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Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 0 0 www.sanarflix.com.br Resumo Embriologia do Sistema Respiratório Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 1 1 www.sanarflix.com.br 1. Período Embrionário O sistema respiratório deriva do intestino primitivo. Na quarta semana o sistema respiratório inferior (laringe, traqueia, brônquios e pulmões) começa a se formar na faringe primitiva (porção do intestino anterior) a partir do sulco laringotraqueal, que s eforma na endoderme da face ventral da faringe. Esse sulco se aprofunda e sofre modificações dando origem ao tubo laringotraqueal com o broto pulmonar. Os revestimentos do tubo laringotraqueal se diferenciam dando origem a laringe, traqueia, os brônquios e os pulmões. Na extremidade do tubo laringotraqueal, desenvolve-se uma dilatação que se divide em dois brotos broncopulmonares. O broto direito é mais longo que esquerdo, sendo que na quinta semana no direito e originam dois brotos secundários, e no broto esquerdo, somente um. Depois, cada broto secundário se ramifica diversas vezes. Figura 01. Desenvolvimento da traqueia e dos brônquios primitivos. A linha tracejada marca os cortes transversais que são mostrados abaixo. FONTE: Marcuzzo, S. Desenvolvimento do sistema respiratório. Disponível em: https://bit.ly/2yyVJuY Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 2 2 www.sanarflix.com.br Figura 02. Desenvovlimento da traqueia, dos brônquios e dos pulmões. As linhas tracejadas indicam o desenvolvimento das pleuras. FONTE: Marcuzzo, S. Desenvolvimento do sistema respiratório. Disponível em: https://bit.ly/2yyVJuY O desenvolvimento dos pulmões é dividido em quatro fases: 1. Estágio embrionário (quarta à sétima semana): ocorre o surgimento do divertículo respiratório até os segmentos broncopulmonares. 2. Período Pseudoglandular (oitava à 16ª semana): O broto pulmonar se divide em dois brotos brônquicos, que se diferenciam em brônquios e suas ramificações. O pulmão tem aparência de glândula. 3. Período Canalicular (da 17ª à 26ª semana): Formam-se os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e poucos alvéolos primordiais. Além disso, o tecido pulmonar fica muito vascularizado. 4. Período do Saco Terminal (da 26ª ao nascimento): Formam-se muitos sacos terminais com capilares revestidos por células que se diferenciam para realizar trocas gasosas e secretar surfactante (composto que diminui a tensão do líquido presente nos alvéolos para que ele não comprima em contato com o ar) formando a barreira hematoaérea. Para ocorrer a produção dessa substância, o epitélio alveolar diferencia-se nos pneumócitos tipo I e nos pneumócitos tipo II. Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 3 3 www.sanarflix.com.br 5. Período pós natal (do nascimento até os oito anos): há inicialmente um aumento de tecido conjuntivo entre os sacos alveolares, mas depois há uma diminuição, favorecendo as trocas gasosas. Figura 03. Período pseudoglandular. FONTE: Marcuzzo, S. Desenvolvimento do sistema respiratório. Disponível em: https://bit.ly/2yyVJuY Figura 04. Período canalicular. FONTE: Marcuzzo, S. Desenvolvimento do sistema respiratório. Disponível em: https://bit.ly/2yyVJuY Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 4 4 www.sanarflix.com.br Figura 05. Período do saco terminal. FONTE: Marcuzzo, S. Desenvolvimento do sistema respiratório. Disponível em: https://bit.ly/2yyVJuY Figura 06. Período alveolar. FONTE: Marcuzzo, S. Desenvolvimento do sistema respiratório. Disponível em: https://bit.ly/2yyVJuY Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 5 5 www.sanarflix.com.br As fossetas nasais são formadas no desenvolvimento da face e, ao se aprofundarem, formam os sacos nasais primitivos. Estas estruturas são separadas da cavidade oral por uma membrana que posteriormente se rompe formando coanas primitivas, as quais possibilitam a comunicação entre as cavidades oral e nasal, essa comunicação é interrompida com a formação do palato. As coanas então passam a comunicar a cavidade nasal com a faringe (nasofaringe). O septo nasal é formado na nona semana. Ele separa a cavidade nasal em duas narinas. 2. Surfactante e o Amadurecimento Pulmonar O pneumócito do tipo I é uma célula com funções principalmente relacionadas ao revestimento alveolar. Já os pneumócitos tipo II são responsáveis pela produção do surfactante, que é uma substância composta principalmente de fosfolipídios (90%) e proteínas (10%) que reveste a superfície interna dos alvéolos pulmonares. A funç̧ão principal do surfactante é diminuir a tensão superficial da interfase ar-alvéolo, de modo a mantê-los distendidos e evitar seu colapso ou atelectasia. A falta de surfactante é a causa principal da doença da membrana hialina, que acomete principalmente recém- nascidos prematuros, causando insuficiência respiratória. A atelectasia causada pela deficiência de surfactante resulta em má ventilação alveolar, o que leva a hipóxia, hipercapnia e acidose. A administração da dexametasona ou betametasona no período pré-natal é indicada somente para acelerar a maturação pulmonar fetal. Esta ocorre através do aumento da produção de surfactante, levando a redução na morbi-mortalidade neonatal. Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 6 6 www.sanarflix.com.br 3. Circulação Fetal A circulação fetal é estruturada para suprir as necessidades de um organismo em crescimento rápido num ambiente de hipóxia relativa. Os pulmões fetais estão cheios de líquido, oferecendo alta resistência ao fluxo sanguíneo. O embrião depende da placenta para realizar suas trocas gasosas, pois o pulmão é apenas um órgão secretor no período intra-uterino. O sangue oxigenado chega da placenta através da veia umbilical. Ao se aproximar do fígado o sangue passa diretamente para o ducto venoso, um vaso fetal que comunica a veia umbilical com a veia cava inferior. Percorrendo a veia cava inferior, o sangue chega ao átrio direito e é direcionado através do forame oval para o átrio esquerdo. Assim, neste compartimento o sangue com alto teor de oxigênio vindo da veia cava se mistura com o sangue pouco oxigenado vindo das veias pulmonares, já que os pulmões extraem oxigênio e não o fornece. O ducto arterial, ao desviar o sangue da artéria pulmonar para a artéria aorta, protege os pulmões da sobrecarga e permite que o ventrículo direito se fortaleça para a sua total capacidade funcional ao nascimento. No nascimento, ocorre o fechamento do ducto arterial, ducto venoso e do forame oval, além da desconexão com os vasos umbilicais. Figura 07. Circulação fetal. FONTE: https://bit.ly/2Ym044f Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 7 7 www.sanarflix.com.br Referências Bibliográficas 1. Marcuzzo, S. Desenvolvimento do sistema respiratório. Disponível em: http://professor.ufrgs.br/simonemarcuzzo/files/desenvolvimento_do_sistema_res piratorio.pdf 2. Correia Júnior, M. et al. Conceitos atuais sobre avaliação da maturidade pulmonar. FEMINA | Maio/Junho 2014 | vol 42 | nº 3. 3. Mattos Sandra S.. Fisiologia da circulação fetal e diagnóstico das alterações funcionais do coração do feto. Arq. Bras. Cardiol. [Internet]. 1997 Sep. Resumo de Embriologia do Sistema Respiratório 8 8 www.sanarflix.com.br
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