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Apresentação do MMPI-A

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MMPI-A
	Archer, R.P. (2005). MMPI-A: Assessing Adolescent Psychopathology (3rd ed.). New Jersey: LEA.
	O MMPI-A foi desenvolvido para despistar psicopatologia em adolescentes dos 14 aos 18 anos.
	Excepcionalmente, pode ser utilizado com adolescentes mais novos (12 e 13 anos).
	O MMPI-A é constituído por 478 itens. 
	A aplicação dos primeiros 350 itens permite cotar as escalas clínicas e de validade (exceptuando a escala F). 
MMPI-A: Codificação de Welsh (1948,1951)* 
	Escalas designadas por números;
	Escalas clínicas organizadas por ordem decrescente de nota T;
	Escalas de validade organizadas por ordem decrescente de nota T e colocadas à direita das escalas clínicas;
	Quando as escalas têm o mesmo valor de nota T são colocadas pela ordem do perfil e são sublinhadas. Quando diferem um ponto de nota T são, também, sublinhadas; 
	A elevação das escalas é identificada através de símbolos que são colocados a seguir à escala que, dentro desse intervalo de nota T, apresente o resultado mais baixo;
	Identificam-se os intervalos T que não estão representados por nenhuma escala;
	Não é necessário colocar símbolos à esquerda da escala com nota T mais elevada nem à direita da escala com nota T mais baixa.
* Sistema de codificação modificado por Butcher e Williams (1992) 
MMPI-A: Codificação de Welsh 
	Nota T 	Símbolo 
	100-109	**
	90-99 	*
	80-89 	“
	70-79 	‘
	65-69 	+
	60-64 	-
	50-59 	/
	40-49 	:
	30-39 	#
	29 e abaixo 	Sem símbolo
MMPI-A: Codificação de Welsh 
2* “ 70 ‘5 + 836 – 4 / 1: 9 F-/KL
	L	F	K	1	2	3	4	5	6	7	8	9	0
	44	60	49	49	99	62	50	67	62	79	63	38	70
MMPI-A: Escalas de validade
Escala Não Sei (?)
	Corresponde ao total dos itens sem resposta e itens respondidos simultaneamente V e F.
	Há uma relação entre o número de itens omitidos e a presença de dificuldades ao nível da leitura e/ou limitações no funcionamento intelectual. 
	Espera-se que os jovens omitam menos do que 10 itens. Estas omissões podem ser devidas a limitações na experiência de vida.
	Se os jovens omitirem entre 11 a 30 itens estão a omitir mais itens do que seria de esperar. Fazem-no, provavelmente, por limitações ao nível da leitura ou por falta de experiência sobre os itens em questão. Este nível de omissões pode igualmente sugerir indecisão.
	Mais do que 30 itens não respondidos invalida a aplicação e sugere, provavelmente, falta de cooperação.
	 O autor sugere que se peça ao jovem que responda aos itens omitidos ou que se lhe aplique todo o MMPI-A novamente.
MMPI-A: Escalas de validade
Escala F
	Composta por 66 itens que estão subdivididos em duas sub-escalas: a F1 e a F2.
	Os itens retratam características diversas, i.e. atitudes e comportamentos anti-sociais, hostilidade, ideias de referência, problemas de saúde, etc..
	Características associadas a resultados elevados na escala F: turbulência emocional, ansiedade, sentimentos de tristeza e de falta de esperança, perturbações do sono e dificuldade em lidar com os acontecimentos stressantes do dia-a-dia, poucas relações de amizade, inaptidão social, pouca motivação para a conquista e intolerância à frustração.
	Os itens que constituem esta escala foram seleccionados por serem respondidos em sentido desviante por menos de 20% da amostra normativa de adolescentes.
MMPI-A: Escalas de validade
F1 e F2
	A escala F1 é constituída por 33 itens. Os itens de F1 aparecem nos primeiros 350 itens do inventário. A escala F1 proporciona informação sobre a validade das respostas às escalas básicas. 
	A escala F2 também é constituída por 33 itens. Os itens de F2 aparecem após o item 242 do inventário. A escala F2 informa sobre a validade das respostas aos itens finais do MMPI-A. 
	Se o resultado em F1 é adequado, mas o resultado em F2 é excessivo é prudente apenas interpretar as escalas básicas. 
	Se F1 exceder os limites aceitáveis todo o protocolo deve ser considerado inválido. 
MMPI-A: Escalas de validade
Resultados extremos (F ≥ T90)
	Perfil inválido (Falsificação no sentido desfavorável)
	Funcionamento psicótico
Resultados elevados (T66 - T89)
	Possível perfil inválido (Falsificação no sentido desfavorável)
	Psicopatologia grave.
Resultados moderados (T60 - T65)
	Evidência de psicopatologia.
Resultados normais (T46 - T59)
	Reconhecimento de um conjunto de experiências pouco usuais, mas típicas desta fase de vida.
	
Resultados baixos (F ≤ T45)
	Adolescentes convencionais.
	Possibilidade de falsificação no sentido favorável em jovens que apresentam patologia.
MMPI-A: Escalas de validade
Escala L
	A escala L do MMPI-A é constituída por itens que cobrem uma grande variedade de conteúdos, incluindo a negação de impulsos agressivos e hostis. Resultados elevados nesta escala sugerem tentativas deliberadas de falsificar a imagem de si num sentido favorável.
Resultados elevados (L ≥ T66)
	Perfil inválido (falsificação no sentido favorável)
	Utilização extrema da negação, falta de capacidades de auto-análise e pouca sofisticação psicológica.
Resultados moderados (T56 - T65)
	Convencionalismo, conformismo. Em contexto psiquiátrico reflecte o recurso a negação.
Resultados normais (T46 - T55)
	Capacidade para reconhecer pequenas falhas comuns.
Resultados baixos (L ≤ T45)
	Estilo aberto, confiante. 
	Possibilidade de falsificação no sentido desfavorável.
MMPI-A: Escalas de validade
Escala K
	Constituída por 30 itens seleccionados empiricamente. Diferenciam sujeitos normais de sujeitos com psicopatologia que apresentam perfis normais. Os itens cobrem diversas áreas de conteúdo: auto-controlo, relações familiares, relações interpessoais etc. 
Resultados elevados (K ≥ T66)
	Defensividade
	Possibilidade de falsificação no sentido favorável
Resultados moderados (T56 - T65)
	Em adolescentes normais sugere confiança nos seus recursos e relutância em contar com a ajuda dos outros.
	Em adolescentes com psicopatologia sugere dificuldade na admissão de sintomas e problemas psicológicos e negação da necessidade de ajuda.
MMPI-A: Escalas de validade
Escala K
Resultados médios (T41 - T55)
	Adequado equilíbrio entre uma avaliação positiva de si e o reconhecimento crítico de aspectos negativos do self.
Resultados baixos (K ≤ T40)
	Resultados baixos surgem em adolescentes com auto-conceito frágil e poucos recursos para lidar com situações de stress.
	Falsificação no sentido desfavorável nos jovens sem patologia.
	Nível excessivo de perturbação e de sofrimento psicológico nos adolescentes com psicopatologia (ruptura no funcionamento defensivo).
MMPI-A: Escalas de validade
Configurações Clássicas
	L e K elevadas e F (incluindo F1 e F2) abaixo de T50  tentativa de passar uma imagem de si excessivamente favorável, negando ou minimizando a presença de dificuldades ou problemas psicológicos.
	F (incluindo F1 e F2) elevadas e L e K abaixo de T50  exagero da sintomatologia ou dos problemas psicológicos.
MMPI-A: Indicadores de Inconsistência
Indicadores de Inconsistência
	As escalas VRIN e TRIN proporcionam informação relativa à consistência de respostas no MMPI-A. A inconsistência pode resultar de limitações ao nível da capacidade de leitura, de limitações intelectuais, de falta de cooperação, de uma atitude de resistência ao teste, de perturbações do pensamento (relacionadas com consumo de tóxicos ou com psicoses).
MMPI-A: Indicadores de Inconsistência
VRIN - Variable Response Inconsistency Scale
	É constituída por 50 pares de itens com conteúdo semelhante ou oposto. Sempre que o adolescente responde de modo inconsistente aos itens de um determinado par, adiciona-se um ponto ao resultado bruto da escala. 
	Resultados elevados (≥ T80) sugerem um padrão inconsistente de resposta. 
	Resultados entre T70 e T79 são considerados marginais.
	Resultados < T70 sugerem consistência. 
	A escala VRIN deve ser utilizada em conjunto com a escala F.
	Resultados elevados em F e em VRIN permitem colocar a hipótese de negligência e resposta ao acaso. 
	No entanto, esta hipótese não se coloca se F estáelevada mas VRIN não. 
MMPI-A: Indicadores de Inconsistência
TRIN - True Response Inconsistency Scale
	Esta escala é constituída por 24 pares de itens que têm um conteúdo oposto.
	Foi desenvolvida para detectar padrões de resposta inconsistente quer por o sujeito responder a todos os itens Verdade, quer por responder sempre Falso.
	Resultados elevados ≥ T80 sugerem um padrão inconsistente de resposta. 
	Resultados entre T70 e T79 são considerados marginais.
	Resultados < T70 sugerem consistência. 
MMPI-A: Escalas Clínicas
	Ao contrário do que acontece no MMPI e no MMPI-2, em que o T70 e o T65, respectivamente, representam o limite entre a normalidade e a patologia, no MMPI-A há um intervalo de notas T que representa a área de transição entre a normalidade e a patologia.
	Esta área de transição, área marginal, é balizada pelos limites T60 e T65. 
	Quando um adolescente apresenta, em algumas escalas, resultados que se situam neste intervalo podemos esperar que ele manifeste algumas, ainda que não todas, características que estão associadas a resultados elevados nessas escalas.
	A utilização desta área de transição, em vez de um limite definido, justifica-se pelo facto da normalidade e psicopatologia na adolescência terem limites mais difusos.
	Assim, para além das categorias clássicas de interpretação dos resultados das escalas – dentro dos limites da normalidade / com significado clínico –, no MMPI-A há uma 3ª categoria de análise dos resultados que corresponde aos resultados T com elevação marginal (≥T60 e ≤T65).
MMPI-A: Escalas Clínicas
Interpretação dos perfis
	R. Archer propõe que se proceda à análise do perfil atendendo às duas escalas mais elevadas do perfil (acima do limiar da psicopatologia). Quanto maior for a elevação dessas duas escalas (em termos absolutos) e quanto mais definido for esse par (elevação do par em relação às restantes escalas) mais o adolescente apresentará as características representadas pela elevação em causa.
	Quando não é possível identificar claramente o par de escalas mais elevado do perfil, deve realizar-se uma interpretação escala a escala.
	As seguintes considerações interpretativas resultam de investigação realizada com o MMPI, utilizando as normas para adolescentes desenvolvidas por Marks e Briggs (1972). A generalização da investigação realizada com o MMPI ao MMPI-A (e ao MMPI-2) é possibilitada pela continuidade existente entre o MMPI original, o MMPI-2 e o MMPI-A (poucas alterações ao nível dos itens das escalas básicas). 
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 1 (Hipocondria)
	Originalmente desenvolvida para identificar pacientes com Hipocondria. Este diagnóstico caracteriza-se por uma preocupação excessiva com o funcionamento do corpo e por medos relativos à presença de eventuais doenças.
	É constituída por 32 itens.
	De todas as escalas clínicas, a escala 1 é a mais homogénea e unidimensional.
	Resultados elevados (T≥60)  Preocupações excessivas com o funcionamento do corpo; as queixas somáticas são de natureza vaga; presença de sintomas físicos em resposta ao stress. Do ponto de vista dos atributos da personalidade, são jovens egoístas, egocêntricos, pessimistas, cínicos, insatisfeitos, exigentes, críticos e queixosos. Têm pouco insight em relação à possível origem psicológica dos seus sintomas, resistindo a interpretações psicológicas. São maus candidatos para psicoterapia. 
	Resultados baixos (T≤40)  Poucos sintomas físicos e poucas preocupações com o funcionamento do corpo. Capacidade de insight e sofisticação psicológica.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 2 (Depressão)
	Originalmente desenvolvida para identificar pacientes com Depressão. 
	É constituída por 57 itens.
	A escala 2 é um excelente indicador do grau de insatisfação com a vida. 
	Resultados elevados (T≥60)  Sentimentos de insatisfação, tristeza, ausência de esperança, apatia e falta de interesse. Sentimentos de culpa, vergonha, autocrítica. Falta de confiança, pessimismo, sentimentos de inadequação. Isolamento. Boa resposta à intervenção psicológica. 
	Resultados baixos (T≤40)  Ausência de depressão, ansiedade e culpa, auto-confiança e estabilidade emocional.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 3 (Histeria)
	Constituída por 60 itens criados para identificar pacientes que têm reacções histéricas a situações de stress. 
	Alguns dos itens reportam-se a queixas físicas de natureza específica (e.g. dores no peito e coração, náuseas e vómitos, dores de cabeça). 
	Outros reflectem a negação de problemas psicológicos e de desconforto em situações sociais.
	Nos adolescentes sem patologia é frequente a escala 3 estar elevada.
	Crianças e adolescentes que utilizam sintomas físicos para manipular os pais e não ir à escola têm resultados elevados em 3. 
	Adolescentes bem comportados e mais inteligentes têm resultados superiores na escala 3  “Conformismo social da classe média”.
	Em contraste, os adolescentes sem patologia que têm resultados baixos em 3 apresentam menos sucesso escolar e provém de níveis socio-económicos mais baixos.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 3 (Histeria)
	Nos adolescentes com patologia, os resultados elevados em 3 surgem associados à dependência, à falta de assertividade e à modificação do comportamento para corresponder às expectativas dos outros. Estes adolescentes reagem à ansiedade e ao stress através de somatizações.
	Resultados elevados (T≥60)  jovens com preocupações somáticas, orientados para o sucesso académico, socialmente envolvidos, amigáveis, que reagem ao stress através do desenvolvimento de sintomas físicos, egocêntricos, imaturos, grande necessidade de afecto, atenção e aprovação, com pouco insight em relação à natureza dos problemas. 
	Resultados baixos (T≤40)  interesses limitados, envolvimento social limitado e evitamento de papéis de liderança, pouco amistosos, realistas, desempenho escolar inferior.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 4 (Desvio Psicopático)
	Constituída por 49 itens que cobrem várias temáticas: insatisfação com a vida, problemas familiares, delinquência, problemas sexuais e problemas com a autoridade.
	Em amostras sem patologia, os adolescentes têm resultados mais elevados do que os adultos. Os adolescentes respondem mais em sentido desviante aos itens que se relacionam com os conflitos familiares. 
	Em amostras clínicas, a elevação de 4 é muito frequente.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 4 (Desvio Psicopático)
	Resultados elevados (T≥60)  Problemas de comportamento e pouca integração na escola, histórias familiares marcadas pelo divórcio dos pais, conflitos familiares, dificuldade na incorporação de valores e normas sociais, rebeldia e hostilidade para com as figuras de autoridade, incapacidade de adiamento da recompensa, dificuldades no planeamento, impulsividade, pouca tolerância à frustração, comportamentos de risco e consumos de droga e álcool, egoísmo, egocentrismo, extroversão, capacidade para criar uma primeira impressão favorável, ausência de culpa ou remorso, níveis reduzidos de ansiedade.
	Resultados baixos (T≤40)  adolescentes convencionais, conformistas, cooperantes com a autoridade, pouca probabilidade de acting-out, preocupações com a segurança e com o “estatuto”, passividade, confiança nos outros. Não são adolescentes competitivos ou dominantes.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 5 (Masculinidade-Feminilidade)
	É constituída por 44 itens de conteúdo heterogéneo: interesses profissionais e recreativos, relações familiares, medos.
Nos rapazes:
	Resultados elevados (T≥60)  inteligentes, com sucesso académico, com interesses estéticos e artísticos, possível insegurança ou dúvidas em relação à identidade sexual, facilidade na expressão dos afectos e das emoções, passividade e submissão nas relações interpessoais, pouca probabilidade de comportamentos anti-sociais ou delinquentes. 
	Resultados baixos (T≤40)  adesão a uma imagem tipicamente masculina, comportamentos delinquentes, valorização da força física e de comportamentos agressivos, menos inteligentes e com menor sucessoacadémico, limitação ao nível dos interesses (apenas os tipicamente masculinos).
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 5 (Masculinidade-Feminilidade)
Nas raparigas:
	Resultados elevados (T≥60)  vigorosas, assertivas, competitivas, agressivas, com problemas de comportamento na escola, possíveis interesses masculinos nas escolhas profissionais e desportivas. 
	Resultados baixos (T≤40)  tipicamente femininas, passivas, submissas, com tendência para ceder nas relações interpessoais, nível socio-económico mais baixo, sucesso académico.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 6 (Paranóia)
	Constituída por 40 itens que identificam sintomas paranóides: ideias de referência, sentimentos de perseguição, auto-conceito grandioso, desconfiança, sensibilidade à crítica, rigidez. 
	Esta escala produz poucos falsos positivos: pessoas com resultados elevados têm sintomas paranóides. Há, no entanto, pessoas que os têm e que obtêm resultados médios. Estas pessoas, apesar da sua patologia, mantém o contacto com a realidade e conseguem evitar responder a itens que retratam características patológicas facilmente identificáveis (itens óbvios).
	Os adolescentes normais tendem a apresentar resultados mais elevados do que os adultos. Respondem em sentido desviante a itens com conteúdos que reflectem o sentimento de ser injustiçado e mal compreendido. 
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 6 (Paranóia)
	Resultados muito elevados (T≥70)  zanga, ressentimento, hostilidade, isolamento, recurso ao mecanismo de defesa projecção, perturbação do teste da realidade, ideias delirantes de perseguição ou de grandeza e ideias de referência. O diagnóstico será o de psicose esquizofrénica ou delirante.
	Resultados elevados (T≥60 - T≤69)  sensibilidade interpessoal, desconfiança e reserva, hostilidade, ressentimento e tendência para a argumentação, dificuldades no ajustamento escolar, conflitos com os pais. 	Dificuldade no estabelecimento de relações terapêuticas. 
	Resultados baixos (T≤40)  nível intelectual mais baixo e menor sucesso académico, adolescentes amistosos, convencionais, pouco sensíveis aos outros e até incapazes de atender aos sentimentos dos outros. Se for um doente psiquiátrico pode ter sintomas paranóides (Escala 6 invertida).
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 7 (Psicastenia)
	Constituída por 48 itens que identificam sintomas característicos de Psicastenia: dúvidas excessivas, compulsões, obsessões e níveis muito intensos de tensão e de ansiedade
	A elevação em 7 é mais frequente nos adultos do que nos adolescentes.
	Resultados elevados (T≥60)  ansiedade, tensão e apreensão, muito críticos em relação a si próprios, perfeccionistas, com sentimentos de insegurança, inadequação e inferioridade, excessivamente controlados na expressão das emoções e desconfortáveis a lidar com afectos, introspectivos e ruminativos, ambivalentes e com dificuldade em tomar decisões, rígidos e moralistas. Se os resultados forem muito elevados podem estar presentes ideias obsessivas e comportamentos compulsivos.
	Resultados baixos (T≤40)  níveis reduzidos de ansiedade e tensão, flexibilidade, capacidade de adaptação, competência e auto-confiança na abordagem das situações, adolescentes que são vistos como amistosos, calorosos e tranquilos.
 
MMPI-A: Escalas Clínicas
	Escala 8 (Esquizofrenia)
	É constituída por 77 itens que reflectem perturbações do pensamento, isolamento, dificuldades na concentração, no controlo dos impulsos, perturbações do humor e do comportamento.
	Os adolescentes, principalmente os rapazes, respondem mais aos itens desta escala do que os adultos.
	Resultados T=90  não surgem habitualmente em doentes esquizofrénicos, mas sim nas perturbações psicológicas agudas (níveis muito intensos e situacionais de ansiedade e tensão).
	Resultados T≥75  o diagnóstico de esquizofrenia é possível.
	Resultados elevados (T≥60)  isolamento, confusão e desorganização mental, traços de personalidade esquizóide, sentimentos de inferioridade, baixa de auto-estima, insatisfação, sentimentos de frustração e de infelicidade, rejeição por parte dos pares, desempenho escolar pobre e difícil adaptação à escola, dificuldade nas relações interpessoais. Quanto mais elevado for o resultado mais provável é a presença de delírios, de alucinações e outros sintomas psicóticos.
	Resultados baixos (T≤40)  jovens conformistas, conservadores, convencionais, orientados para o sucesso, práticos, cooperantes, confiáveis.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 9 (Hipomania)
	É constituída por 46 itens que permitem identificar pacientes com sintomas hipomaníacos: euforia, discurso e actividade motora acelerada, fuga de ideias, irritabilidade, breves períodos de depressão.
	A escala 9 é um “catalizador” das características presentes noutras escalas.
	Os adolescentes têm resultados mais elevados do que os adultos. Os adolescentes sem patologia respondem em sentido desviante aos itens cujo conteúdo tem a ver com a actividade motora. Resultados baixos nos adolescentes sem patologia sugerem conformismo e bom comportamento.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 9 (Hipomania)
	Resultados elevados (T≥60)  actividade excessiva e acelerada, preferência pela acção em vez da reflexão, impulsividade, tendência para a distracção, aspirações grandiosas, euforia, extroversão, egocentrismo, insensibilidade, problemas de comportamento na escola e possibilidade de comportamentos delinquentes, labilidade emocional, fuga de ideias.
	Resultados baixos (T≤40)  baixos níveis de energia, isolamento, reserva, depressão, excessivo controlo na expressão das emoções, inibição, pouca probabilidade de acting-out e de comportamentos delinquentes.
MMPI-A: Escalas Clínicas
Escala 0 (Introversão social)
	Esta escala é constituída por 62 itens. 
	Resultados elevados (T≥60)  introversão social e desconforto social, baixa auto-estima, insegurança, falta de confiança, timidez, isolamento, pouca probabilidade de acting-out e de comportamentos delinquentes, submissão, conformismo, aceitação da autoridade, excessivo controlo na expressão das emoções, sensibilidade interpessoal. São jovens que não se deixam conhecer, mas em quem se pode confiar. 
	Resultados baixos (T≤40)  adolescentes extrovertidos, sociáveis, gregários, activos, interessados no reconhecimento social, confiantes nas suas capacidades sociais. 
MMPI-A: Para além das escalas básicas…
ESCALAS DE CONTEÚDO
No MMPI-A existem 15 escalas de conteúdo (Williams et al., 1992) compostas por itens com grande validade facial em relação ao conceito psicopatológico que pretendem descrever. 
A interpretação destas escalas requer a aplicação dos 478 itens do inventário.
A interpretação das escalas de conteúdo enriquece a interpretação das escalas básicas.
Resultados T>65 têm significado clínico, resultados entre T60 e T65 sugerem psicopatologia.
ESCALAS SUPLEMENTARES
No MMPI-A existem 6 escalas suplementares desenvolvidas por vários investigadores. Três destas escalas foram adoptadas do MMPI e sofreram poucas alterações (MAC-R, A e R). 
A interpretação destas escalas requer a aplicação dos 478 itens do inventário.
A interpretação das escalas de conteúdo enriquece a interpretação das escalas básicas.
Resultados T>65 têm significado clínico, resultados entre T60 e T65 sugerem psicopatologia.
SUBESCALAS DE HARRIS-LINGOES
	As escalas básicas são heterogéneas no que diz respeito ao seu conteúdo. Com o objectivo de facilitar a interpretação destas escalas, Harris & Lingoes (1955) construíram subescalas para as escalas 2,3,4,6,8 e 9.
	Ben-Porath et al.(1989) desenvolveram subescalas para a escala Si do MMPI-2 que também se utilizam no MMPI-A.

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