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Periodontia - controle químico e mecânico do biofilme

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@odontocom_ka 1 
 
Controle químico e mecânico da 
placa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@odontocom_ka 2 
 
O biofilme são compostos de 
microcolonias de células bacterianas 
que estão distribuídas de maneira não –
randomica em uma matriz ou glicocalix. 
Bactérias ficam de forma organizada 
no tecido, gerando um estilo de vida 
comunitário. Assim, aumenta a 
diversidade e eficiência metabólica e a 
tolerância ao stress ambiental. Portanto, 
tem uma capacidade maior de causar 
doença e tem uma gama maior de 
habitats. 
 
Estilo de vida comunitário 
 
 Gama mais ampla de 
habitats 
 Aumento da diversidade 
e eficiência metabólica 
 Maior tolerância ao stress 
ambiental 
 Capacidade aprimorada 
de doença 
Ambiente fica propício a proliferação 
de bactérias e diversificação delas, 
podendo desencadear a doença. Pois 
essas bactérias saem do estágio 
comensais e aumentam sua capacidade 
de proliferação gerando a patologia. 
Formação do biofilme 
Primeiramente ocorre a Adsorção (1) 
onde ocorre a formação da película 
adquirida. Nesta fase a bactéria “gruda” 
no dente. É na fase de adsorção que 
ocorre o inicio da deposição de 
microorganismos nas primeiras 4 horas. 
Adesão reversível (2) ocorre entre a 
superfície da célula microbiana e o filme 
de condicionamento. Nesta fase ocorre a 
colonização da superfície dental após 4 
horas. 
Em seguida, se não removidas ocorre 
a uma ligação mais estável (3) 
envolvendo interações de moléculas 
específicas na superfície celular 
(adesinas) e as moléculas 
complementares (receptores) presentes 
no biofilme de condicionamento. 
Entre 8 e 12 horas há formação de 
microcolonias e em 24 horas possui 
colônias de cocos e filamentos Gram - . 
Em seguida ocorre a Coadesão (4) 
na qual colonizadores secundários 
aderem a receptores em bactérias já 
ligadas. 
Com 48 horas ocorre essa 
coagregação bacteriana 
Os periodontopatógenos se instauram 
no biofilme nesta fase. 
@odontocom_ka 3 
 
E por fim a Multiplicação (5) das 
bactérias ligadas. A partir de 9 dias 
aumentam seu volume e diminui 
oxigênio (presença de bactérias 
anaeróbias) 
Com 3 a 4 semanas a placa está 
madura. 
 
Doença periodontal 
 
A doença periodontal é caracterizada 
como uma disbiose. 
Disbiose é um conceito utilizado para 
algumas doenças que são causadas pelo 
decréscimo no número de bactérias 
simbiônticas e aumento do número de 
bactérias patológicas. 
Ao invés de contribuir na função de 
um tecido periodontal sadio, a 
comunidade polimicrobiana oral vai 
interferir na função normal dos tecidos 
periodontais. 
Bactérias simbiônticas (comensais) 
são bactérias que contribuem para um 
periodonto sadio, portanto, são bactérias 
não patógena, bactérias do bem . 
Bactérias comensais vão prevenir 
uma colonização por bactérias 
patógenas por um processo denominado 
resistência a colonização. 
Além da proteção por ocupação dos 
nichos as bactérias comensais também 
promovem desenvolvimento estrutural e 
funcional dos tecidos e proteção por 
ocupação de nichos. 
 
Teorias da disbiose 
 
1. Alteração na composição 
microbiana que gera a inflamação 
dos tecidos periodontais. 
Com a agregação de bactérias 
patológicas, essas vão interferir na 
resposta inflamatória e permitir o 
acesso a proteínas mais ricas nos 
substrados do fluido gengival 
crevicular, o que facilitara o 
crescimento do biofilme. Gerando 
processo inflamatório / disbiose. 
Tirando nosso organismo do estado 
de saúde. 
Esta teoria sugere que há 
diminuição das bactérias comensais 
e aumento das bactérias 
patogênicas. 
 
2. Teoria sugere que o hospedeiro 
gera essa disbiose, que os fatores do 
hospedeiro são a causa de uma 
comunidade disbióica. 
Sendo assim, a solução da 
inflamação deve ser suficiente para 
tratar ambos (periodontite e 
disbiose). 
@odontocom_ka 4 
 
Ocorre aumento de bactérias 
patológicas pelo próprio hospedeiro. 
Caso o hospedeiro tenha resposta imune 
normal ocorre a homeostase. Porém se o 
hospedeiro tiver uma doença auto-
imune (fator de risco) ou algum fator 
externo que esteja prejudicando sua 
resposta inflamatória, e essa deficiência 
gera os substratos para que ocorra a 
alteração do biofilme . 
 
Importância do controle do 
biofilme 
 
Biofilme oral participa de um papel 
fundamental na etiologia das doenças 
periodontais, cáries, doenças pulpares, 
periodontite apical aguda, doenças 
periimplantares e candidose oral. 
A cárie associada a doença 
periodontal é responsável por 75%das 
perdas dentárias. 
A raspagem e alisamento radicular é 
considerado padrão ouro de redução da 
placa pois remove depósitos moles e 
calcificados acarretando em resutados 
positivos em relação a profundidade de 
sondagem e o nível de inserção. 
O idel é realizar o controle do 
biofilme em consultório (raspagem e 
alisamento radicular / profilaxia) 
associado a escovação e boa higiene oral 
e consultas de manutenção com a 
periodicidade a ser definida de acordo 
com cada caso. 
Pacientes baixo risco devemos 
realizar o acompanhamento 1 ou 2 vezes 
por ano. 
Pacientes alto risco devemos realizar 
acompanhamento 2 ou mais vezes por 
ano. Se o paciente não conseguir ter uma 
boa higienização e tiver doença 
periodontal o ideal é realizar 
acompanhamento a cada 3 meses. 
Se a higienização oral em casa for 
eficiente há redução da gengivite e 
maior estabilidade do periodonto 
saudável. 
 
 
A escovação é a prática mais 
implementada para higiene oral. Porém, 
a escovação sozinha não é suficiente, já 
que não alcança as áreas interproximais. 
A higienização oral não é pautada só 
na escovação, mas também no uso de fio 
dental, limpeza de língua, etc. 
O bom resultado na escovação 
depende de 4 fatores 
1. Desenho da escova 
O tamanho do cabo deve ser 
apropriado para a idade e destreza do 
paciente. 
Suas cerdas precisam ser macias e 
podem ser de diferentes tamanhos e 
diâmetros feitas de filamentos de 
poliéster ou nylon com as extremidades 
arredondadas e diâmetro superior a 0,23 
@odontocom_ka 5 
 
mm, características que aumentam a 
remoção de placa. 
Cerdas duras podem traumatizar 
tecidos por este motivo não são 
indicadas. 
Com o tempo de uso os filamentos 
das cerdas diminuem seu diâmetro e 
perdem sua eficiência de limpeza, por 
este motivo a importância de trocá-la 
periodicamente. Cada paciente 
necessitará trocar em um período de 
tempo distinto, pois depende do 
desgaste de cada escova e força aplicada 
durante escovação mas a média é a troca 
a cada 3 meses ou após ficar doente. 
O tamanho da cabeça deve ser 
apropriado para as dimensões da boca 
do paciente (de preferência pequena 
para higienizar melhor áreas 
posteriores). 
Não pode haver uma única escova de 
dentes “ideal” para todos. É questão 
preferencial, individual, não ditada por 
qualquer tipo de superioridade 
demonstrada 
2. Habilidade do individuo 
A habilidade do indivíduo é medida 
pela sua capacidade de remoção da 
placa. 
A idade pode interferir no controle de 
placa, bem como a habilidade de 
remoção de placa dependerá da destreza 
durante a escovação. 
3. Frequência 
A escovação desorganiza o biofilme, 
e de acordo com ADA recomenda-se 
que escovação seja realizada pelo menos 
2 vezes ao dia. 
A maioria dos pacientes é incapaz de 
atingir o controle total da placa por este 
motivo recomendamos clincamente que 
o paciente escove os dentes de 3 a 4 
vezes ao dia, para que frequência tente 
compensar a eficácia, que na maioria 
dos casos é ineficiente. 
4. Tempo de escovação 
O tempo de escovação deve ser de 
pelo menos 2 minutos para remover 
41% da placa. 
 
 
Escovas elétricas 
Foi criada na década de 70 e associa 
vários movimentos, não sendo 
necessário uma técnica especial para o 
uso. 
A maioria apresentamovimentos 
lado-a-lado, cotra oscilatórios, rotação e 
oscilação, circular, ultrassonico, iônico e 
multidimensional. 
Algumas possuem timer, controle de 
pressão, timer visual, cabeças de 
escovas intercambiais. 
É mais indicada para pacientes com 
dificuldades motoras, porém, seu custo é 
muito elevado. 
Sua eficácia foi comprovada se tiver 
movimentos de oscilação e rotação ou 
com mecanismo iônico. 
 
Escovação 2x/dia por 
120 seg. com uma 
força de 3N 
@odontocom_ka 6 
 
Não existe um único método correto 
e indicado para todos os pacientes; 
Uma técnica idela é a que permite 
completa remoção do biofilme dental, 
no menor tempo possível, sem causar 
danos aos tecidos. 
Técnica horizontal 
É a técnica de Scrub, a mais comum e 
simples. Que consistem em “esfregar” 
da direita para a esquerda. 
Posicionamos a escova 
perpendicular superfície dente (90º) e 
realizamos movimentos no sentido 
horizontal (direita para esquerda). 
Não é muito indicada aos paciente 
pois pode desenvolver recessão 
gengival. Por este motivo a indicação é 
estrita para as faces oclusais (trenzinho). 
 
Técnica Vertical 
Também conhecida como técnica de 
Leonard (1939). É semelhante à técnica 
horizontal, mas movimento é para cima 
e para baixo (sai da margem gengival em 
direção a incisal e assim por diante) 
Posicionamos a escova 
perpendicular superfície dente (90º) e 
realizamos movimentos no sentido 
vertical com os dentes ocluídos. 
Não é muito indicada aos paciente 
pois pode desenvolver recessão 
gengival. 
Técnica Circular: 
Também chamada de técnica de 
Fones (1934) a qual consiste na 
realização de movimentos circulares da 
margem gengival da mandíbula a 
margem gengival da maxila com o 
posicionamento da escova perpendicular 
ao dente (90º) e os dentes ocluídos. 
É muito indicada para crianças 
devido a sua facilidade de realização. 
Técnica do esfregaço 
Constitui na realização de 
movimentos horizontais, circulares e 
rotatórios em direção a incisal. 
 
Técnicas Sulculares: 
Esta técnica consegue remover 
biofilme do sulco gengival por até 1mm. 
Temos as seguintes técnicas sulculares: 
@odontocom_ka 7 
 
↪ Bass (1948): Consiste na 
realização de movimentos ântero-
posteriores, curtos, onde inicialmente 
posicionamos as cerdas sob no sulco 
gengival. 
A escova é posicionada em um 
ângulo de 45° em relação ao longo eixo 
do dente. 
O movimento realizado é no sentido 
horizontal e curto, quase que um 
movimento vibratório. 
Esta técnica é muito utilizada na 
periodontia. 
↪ Bass modificada: Movimentos 
ântero-posteriores e de rotação, curtos, 
cerdas posicionadas no sulco gengival. 
O que muda neste é que temos a 
rotação da escova 
Mais indicado para os pacientes. 
Principalmente para pacientes com 
doença periodontal. 
No sulco gengival. 
Nem sempre consegue indicar essa 
técnica pois o paciente não consegue 
fazer esse movimento e acaba 
traumatizando o tecido gengival. 
Técnicas vibratórias 
Esta técnica consiste no 
massagenamento e estimulação da 
gengiva e da limpeza de áreas cervicais 
dos dentes. 
Temos três técnicas do tipo 
vibratória. São elas: 
↪ Stillman (1932): É similar a de 
bass, porém na de stillman a escova 
estará posicionada parte na gengiva e 
parte no dente. 
Movimentos vibratótios, cerdas 
posicionadas na gengiva e na superfícies 
dos dentes. 
Posicionamento escova: 45° longo 
eixo dente. 
Com essa técnica a chance de 
traumatizar o tecido gengival é menor, 
pois não entra no sulco. 
Indicada para os pacientes. 
Sobre a margem gengival. 
↪ Stillman modificada: Movimentos 
vibratórios e de rotação, cerdas 
posicionadas na gengiva e nas 
superfícies dos dentes. 
Nesta, foi acrescentado o movimento 
de rotação da escova. 
↪ Charters (1948): Movimentos 
vibratórios, cerdas voltadas para 
superfície oclusal ou incisal. 
Com a escova posicionada em um 
ângulo de 45° em relação a gengiva . 
Esta técnica é indicada pacientes que 
tem recessão gengival e utiliza aparelho 
fixo. 
 
 
 
 
 
 
@odontocom_ka 8 
 
Escovas de dente não remove por 
completo placa interdental, por este 
motivo a remoção da placa interdental é 
fundamental para prevenção de doenças 
periodontais e cáries, doenças essas que 
têm origem e/ou com mais frequências 
nessas áreas; 
Há diversos métodos de limpeza 
interdental disponíveis, são eles: 
 
Fio dental 
 
Se utilisado adequadamente, remove 
efetivamente mais de 80% da placa 
interproximal; 
Para remoção placa subgengivalo fio 
deve ser introduzido levemente no sulco 
gengival. 
Temos vários tipos de fio atualmente 
no mercado. 
 Não encerado: para áreas com 
ponto de contato mais largos. 
 Encerado: para áreas com 
ponto de contato justo. 
 Polytetrafluoretano 
 Esponja 
 Tecido 
 Adornado 
 Expansível 
 Fino: para áreas com ponto de 
contato justo. 
 Fita: para áreas com ponto de 
contato justo. 
A facilidade na utilização do fio 
dental influencia na utilização diária, 
por isso podemos indicar um segurador 
ou suporte de fio, ou até mesmo um 
passa fio para pacientes que utilizam 
aparelho ortodôntico. 
Reinstrução e reforço do uso são 
necessários: Difícil execução, consome 
tempo; 
Hábito é difícil de ser estabelecido: 
motivação e insistência do paciente. 
Orientar o paciente a técnica de 
utilização de fio dental, onde 
introduzimos o fio entre um contato com 
o dente, até introduzir na gengiva, 
realiza-se movimentos horizontais e 
verticais, e passa para o próximo dente. 
Sendo necessário correr o fio dental para 
utilizar as áreas limpas. 
Caso não corra o fio dental pode 
ocorrer infecção cruzada, levando 
bactérias para outras áreas. 
Escova interdental: 
@odontocom_ka 9 
 
 
Tem se tornado popular entre os 
pacientes pela praticidade e facilidade 
de uso. 
Posiciona-se a escova é incerida em 
uma angulação de 45º (obliqua) em 
relação a gengiva. 
Comprovadamente ela é eficaz na 
higienização da área interproximal. 
O comprimento da cerda deve ser 
adaptado ao espaço interdental para a 
limpeza mais eficiente. 
Pacientes que tem implantes uso de 
prótese fixa, precisam ser bem 
orientados sobre a higienização; 
Indicado para pacientes com espaços 
interproximais maiores para pacientes 
com doença periodontal em implantes ( 
perioplantite pode ocorrer perda óssea) 
pacientes com aparelho ortodôntico 
fixo, pacientes com perda completa da 
papila, que utilizem prótese fixa, ou 
possuem implantes. 
 
Escovas Unitufo 
 
Cerdas colocadas na área a ser limpa- 
movimentos de rotação. 
Indicada para pacientes com 
dificuldade em higienizar uma área 
específica, pacientes com prótese. 
 
Efeitos colaterais controle 
mecânico: 
Abrasão gengival: escova de cerdas 
duras, força excessiva na escovação; 
Recessão gengival: escovação 
traumática, inadequada. 
Fio dental: pode “cortar” tecido 
gengival; 
Escova interdental ou palito: muita 
pressão- desgaste e perda de papila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@odontocom_ka 10 
 
 
Dispositivo de irrigação dental 
 
A irrigação deve ser usado como 
método adjunto que melhora ou 
suplementa outros métodos para 
remoção mecânica da placa. 
Ela altera a composição da placa 
supragengival, ajuda na remoção de 
resíduos alimentares, placa aderida 
fracamente e células bacterianas, 
diminui espressura da placa e altera o 
ambiente microbiano subgengival 
dificultando a formação da placa. 
Usar junto com as outras formas de 
escovação. 
Se aplicado em uma angulação de 45º 
penetra até 50% da profundidade de 
sondagem em casos de pacientes sem 
cálculo gengival. 
Se irriga com antimicrobianos tem 
resultados benéficos para terapia de 
manutenção periodontal. 
 
Raspadores de língua: 
 
A escovação da língua parte dos 
cuidados de higiene oral: bactérias na 
língua podem servir como fonte dedisseminação bacteriana para outras 
partes da cavidade oral- podendo 
contribuir formação de placa dental. 
Técnica fácil; 
Ajuda paciente que tem náuseas na 
hora da escovação. 
Não escovar a língua é um dos 
motivos do paciente apresentar halitose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@odontocom_ka 11 
 
Método complementar do controle 
mecânico.
Gera desorganização e eliminação do 
biofilme dental pode ser efetivamente 
realizado com o uso das técnicas e 
dispositivos mecânicos; 
Eficácia do controle mecânico da 
placa supragengival e da gengivite foi 
amplamente demonstrado nos estudos; 
Diferentes estudos têm demonstrado 
que o controle mecânico sozinho pode 
não, ser suficiente para prevenir o início 
ou a recorrência das doenças 
periodontais em alguns indivíduos da 
população. 
Não é a 1° opção para limpeza. Mas 
pacientes em UTI, que não conseguem 
fazer o controle mecânico pode ser 
utilizado essa forma de higienização. 
Uso Adjunto do controle químico do 
biofilme dental pode ser necessário 
nesses pacientes que não são capazes de 
remover placa supragengival de maneira 
efetiva; 
Uso adjunto do controle químico com 
o controle mecânico oferece vantagens 
em termos de prevenção da inflamação 
gengival e controle dos níveis de placa. 
Veículos para administração dos 
agentes químicos: Dentifrícios; 
Enxaguatórios bucais ou colutórios; 
Sprays; Irrigadores; Gomas de mascar; 
Vernizes. 
 
 
Enxaguatórios Bucais 
Soluções aquosas e Fornecem acesso 
a outros nichos orais. 
Uma forma complementar de higiene 
oral. 
Prescrevemos por um determinado 
tempo. 
↪ Clorexidina: 
 
Produto de importante ação 
antimicrobiana: Amplo espectro que 
causa ruptura da parede celular e 
destruição de componentes 
citoplasmáticos; 
Redução significativa no seu 
potencial anti-placa quando na forma de 
dentifrício; (pastas não tem mesmo 
efeito que enxaguatório). Pois é uma 
substância catiônica que reage com 
cargas negativas (Flúor e LSS). 
Pois na presença de flúor na forma 
como ele está no dentifrício, a ação 
antimicrobiana da clorexidina vai ser 
reduzida, não vai ser eficaz como 
queremos. 
Prescreve-se o uso da clorexidina 30 
minutos antes ou depois da escovação 
De 12 em 12 horas por 7 dias 
@odontocom_ka 12 
 
Alta substantividade: Ação antiplaca 
parece ser dependente dessa ação 
prolongada na cavidade bucal; 
Usada em enxaguatórios bucais 
(0,12%): Mais recomendados; (Intra-
oral) (extra-oral 2%) 
Pode causar pigmentação dentária, da 
língua, gengiva e restaurações de resina. 
Uso prolongado pode causar alteração 
de paladar; 
Fórmulas comerciais: Periogard 
(Colgate), Noplak. 
 
Uso clínico da Clorexidina: 
 Adjunto HO e profilaxia 
profissional; 
 Pré e pós-operatório; 
 Irrigação subgengival; 
 Pacientes com fixação 
mandibular; 
 Pacientes com fixação 
mandibular; 
 Deficientes físicos e mentais, 
pacientes 
imunocomprometidos; 
 Halitose; 
 Paciente usuário de aparelhos 
ortodônticos. 
 Efeito deletério de reparo 
tecidual, indique após 48 hrs 
da realização da cirurgia. 
 
↪ Óleos Essenciais 
Óleos essenciais de diferentes plantas 
têm sido propostos e testados: Ampla 
ação antimicrobiana contra diferentes 
bactérias do ambiente oral; 
Timol, eucaliptol e mentol; 
Muito usados em enxaguatórios 
bucais como adjunto do controle 
mecânico: Efetividade no controle da 
placa e gengivite. 
Atividade antibacteriana: Destruição 
das paredes celulares bacterianas e 
inibição da atividade enzimática; 
Ação anti-inflamatória: Atividade 
anti-oxidante; 
Pode causar pigmentação dentária; 
Fórmulas comerciais: Listerine. 
 
↪ Cloreto de cetilpiridínio (CPC) 
 
@odontocom_ka 13 
 
Usado em vários enxaguatórios 
bucais: Concentração de 0,05%; 
Agente antimicrobiano de amplo 
espectro: Inibição do crescimento 
bacteriano e destruição de componentes 
celulares das bactérias. 
Essa ação antimicrobiana não é 
suficiente para substituir o controle 
mecânico. 
Efetividade: 3-5horas: Baixa 
substantividade (tempo de ação na 
cavidade bucal); 
Eficácia pode aumentar dobrando a 
frequência do uso- 2X ao dia aumenta 
efeitos colaterais locais; 
Pode causar pigmentação dentária; 
Menos eficaz que óleos essenciais e 
clorexidina. 
Fórmulas comerciais: Cepacol, Oral 
B, Plax Soft Mint (Colgate). 
 
Dentifrícios 
Formulações: 
 Estanho de flúor / 
hexametafosfato de sódio 
 Flúor de amina / estanho de 
fúor 
 Triclosan (20 – hidoxi-2,4,40 
– éter tricholordiphenyl) 
 Óleos essenciais 
 Bibarbonato de sódio 
 Compostos de amônio 
quaternário 
 Citrato de zinco ou cloreto de 
zinco 
Encontrados na Fforma de pasta, gel 
ou pó; 
Parece ser o veículo ideal 
administração de agentes antissépticos: 
uso comum na população junto com a 
escova de dentes; 
Componentes: 
 Abrasivos como sílica, 
alumina, fosfato de cálcio, 
carbonato de cálcio. 
São substancias que afetam a 
consistência do produto e 
ajudam no controle da 
pigmentação extrínseca. 
 Detergentes como Lauri 
sulfato de sódio (LSS) por 
exemplo. 
É susbstância capaz de formar 
espuma, podem ajudar a 
dissolver os ingredientes 
ativos e tem propriedade 
antimicrobianas e inibidoras 
de placa. 
 Espessantes como sílica e 
gomas que influenciam na 
viscosidade do produto. 
 Umectantes como glicerina e 
sorbitol que previnem o 
ressecamento do produto 
após aberto. 
 Flavorizantes como menta e 
hortelão por exemplo, que 
dão a caraterística do sabor do 
dentifrício. 
 Ativos como Flúoretos e 
Triclosan que previnem a 
cárie a auxiliam no controle 
do biofilme. 
 
 
@odontocom_ka 14 
 
↪ Triclosan 
Agente antibacteriano de amplo 
espectro: afeta crescimento bacteriano; 
Usado em dentifrícios (mais 
comum): alcançar núero largo de 
pessoas na população, compatível com 
demais componentes e não tem gosto 
desagradável e este componente é de 
fácil manipulação dentro do dentifrício. 
Ação anti-inflamatória: Inibe 
produção de prostaglandina (PGE2) e 
leucotrienos. 
Pasta colgate total 12. 
Ação inibidora moderada da placa e 
atividade antimicrobiana com duração 
cerca de 5 horas; 
Atividade reforçada: citrato de zinco- 
aumenta atividade antimicrobiana e 
copolímero(gantrez)-reforça a retenção 
na cavidade oral, aumenta 
substantividade; 
Baixa toxicidade- seguro em baixas 
concentrações (0,3% dentifrícios e 0,2% 
enxaguatórios bucais); 
Fórmulas comerciais: Colgate Total 
12. 
Agentes anti-cálculo: 
Fluoreto de estanio apresentou 
resultados sutis mas positivos. 
Clorexidina também apresentou 
resultados favoráveis no controle de 
placa e sangramento gengival. Porém 
tem forte ligação ao flúor e as 
substancias se inativam. 
Pirofosfato sais de zinco; 
Não remove cálculo, apenas interfere 
no mecanismo de formação; 
Ação apenas no cálculo 
supragengival; 
Usados em dentifrícios e 
enxaguatórios bucais sozinhos ou 
associados com outros agentes 
antimicrobianos. 
Efeitos colaterais dos dentifrícios: 
Reações de sensibilidade e Alergias. 
Considerações finais: 
Controle mecânico da placa 
desempenha papel importante na 
prevenção e tratamento das doenças 
periodontais; 
Controle químico da placa pode ser 
justificado como um meio de superar as 
inadequações da limpeza mecânica; 
Controle químico é sempre 
complementar ao controle mecânico.