local da aplicação da vacina 
Uso de imunodepressores 
Pacientes adultos HIV + assintomáticos ou sintomáticos com contagem de
linfócitos TCD4 < 200 células /mm³
Crianças sintomáticas ou assintomáticas com contagem de linfócitos < 15%
Imunodeficiência congênita 
Quimioprofilaxia: 
Consiste no uso de medicamentos (INH) para a prevenção da infecção pelo M.
Tuberculosis ou para evitar o desenvolvimento da doença naqueles infectados
Primária e secundária
Prevenção:
No Brasil uso de Isoniazida em RN
contatos de adultos com doença ativa
Administrado durante 3 meses, após o
que se faz a prova tuberculínica. 
Se resultado positivo (≥ 5mm)
manter a quimioprofilaxia por
mais 3 meses.Se negativo, interrompe-se o uso
da droga e aplica a vacina BCG
Primária: em não infectados para prevenir a
infecção
Secundária: em infectados, sem sinais de doença, para prevenir a evolução da infecção 
Fluxograma de
conduta diante de um
paciente < 10 anos:
Fluxograma de
conduta diante de um
paciente adolescente
> 10 anos e adultos:
Escore:
40 pontos: iniciar
tratamento 
30 pontos:
indicativo de TB,
iniciar o
tratamento, a
critério clínico
< 30 pontos:
continuar
investigação: lavado
gástrico,
broncoscopia,
escarro induzido,
punções e métodos
rápidos
Diagnóstico de TB na
criança:
Baseado na história clínica
+ Radiologia + contato +
PPD + Vacinação BCG +
estado nutricional

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