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Anatomia do Sistema Urinário

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1 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
Anatomia do sistema Urinário 
 
 
Os órgãos urinários estão intimamente relacionados aos órgãos reprodutores no que diz respeito ao 
desenvolvimento embrionário e à topografia anatômica. Eles também compartilham segmentos terminais comuns, 
situados na cavidade pélvica. Portanto, os dois conjuntos de órgãos costumam ser descritos como aparelho urogenital. 
Os órgãos urinários são os rins, ureteres, vesícula ou bexiga urinária e uretra. Os rins pares produzem urina a 
partir do sistema circulatório por meio de filtração, secreção, reabsorção e concentração. Os ureteres transportam a 
urina desde os rins até a vesícula urinária, onde ela é armazenada até sua eliminação pela uretra. 
 
 
RIM 
 
 
 
A função principal do rim é manter a composição dos líquidos corporais dentro do âmbito fisiológico. Ele remove 
produtos finais do metabolismo e excreta substâncias do sangue pela filtração do plasma, inicialmente obtendo um 
grande volume de líquidos, o ultrafiltrado, que também é chamado de urina primária. 
O ultrafiltrado é isosmótico e isotônico, contendo essencialmente as mesmas substâncias que o plasma, com 
exceção das moléculas de proteína com peso molecular 
elevado. O ultrafiltrado é sujeito a um novo processamento 
mediante o qual substâncias úteis (p. ex., água, glicose, 
eletrólitos e aminoácidos) são reabsorvidas de forma seletiva e 
substâncias desnecessárias são concentradas para eliminação. 
O produto final desses processamentos é a urina secundária. 
Os rins também possuem funções endócrinas. Eles 
produzem 
o hormônio renina, a qual causa constrição arterial, 
aumentando a pressão sanguínea. A bradicinina é outro 
hormônio produzido pelos rins, e causa dilatação dos vasos 
sanguíneos. A eritropoietina, produzida pelos rins, intensifica a 
eritropoiese. 
Os rins são estruturas pares que se situam retroperitonealmente comprimidos contra a parede abdominal dorsal 
dos dois lados da coluna vertebral. Nos mamíferos domésticos, com exceção do suíno, o rim direito se situa mais 
cranialmente que o esquerdo e seu polo cranial faz contato com o processo caudado do fígado e com o lobo hepático 
direito. 
 
 
 
 
 
2 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
 
 
Os rins são órgãos de cor pardo avermelhada, 
cuja forma varia consideravelmente entre os 
mamíferos domésticos. A forma básica se assemelha 
a um feijão como ocorre no cão, no gato, no ovino e 
no caprino. Os rins do suíno são mais achatados, o 
rim direito do equino possui forma de coração, 
enquanto o rim esquerdo apresenta forma 
intermediária entre um grão de feijão e uma 
pirâmide. O rim bovino possui uma forma oval 
irregular e sua superfície apresenta fissuras que 
dividem o órgão em diversos lobos. 
 
 
Normalmente, a superfície do rim é ligeiramente convexa, com exceção de uma depressão na margem medial. A 
margem medial do rim possui uma depressão que forma o hilo renal, por onde a origem dilatada do ureter, a pelve renal, 
deixa o rim, e vasos e nervos renais o penetram. 
O parênquima do rim é envolto por uma espessa cápsula fibrosa. 
Essa cápsula restringe a capacidade do rim de se expandir. 
O parênquima está visivelmente dividido em um córtex externo e 
uma medula interna. 
O córtex é reconhecido por sua coloração marrom-avermelhada e 
aparência finamente granulada. A medula consiste em uma zona externa 
escura e púrpura, de onde saem estrias (raios medulares) que se estendem 
até o córtex, e uma zona interna estriada radialmente, de coloração 
vermelho-acinzentada mais pálida, que se estende em direção ao seio 
renal. 
O arranjo macroscópico da medula apresenta diferenças marcantes 
entre as espécies. Em muitas delas, a medula apresenta um arranjo com 
diversas massas discretas, cada uma com um formato aproximadamente 
piramidal. Nos rins desse tipo, uma porção do córtex está associada a cada 
pirâmide e cobre sua base, a face direcionada à superfície externa. O ápice 
da pirâmide aponta em direção ao seio renal e forma uma papila que se 
encaixa a uma expansão em forma de cálice da pelve renal. Cada pirâmide medular, juntamente com seu córtex 
associado, constitui um lobo renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
 
 
As unidades funcionais do rim são os néfrons, ou túbulos renais, que são responsáveis pela produção de urina. 
Túbulos coletores subsequentes são responsáveis pela condução da urina para a pelve renal. 
Eles formam um sistema de túbulos 
contorcidos contínuos dentro do rim, cuja quantidade 
varia entre os diferentes mamíferos domésticos. 
Os túbulos renais são sustentados por um 
interstício de tecido conectivo, pelo qual passam 
nervos e vasos sanguíneos. Cada néfron se inicia 
proximalmente com uma expansão cega, a cápsula 
glomerular de dupla camada que sofre uma 
depressão pelo plexo esférico de capilares 
sanguíneos, o glomérulo. 
O glomérulo consiste em 30 a 50 alças capilares 
delicadas formadas pela arteríola glomerular 
aferente. O glomérulo e a cápsula glomerular 
compõem o corpúsculo renal. Os corpúsculos renais 
se espalham em todo o córtex e lhe conferem uma 
aparência granulada fina. Não há corpúsculos renais na medula. 
 Rins que apresentam essa organização 
são denominados multipiramidais . Está 
presente n o s rins do bovino e no suíno . 
No cão, no equino e no ovino, todos os 
lobos se fundem para formar uma única 
massa medular envolvida por uma concha 
cortical contínua. A fusão une as papilas 
em uma crista renal comum e são 
denominados unipiramidais. 
 
 
Mesmo esse tipo de rim unipiramidal ou unilobar retém 
alguma evidência de sua complexa ontogênese; leves 
erosões da junção corticomedular, evidenciadas pelas 
artérias que marcam os limites interlobares, demonstram 
onde houve a fusão das pirâmides. A fusão junta as papilas 
em uma crista comum que pode ser modelada para revelar 
sua origem comp osta, como é o caso nos cães e caprinos, 
mas não em equinos. 
 
Rim unipiramidal Rim multipiramidal 
 
 
4 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
A parte restante de cada néfron compõe-se de um 
tubo contínuo, o qual pode ser dividido em vários 
segmentos sucessivos. Ele se inicia com o 
túbulo contorcido proximal, o qual se situa 
próximo à cápsula glomerular da qual emerge. Esse 
segmento se torna cada vez mais reto em direção à parte 
medular do rim como o ramo descendente da alça 
néfrica. A alça néfrica se assemelha a uma longa curva 
aguda com três segmentos: o ramo descendente é 
relativamente estreito e percorre a medula até 
aproximar-se da papila antes de formar uma curva e 
retroceder pelo mesmo caminho. 
O ramo ascendente que se segue corre 
novamente na região periférica até o córtex ao mesmo 
tempo em que aumenta de diâmetro. Ele forma uma segunda parte contorcida (túbulo contorcido distal), que também 
se localiza próxima ao corpúsculo renal de origem. 
Um segmento curto de união combina o túbulo contorcido distal a um túbulo coletor reto dentro do raio medular. 
Um túbulo coletor supre vários néfrons antes de se unir com outros túbulos coletores para formar um ducto papilar 
próximo ao ápice de um lobo renal. Vários ductos papilares desembocam na pelve renal. 
 
VASCULARIZAÇÃO 
 
 
Cada rim é irrigado por uma artéria renal um 
ramo da aorta abdominal. A artéria renal se divide 
em várias artérias interlobares no hilo do rim. 
Essas artérias seguem as divisões entre os 
diferentes lobos renais até a união corticomedular, 
onde elas 
se ramificam em artérias arqueadas. As 
artérias arqueadas se curvam sobre as bases das 
pirâmides medulares e originam as artérias 
interlobulares, as quais se irradiam no córtex para 
irrigar os lóbulos. Arteríolas aferentes deixam as 
artérias interlobulares para entraros corpúsculos 
renais, onde elas formam as alças capilares do 
glomérulo. 
Essas alças se unem novamente para formar 
a arteríola eferente, a qual deixa o polo distal do 
corpúsculo renal para suprir um segundo plexo 
capilar ao redor dos segmentos tubulares dos néfrons. Esse segundo sistema de capilares drena o sangue do 
córtex renal para as veias interlobulares, para as veias arqueadas e para as veias interlobares, as quais finalmente 
desembocam na veia cava caudal pelas veias renais. 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
PELVE RENAL E URETER 
 
 
 
Nos mamíferos domésticos, com exceção do bovino, o ureter 
proximal se inicia com uma expansão comum, a pelve renal, na qual 
se abrem todos os ductos papilares. A pelve renal é localizada no 
interior do seio renal, mas está fusionada com o tecido renal apenas 
ao redor das papilas. 
 
 
 
No cão e no gato, a pelve renal se molda ao redor da crista renal e se prolonga 
ventral e dorsalmente para formar recessos da pelve, os quais se separam uns dos 
outros por projeções de tecido renal. 
 
 
A pelve renal do suíno possui uma quantidade de cálices 
com pedículo curto, os quais envolvem a mesma quantidade de 
papilas renais que se projetam para a pelve renal. 
 
 
 
 
 
 
Não há pelve renal no bovino. Nesse caso, a papila de cada lobo medular 
se encaixa em um cálice formado pelos ramos terminais do ureter. Esses ramos 
se unem em dois canais principais, os quais convergem dos dois polos do rim 
para formar um único ureter. 
 
 
 
A pelve renal do equino compõe-se de uma cavidade 
central e dois grandes recessos que se voltam em direção aos 
polos do rim. A maioria dos ductos papilares se abre para 
esses recessos. 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
 
 
O ureter é um tubo muscular posicionado 
caudalmente no espaço retroperitoneal na 
extensão da parede corporal dorsal. Ele pode ser 
dividido em uma parte abdominal e uma parte 
pélvica. O ureter termina em uma inserção na face 
dorsolateral da vesícula urinária dentro de seu 
ligamento lateral. 
O ureter penetra na parede da bexiga de 
forma acentuadamente oblíqua. O comprimento 
do percurso intramural evita o refluxo de urina 
para o ureter quando a pressão no interior da 
bexiga se eleva, mas não atrapalha a continuação 
de seu preenchimento já que a resistência costuma 
ser superada por contrações peristálticas da parede 
uretérica. 
 
 
BEXIGA URINÁRIA 
 
 
A bexiga urinária é um reservatório dilatável e, 
portanto, não apresenta tamanho, posição ou relações 
constantes. A vesícula urinária pode ser dividida em um ápice 
cranial, um corpo intermediário e um colo caudal, o qual é 
contínuo com a uretra. 
A vesícula urinária é sustentada por camadas duplas de 
peritônio, as quais se voltam das faces lateral e ventral da 
vesícula para as paredes laterais da cavidade pélvica e para o 
assoalho abdominal. Esses espelhamentos peritoneais são o ligamento vesical mediano e os ligamentos vesicais laterais 
da vesícula urinária. 
 No feto, o ligamento mediano contém o úraco; o pedúnculo da 
vesícula alantoide embrionária e os ligamentos laterais pares transportam 
as artérias umbilicais até o umbigo. 
O úraco e as artérias umbilicais se rompem no nascimento, o 
vestígio do úraco é visível como uma cicatriz no ápice da vesícula urinária, 
enquanto as artérias umbilicais se transformam em ligamentos redondos, 
os quais são encontrados na borda livre dos ligamentos laterais e estão 
parcialmente recuados. O úraco pode persistir em alguns indivíduos. 
A adesão frouxa da mucosa da bexiga e a sua capacidade de 
distensão permitem notáveis mudanças em sua aparência interior, com 
alteração do estado fisiológico. A superfície, muito pregueada quando o lume é menor, se torna bem lisa quando a 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
bexiga está repleta. Entretanto, duas pregas não 
desaparecem. Elas partem dos orifícios em forma de fenda 
dos ureteres, convergem na saída da bexiga e se fundem 
para formar medianamente a crista uretral, que continua 
no interior da uretra pélvica. O triângulo formado pelas 
aberturas uretéricas e uretral é denominado trígono 
vesical; acredita-se que apresente sensibilidade 
aumentada. O epitélio da bexiga é do tipo transicional. 
Não há elevação imediata da pressão interna 
quando a bexiga começa a ser preenchida. Entretanto, em 
determinado momento, quando considerável volume é 
atingido, a pressão se eleva rapidamente; isso cria o 
impulso para eliminar a urina, um impulso obedecido sem 
hesitação em várias espécies. Em animais com adestramento doméstico, esse impulso pode desaparecer 
temporariamente caso seja frustrado, embora um desconforto seguido de dor possa ocorrer caso a bexiga esteja muito 
repleta. 
 
URETRA 
 
 
Na fêmea, a uretra serve exclusivamente para o 
transporte de urina, enquanto no macho ela canaliza a 
urina, o sêmen e secreções seminais. A uretra 
feminina se projeta caudalmente no assoalho pélvico 
ventral ao trato reprodutor. Ela atravessa a parede da 
vagina em sentido oblíquo e se abre com o óstio externo 
da uretra, ventralmente na união entre vagina e vestíbulo. 
 O comprimento e o diâmetro da uretra variam 
consideravelmente entre os mamíferos domésticos. Ela é 
curta e larga no equino e comparativamente longa no cão, no qual se abre em uma pequena elevação cercada por dois 
sulcos. Na vaca e na porca, o músculo uretral envolve o 
divertículo suburetral, o qual se abre juntamente com a uretra na 
vagina. Essa disposição pode dificultar a cateterização. 
 
A uretra masculina se prolonga desde uma abertura 
interna no colo da vesícula urinária até uma abertura externa na 
extremidade do pênis. Ela pode ser dividida em: Parte pélvica e 
Parte peniana. 
 
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