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EMPREENDEDORISMO

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Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira/
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/ 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / 
Heber Acuña Berger/ 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
O QUE É EMPREENDEDORISMO? ........................................................................................................................... 5
EMPREENDEDOR OU ADMINISTRADOR? .............................................................................................................. 5
EMPREENDEDORISMO: BREVE HISTÓRICO .......................................................................................................... 6
ALGUNS MITOS SOBRE OS EMPREENDEDORES .................................................................................................. 8
ESPÍRITO EMPREENDEDOR E APRENDIZAGEM EMPREENDEDORA ............................................................... 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 14
CONHECENDO 
EMPREENDEDORISMO
PROF. ME. FÁBIO VAZ
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Uma questão que perturba muitas pessoas que querem prosperar na carreira e na vida é: 
“abrir ou não seu próprio negócio?”. Abrir mão da carteira assinada para tocar a própria empresa 
é uma opção feita por milhares de trabalhadores a cada ano.
Isso pode gerar muitos empreendedores de sucesso ou uma legião de desempregados. 
Esse resultado depende de muitos fatores. Há 20 anos a criação de um negócio próprio por jovens 
recém-formados era considerado uma loucura, mesmo porque as universidades formavam 
profissionais para dirigir uma grande empresa e não para criar empresas.
Mudar essa visão levou algum tempo para redirecionar ações e repensar conceitos. 
Atualmente, o empreendedorismo já tem sido centro das políticas na maioria dos países e 
existem muitas ações relacionadas com o empreendedorismo e inovações tecnológicas como, por 
exemplo, programas de incubação de empresas e parques tecnológicos, programas e incentivos 
governamentais para promover a inovação e transferência de tecnologia, entre outros.
A ideia de um espírito empreendedor está de fato associada a pessoas realizadoras, que 
mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de negócios.
A pessoa que assume o risco de começar uma empresa é um empreendedor. Empreendedor, 
do latim imprendere, significa “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” (dicionário Houaiss da 
língua portuguesa, 2001), “colocar em execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo 
significado da palavra francesa entrepreneur, que deu origem à inglesa entrepreneurship 
(comportamento do empreendedor).
Segundo Dornelas (2008), “o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, 
e antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização”, já para Chiavenato (2004), “o 
empreendedor é a pessoa que inicia ou opera um negócio para realizar uma ideia ou projeto 
pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente”.
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ENSINO A DISTÂNCIA
O QUE É EMPREENDEDORISMO?
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à 
transformação de ideias em oportunidades.
Segundo Timmons (citado por DOLABELA, 2006), “o empreendedorismo é uma 
revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi para o 
século 20”, ao comparar com a revolução industrial, a grande responsável por radicais mudanças 
no século 20, demonstra o grau de importância para a sociedade do tema empreendedorismo.
Uma outra definição interessante é a de Schumpeter (citado por FILION,1999), que expõe 
que “empreendedorismo está na percepção e aproveitamento das novas oportunidades no âmbito 
dos negócios [...] sempre tem a ver com criar uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em 
que eles sejam deslocados de seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações.”
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -SEBRAE 
(2009), o empreendedor tem como característica básica o espírito criativo e pesquisador. Ele 
está constantemente buscando novos caminhos e novas soluções, sempre tendo em vista as 
necessidades das pessoas.
A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e oportunidades e a 
preocupação sempre presente com a melhoria do produto. Enquanto a maior parte das pessoas 
tende a enxergar apenas dificuldades e insucessos, o empreendedor deve ser otimista e buscar o 
sucesso, apesar das dificuldades.
EMPREENDEDOR OU ADMINISTRADOR?
Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter sucesso, 
mas nem todo administrador é um bom empreendedor. O trabalho do administrador seria o ato 
de planejar, organizar, dirigir e controlar (PODC). As demandas especificam o que deve ser feito 
e restrições são os fatores internos e externos da organização que limitam o que o responsável 
pelo trabalho administrativo pode fazer.
Segundo Hampton (1991), os administradores se diferem por ocupar um nível na 
hierarquia, que define como os processos administrativos são alcançados, e o conhecimento que 
tem no geral da empresa. O trabalho administrativo pode ser identificado como de supervisão, 
médio e alto.
Os supervisores tratam de operações de uma unidade específica, como uma seção ou 
departamento. Os Administradores médios ficam entre os mais baixos e os mais altos níveis da 
hierarquia em uma organização. Já os administradores de alto nível são aqueles que têm a mais 
alta responsabilidade e a mais abrangente rede de interações.
Lembremos que o empreendedor tem algo a mais: características e atitudes que o 
diferenciam do administrador tradicional, e que para ter sucesso ele possui características extras, 
além do atributo do administrador,e alguns atributos pessoais que, somados a características 
sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa dando uma ideia, 
surgindo uma inovação, e desta, uma nova empresa.
Os empreendedores de sucesso são visionários, sabem tomar decisões, são indivíduos que 
fazem a diferença, sabem explorar ao máximo as oportunidades, são determinados e dinâmicos, 
dedicados, otimistas, independentes, ficam ricos, são líderes, organizados, sabem planejar, 
possuem conhecimento, assumem riscos e criam valor para a sociedade.
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Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação 
complicada. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas vezes 
está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos. Empreender é 
também agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las em um 
negócio lucrativo.
O conceito de empreendedorismo foi utilizado inicialmente pelo economista Jo-
seph Schumpeter, em 1950.
O empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as 
empresas buscam a inovação, preocupam-se em transformar conhecimentos 
em novos produtos. Existem, inclusive, cursos de nível superior com ênfase em 
empreendedorismo, para formar indivíduos qualificados para inovar e modificar 
as organizações, modificando assim o cenário econômico.
O empreendedorismo corporativo significa aplicar a atitude de empreendedor 
no âmbito corporativo, ou seja, de uma empresa. A presença de empreendedo-
res em uma empresa potência o seu crescimento.
Disponível em: https://www.significados.com.br/empreendedorismo/
EMPREENDEDORISMO: BREVE HISTÓRICO
Ao que se sabe, a palavra “empreendedor” surgiu na França, com significado de: aquele 
que assume riscos e começa algo novo.
A utilização do termo “empreendedorismo” é atribuída a Richard Cantillon (1755) e a 
Jean-Baptiste Say (1800). Ambos definiam os empreendedores como pessoas que correm riscos 
porque investem o seu próprio dinheiro em empreendimentos.
O primeiro uso do termo empreendedorismo foi por Marco Pólo, que assinou um 
contrato com um homem que possuía dinheiro que hoje é mais conhecido como capitalista, para 
vender as mercadorias deste.
Na idade média, o termo foi definido para aqueles que gerenciavam grandes projetos de 
produção, que não assumiam grandes riscos, apenas gerenciavam os projetos com os recursos 
disponíveis pelo governo do país.
Já no século XVII, o empreendedor estabeleceu um acordo contratual com o governo 
para realizar alguns serviços ou fornecer produtos. Por ter os preços prefixados, qualquer lucro 
ou prejuízo era de responsabilidade do empreendedor.
No século XVIII, com a industrialização que ocorria no mundo, o capitalista e o 
empreendedor foram finalmente diferenciados. No final do século XIX e início do século XX, os 
empreendedores foram confundidos com os administradores, como aqueles que organizavam a 
empresa, pagavam os empregados, planejavam, dirigiam e controlavam as ações desenvolvidas 
na organização, mas sempre a serviço do capitalista.
Mais tarde, em 1978, J. Schumpeter associa o empreendedorismo à inovação ao afirmar que 
“a essência do empreendedorismo está na percepção e aproveitamento das novas oportunidades 
no âmbito dos negócios; tem sempre que ver com a criação de uma nova forma de uso dos 
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recursos nacionais, em que eles sejam deslocados do seu emprego tradicional e sujeitos a novas 
combinações”.
Schumpeter descreveu ainda o empreendedor como responsável por processos de 
“destruição criativa”, que resultavam na criação de novos métodos de produção, novos produtos 
e novos mercados.
O conceito de risco foi introduzido por K. Knight (1967) e Peter Drucker (1970). Em 1985, 
com Pinchot, foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora 
dentro da organização a que pertence.
O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
O empreendedorismo no Brasil começou na década de 1990. Antes disso, o ambiente 
político e econômico do país não era propício. O SEBRAE é um dos órgãos nacionais mais 
conhecidos, que dá todo suporte que se precisa para iniciar uma empresa. O crescente movimento 
de franquias no Brasil também pode ser considerado um exemplo de desenvolvimento do 
empreendedorismo nacional.
Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), pesquisa que mede a capacidade 
empreendedora de vários países, o Brasil é o sétimo colocado no ranking de nações mais 
empreendedoras do mundo, no país existem cerca de 15 milhões de empreendedores.
Figura 1 – Global Entrepreneurship Monitor – Global Report. Fonte: GEM (2017).
É importante frisar que, para o GEM, o empreendedorismo é qualquer tentativa de 
criação de um novo negócio ou novo empreendimento, qualquer que seja como, por exemplo, 
uma atividade autônoma, uma nova empresa, ou a expansão de um empreendimento já existente, 
por um indivíduo, grupos de indivíduos ou por empresas já estabelecidas. Estes dados, porém, 
são muito criticados, já que não consideram o fato de a grande maioria das empresas fechar antes 
do primeiro ano de vida.
E ainda, de acordo com o relatório apresentado pela GEM (Global Entrepreneurship 
Monitor), o Brasil apareceu como o país que apresenta melhor número de habitantes adultos que 
começam um novo negócio: um adulto em cada oito. No entanto, a criação de empresas por si só 
não leva ao desenvolvimento econômico. A partir do estudo anual do GEM, originaram-se duas 
definições de empreendedorismo:
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A primeira definição é sobre o empreendedorismo de oportunidade, em que o 
empreendedor visionário sabe onde quer chegar, tem planejamentos, tem em mente o crescimento 
que quer buscar, visa lucro, geração de riqueza. Este está totalmente ligado ao desenvolvimento 
econômico.
A segunda definição é em relação ao empreendedorismo de necessidade, caracterizado 
muitas vezes pela falta de opção do empreendedor, por estar desempregado e sem alternativas de 
trabalho.
Estes negócios geralmente não são planejados e possuem poucas chances de se tornarem 
ativos no mercado, não gerando desenvolvimento econômico. Dornelas (2001) afirma que um 
dos grandes motivos do crescimento no número de empresas abertas no país se dá pelos altos 
índices de desemprego, onde o desempregado usa o valor de sua rescisão provinda de seus 
direitos trabalhistas, e sem informação e planejamento, se aventura no mercado, visando muitas 
vezes abrir não uma empresa, mas um “emprego” e acaba decretando falência em um período 
curto de existência.
Assim, o perfil da grande maioria dos empreendedores brasileiros consiste em pessoas 
sem muito grau de instrução, na maioria das vezes sem nenhuma instrução a respeito de gestão 
ou empreendedorismo. O SEBRAE estima que apenas 5% busca orientação, a grande maioria 
nem conhece o ramo de mercado que pretende atuar e nem o produto que se propõe a vender, 
jamais ouviu falar de “plano de negócios” e nunca frequentou uma universidade. Além disso, 
faltam políticas públicas direcionadas à consolidação do empreendedorismo no Brasil.
ALGUNS MITOS SOBRE OS EMPREENDEDORES
Os Empreendedores nascem feitos?
Embora empreendedores nasçam com certa inteligência, vontade de criar e energia, sua 
formação depende da acumulação de habilidades relevantes, experiências, contatos, etc.
Qualquer pessoa pode começar um negócio?
Sim. A questão crucial é sobreviver e manter o negócio, prosperar. Empreendedores que 
entendem a diferença entre uma ideia e uma oportunidade e pensam grande têm mais chances 
de ser bem-sucedidos.
Dinheiro é o mais importante para começar o negócio?
Com talento,gestão e dedicação, entre outras peças, o dinheiro aparecerá. Dinheiro é 
como o pincel e a tinta para um pintor - materiais que, nas mãos certas, produzem maravilhas.
REFLITA
Ser empreendedor é mudar o pensamento da rotina para um pensamento dinâ-
mico e inovador.
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Empreendedores não têm chefe e são completamente independentes?
Todo mundo é chefe do empreendedor: seus sócios, investidores, clientes, fornecedores, 
empregados, família, comunidade. Mas os empreendedores podem escolher as exigências que 
vão atender e quando vão atender de acordo com as suas prioridades.
Empreendedores devem ser jovens e cheios de energia?
Com certeza são qualidades que podem ajudar, mas idade não é barreira. O que é crítico 
é possuir o conhecimento relevante, experiência e contatos que facilitam reconhecer e agarrar 
uma oportunidade.
Empreendedores trabalham mais do que executivos de grandes companhias?
Depende de cada um, alguns trabalham mais, outros não.
Empreendedores são pessoas isoladas e solitárias?
Os empreendedores mais bem-sucedidos são líderes que constroem grandes equipes e 
ótimos relacionamentos com pares, diretores, investidores, clientes, fornecedores e outros.
Empreendedores são jogadores?
Empreendedores bem-sucedidos calculam muito bem os riscos. Eles tentam influenciar o 
jogo de probabilidades, frequentemente atraindo outros para dividir os riscos com eles.
Qualquer empreendedor com uma boa ideia pode atrair investimentos?
Nem sempre. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas entre 1 e 3 de cada 100 
empreendedores com boas ideias conseguem atrair capitalistas e investidores.
Empreendedores buscam os méritos só para eles?
Privilegiar o próprio ego coloca um teto nas possibilidades de crescimento. Os melhores 
empreendedores geralmente sabem construir um time, uma organização, uma companhia, pois 
trabalham muito bem em equipe.
Enfim, o Brasil sem dúvida é um país de empreendedores, de pequenos, médios e grandes 
empreendimentos, parece que é um talento nato do brasileiro. Porém, a vida de um empreendedor 
não é nada fácil.
Abrir um empreendimento significa, para o trabalhador, a passagem para o outro lado da 
relação de trabalho. É preciso, pois, além de ter espírito empreendedor, preparar-se para trilhar 
esse novo caminho, que, embora difícil, pode ser compensador e resultar em sucesso pessoal e 
independência econômica.
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ESPÍRITO EMPREENDEDOR E APRENDIZAGEM 
EMPREENDEDORA
A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e oportunidades, e a 
preocupação sempre presente com a melhoria do produto. Enquanto a maior parte das pessoas 
tende a enxergar apenas dificuldades e insucessos, o empreendedor deve ser otimista e buscar o 
sucesso, diante das dificuldades.
A ideia de um espírito empreendedor está associada a pessoas realizadoras, que 
mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações e negócios de sucesso. Então os 
Empreendedores são natos, já nascem para o sucesso?
Pelo contrário, empreendedores de sucesso acumulam habilidades, experiências e 
contatos com o passar dos anos. Como já foi questionada anteriormente, essa é uma pergunta 
recorrente: os Empreendedores já nascem feitos? Ou seja, com o tal espírito empreendedor?
E a resposta é que, embora empreendedores nasçam com certa inteligência, vontade de 
criar e energia, ou até mesmo com uma certa tendência a correr riscos, inventividade ou com 
este “espírito” próprio, sua formação e seu sucesso depende muito da acumulação de habilidades 
relevantes, experiências, contatos, etc.
O ato de empreender se manifesta na vontade e aptidão para realizar algo. O espírito 
empreendedor não escolhe credo, cor ou raça. É ele um dos fatores essenciais para aumentar 
a riqueza do país e melhorar as condições de vida de seus cidadãos. Essa afirmação leva 
imediatamente a duas questões:
A primeira: o que é espírito empreendedor? E a segunda: é possível ensinar uma pessoa 
a se tornar empreendedora?
Até alguns anos atrás se acreditava que o empreendedor nascia com um diferencial e era 
predestinado ao sucesso dos negócios. Isto é um mito. Cada vez mais acredita-se que o processo 
empreendedor pode ser ensinado e entendido. Os empreendedores natos existem sim, mas 
muitos outros podem ser capacitados para tal perfil.
Por isso que o empreendedorismo pode ser adquirido, ou seja, estudado, transmitido e 
ensinado através de técnicas e métodos já comprovados.
Assim, podemos dizer que os objetivos do ensino do empreendedorismo são:
• Identificação e entendimento das habilidades do empreendedor;
• Identificação e análise de oportunidades;
• Como ocorre a inovação e o processo empreendedor;
• Importância do empreendedorismo no desenvolvimento econômico;
• Como preparar e utilizar um plano de negócios;
• Como identificar fontes e obter financiamento para o novo negócio;
• Como gerenciar e fazer a empresa crescer.
Assim como os objetivos do ensino do empreendedorismo, devemos destacar também as 
habilidades requeridas para um empreendedor.
As habilidades requeridas para um empreendedor são:
Técnicas: Envolve saber escrever, ouvir as pessoas, captar informações, ter boa oratória, 
ser organizado, saber lidar e trabalhar em equipe.
Gerenciais: Criação, desenvolvimento e gerenciamento de uma nova empresa: marketing, 
administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, controle das ações, e ser um 
bom negociador.
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Pessoais: Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser orientado a mudanças, ser 
persistente e ser um líder visionário.
Figura 2 – Habilidades. Fonte: Blog das Locadoras (2017).
Parece ser, hoje em dia, consensual que não se nasce empreendedor. Podemos, sim, 
herdar algumas características que certamente nos ajudarão nas nossas incursões pelo mundo 
dos negócios.
É também certo que muitos empreendedores se revelam muito precocemente (durante 
a infância e juventude) destacando-se pela sua capacidade de liderança, competitividade, 
criatividade ou “jeito” para os pequenos negócios.
Contudo, está ao alcance de qualquer um tornar-se empreendedor. Exige-se trabalho, 
força de vontade e um profundo conhecimento de si próprio.
O PROCESSO EMPREENDEDOR
O espírito empreendedor envolve emoção, paixão, impulso, inovação, risco e intuição. 
Mas deve também reservar um amplo espaço para a racionalidade.
Saber localizar metas e objetivos globais e localizar os meios adequados para “chegar lá”, 
da melhor maneira possível. Isso significa estratégia.
Uma pessoa empreendedora é capaz de identificar negócios e oportunidades. Tem 
capacidade e visão do ambiente de mercado, sendo altamente persuasivo com pessoas, colocando 
suas ideias e propondo o crescimento financeiro de seu produto. A pessoa precisa estar pronta 
para assumir os riscos do negócio e aprender com os erros cometidos, pois eles são presenciais na 
vida do empreendedor, porém cabe ao mesmo fazer dos erros, acertos futuros.
Ele busca ser profundo conhecedor de seu produto/serviço, facilitando assim a explanação 
e crescimento de suas ideias. A pessoa tem que ser capaz de usar todas essas habilidades em favor 
de seu aperfeiçoamento empresarial.
É preciso entender que para se iniciar um negócio próprio, temos que ter em mente as 
dificuldades iniciais, os trâmites legais, bem como as arquiteturas de mercado, pois de uma forma 
planejada e controlada, o empreendedor pode começar a trilhar seu caminho, desde que sabido 
os meios e devidamente conscientizado das obrigações pertinentes.
Por exemplo: a pessoa deve saber ter consciência de ondeabrir uma padaria ou uma 
lanchonete? Qual capital necessário? Quanto tempo terei meu capital de volta? Entre outros 
questionamentos.
A conscientização do empreendedorismo consiste em mostrar à pessoa candidata o 
processo de conhecimento de capitalização para se ter o negócio previsto. A pessoa deve procurar 
formar uma cultura empreendedora primeiramente dentro dela, e de posse desta formação fazer 
uma autoanálise, despertando-a para a sua função de pessoa executora na transformação de 
conhecimento em riquezas para a sociedade, para comércio e principalmente para ele.
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Mas o que nos leva ao desejo de ter o próprio negócio e de se tornar empreendedor?
Muitas vezes, as pessoas motivadas pela ambição de ter dinheiro, condições para adquirir 
valiosos bens, melhores roupas, uma busca por melhores moradias e dar boas condições para si 
e para seus entes mais próximos, são estas as pessoas que sonham em ter seu próprio negócio e 
muitas delas acabam virando por questão de decisão de melhorias um empreendedor.
Elas estão no “time” das pessoas que não gostam de ser mandadas, não gostam de ser 
“subordinadas”, pois a simples ideia destes paradigmas as deixa apavoradas.
Outras pessoas buscam abrir seu próprio negócio por motivos que fogem a sua vontade, 
pois levados por situações opressoras, veem como solução abrir seu negócio. Podemos citar 
situações que se encaixam neste tipo: empregados que saíram de empresas e com a soma do 
volume financeiro significativo que receberam de anos como empregado, resolveram abrir seu 
negócio próprio.
Existem até mesmo aqueles que deixam seu emprego por ter melhores rendimentos 
através do negócio próprio e viram nisto a grande possibilidade de crescimento financeiro e uma 
melhor forma de vida.
Ainda neste aspecto, há pessoas que herdaram algum negócio da família e sem a maior 
pretensão, se tornaram donas de grandes empresas e hoje despontam no mercado financeiro, 
apesar de não terem tido o trabalho de iniciar sua empreitada.
A decisão de tornar-se empreendedor pode ocorrer aparentemente por acaso. Mas na 
verdade, essa decisão ocorre devido-a fatores externos, sociais e ambientais, e aptidões pessoais.
A inovação é a semente do processo empreendedor. As inovações tecnológicas têm sido 
o diferencial do desenvolvimento econômico mundial.
Segundo Dertouzos (1999), a inovação tecnológica possui quatro pilares:
• Investimento de capital de risco;
• Infraestrutura de alta tecnologia;
• Ideias criativas;
• Cultura empreendedora focada na paixão pelo negócio.
Figura 3 – Inovação Tecnológica. Fonte: Descola.org (2017).
Já o talento empreendedor resulta da percepção, direção, dedicação e muito trabalho. 
Onde existe talento, há a oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios. Mas 
talento sem ideias é como uma semente sem água. Quando o talento é somado à tecnologia e as 
pessoas têm boas ideias viáveis, o processo empreendedor está na iminência de ocorrer.
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As fases do processo empreendedor são:
• Identificar e avaliar oportunidades: é a parte mais difícil. O empreendedor precisa ter 
muita percepção para os negócios. Mas muitos dizem que isso ocorre por sorte. Outros dizem 
que sorte é o encontro da competência com a oportunidade.
• Desenvolver o plano de negócios: pode ser a parte mais trabalhosa do ciclo. Ela dá 
forma a um documento que sintetiza toda a essência do negócio, a estratégia da empresa, seu 
mercado e competidores, como vão gerar receitas, etc.
• Determinar e captar os recursos necessários: É consequência do que já foi feito e 
planejado no plano de negócios. A captação de recursos pode ser feita de diversas formas. Há 
alguns anos as únicas possibilidades de obter financiamento ou recursos no Brasil eram através 
de bancos ou economias pessoais ou de conhecidos. Hoje já é mais comum encontrar a figura do 
capitalista de risco que prefere arriscar em novos negócios a deixar todo seu dinheiro aplicado 
nos bancos.
• Gerenciar a empresa criada: O estilo de gestão do empreendedor, na prática, deve 
reconhecer suas limitações e saber recrutar uma excelente equipe de profissionais para ajudá-lo 
a gerir a empresa.
Outra forma de analisar os aspectos críticos do processo empreendedor, segundo 
Timmons (1994), é pelos seguintes fatores:
• Oportunidades: avaliação para que se tome a decisão de continuar ou não com o 
projeto;
• Equipe empreendedora: os profissionais da equipe têm perfis complementares;
• Recursos: saber como e onde captá-los. A análise dos recursos necessários deve 
ser a última a ser feita, para evitar que o empreendedor e sua equipe restrinjam a análise da 
oportunidade, que é a primeira tarefa a ser realizada.
Sendo assim, o planejamento, por meio de um plano de negócios (business plan), é a 
ferramenta do empreendedor, com a qual sua equipe avalia oportunidades, identifica, busca 
e aloca os recursos necessários ao negócio, planeja as ações a serem tomadas, implementa e 
gerencia o novo negócio.
Lembremos que nesse processo de se tornar empreendedor, existem muitas barreiras a 
serem superadas. E que existe ainda a necessidade de um combustível essencial: o capital.
De fato, ser patrão implica estar exposto a mudanças repentinas e drásticas e que, muitas 
vezes, requer da pessoa “jogo de cintura”, bom senso, e “tino comercial”, pois em se tratando de 
adversidades, o mercado exige do empreendedor pelo menos que eles tenham esses adjetivos, 
caso contrário seu negócio e seus produtos poderão sofrer danos financeiros irreparáveis.
A pessoa deve estar disposta a assumir responsabilidades perante o mercado financeiro e 
a comunidade à qual ela vai mostrar/vender seus produtos ou serviços. As pressões da sociedade 
por produtos de alta qualidade, úteis e de certa forma acessíveis, tornam o processo não amistoso 
ao empreendedor, gerando uma grande exigência de mercado. Além do mais, o governo e sua 
tropa de “guerrilha fiscal e financeira” também tendem a ajudar na carga de pressão no futuro 
empreendedor.
A dedicação ao trabalho aumenta muito significativamente, enquanto um empregado 
simples na sua rotina, “bate ponto” e trabalha oito horas diárias, o empreendedor, muitas vezes, 
trabalha mais de oito horas por dia, sem um salário fixo garantido no final do mês e sem férias 
integrais, sem feriados. É claro que como ele é dono do seu próprio negócio, com um bom 
gerenciamento empresarial, bom conhecimento de mercado e de seu produto, o tempo pode ser 
gerenciado em favor da própria pessoa, podendo assim ter mais tempo livre para viagens e família. 
Veja que ser um grande executivo de uma empresa não significa ser um grande empresário.
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QUAL SERIA O MOMENTO EXATO PARA AGIR E COMO AGIR?
Cada pessoa deve analisar particularmente sua necessidade e ocasião de mercado, mas 
existem alguns fatores importantes que devem ser notados para você decidir como e onde agir 
para ter seu próprio negócio. Eis algumas delas:
• Fatores pessoais: desejo de realização pessoal, insatisfação no trabalho, desejo árduo de 
mudar de vida ou mesmo o fato de ser demitido de seu emprego;
• Fatores ambientais: analisar e identificar oportunidades de negócios ou a possibilidade 
entrar um projeto;
• Fatores sociológicos: possibilidade de ter um grupo de pessoas competentes com 
características semelhantes, influência de parentes ou modelos já desenvolvidos na família.
Fique de olhos bem abertos, pois quando todos olham para a mesma direção, considera-
se ousada a pessoa que faz algo diferente e arrisca tudo em outros caminhos. Certamente as 
pessoas dessetipo são poucas e raras no mundo dos negócios, mas algumas das existentes, são 
as mais bem remuneradas em seus negócios e são as pessoas líderes que têm êxito financeiro, 
porém, há os riscos deste ato.
Quantas histórias assim não conhecemos? Mas quantos destes que ousam e se dão mal? 
Isto tem que ser levado em consideração. No entanto, ser empreendedor é ser ousado, assumir 
riscos calculados (dividindo o risco com os outros) e aproveitar as oportunidades.
Não existe uma direção correta a seguir, mas o empreendedor pode buscar a melhor 
direção partindo da oportunidade, com muita análise de negócio, com ousadia, preparo para 
assumir os riscos e muita competência e comprometimento, além de muita dedicação, muito 
estudo e pé no chão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O empreendedor é visto como o indivíduo que detecta uma oportunidade e cria um 
negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Mesmo que o Brasil se destaque 
nas pesquisas de abrangência mundial sobre a quantidade de empreendedores, existe um grande 
potencial que não vem sendo utilizado.
Os fatores que podem contribuir na motivação dos empreendedores são: pessoais, 
ambientais e sociológicos. Como a motivação pode ser entendida como um processo responsável 
pela intensidade, direção e persistência dos esforços pessoais para o alcance de uma determinada 
meta, deve-se analisar caso por caso para compreender qual fator poderá surtir mais efeito em 
cada indivíduo.
Podemos diferenciar um inventor de um empreendedor. O inventor corresponde ao 
indivíduo que cria algo novo, isto é, alguém altamente motivado por seu próprio trabalho e ideias 
pessoais. Enquanto o empreendedor se apaixona pela organização (o novo empreendimento) e 
faz quase tudo para garantir sua sobrevivência e crescimento.
Conclusões semelhantes são obtidas com relação a diferença entre gerentes, líderes e 
empreendedores. Os gerentes perseguem os objetivos fazendo uso efetivo e eficiente dos recursos.
Eles, normalmente, trabalham dentro de estruturas previamente definidas por outra 
pessoa. Líder é a pessoa que conduz a equipe, com ideias e mantém as pessoas motivadas. As 
figuras do líder e do empreendedor se confundem, pois, normalmente andam juntas. No entanto, 
nem sempre o empreendedor precisa ser líder.
Podemos dizer que são quatro as fases do processo de empreender: identificar e avaliar 
a oportunidade; desenvolver o plano de negócios; determinar e captar os recursos necessários; 
gerenciar a organização criada.
 
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 16
AS CARACTERÍSTICAS E O PERFIL DO EMPREENDEDOR ................................................................................... 17
COMPETÊNCIAS DO EMPREENDEDOR ................................................................................................................. 18
AUTOCONHECIMENTO E CRIATIVIDADE .............................................................................................................. 19
OS TIPOS DE EMPREENDEDORES ........................................................................................................................ 22
EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO ................................................................................................................ 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 26
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
DOS EMPREENDEDORES
PROF. ME. FÁBIO VAZ
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INTRODUÇÃO
O sucesso de um empreendimento inovador não depende de “mágica” e sim de uma série 
de fatores e condições – tanto pessoais, como do negócio – que o empreendedor deve levar em 
consideração antes de iniciá-lo.
Diz-se que a visão empreendedora já nasce com o indivíduo, não se constrói. No entanto, 
temos convicção de que eles podem ser desenvolvidos e este potencial empresarial é uma 
qualidade muito comum entre a população em geral.
Antes de iniciar qualquer tipo de atividade de risco no ramo de negócios é fundamental 
identificar seu potencial empreendedor, desenvolver habilidades empreendedoras, desenvolver 
suas características de comportamento empreendedor e identificar oportunidades e recursos.
Os problemas que afligem ou desafiam os empresários são ilimitados. Eles variam 
desde motivação pessoal, família, empregados e sócios, até fornecedores e impostos. Dentre os 
problemas mais pontuais que os novos empresários enfrentam podemos destacar os atrasos nos 
processos de licença e outras aprovações governamentais, pois, nem sempre o empresário está 
ciente das regras e regulamentos e os atrasos são inevitáveis e acarretam perdas desnecessárias.
Uma série de problemas é de competência da administração e um dos mais difíceis é o 
de pessoal, contratação, treinamento e supervisão. Um erro comum nos novos empresários é 
contratar alguém sem conhecimento prévio do que exatamente vai querer que ele faça.
O treinamento de novos empregados é um item de alto custo que os proprietários de 
negócios, muitas vezes, não percebem claramente. Administrar significa conseguir que os outros 
façam as coisas de forma organizada e estejam motivados a fazê-lo. Embora isso possa ser 
demorado e levar até mesmo anos para se aprender, provoca resultados significativos e positivos.
Por tudo isso, é essencial conhecer as características dos empreendedores e como isso 
pode ajudar na melhor gestão das organizações.
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AS CARACTERÍSTICAS E O PERFIL DO 
EMPREENDEDOR
Ao observar verdadeiros empreendedores, é possível identificar um conjunto de aspectos 
que lhes são muito próprios:
1. Os empreendedores são peritos em identificar, explorar e comercializar oportunidades;
2. São exímios na arte de criar (novos produtos, serviços ou processos);
3. Conseguem pensar “fora do quadrado”: a maioria das pessoas, por temer o insucesso 
e ser avessa ao risco, tem dificuldade em considerar novas formas de abordar problemas 
e perspectivar a realidade. Quem o consegue fazer se beneficia de uma enorme vantagem na 
detecção de novas oportunidades;
4. Os empreendedores pensam de forma diferente: têm uma perspectiva diferente das 
coisas; adivinham problemas que os outros não vêm ou que ainda nem existem; descobrem 
soluções antes mesmo de outros sentirem as necessidades;
5. Veem o que outros não veem: o empreendedor vê oportunidades que escapam aos 
outros ou que os outros não atribuem relevância;
6. Gostam de assumir riscos: acreditam nos seus palpites e seguem-nos;
7. Os empreendedores competem consigo próprios e acreditam que o sucesso ou fracasso 
dependem de si. Na sua maioria, não desistem e nunca param de lutar pelo sucesso;
8. Aceitam o insucesso: embora nenhum empreendedor goste de falhar, sabe que a 
possibilidade de fracassar é inerente ao risco que qualquer atividade empreendedora comporta. 
O insucesso é encarado como uma possibilidade de aprender e evoluir e serve para prevenir 
futuros fracassos;
9. Observam o que os rodeia: a grande maioria das ideias e inovações bem-sucedidas foram 
desenvolvidas a partir de uma realidade próxima ao empreendedor – no âmbito profissional, 
familiar, de lazer;
10. Os empreendedores nunca se conformam. Em vários estudos feitos com empreendedores 
sobre as características às quais atribuíam o seu sucesso, as que mais se destacaram foram a 
perseverança, o desejo e vontade de traçar o rumo da sua vida, a competitividade, a autoestima, 
o forte desejo de vencer,a autoconfiança e a flexibilidade.
Curiosamente, a vontade de ganhar muito dinheiro, as competências de gestão ou o 
desejo de poder costumam ocupar os últimos lugares em suas listas. Mas para além destas, há um 
conjunto de outras características comuns aos empreendedores:
• Curiosidade;
• Capacidade de resistência (física e emocional);
• Orientação para objetivos;
• Independência;
• Exigência;
• Elevada propensão ao risco calculado;
• Tolerância à ambiguidade e à incerteza;
• Criatividade;
• Inovação;
• Visão;
• Empenho;
• Aptidão para resolução de problemas;
• Capacidade de adaptação;
• Iniciativa;
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• Integridade;
• Capacidade de angariação de recursos;
• Capacidade de persuasão;
• Forte apetência pela mudança;
• Empatia;
• Tolerância ao fracasso;
• Grande capacidade de trabalho;
• Capacidade de liderança;
• Sorte.
COMPETÊNCIAS DO EMPREENDEDOR
Em grande medida a performance do empreendedor está associada a características 
pessoais como a inciativa, a empatia, a capacidade de adaptação e de persuasão. Daniel Goleman 
(2000) agrupou as competências emocionais em quatro grandes grupos e, dentro de cada um 
dos grupos, há um conjunto de competências específicas:
1. Autoconsciência:
• Autoconsciência emocional – Esta competência permite reconhecer e compreender os 
diferentes estados de espírito e a forma como afetam o desempenho social e profissional bem 
como as relações com os outros.
• Autoavaliação rigorosa – Trata-se da capacidade de avaliar de forma realista as suas 
forças, mas também as suas fraquezas. 
• Autoconfiança – Competência que permite valorizar devidamente os seus pontos fortes 
e capacidades mais distintivas.
2. Autogestão:
• Autocontrole – Capacidade para manter as emoções sob controle.
• Inspirar confiança – A confiança conquista-se através de comportamentos que revelem 
integridade, honestidade, confiabilidade e autenticidade.
• Responsabilidade - Capacidade para se autogerir de modo responsável (ser organizado 
e cuidadoso no trabalho).
• Adaptabilidade – Competência revelada pela abertura a novas ideias e abordagens, 
flexibilidade na resposta à mudança, tolerância à ambiguidade.
• Orientação para o êxito - Otimismo, necessidade de auto aperfeiçoamento e de alcance 
de um padrão interno de excelência, persistência.
• Iniciativa - Prontidão para aproveitar as oportunidades, inclinação para exceder 
objetivos, pro-atividade.
REFLITA
Segundo Peter Drucker (1974), “O trabalho específico do empreendedorismo 
numa empresa de negócios, é fazer os negócios de hoje capazes de fazer o 
futuro, transformando-se em um negócio diferente”. “Empreendedorismo não é 
nem ciência, nem arte. É uma prática”.
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3. Consciência social
• Empatia – Capacidade para perceber os sentimentos e perspectivas dos outros, interesse 
ativo pelas suas preocupações, sensibilidade às suas especificidades.
• Consciência organizacional - Capacidade para ler a realidade organizacional, construir 
redes de decisão e ter consciência das correntes sociais e políticas da organização.
• Orientação para o cliente - Capacidade para antecipar, reconhecer e ir ao encontro das 
necessidades dos clientes.
4. Competências sociais
• Liderança visionária - Capacidade para inspirar e guiar os indivíduos ou grupos em 
torno de uma visão convincente.
• Influência - Capacidade para persuadir os outros através dos métodos mais adequados 
a cada situação.
• Desenvolver os outros - Capacidade para identificar necessidades/oportunidades de 
desenvolvimento dos outros e para agir de forma a promover o alargamento das suas competências.
• Comunicação - Ser bom ouvinte e ser capaz de comunicar de modo claro e convincente.
• Catalisador da mudança – Capacidade para promover e incentivar a mudança dentro 
da organização contribuindo ativamente para a eliminação das resistências por parte da equipa 
que lidera.
• Gestão de conflitos - Capacidade para gerir os conflitos emergentes na organização.
• Criar laços – Competência que permite a criação e desenvolvimento de redes de relações 
interpessoais.
• Espírito de equipe e cooperação – Capacidade de colaborar eficazmente com os outros 
conseguindo criar sinergias de grupo na execução de objetivos comuns.
É certo que o desenvolvimento deste conjunto de competências é desejável em qualquer 
pessoa, mas, no caso do empreendedor, será decisivo para o seu sucesso. Condição prévia ao bom 
desenvolvimento destas características é um profundo conhecimento de si próprio.
AUTOCONHECIMENTO E CRIATIVIDADE
Uma das principais características do empreendedor de sucesso é o conhecimento que 
tem de si próprio. Isso significa que o empreendedor consegue perceber que não é rentável 
desperdiçar esforços em áreas e/ou atividades nas quais não tem competências e essas áreas são 
bem conhecidas dele.
A sua base de desenvolvimento pessoal e profissional é o conhecimento dos seus pontos 
fortes, dos seus valores e objetivos e das formas concretas de alcançar o que pretende.
De todas as características do empreendedor, uma das essenciais e que mais facilmente 
podemos desenvolver é a criatividade.
Embora todos tenhamos talentos criativos, falta-nos, muitas vezes, confiança na nossa 
própria criatividade. O termo criatividade tem um significado que vai muito além de possuir um 
talento artístico. É sim, a capacidade de utilizar a imaginação para criar novas ideias.
A criatividade é uma característica inata a todos os seres humanos. Cabe a cada um de 
nós desenvolver essa capacidade.
Antes de tudo, você deve estar atento ao que se passa à sua volta: o desenvolvimento da 
capacidade criativa, tal como qualquer outra competência, exige concentração e atenção. Comece 
por ver o mundo que construiu à sua volta: a sua casa, o seu trabalho, as suas relações sociais são 
expressões criativas que foram criadas por você mesmo. Compreender que a criatividade pode 
assumir muitas formas é um primeiro passo para desenvolver a sua capacidade de criar de forma 
consciente.
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São características das pessoas criativas:
1. Inteligência;
2. Capacidade de adaptação;
3. Autoestima elevada;
4. Orientação para desafios;
5. Curiosidade;
6. Interesse.
Algumas características comuns a todos os empreendedores:
Integridade – É uma qualidade do caráter, ligada à honestidade e à coerência entre 
princípios e atitudes, como base do compromisso com as pessoas e com o negócio.
Liderança – É a capacidade de reunir as forças de um grupo em torno de um objetivo, 
transformando as pessoas em parceiros, estimulando seu crescimento e dando exemplo para 
manter a motivação elevada.
Comunicação e relacionamento – É a capacidade de expressar de forma clara as próprias 
ideias e emoções e também de ouvir os outros. Essas características auxiliam no desenvolvimento 
da habilidade de conviver e interagir com as outras pessoas.
Senso administrativo – É a capacidade de agir para prevenir ou corrigir problemas 
decorrentes das variações do mercado, reconhecendo e analisando, no dia-a-dia, mudanças na 
economia e no comportamento dos clientes.
Visão de oportunidade – É o talento natural de estar sempre atento ao que acontece ao 
redor. É ser capaz de identificar as necessidades dos clientes e transformar isso em um negócio.
Motivação – É estar sempre disposto e entusiasmado para trabalhar em busca da 
realização de objetivos.
Organização/planejamento – Todo empreendimento precisa ser organizado. É necessário 
ter metas, planejar como alcançá-las e controlar os resultados. Acompanhar sistematicamente os 
custos, as vendase o desenvolvimento das metas faz parte do dia-a-dia do empreendedor. Quem 
não for capaz de organizar-se tem poucas chances de ser um bom empresário.
Determinação/perseverança – É ser capaz de enfrentar e superar as dificuldades sem 
se deixar abater. É ser capaz de ter em mente que obstáculos podem surgir e que vencê-los é a 
condição para atingir os objetivos.
Criatividade/inovação – É a capacidade de buscar soluções novas e adequadas para 
os problemas, de estar o tempo todo procurando as melhores formas de atender os desejos do 
cliente, melhorando a qualidade e reduzindo os custos.
Iniciativa – É a capacidade de, ao perceber um problema ou detectar uma oportunidade, 
agir rapidamente para solucioná-lo ou aproveitá-la.
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Abrir uma empresa é uma decisão que envolve mais riscos que a vida com carteira 
assinada. Mas que pode trazer em troca a sensação de vitória que só as conquistas pessoais são 
capazes de proporcionar. Aos interessados, um aviso: 56% dos pequenos e micro negócios fecham 
antes de completar cinco anos.
O alto porcentual, divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas (SEBRAE-SP), mostra que todo cuidado é pouco quando se trata de montar 
um empreendimento. Ninguém nasce empreendedor. Todo mundo precisa ter noções de 
gerenciamento antes de aventurar-se.
Causas para esta realidade:
• Deficiências no planejamento;
• Falhas na gestão;
• Brigas entre sócios.
Respostas claras e antecipadas para algumas questões (abaixo) serão de extrema 
importância para as decisões do empreendedor:
1. Definir claramente o seu ramo de negócio. Será que esse tipo de negócio é o que você 
realmente deseja e para o qual tem mais vocação e capacidade?
2. Que produtos ou serviços pretende comercializar? As pessoas estão interessadas em 
comprar o que você pretende vender?
3. O preço do produto/serviço que se pretende vender é o ideal?
4. Qual é o número mínimo de produtos/serviços que devem ser comercializados para 
não levar a firma à falência?
5. Qual o local ideal para “tocar” o negócio?
6. Quem serão os seus clientes?
7. Quem serão os seus eventuais concorrentes?
8. Qual o preço de venda desses concorrentes e como eles atuam?
9. De quanto dinheiro você vai precisar?
As respostas para essas e outras perguntas significam a forma de planejar o seu negócio. 
E é importante destacar que uma das principais causas de falência das pequenas e microempresas 
tem sido a falta de planejamento.
Como você pode notar, abrir o seu próprio negócio, requer um planejamento. Peter 
Drucker disse que a finalidade do processo de planejamento é enfrentar a incerteza do futuro.
Sabemos que somente uma parte do futuro é incerta ou desconhecida. Outra parte é 
conhecida e previsível. As duas situações exigem preparação, ou a empresa fará parte da estatística 
apontada pelo SEBRAE.
O julgamento do desempenho de uma moderna administração possui dois aspectos 
do planejamento: determinar os objetivos “certos” e em seguida escolher os meios “certos” 
de alcançar os objetivos. Ambos os aspectos do planejamento são vitais para o processo de 
empreendedorismo.
“Empowerment” ou “Empoderamento” é uma abordagem de projeto de trabalho 
que objetiva a delegação de poder de decisão, autonomia e participação dos 
funcionários na administração das empresas. Analisa-se o desenvolvimento 
do empowerment por meio dos estágios evolutivos das áreas de gestão, das 
configurações organizacionais, das estratégias competitivas, da gestão de 
recursos humanos e da qualidade.
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OS TIPOS DE EMPREENDEDORES
Tipo 1 – Empreendedor Nato
Geralmente são os mais conhecidos e aclamados. Suas histórias são brilhantes e, muitas 
vezes, começam do nada e criam grandes impérios. Começam a trabalhar muito jovens e 
adquirem habilidade de negociação e de vendas.
Em países ocidentais, esses empreendedores natos são, em sua maioria, imigrantes ou 
seus pais e avós foram. São visionários, otimistas, estão à frente do seu tempo e comprometem-se 
100% para realizar seus sonhos.
Suas referências e exemplos a seguir são os valores familiares e religiosos e eles mesmos 
acabam por se tornar uma grande referência. Se você perguntar a um empreendedor nato quem 
ele admira, será comum lembrar-se da figura paterna ou materna ou algum outro familiar mais 
próximo. Ex. Silvio Santos, Pedro Mufatto, Bill Gates, Steve Jobs.
Tipo 2 – O Empreendedor que aprende (inesperado)
Este tipo de empreendedor tem sido muito comum. É, normalmente, uma pessoa que, 
quando menos esperava, se deparou com uma oportunidade de negócio e tomou a decisão de 
mudar o que fazia na vida para se dedicar ao negócio próprio. É uma pessoa que nunca pensou 
em ser empreendedor, Antes disso virar uma opção, a única alternativa possível de carreira era 
em grandes empresas.
O momento de disparo ou de tomada de decisão ocorre quando alguém o convida para 
fazer parte de uma sociedade ou ainda quando ele próprio percebe que pode criar um negócio 
próprio. Geralmente, demora um pouco para tomar a decisão de mudar de carreira, a não 
ser que esteja em situação de perder o emprego ou já tenha sido demitido. Antes de se tornar 
empreendedor, acreditava que não gostava de assumir riscos. Tem que aprender a lidar com as 
novas situações e se envolver em todas as atividades de um negócio próprio.
Tipo 3 – O empreendedor Serial (Cria Novos Negócios)
O Empreendedor serial é aquele apaixonado não apenas pelas empresas que cria, mas 
principalmente pelo ato de empreender. É uma pessoa que não se contenta em criar um negócio 
e ficar à frente dele até que se torne uma grande corporação. Como, geralmente, é uma pessoa 
dinâmica, prefere os desafios e a adrenalina envolvidos na criação de algo novo a assumir uma 
postura de executivo que lidera grandes equipes. 
Normalmente está atento a tudo o que ocorre ao seu redor e adora conversar com as 
pessoas, participar de eventos, associações, fazer networking. Geralmente tem uma habilidade 
incrível de montar equipes, motivar o time, captar recursos para o início do negócio e colocar a 
empresa em funcionamento. Sua habilidade maior é acreditar nas oportunidades e não descansar 
enquanto não as vir implementadas. 
Ao concluir um desafio, precisa de outros para se manter motivado. As vezes se envolve 
em vários negócios ao mesmo tempo e não é incomum ter várias histórias de fracasso. Mas estas 
servem de estímulo para a superação do próximo desafio.
Tipo 04 – O empreendedor Corporativo
O Empreendedor Corporativo tem ficado mais em evidência nos últimos anos devido à 
necessidade das grandes organizações de se renovar, inovar e criar novos negócios. São geralmente 
executivos muito competentes, com capacidade gerencial e conhecimento de ferramentas 
administrativas.
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Trabalham de olho nos resultados para crescer no mundo corporativo. Assumem riscos 
e tem o desafio de lidar com a falta de autonomia, já que nunca terão o caminho 100% livre para 
agir. São hábeis comunicadores e vendedores de suas ideias. Desenvolvem seu networking dentro 
e fora da organização. Convencem as pessoas a fazerem parte de seu time, mas sabem reconhecer 
o empenho da equipe. Sabem se autopromover e são ambiciosos.
Não se contentam em ganhar o que ganham e adoram planos com metas ousadas e 
recompensas variáveis. Se saírem da corporação para criar o próprio negócio pode ter problemas 
no início, já que estão acostumados com as regalias e o acesso a recursos do mundo corporativo.
Tipo 05 – Empreendedor Social
O empreendedor social tem como missão de vida construir um mundo melhorpara as 
pessoas. Envolve-se em causas humanitárias com comprometimento singular. Tem um desejo 
imenso de mudar o mundo criando oportunidades para aqueles que não têm acesso a elas. Suas 
características são similares às dos demais empreendedores, mas a diferença é que se realizam 
vendo seus projetos trazerem resultados para os outros e não para si próprios. De todos os tipos 
de empreendedores, é o único que não busca desenvolver um patrimônio financeiro, ou seja, não 
tem como um de seus objetivos ganhar dinheiro.
Prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento das pessoas.
Tipo 06 - O Empreendedor por Necessidade
O empreendedor por necessidade cria o próprio negócio porque não tem alternativa. 
Geralmente, não tem acesso ao mercado de trabalho ou foi demitido. Não resta outra opção a não 
ser trabalhar por conta própria.
Geralmente se envolve em negócio informal, desenvolvendo tarefas simples, prestando 
serviços e conseguindo como resultado pouco retorno financeiro.
É um grande problema social para os países em desenvolvimento, pois apesar de ter 
iniciativa, trabalhar arduamente e buscar de todas as formas a sua sobrevivência e a dos seus 
familiares, não contribui para o desenvolvimento econômico. Na verdade, os empreendedores 
por necessidade são vítimas do modelo capitalista atual, pois não têm acesso a recursos, à 
educação e às mínimas condições para empreender de maneira estruturada. Suas iniciativas 
empreendedoras são simples, pouco inovadoras, geralmente não contribuem com impostos e 
outras taxas, e acabam por inflar as estatísticas empreendedoras de países em desenvolvimento, 
como o Brasil. Sua existência em grande quantidade é um problema social que, no caso brasileiro, 
ainda está longe de ser resolvido.
Tipo 07 - O empreendedor Herdeiro (Sucessão Familiar)
O empreendedor herdeiro recebe, logo cedo, a missão de levar à frente o legado de sua 
família. Empresas familiares fazem parte da estrutura empresarial de todos os países e muitos 
impérios foram construídos nos últimos anos por famílias empreendedoras, que mostraram 
habilidade de passar o bastão a cada nova geração. Mais recentemente, porém, tem ocorrido a 
chamada profissionalização da gestão de empresas familiares, através da contratação de executivos 
de mercado para a administração da empresa e da criação de uma estrutura de governança 
corporativa, com os herdeiros opinando no conselho de administração e não necessariamente 
assumindo cargos executivos na empresa.
O desafio do empreendedor herdeiro é multiplicar o patrimônio recebido. Isso tem sido 
cada vez mais difícil. O empreendedor herdeiro aprende a arte de empreender com exemplos da 
família, e geralmente segue seus passos. Muitos começam bem cedo a entender como o negócio 
funciona e a assumir responsabilidade na organização, e acabam por assumir cargos de direção 
ainda jovens. Alguns têm senso de independência e desejo de inovar, de mudar as regras do jogo. 
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Outros são conservadores e preferem não mexer no que tem dado certo.
Esses extremos, na verdade, mostram que existem variações no perfil do empreendedor 
herdeiro. Mais recentemente, os próprios herdeiros e suas famílias, preocupados com a futuro de 
seus negócios, têm optado por buscar mais apoio externo, através de cursos de especialização, 
MBA, programas especiais voltados para empresas familiares.
Tipo 08 - O Empreendedor Normal (Planejado)
Toda teoria sobre empreendedorismo de sucesso sempre apresenta o planejamento como 
uma das mais importantes atividades desenvolvidas pelos empreendedores. E isso tem sido 
comprovado nos últimos anos, já que o planejamento aumenta a probabilidade de um negócio 
ser bem-sucedido e, em consequência, levar mais empreendedores a usarem essa técnica para 
garantir melhores resultados. 
O empreendedor que “faz a lição de casa”, que busca minimizar riscos, que se preocupa 
com os próximos passos do negócio, que tem uma visão de futuro clara e que trabalha em função 
de metas é o empreendedor aqui definido como o “normal” ou planejado.
Então, o empreendedor normal seria o mais completo do ponto de vista da definição de 
empreendedor e o que é uma referência mais interessante a ser seguida, mas, na prática, esse ainda 
não é o perfil que representa uma quantidade considerável de empreendedores. No entanto, ao 
se analisar apenas empreendedores bem-sucedidos, o planejamento aparece como uma atividade 
bem comum nesse universo específico, apesar de muitos dos bem-sucedidos também não se 
encaixarem nessa categoria.
EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
O Empreendedorismo Corporativo, ou seja, aquele praticado dentro das organizações 
e que foi “batizado” pelo professor americano Guifford Pinchot III de Intrapreneurship, ou 
Intraempreendedorismo em português, não é, na verdade, um fenômeno recente. Pelo contrário, 
nos últimos 100 anos, diversas empresas tiveram no comportamento empreendedor e na 
consequente geração de inovações a base para o sucesso.
Este tema passou a despertar muito interesse no mundo empresarial no momento em que 
passamos a conviver com a Globalização, você percebeu que tudo o que tratamos nos negócios 
está relacionado com: concorrência e a competitividade da organização?
A mudança é necessária dentro da organização. Hoje, preço baixo não é mais sinônimo 
de sucesso em vendas. É aí que entra o comportamento empreendedor.
Profissionais com iniciativa, visionários, sem medo de tentar e que aprendem com os 
erros, determinados, criativos, ousados e capazes de mobilizar recursos e implementar novos 
negócios dentro do ambiente corporativo, são a única forma de se estabelecer essa vantagem 
competitiva definitiva.
Hoje, dentro das universidades, trabalha-se com uma disciplina chamada Organização 
do Futuro e é exatamente sobre isto que estamos falando. Se a sua empresa quer realmente fazer 
parte do futuro ela deve imediatamente, mudar.
Os novos negócios, criados pelas empresas de forma isolada do resto da organização, 
normalmente, são linhas de negócios ou produtos com poucas aderências aos produtos e negócios 
já existentes. O empreendedorismo corporativo possui uma ampla gama de aplicações. É muito 
difícil afirmar categoricamente que uma empresa é ou não intraempreendedora.
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Qualquer funcionário que por iniciativa própria promove alguma mudança dentro ou 
fora do seu escopo de trabalho, para o qual ele não é originalmente pago, a rigor, pode ser 
considerado um empreendedor corporativo.
O conceito não se resume unicamente à criação e desenvolvimento de novos 
produtos, ele indica qualquer norma de proposição de mudanças e melhorias na 
organização que, de alguma forma, se traduz em aumento de valor para o cliente 
ou para o acionista. (HASHIMOTO, 2006, p. 8).
Alguns pontos para reflexão quanto ao conceito de empreendedorismo corporativo, 
conforme Hashimoto (2006):
• Uma boa ideia por si só não se transforma em resultado sem um estudo de viabilidade, 
um planejamento de implementação, investimentos, ajustes e acompanhamento. O sucesso está 
diretamente relacionado com a eficácia das ações;
• Muitas vezes, um problema grave da organização serve como estopim para a revisão 
de paradigmas e pressupostos que levam a um processo de ruptura e busca de novos conceitos 
aumentarem a competitividade e a eficácia. Mais uma vez, o valor do esforço pela necessidade de 
sobreviver;
• As empresas estão descobrindo que inovação é gerada por gente e não por tecnologia. 
Iniciativas, equipes autogeridas, liderança situacional, descentralização, remuneração variável 
entre outras, são, na verdade, iniciativas que promovem o empreendedorismo interno;
• Permitir que as pessoastenham a liberdade de conduzir iniciativas pessoais e não só 
ignorar os fracassos daí decorrentes, mas incentivar o erro como processo de aprendizado não é 
fácil de implementar em nenhuma empresa;
• Há uma necessidade crescente de promover uma cultura interna de inovação como 
fonte de competitividade, evidenciando que as cabeças pensantes dos departamentos de P&D 
(Pesquisa e Desenvolvimento) não estão dando conta da demanda por novidades e melhorias nos 
produtos e serviços oferecidos ao mercado;
• Para que você tenha realmente a ajuda das pessoas, é preciso que isso seja recíproco. O 
importante é usar novas maneiras de trabalhar com as pessoas adotando o compartilhamento de 
ideias e objetivos. Isto é empowerment.
O “Empowerment” ou “Empoderamento” é uma abordagem de projeto de trabalho 
que objetiva a delegação de poder de decisão, autonomia e participação dos funcionários na 
administração das empresas. Analisa-se o desenvolvimento do empowerment por meio dos 
estágios evolutivos das áreas de gestão, das configurações organizacionais, das estratégias 
competitivas, da gestão de recursos humanos e da qualidade.
Entre as várias características que permitem identificar um empreendedor, podemos 
destacar a perseverança, o desejo e vontade de traçar o rumo da sua vida, a competitividade, a 
autoestima, o forte desejo de vencer, a autoconfiança e a flexibilidade.
Para além destas características, que embora se possam considerar inatas podem e devem 
ser potenciadas pelo empreendedor, existe um conjunto de outras competências que um líder 
deve possuir e desenvolver continuamente: as competências emocionais, o autoconhecimento e 
a criatividade.
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Recomenda-se ao empreendedor que se mantenha receptivo à inovação e criatividade de 
forma a conseguir identificar oportunidades, que seja realista na apreciação de novas ideias e que 
seja persistente na busca de seus objetivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ser empreendedor é um grande desafio. Encontram-se várias definições sobre 
empreendedorismo onde as características pessoais muitas vezes se sobressaem às características 
do negócio. Obviamente, para ser empreendedor, a pessoa precisa ter um sonho e ter um plano 
que poderá conduzir o sonho à realidade.
Uma gestão empresarial bem pensada foca-se em postos-chave para atingir o sucesso. 
E a pesquisa de campo é primordial para fundamentar qualquer ideia que possa surgir no 
universo do empreendedorismo. Quais serão os custos e investimentos da empresa? Quais são 
as tendências do mercado e os possíveis concorrentes? Existe demanda de consumo para o que 
se deseja propor? Quais as melhores técnicas e ferramentas para empreender? Enfim, esses são 
apenas alguns fatores que precisam ser organizados. Se pensarmos mais a fundo, ainda haverá 
muitas questões como o regime tributário para abertura de um negócio e se os profissionais da 
equipe têm o know-how suficiente para atender as demandas da nova empresa.
O empreendedorismo consiste muito mais na preparação do negócio e conhecimento 
do mercado, do que no simples fato de abrir o negócio próprio. É preciso agregar valor, planejar 
e desenvolver habilidades. Além de colocar tudo em prática, fator crucial para o tão sonhado 
sucesso.
Neste contexto, o diagnóstico do sistema ou setor do empreendimento, descrição de uma 
situação atual, hipóteses de evolução, elaboração de cenários (pessimista, normal e otimista), 
análise da competitividade da empresa, uso de técnicas quantitativas, pesquisa de mercado, 
qualidade do produto e análise de sustentabilidade ambiental e econômica são fatores que o 
empreendedor não pode deixar de utilizar em seu planejamento.
O sucesso do empreendimento estará ligado diretamente ao uso de metodologias que 
poderão identificar em que patamar de competição o empreendimento se colocará diante das 
exigências do mercado.
A intenção empresarial modernamente chama-se estratégia. Por isso, antes de se definir 
um investimento, ou um projeto, deve-se ter bem claro quais são as estratégias.
 
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 28
ELABORAÇÃO DE UM PLANO ESTRATÉGICO ....................................................................................................... 29
ANÁLISE SWOT ...................................................................................................................................................... 30
BUSINESS MODEL CANVAS OU SIMPLESMENTE CANVAS ............................................................................... 32
TÉCNICAS PARA DESENVOLVER A CRIATIVIDADE .............................................................................................. 33
AS QUATRO FUNÇÕES E A FUNÇÃO EMPREENDER ........................................................................................... 36
PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................................................................................. 37
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 42
PLANOS E PLANEJAMENTOS
PROF. ME. FÁBIO VAZ
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INTRODUÇÃO
Criar o futuro é estar bem preparado para enfrentar os desafios sejam pessoais ou 
profissionais. Por isso, temas como gestão, comportamento, planejamento dos negócios, 
decisões estratégicas, estudos de viabilidade, implementação de mecanismos de controle e 
acompanhamento, entre outros, devem estar presentes nas práticas do empreendedor.
Os parâmetros de um empreendimento podem ser definidos tecnicamente através de 
um planejamento. Planejar significa criar um esquema para fazer algo desejável. Detectar pontos 
fortes, pontos fracos e potencial do negócio significa analisar e conhecer os ambientes externo 
e interno. Improvisar ou agir ao acaso não é recomendável, pois pode demonstrar a falta de 
planejamento e de conhecimento dos ambientes de atuação. Elaborar cenários, ou seja, criar 
visões parciais do futuro é uma boa técnica para limitar o conjunto de circunstâncias que podem 
vir a ocorrer.
É preciso muito mais do que a coragem para arriscar. A falta de planejamento antes de 
abrir o próprio negócio é uma das maiores falhas dos novatos que estão entrando no mercado e 
pode levar à falência.
Planejar consiste em tomar três tipos de decisões:
• Definir o objetivo – qual situação deverá ser alcançada;
• Definir um ou mais cursos de ação – caminhos para atingir o objetivo;
• Definir meios de execução – previsão dos recursos necessários para realizar o objetivo.
As decisões deste tipo que afetam o futuro da empresa no longo prazo são decisões de 
planejamento estratégico.
O planejamento estratégico irá definir qual a direção para a empresa e a forma de competir 
com outras empresas do mercado. É o processo de tomada de decisões.
Toda empresa tem que ter estratégia e planejamento estratégico. Quando um 
empreendedor decide iniciar um negócio, a partir de uma ideia de produto ou serviço, já está 
fazendo planejamento estratégico.
A escolha de um negócio é a base para o planejamento estratégico. A empresa cresce, 
consequentemente, as práticas de planejamento estratégico evoluem, sustentando, assim, seu 
desenvolvimento.
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ELABORAÇÃO DE UM PLANO ESTRATÉGICO
Todo planejamento precisa passar por uma análise detalhada dos pontos que envolvem aorganização e o mercado de atuação. Dentro desta análise podemos fazer alguns questionamentos:
a) Análise da missão e da situação estratégica atual: onde estamos?;
b) Análise externa: ameaças e oportunidades do mercado;
c) Análise interna: pontos fortes e fracos da empresa;
d)Definição da estratégia (visão): para onde devemos ir?
a) Análise da missão:
O primeiro segredo para o sucesso de uma empresa é definir a verdadeira natureza do 
negócio. Porque um empreendimento só irá surgir se você tiver os objetivos do mesmo bem 
definidos, pois caso contrário você não terá uma empresa. Estamos falando do primeiro passo 
para elaboração do planejamento estratégico.
Mesmo as empresas que atuam em cima de “negócios de oportunidade” são consideradas 
negócios, pois estão atingindo os objetivos do empreendimento. Porém, não são todas as empresas 
que conseguem se definir porque não tomam um verdadeiro posicionamento no mercado. Ficam 
fazendo “experiências”. Algumas acertam, outras erram e vão tentando a sorte. Mas nem sempre 
acertam e acabam fechando.
Para atingir um mercado, o primeiro passo é sabermos exatamente qual é a nossa 
especialidade. Como citamos anteriormente, isso servirá para o desenvolvimento do processo 
estratégico.
Exemplo de missão de empresa dentro de sua filosofia essencial:
“Nossa missão é colocar no mercado produtos e serviços da melhor qualidade possível 
para satisfação das necessidades dos clientes”.
b) Análise externa:
Quando um avião decola, independente de qual é o seu destino, o piloto tem em suas 
mãos um plano de voo. Neste documento constam informações sobre a aeronave, o aeroporto 
de partida, o de destino, além da rota e das condições de vôo. Conhecer estes dados permite ao 
comandante traçar uma linha de ação clara que ajudará a manter a segurança dos passageiros e 
da tripulação.
Em uma empresa, o conceito é semelhante. Um bom planejamento permite ao 
empreendedor guiar o seu negócio com mais segurança para alcançar bons resultados. Em um 
empreendimento, um planejamento tem a mesma função que o plano de voo em um avião.
A leitura do cenário atual em que vive a economia, a política de mercado que atua ou irá 
atuar é fundamental para a empresa que pretende trilhar um caminho mais estável. O plano não é 
uma garantia plena de sucesso. Como em um avião, no entanto, trabalhar com um planejamento 
claro e objetivo reduz riscos.
c) Análise interna: pontos fortes e fracos das empresas
Nesta fase da análise, devemos fazer uma revisão dos nossos pontos fracos e fortes (sim 
é isto mesmo, primeiro os seus pontos, pois você é um empreendedor) e se a empresa já existe, 
os pontos da empresa. É a oportunidade de olharmos para dentro, fazendo assim uma análise 
sobre nossas virtudes e defeitos. Tudo é importante. Esse momento é como se nos olhássemos no 
espelho, relatando exatamente aquilo que está refletido nele.
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Após esta análise devemos ter em mente a necessidade de sempre reler o que até aqui foi 
escrito e verificar o que devemos adaptar e mudar, para atingir as nossas expectativas e desejos.
d) Definição de estratégias: (Visão) para onde devemos ir?
As pessoas são diferentes, pensam e agem diferentemente das demais. Sendo as 
organizações composta por pessoas, elas também pensam e agem diferentes das demais, assim, 
cada qual busca uma direção diferente, ou tem uma visão diferente de futuro.
Não há receita de como e onde obter uma boa administração, mas, com certeza, existem 
formas de ação que podem contribuir para encurtar o período de busca e torná-lo mais produtivo 
na busca de seus objetivos.
Definir uma “visão” de futuro ou simplesmente uma direção para onde ir, faz toda a 
diferença no desenvolvimento e no sucesso de um empreendimento.
É fundamental que individualmente ou participando de grupos, disponha-se a buscar, 
com determinação, o maior número de informações sobre o negócio e suas perspectivas de 
mercado, para tomar decisões acertadas e traçar ações futuras.
Lembre-se: “Informação é a base do conhecimento”.
ANÁLISE SWOT
A Análise SWOT também é conhecida e amplamente aplicada no Brasil pelo nome Análise 
FOFA, siglas que em português significam: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, que 
derivam do idioma inglês, que por sua vez significam: Strengths, Weaknesses, Opportunities e 
Threats.
A Análise SWOT – ou Matriz SWOT – foi desenvolvida na década de 60 por Albert 
Humphrey que, na Universidade de Stanford, liderou um projeto de pesquisa onde analisou e 
cruzou sistematicamente os dados das 500 maiores corporações relatadas pela revista Fortune 
da época. Para isso, Humphrey utilizou um método que, rapidamente, se transformou em um 
exercício utilizado por todas as principais empresas do mundo na formulação de suas estratégias.
REFLITA
Veja se você é um Empreendedor:
• Uma vez que decido fazer algo, farei mesmo e nada pode me deter?
• Quando começo uma tarefa, estabeleço metas e objetivos claros para mim 
mesmo?
• Depois de uma grande decepção em um projeto, sou capaz de juntar os pedaços 
e começar de novo?
• Normalmente sou capaz de achar mais de uma solução para um problema?
• Acredito que é importante organizar minhas tarefas antes de começá-las?
• Constantemente fico pensando em novas ideias?
• Encontro energia adicional quando assumo tarefas que gosto?
• Normalmente trabalho longas horas para finalizar uma tarefa?
• Quando faço um bom trabalho, fico satisfeito de saber que foi bem feito?
• Quando penso no futuro, vejo-me gerenciando o meu próprio negócio?
• Tento fazer um trabalho ainda melhor do que esperam de mim?
• Sempre tento achar o lado benéfico de uma má situação?
• Persisto quando os outros me dizem que não pode ser feito?
• Empenho-me em usar erros do passado como processos de aprendizado?
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A Análise SWOT é um sistema simples de análise que visa posicionar ou verificar a posição 
estratégica de uma determinada empresa em seu ramo de atuação e, devido sua simplicidade 
metodológica, pode ser utilizada para fazer qualquer tipo de análise de cenário ou ambiente, 
desde a criação de um site à gestão de uma multinacional.
Podemos dizer, então, que o conceito da Análise SWOT está em sua ampla utilização 
como método de gestão para o estudo dos ambientes interno e externo da empresa através da 
identificação e análise dos pontos fortes e fracos da organização e das oportunidades e ameaças às 
quais ela está exposta. Faz parte do conceito de Análise SWOT também a identificação assertiva 
dos fatores que influenciam no funcionamento da organização fornecendo informações bastante 
úteis no processo de seu planejamento estratégico.
Pode-se dividir a análise SWOT em duas partes: ambiente interno, onde serão 
identificados os pontos fortes e os fracos, e a análise do ambiente externo, onde estão as ameaças 
e as oportunidades.
O ambiente interno da empresa é formado pelo conjunto de recursos humanos, 
financeiros, físicos, entre outros, sobre os quais é possível exercer maior controle, pois são 
resultado de estratégias definidas pela direção. Nesse ambiente é possível identificar os pontos 
fortes, correspondentes aos recursos e capacidades que juntos se transformam em uma vantagem 
competitiva para a empresa em relação aos seus concorrentes, e os pontos fracos que são as 
deficiências que a empresa apresenta em comparação com seus concorrentes atuais ou em 
potencial.
Já o ambiente externo é composto por fatores que existem fora dos limites da organização 
e, que de alguma forma, exercem influência sobre ela. Este é um ambiente sobre o qual não existe 
controle, porém deve ser monitorado continuamente, pois é base para o planejamento estratégico.
A análise do

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