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1 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A SSIISSTTEEMMAA DDEE DDRREENNAAGGEEMM VVEEIIAA CCAAVVAA SSUUPPEERRIIOORR Aula1 Objetivos: -Conhecer as principais veias do corpo humano, formação,área de drenagem, trajeto e local de desembocadura. -Diferenciar as veias pertencentes ao sistema venoso profundo e superficial, dos membros superior e inferior. -Reconhecimento das veias na prática, para compreensão clínica do retorno venoso no Sistema Cava. As veias geralmente reconduzem o sangue pobre em oxigênio dos leitos dos capilares para o coração, o que confere às veias uma aparência azul-escura--Na veia, por ser mais fina, você consegue ver seu conteúdo, diferente das artérias onde se vê a cor de sua parede. As grandes veias pulmonares são atípicas, pois conduzem sangue rico em oxigênio dos pulmões para o coração. Em vista da menor pressão arterial no sistema venoso, as paredes das veias são mais finas do que as das artérias acompanhantes. Normalmente as veias não pulsam e não ejetam nem jorram sangue quando seccionadas. Existem 3 tamanhos de veias: ❖ Vênulas: são as menores veias, responsáveis por drenar os leitos capilares e se unirem a vasos semelhantes para formar as pequenas veias que serão tributárias das veias maiores. ❖ Veias médias: responsáveis por drenar os plexos venosos e acompanharem as artérias médias. Essas têm válvulas venosas que permitem o fluxo sanguíneo em direção ao coração. ❖ Grandes veias: caracterizadas por largos feixes de músculo liso longitudinal a túnica externa bem desenvolvida, um exemplo é a veia cava superior. O numero de veias é maior que o numero de artéria. Embora suas paredes sejam mais finas, seu diâmetro costuma ser maior que o diâmetro da artéria correspondente. As paredes finas proporcionam grande capacidade de expansão, e as veias se expandem quando o retorno do sangue para o coração é impedido por compressão ou por 2 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A pressão interna (ex: após aspirar profundamente e prender a respiração; está é a manobra Valsava). Como as artérias e veias formam um percurso, seria esperado que metade do volume do sangue encontra-se nas artérias e a outra metade nas veias, mas isso não ocorre. No entanto, em razão ao maior diâmetro e a capacidade de expansão das veias, a proporção é de 20% do sangue estão nas artérias, enquanto 80% encontram-se nas veias. As veias tendem a ser duplas, ou múltiplas. Aquelas que acompanham as artérias profundas são chamadas de veias acompanhantes, circundam-se em uma rede com ramificações irregulares. Essa organização serve como trocador de calor em contracorrente, em que o sangue arterial morno aquece o sangue venoso mais frio em seu retorno de uma extremidade fria para o coração. As veias acompanhantes ocupam uma bainha vascular fascial relativamente rígida junto com a artéria que acompanham. Consequentemente, quando a artéria se expande durante a contração, as veias são distendidas e achatadas, o que ajuda a conduzir o sangue venoso para o coração- uma bomba arteriovenosa. As veias sistêmicas são mais variáveis do que as artérias, e as anastomoses venosas- comunicação natural, direta ou indireta, entre duas veias- são mais frequentes. A expansão externa dos ventres dos músculos esqueléticos que se contraem nos membros, limitada pela fáscia muscular, comprime as veias, “ordenando” o sangue para cima em direção ao coração; outro tipo de (músculovenoso) de bomba venosa. basicamente cada vez que o musculo se comprime ele empurra o sangue em direção ao coração. 3 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A As válvulas venosas interrompem as colunas sangue, aliviando, assim, a pressão nas partes mais baixas e só permitindo que o sangue venoso flua em direção ao coração. A congestão venosa que ocorre nos pés quentes e cansados ao fim de um dia de trabalho é aliviada repousando-se os pés sobre um banco mais alto que o tronco do corpo, essa posição dos pés ajuda também o retorno venoso do sangue. * Ao pisar o sangue é ejetado para o primeiro espaço valvar. A pressão do movimento sanguíneo faz com que a próxima válvula abrir. O peso da movimentação do sangue faz a válvula anterior fechar. CURIOSIDADES: Injeção, soro, coleta de sangue para fins laboratórios utiliza-se o sistema venoso superficial, assim como a alimentação parenteral. A revascularização do miocárdio utiliza-se as veias safenas. ANÁLISE CLÍNICA: SÍNDROME DA CAVA SUPERIOR Síndrome da veia cava superior é um grupo de sintomas causados pelo bloqueio parcial da veia cava superior, uma veia grande que transporta o sangue da cabeça, pescoço, peito e braços para o coração. Na maioria dos casos, a síndrome é causada pelo câncer - a veia cava superior, que drena para o átrio direito do coração, pode ser comprimida quando um tumor cresce dentro do tórax. Os sintomas se desenvolvem lentamente e incluem dificuldade para respirar ou falta de ar, tosse e inchaço da face, pescoço, tronco, braços e dor no peito. Em casos graves, a pele pode ficar escura (azulada) devido à cianose. A síndrome da veia cava superior pode evoluir rapidamente bloqueando completamente a traqueia o que necessita de ações imediatas. Comumente, se o bloqueio se desenvolve lentamente, outras veias podem ajudar a circular o sangue, com isso os sintomas podem tornar-se menos intensos. *Cianose: um sintoma marcado pela coloração azul-arroxeada da pele ocorre devido ao aumento da hemoglobina não oxidada, quando não existe o retorno venoso. 4 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A FORMAÇÃO DA VEIA CAVA SUPERIOR Vv. Jugular interna direita com a Vv. Subclávia direita ao nível da clavícula, nas articulações esternoclaviculares, forma a veia braquiocefálica direita, o mesmo ocorre na esquerda. No nível da margem inferior da primeira cartilagem costal direita, as veias braquiocéfalicas direita e esquerda se juntam formando a Veia Cava Superior que chega ao átrio direito do coração. A veia cava superior conduz o sangue de todas as estruturas superiores ao diafragma, exceto os pulmões e o coração. 5 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A DRENAGEM DA CABEÇA/PESCOÇO Veia Temporal superficial: Está localizada entre o arco zigomático e meato acústico externo. É responsável por drenar a região lateral do couro cabeludo, face superficial do músculo temporal e orelha externa. Veia Maxilar: é um vaso curto que drena a extremidade posterior do plexo venoso pterigoideo. Ela corre para a trás, com a artéria maxilar, no lado medial do colo da mandíbula e se une á veia temporal superficial dentro da glândula parótida, para formar a veia retromandibular. Veia Retromandibular: localizada posterior ao ramo da mandíbula, é um vaso profundo da face formado anteriormente á orelha pela união da veia temporal superficial com a veia maxilar. É responsável por drenar a parte superficial do coro cabeludo, glândula parótida e o músculo masseter. 6 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A Essa veia emite 2 ramos: ramo anterior que se une a veia facial, e um ramo posterior que se une a veia auricular posterior para formar a veia jugular externa que por sua vez deságua na veia subclávia. Anterior Veia Facial: tem origem no canto interno do olho e é responsável por drenar os olhos, nariz, lábios, região anterior da bochecha, parte anterior do couro cabeludo e fronte, pálpebras superiores e inferiores. Veia Lingual: tem origem da própria língua e é responsável por drenar a língua e o soalho da cavidade oral,alem de drenar a veia jugular interna, →Essas 3 veias, ramo anterior da retromandibular +veia lingual + veia facial, se unem e desembocam na tronco comum da face que é responsável por drenar para veia jugular interna. Veia jugular interna: drena o sistema nervoso central, parte interna do crânio, face e do pescoço.Ela começa no forame jugular,desce através do pescoço e na bainha carótica, se une coma veia subclávia para formar a veia braquicefálica. Posterior Ramo posterior da veia retromandicular se une com a veia auricular posterior e com a veia occipital Menor(drena região occipitaldo couro cabeludo) e formam a veia jugular externa que desemboca na veia subclávia. Veias do Pescoço Podemos dizer que as “principais” veias do pescoço são as jugulares. A drenagem é feita: pela veia tireoidea superior, média e inferior são tributarias: • Superior é tributaria a jugular interna. • Média é tributaria da jugular interna. • Inferior é tributaria da braquiocefalica direira e braquicefalica externa. 7 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A Veia jugular externa: veia tributaria da subclávia, tem origem perto do ângulo da mandíbula pela união da divisão posterior da veia retromandibular com a veia auricular posterior.Ela é responsável por drenar a maior parte do couro cabeludo e a região lateral da face, tendo seu fim na veia subclávia. MEMBROS SUPERIORES O sistema venoso dos membros superiores é dividido, levando como ponto de referencia as fascias, entre: 1- Sistema Venoso Profundo (as veias que acompanham as artérias- tem satélite, estão localizadas abaixo das fáscias) 2- Sistema Venoso Superficial (no tecido subcutâneo- desemboca no sistema profundo, estão localizadas abaixo das fáscias) SISTEMA VENOSO PROFUNDO Existem 2 veias radiais(lateralmente) e 2 veias ulnares (medialmente) que se unem e forma outras duas veias no braço. As veias do antebraço forma 2 veias braquiais na região do braço; 8 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A Essas duas veias com a veia basílica (superficial) vão se unir próximas a região da axila e formar a veia axilar que vai se desembocar na veia subclávia. SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL Rede venosa dorsal: localizada a parte posterior da mão dará origem as principais veias superficiais do membro superior, as veias cefálica e basílica. Veia cefálica: tem origem da rede nevosa dorsal e se ascende lateralmente a ela percorrendo toda a margem lateral do punho e da região proximal do antebraço até se comunicar com a veia intermédia do cotovelo que tem trajeto obliquo na fossa cubital do cotovelo e se une a veia basílica. A veia cefálica segue superiormente entre os músculos deltoides e peitoral maior,perfura uma membrana e uni-se a parte terminal da veia axilar. Veia Basílica: ascende a partir da extremidade medial da rede venosa dorsal ao longo da face medial do antebraço. Passa profundamente perto da junção do terço médio inferior do braço e segue em sentido superior paralelamente a braquial até a axila onde se funde com as duas veias braquiais para formar a veia axilar. Logo ela é uma veia tributaria á axilar. Resumo:Sai do dorso da mão, passa pela fossa ulnar e ao chegar no braço se trona profunda juntando-se as braquiais para formar a axilar. Veia Subclávia: é o principal canal venoso que drena o membro superior. É a continuação da veia axilar. Situa-se abaixo e na frente da terceira parte da artéria subclávia, atrás da clavícula. 9 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A Tributarias da axilar: Veia toráxica lateral e veia cefálica. DRENAGEM DO TÓRAX As veias intercostais acompanham as artérias e os nervos intercostais e estão em posição superior nos sulcos das costelas. Há 11veias intercostais posteriores e uma veia subcostal de cada lado. As veias intercostais anteriores se anastomosam comas veias intercostais anteriores (tributarias das veias torácicas internas). A medida que se aproximam da coluna vertebral, as veias intercostais posteriores recebem um afluente posterior que acompanha o ramo posterior do nervo espinal daquele nível, e uma veia intervertebral que drena os plexos venosos vertebrais associados a coluna vertebral. A maioria das veias intercostais posteriores terminam no sistema venoso Ázigo/Hemiázigo que conduz o sangue até a veia cava superior. 10 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A A veia intercostal superior direita é normalmente a ultima tributaria da veia ázigo,antes da sua entrada na veia cava superior. Entretanto, a veia intercostal superior esquerda geralmente drena a veia braquiocefálica esquerda. A comunicação inferiores com a veia hemiázigo acessória é comum. As veias torácicas internas são as veias acompanhantes das artérias torácicas internas. Sistema Ázigo As veias ázigos consistem na veia ázigo principal,na veia hemiázigo inferior, e na veia hemiázigo superior. Elas drenam o sangue das partes posteriores dos espaços intercostais, da parede posterior do abdome,do pericárdio,do diafragma, dos brônquios e do esôfago. Veia ázigo: forma uma via colateral entre VCS e VCI e drena sangue das paredes posteriores do tórax e abdome. Ascende no mediastino posterior,passando perto das faces direitas dos corpos das oito vértebras torácicas inferiores. Curva-se sobre a face superior da raiz do pulmão direito para unir á VCS, de forma semelhante á forma como o arco aorta passa sobre a raiz do pulmão esquerdo. A veia ázigo possui inúmeras tributarias que incluem: 8 vértebras intercostais inferiores, a veia intercostal superior direita, as veias hemiázigos superior e inferior, e numerosas veias mediastinais. Veia hemiázigo inferior: frequentemente formada pela união da veia lombar ascendente esquerda e da veia subcostal esquerda. Ela sobe através do pilar esquerdo do diafragma e, quase no nível da oitava vértebra torácica, curva-se para a direita e se une a veia ázigo. Ela recebe como tributarias algumas veias intercostais inferiores esquerdas e veias mediastinais. Veia hemiázigo superior: é formada pela união da quarta á oitava veia intercostais. Ela se une a veia ázigo no nível da sétima vértebra torácica. Veia hemiázigo acessória: começa na extremidade medial do 4 ou 5 espaço intercostal e desce a esquerda da coluna vertebral de T5 á T8. Recebe tributarias das veias dos 4-8 espaço intercostais, e, as vezes, das veias bronquiais esquerdas. Cruza sobre a vértebra T7 ou T8, posteriormente a parede torácica da aorta e ducto torácico, onde se une á veia ázigo. As vezes a veia hemiázigo acessória se une coma veia hemiázigo e drena com ela a veia ázigo. Não raro, a veia hemiázigo acessória está ligada a veia intercostal superior esquerda e é essa que 11 BEATRIZ MARINELLI 2º TERMO A drena os 1-3 espaço intercostais, e drena principalmente a veia braquicefálica esquerda.
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