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1 Centro Universitário Internacional - Uninter Curso: Bacharelado em Serviço Social Disciplinas em curso na fase: Classes Sociais e Movimentos Sociais no Brasil; Movimentos Sociais e Serviço Social. A percepção do assistente social acerca do racismo institucional REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA – EURICO CAMPOS MENDES, A percepção do assistente social acerca do racismo institucional São Paulo, abr/jun 2013. DESENVOLVIMENTO – A autora do estudo escolhido foi Márcia Campos Eurico, Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo — PUC/SP, e Assistente Social na Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, sendo docente do Curso de Serviço Social na Universidade Guarulhos — UNG. Um dos motivos que levaram a dissertar sobre o tema foi a reflexão do racismo institucional em meio ao trabalho do assistente social. Os objetivos partiram da forma que as instituições públicas estão estruturadas para dialogar sobre o racismo e a sociedade ética-racial, a metodologia utilizada se baseou na pesquisa qualitativa, se averiguou um grande potencial de crítica na realidade proposta, experiências pessoais da vida no cotidiano, permitiu o mecanismo do trabalho. O texto foi publicado na revista de Serviço Social, São Paulo, n. 114, p. 290-310 abr./jun. 2013 O texto em si mostra a direção que o Serviço Social se depara com o racismo e a problematização que ele vem se desdobrando, foram citados vários vocábulos como afrodescendente e branquitude que nos mostra como as interpretações podem variar. Se interpretar ao pé da letra entendemos que qualquer palavra tem poder, poder esse que leva a uma discriminação, um ponto positivo foi onde a autora enfatizou que as palavras vêm carregadas de significados, onde afetam tanto a pessoa que fala quanto a que houve, significados esses que muitas vezes explanam o racismo na sociedade brasileira sem nenhuma transparência. Um ponto negativo foi a afirmação que diz sobre o racismo no Brasil, traz prejuízos à população negra nas diferentes fases do ciclo de vida, independente da camada social e da região de moradia. Essa afirmação se contradiz em muitos casos que o negro não consegue se defender quando é de classe baixa ou morador de uma favela, isso vivenciamos no Brasil, assim infelizmente o preconceito vai muito além da cor, e sim do status e dinheiro como um todo. Os próprios entrevistados dizem que os adolescentes vêm de uma camada bem empobrecida da classe trabalhadora, a maioria são negros. Então tem um corte de classe, dos mais desafortunados, e um corte de cor, a maioria é negra. A análise da pesquisa mostrou em si que os Assistentes Sociais notaram que em sua maior parte da pesquisa os entrevistados carregam estereótipos no olhar, quando o assunto é internação para adolescentes que realizam crimes, tornando uma reprodução distorcida da situação e da sociedade em si. Nas relações da sociedade em sua amplitude racial, observamos como o acesso a riqueza com a população negra estabelece relações efetivas quando o assunto é permanência no mercado de trabalho ou na vida escolar, ambos no dia a dia a diversidade racial se exaltam em sua desigualdade. Outro aspecto abordado de grande importância foi sobre o debate da questão racial, e sua amplitude com os profissionais Assistentes Sociais, onde ao concretizarem o Código de Ética profissional não veem a conexão da realidade onde habita a população negra. O conservadorismo é uma marca que debate essa questão social. Findando o texto, concluímos que o Assistente Social integra vários aspectos, onde compreendemos na pesquisa o racismo institucional como promissor e ocupador de práticas discriminatórias nas instituições. Diversos confrontos enfrentados mostram a importância da questão racial no serviço social, onde se mostra a desconstrução de estereótipos em seus discursos.
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