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HIPEREMIA E CONGESTÃO OBJETIVOS • Conceito • Tipos • Causas • Consequências CONCEITO Consististe no aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos de um órgão ou território orgânico. TIPOS DE ALTERAÇÕES Hiperemia: aumento do sangue sobre o território ligado a um processo ativo associado ao setor arterial. Congestão: aumento sobre o território ligado a um processo passivo associado principalmente as veias. ORIGEM As duas podem ter 2 origens: Aguda: imediato, rápido. Crônica: longa duração levando alterações morfológicas dos órgãos envolvidos, como a cor, por exemplo. HIPEREMIA Conceito: aumento do influxo (chegada) de sangue num órgão ou tecido, devido a dilatação arteriolar, num processo inflamatório agudo, por exemplo. Na maioria das vezes é fisiológico, mas pode ser também patológico. Causas: podem ser por: • Fisiológicas: como durante o processo digestório, exercícios físicos, reflexo na vergonha e na ira (vasodilatação dos vasos da face deixando a pele avermelhada, podendo ocorrer também em outros casos a vasoconstrição deixando a face pálida), corpos cavernosos do pênis durante a ereção, alergias em situações fisiológicas de defesa. • Patológico: como em paralisia dos nervos vasos constritores, como ocorre em alguns processos envolvendo vírus; paralisia facial de Bell; japoneses após ingerir álcool ficam vermelhos pela falta de enzimas que participam do processo do metabolismo do álcool. ▪ Estímulo dos nervos vasodilatadores (febre): processo secundário a patologia assim como todos os outros citados; ▪ Paralisação dos nervos vasoconstritores: hiperemia neurotípica; ▪ Agentes físicos ou químicos: ações traumáticas, envenenamento químico como por metais pesados, uso de Viagra. ▪ Histamina, serotonina, prostaglandina: mediadores químicos da inflamação. ▪ Hiperemia ocular por infecção; hiperemia das amidalas por infecção. Morfologia: • Macroscópica: tecido vermelho vivo, eritema, por estar ocorrendo no setor arterial. • Microscópica: várias arteríolas cheias de hemácia e dilatadas. Consequências: normalmente inexpressivas, edema discreto, aumento do metabolismo e defesa locais frente a infecção, sendo algo útil ao organismo. CONGESTÃO Conceito: é o retardo do efluxo (saída) de sangue de um determinado órgão ou tecido, decorre da diminuição da drenagem venosa. Causas: • Locais: compressão extrínseca das veias como no caso de uma meia apertada, por exemplo; ou alterações da circulação venosa por causas intrínsecas do vaso como em caso de celulite, estrias, varizes; outro exemplo é o encarceramento de alças intestinais, hérnias torção da alça intestinal, ovário ou testículo; por oclusão da luz venosa por um trombo; compressão venosa por tumor. • Sistêmicas: insuficiência cardíaca, principalmente do lado direto, em que o sangue se acumula e forma edema pelo aumento da pressão hidrostática, levando a congestão; insuficiência cardíaca congestiva, o coração não bombeia direito o sangue, levando à uma congestão. ▪ Insuficiência Cardíaca Direita (ICD): paciente começa a ter edema na cabeça e no pescoço pelo aumento da pressão hidrostática, uma vez que o sangue na parede estar exercendo uma força maior; Estase da veia jugular pela diminuição do fluxo sanguíneo; Edema dos membros superiores e inferiores; Derrame da pleura e peritoneal; Fígado em noz moscada uma vez que no sangue acumulado no fígado começa a sair plasma e hemácias (transudato), pelo aumento de pressão hidrostática, com isso os macrófagos locais fagocitam a parte heme da hemácia sobrando a parte férrica que se acumula dando essa coloração. • Insuficiência Cardíaca Esquerda (ICE): Se o ventrículo esquerdo infarta (infarto do miocárdio), leva à necrose tecidual, com isso ocorre a substituição por tecido fibroso, levando a diminuição da capacidade de bombeamento acarretando a congestão, que por consequência leva a insuficiência cardíaca esquerda. O sangue não consegue voltar para circulação, logo fica preso no pulmão, levando a uma congestão pulmonar. Logo a um aumento da pressão hidrostática no vaso, levando inicialmente a saída de liquido do vaso, provocando o edema. A área de troca gasosa fica inundada por transudato proporcionando ao paciente uma insuficiência respiratória. Sai hemácias, logo os macrófagos locais fagocitam a parte heme, acumulando a parte férrica, dando uma coloração ferruginosa, hemossiderose. Congestão pulmonar aguda: edema pulmonar. Congestão pulmonar crônica: hemossiderose. Tipos (fases da congestão): Aguda: • Macroscópica: tecido de coloração vermelho-azulado, cianose. • Microscópica: vasos venosos cheios de hemácias. Crônica: Extravasamento de hemácias→ fagocitose local das hemácias pelo macrófago→ fagocitose apenas da parte heme→acumulo da parte férrica→ hemossiderina→ hemossiderose. Isso ocorre em congestão, cirrose hepática, envenenamento, ICE. • Macroscópica: tecidos de coloração ferruginosa/acastanhada. • Microscópica: macrófagos com pigmento de hemossiderina. Consequências: • Alterações do metabolismo celular: do fígado, rim, coração, por impedir a chegada de sangue arterial, levando ou adaptação ou processo degenerativo como: • Esteatose: déficit na conjugação de gordura e proteína, logo começa o acumulo dessas substancias em determinados órgãos e tecido. Colesterol se acumula no sangue e triglicerídeos no fígado, por exemplo, levando a esteatose hepática. • Degeneração hidrópica: por conta da dificuldade circulatória, levando a uma diminuição de oxigênio, consequentemente a diminuição de ATP que seria usada na bomba de sódio e potássio. • Atrofia: a isquemia leva a diminuição de oxigênio, como isso leva a adaptação, algumas células morrem (autofagia) e algumas organelas citoplasmática diminuem, levando a atrofia. • Edema: o aumento da pressão hidrostática possibilita a saída de transudato. • Substância do parênquima: substituição do parênquima, célula principal do órgão_ por conta da isquemia que leva a falta de oxigênio→ morte celular_ é substituído por tecido fibroso, diminuindo sua função.
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