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Resumo Completo Processo Inflamatório - Aguda, Crônica e Reparo

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Patologia Geral Aplicada à
Enfermagem
INFLAMAÇÃO
Aluna: Aline de Souza Bitencourt
Resumo do Processo
Inflamatório
Inflamação
Sinônimo: Flogose
Do latim inflamare e do grego phlogos =pegar fogo.
> É essencial para a sobrevivência do organismo sendo
um mecanismo de defesa contra agentes agressores.
Conceito: "A inflamação é uma resposta protetora que
envolve células do hospedeiro, vasos sanguíneos,
proteínas e outros mediadores e destinada a eliminar a
causa inicial da lesão celular, bem como as células e
tecidos necróticos que resultam da lesão original e
iniciar o processo de reparo" (KUMAR, 2010).
Etiologia: agentes inflamatórios: exógenos (agentes
físicos, químicos e biológicos) e endógenos (genética,
resposta imunitária e fatores emocionais).
Objetivos: destruir e eliminar o agente agressor,
remover as células danificadas e reparar o tecido
destruído.
> A resposta imunitária e a resposta inflamatória são
indissociáveis.
Sinais Cardinais da Inflamação
Remontam da cultura egípcia. 
Aulus Cornelius Celsus (I d.C) introduziu os 4
primeiros sinais clássicos da inflamação e o quinto sinal
foi adicionado por Rudolf Virchow, o pai da patologia
moderna (séc. XIX).
1) Dor (mediadores químicos)
2) Calor (aquecimento, vasodilatação)
3) Rubor (vermelhidão, vasodilatação)
4) Tumor (edema, saída de líquidos dos vasos para o
tecido)
5) Perda de função (devido aos outros sinais)
Esses sinais foram baseados somente em inflamações
agudas e passíveis de visualização a olho nu.
> John Hunter: descreveu macroscopicamente o
processo inflamatório e relacionou com a circulação.
> Cohnheim: estudos com rãs mostrando alterações
vasculares e exsudação celular após irritação direta da
pele.
> Barger, Dale e Lewis: descoberta da histamina,
mediador da inflamação.
Os sinais cardinais: calor, rubor, edema, dor e perda de função.
Fonte: Google imagens.
Fonte: Brasileiro Filho, 2016.
> A resposta inflamatória inicia-se com o
reconhecimento do agente inflamatório e depois são
liberados os mediadores inflamatórios.
Células endoteliais: São células da camada íntima dos
vasos que corresponde ao epitélio dos vasos sanguíneos.
A inflamação só ocorre em tecido vascularizado.
Células dendríticas: Presente em todos os tecidos.
Função de endocitose e apresentação de antígenos (para
os linfócitos T).
Plaquetas: Atuam em todas as fases do processo
inflamatório. Possuem substâncias pró-inflamatórias
(que iniciam a inflamação).
Mastócitos: Residentes no tecido conjuntivo. São
ativados quando há injúria celular e liberam mediadores
químicos (histamina e prostaglandinas).
Células do Exsudato Inflamatório
Os leucócitos
>Polimorfonucleares (granulócitos): 
núcleo lobulado.
Neutrófilos: processo inflamatório agudo. 
Está em maior parte na corrente sanguínea (70-80% dos
leucócitos). Primeiro a chegar na inflamação, possui
rápida velocidade de migração predominando no foco
inflamatório e possui vida curta (2 dias). Maior
afinidade por fagocitose de bactérias.
Núcleo é trilobular, com 2-5 lóbulos e citoplasma
granular.
Dois tipos: bastonetes e segmentados.
Bastonetes: neutrófilo jovem, imaturo.
Segmentado: neutrófilo maduro.
> Muitos neutrófilos: neutrofilia.
> Desvio à esquerda: presença de bastonetes na
circulação.
Eosinófilos: predominam em infecções parasitárias e
processos alérgicos. Grande capacidade de exocitose.
Basófilos: presentes em alergias, liberam histamina. São
o tipo de leucócito menos comum, com 2% ou menos
na corrente sanguínea.
> Mononucleares (agranulócitos): 
núcleo não lobulado.
Monócitos/macrófagos: processo inflamatório
crônico. Monócitos são células inativas circulantes,
enquanto os macrófagos são derivados da ativação dos
monócitos e fazem o reconhecimento. São células
especializadas em fagocitose e apresentadores de
antígenos a linfócitos T.
Os macrófagos teciduais recebem nomes diferentes de
acordo com o tecido em que se localiza, por exemplo,
os que residem no tecido conjuntivo recebem o nome
de histiócitos, no fígado e células de kupffer.
Os macrófagos, assim que ativados, dependendo do tipo
de mediador inflamatório se transformará em um
macrófago diferente, como M1 e M2.
 
Os macrófagos M1 estão no estágio inicial de uma
inflamação e possuem muita atividade pró-inflamatória.
Os macrófagos M2 agem quando já foi removido o
agressor e é preciso reparar o tecido.
Linfócitos: processo inflamatório crônico. Perpetuam a
resposta. Há dois subtipos de linfócitos, os linfócitos T e
os linfócitos B.
Linfócitos T: auxiliares (ativam macrófagos e linfócitos
B) e citotóxicos (matam células infectadas, eliminam o
agente agressor).
Linfócitos B: células que produzem e secretam
anticorpos.
Fonte: Infoescola.
Fonte: Google imagens.
Nomenclatura: 
nome do tecido + sufixo -ITE.
Exemplo: gastrite, rinite, sinusite, enterite etc.
A inflamação pode ser aguda ou crônica. O que as
difere são a duração e os aspectos microscópicos.
> O resultado da inflamação aguda é a eliminação do
estímulo nocivo, seguida do declínio da reação e o
reparo do tecido lesado ou lesão persistente que resulta
em inflamação crônica. 
Fonte: Robbins e cotran.
>As etapas da resposta inflamatória podem ser
lembradas como os cinco erres: (1) reconhecimento do
agente lesivo,
(2) recrutamento dos leucócitos, (3) remoção do agente,
(4) regulação (controle) da resposta e (5) resolução
(reparo).
Inflamação aguda
Resposta inflamatória imediata e inespecífica do
organismo diante à lesão.
> Predomina as células polimorfonucleares,
principalmente os neutrófilos.
Estímulos para a Inflamação Aguda
As reações inflamatórias agudas podem ser iniciadas por
vários estímulos:
• Infecções (por bactérias, vírus, fungos e parasitas)
estão entre as causas clinicamente importantes mais
comuns da inflamação.
• Trauma (corte e penetração) e vários agentes
químicos e físicos (lesão térmica, p. ex., queimaduras ou
frio profundo; irradiação; toxicidade de algumas
substâncias químicas ambientais) lesam as células do
hospedeiro e induzem as reações inflamatórias.
• Necrose tecidual (de qualquer causa) incluindo
isquemia (como no infarto do miocárdio) e lesão
química ou física.
• Corpos estranhos (farpas, poeira, suturas e depósitos
de cristais).
• Reações imunológicas (alergias) contra substâncias
ambientais ou contra os próprios tecidos. 
"Sempre que tiver infecção terá inflamação, mas nem
sempre que tiver inflamação ocorrerá infecção".
Possui dois componentes principais:
- Alterações vasculares: 
vasodilatação e aumento da permeabilidade
vascular
- Eventos celulares
Alterações Vasculares
Fase inicial da resposta inflamatória.
Vasodilatação
> Alteração no calibre do vaso com aumento da pressão
hidrostática intravascular e saída de líquidos dos
capilares para os tecidos (edema). 
> Causa aumento do fluxo e abertura de leitos capilares
(calor e eritema/ rubor - hiperemia ativa).
> Ação da histamina nos músculos lisos vasculares,
cininas e prostaglandinas.
Fonte: Robbins e Cotran.
Enquanto a estase se desenvolve, pode-se ver a
orientação periférica dos leucócitos, principalmente
neutrófilos, ao longo do endotélio vascular, processo
denominado de marginação leucocitária.
Essa é a primeira etapa da jornada dos leucócitos através
da parede vascular para dentro do tecido intersticial.
Permeabilidade vascular normal
O equilíbrio normal de fluidos é mantido por dois tipos
de forças opostas: a pressão osmótica do fluído
intersticial e a pressão hidrostática intravascular que
determinam a saída do fluído da circulação e
a pressão osmótica das proteínas plasmáticas e pressão
hidrostática dos tecidos, que induzem a entrada de
fluído na circulação. 
> O endotélio normal é um epitélio fino pavimentoso
simples, adaptado de forma a permitir a permuta livre e
rápida de água e de pequenas moléculas entre o plasma
e o interstício, porém capaz de limitar a passagem das
proteínas plasmáticas com restrição crescente conforme
aumenta o tamanho da molécula proteica.
> O aumento da permeabilidadevascular é observado
clinicamente sob a forma de edema. A passagem de
proteínas plasmáticas (albumina, globulinas e
fibrinogênio) para o meio extravascular altera a
diferença entre as pressões osmóticas intra e
extravascular, favorecendo a saída de água e eletrólitos
do vaso, que leva ao aparecimento de edema.
Aumento da permeabilidade vascular
>Alterações estruturais da vasculatura, vasos ficam mais
permeáveis (trocam líquidos mais facilmente). Há
extravasamento de líquido, proteínas plasmáticas e
células sanguíneas, caracterizando o edema. Esse
acúmulo de líquidos pode ser rico em macromoléculas e
também ter a presença de células (exsudato) ou
transudato (poucas macromoléculas).
> A saída de proteínas plasmáticas leva ao aumento
pressão osmótica do tecido (dificultando o retorno do
líquido para o vaso).
Pressão hidrostática: faz com que o líquido saia.
Pressão osmótica: faz com que o líquido fique nos
vasos.
Provocado por: histamina; bradicinina; prostaglandinas,
leucotrienos e Fator Ativador Plaquetário (PAF).
>O acúmulo de líquido rico em proteínas resultante é
chamado exsudato.
Os exsudatos devem ser distinguidos dos transudatos,
que são acúmulos de líquido intersticial, causados pelo
aumento da pressão hidrostática, geralmente como
consequência da redução do retorno venoso.
> Os transudatos contêm baixas concentrações de
proteína e pouca ou nenhuma célula sanguínea. 
> Os exsudatos são típicos da inflamação, ao passo
que os transudatos se acumulam em várias condições
não inflamatórias.
>A perda de líquido faz com que as hemácias fiquem
mais concentradas, aumentando, assim, a viscosidade do
sangue e diminuindo a velocidade da circulação. Essas
alterações são refletidas, microscopicamente, pela
presença de numerosos pequenos vasos dilatados,
repletos de hemácias, um processo chamado estase
(hiperemia passiva).
Fonte: Robbins e Cotran.
Funções do Exsudato: 
- diluição do agente (bactérias, toxinas...).
- transporte de substâncias importantes na defesa
(anticorpos), chegam mais rápido no local da
inflamação se há exsudato.
- depósito de fibrina, ajuda na locomoção das células e
impede a disseminação do agente agressor.
- nutrição das células inflamatórias.
Padrões de aumento de permeabilidade vascular:
Esses padrões surgiram a partir de determinadas formas
de injúria vascular envolvendo mediadores como
histamina e bradicinina.
1. Resposta Imediata Transitória
Ocorre após lesão leve, durando de 15-30 minutos. 
É induzida por mediadores químicos: histamina em
picadas de insetos e outros mediadores em injúrias de
fraca intensidade, como serotonina e bradicinina. 
É também a resposta típica de reações alérgicas, como
urticária. 
Há contração das células endoteliais.
2. Resposta Imediata Sustentada/Prolongada
Inicia imediatamente após a lesão, e é sustentada em
patamar elevado por várias horas e continua por um ou
mais dias até que o vaso lesado seja reparado ou sofra
trombose. 
Resulta de lesão endotelial grave/severa afetando
arteríolas, capilares e vênulas. 
Ex.: queimadura grave, lesão por bactérias líticas.
3. Resposta Tardia
Lesão leve a moderada. Não tem resposta imediata, com
início 2 a 12 horas após a agressão podendo durar horas
ou dias. Ação direta sobre o endotélio envolvendo os
capilares e vênulas. 
Ex.: queimadura solar branda e moderada, radiação
ionizante (raio-X, ultravioleta), toxinas bacterianas e
reações de hipersensibilidade tardia.
Fonte: Szabó.
Eventos celulares
➢ Recrutamento e ativação de leucócitos.
> O leucócito
Possuem proteínas na sua membrana, como as
selectinas e integrinas que facilitam a saída desses
leucócitos do interior dos vasos para os tecidos. As
integrinas fazem adesão mais forte que as selectinas.
Os leucócitos ingerem agentes ofensivos, destroem
bactérias e outros micróbios, e eliminam os tecidos
necróticos e substâncias estranhas. Uma vez ativados,
podem induzir lesão tecidual e prolongar a inflamação,
já que os produtos dos leucócitos que destroem
micróbios podem também lesar os tecidos normais do
hospedeiro.
Fonte: Robbins e Cotran.
 > A sequência de eventos no recrutamento dos
leucócitos da luz vascular para o espaço extravascular
consiste em (1) marginação e rolagem ao longo da
parede do vaso; (2) aderência firme ao endotélio; (3)
transmigração entre as células endoteliais e (4) migração
para os tecidos intersticiais, em direção a um
estímulo quimiotático.
1. MARGINAÇÃO:
Quando o leucócito se desloca para a margem do vaso
(ação das hemácias).
Saída de líquido → Hemoconcentração → Diminuição
do Fluxo → Estase sanguínea (fluxo mais lento) →
Alteração do fluxo de leucócitos → empurrados para a
parede do vaso → interagem com as células endoteliais.
2. ROLAMENTO:
Após a marginação, os leucócitos interagem com as
células endoteliais e ocorre a ligação com as selectinas e
esses leucócitos vão "rolando" nas células - aderência
frouxa ao endotélio (selectinas) e deslocamento dos
leucócitos sobre o endotélio.
3. ADESÃO:
Quando ocorre ligação com as integrinas fica uma
ligação mais resistente e estável. O leucócito altera o seu
citoesqueleto e para de rolar (leucócito parado).
Adesão firme dos leucócitos ao endotélio (integrinas,
ICAM, VCAM, ELAM).
4. TRANSMIGRAÇÃO (DIAPEDESE):
Após a aderência na superfície endotelial, os leucócitos
migram pela parede do vaso, espremendo-se entre as
células ao nível das junções intercelulares e emitem
pseudópodes entre as células endoteliais.
Após a passagem pelo endotélio, os leucócitos secretam
colagenases que degradam focalmente a membrana
basal dos vasos, atravessando-a.
5. QUIMIOTAXIA:
Processo em que os leucócitos migram para os tecidos
em direção ao local da lesão ou infecção, ao longo de
um gradiente químico. 
Substâncias exógenas e endógenas podem atuar como
fatores quimiotáticos para os leucócitos (que sinalizam
onde está ocorrendo a agressão) e incluem:
- Produtos bacterianos, particularmente os peptídeos
com terminal N-formil-metionil.
- Citocinas, especialmente as pertencentes à família das
quimiocinas.
- Componentes do sistema complemento, em particular
o C5.
- Produtos da via da lipoxigenase do metabolismo do
ácido araquidônico (AA), particularmente o leucotrieno
B4 (LTB4).
> O tipo de leucócito emigrante varia com o tempo da
resposta inflamatória e com o tipo de estímulo. Na
maioria das formas de inflamações agudas, os
neutrófilos predominam no infiltrado inflamatório,
durante as primeiras 6-24 horas, sendo substituídos por
monócitos em 24-48 horas (os macrófagos possuem
tempo de vida maior que os neutrófilos).
6. FAGOCITOSE:
Consiste em três etapas distintas, mas inter-
relacionadas: (1) reconhecimento e fixação da partícula
ao linfócito fagocítico; (2) engolfamento, com
subsequente formação de um vacúolo fagocítico e (3)
destruição e degradação do material ingerido.
1)Reconhecimento e ligação: as células de defesa 
 (leucócitos) precisam reconhecer a célula danificada ou
micróbio através de receptores de superfície específicos.
Fonte: Robbins e Cotran.
2)Engolfamento/englobamento: após o
reconhecimento, esse micróbio ou célula danificada é
englobada, os pseudópodes se estendem em torno do
objeto formando um vacúolo fagocítico. Então, a
membrana do vacúolo se funde com a membrana de
um grânulo lisossômico, resultando em liberação do
conteúdo do grânulo dentro do fagolisossoma.
3)Morte e degradação do material fagocitado: As
etapas-chave nessa reação são a produção de substâncias
microbicidas dentro dos lisossomas e a fusão dos
lisossomas com os fagossomas, expondo, seletivamente,
as partículas ingeridas aos mecanismos destruidores dos
leucócitos. As substâncias microbicidas mais
importantes são as ERO e as enzimas lisossômicas.
OBS: Nem sempre ocorre a fagocitose ou as células
conseguem fagocitar.
Padrões Morfológicos da Inflamação Aguda com
Base no Exsudato
A gravidade da resposta inflamatória, sua causa
específica e o tecido envolvido podem modificar a
morfologia básica da inflamação aguda, produzindoaparências distintas.
1. EXSUDATO SEROSO:
> Em geral, não são prejudiciais.
> Associado à inflamação leve. 
Fluído claro/transparente, com muito líquido, poucas
proteínas e outras macromoléculas e/ou células .
Exemplo: infecções virais como herpes e bolha cutânea
resultante de uma queimadura.
O líquido em uma cavidade serosa é chamado de efusão.
2. EXSUDATO FIBRINOSO:
> Associado à inflamação mais grave. 
Resulta em maior permeabilidade vascular que permite
a moléculas grandes (como o fibrinogênio)
atravessarem a barreira endotelial.
Rico em proteínas (fibrina). 
Moléculas maiores, como o fibrinogênio (tipo de
mediador químico), passam a barreira vascular,
formando a fibrina, que se deposita no espaço
extravascular.
Se, no entanto, a fibrina não for completamente
removida, isso resultará no crescimento de fibroblastos e
vasos sanguíneos que leva à cicatrização (fibrose),
podendo haver consequências clínicas significativas.
Exemplo: característico de inflamação no revestimento
de cavidades corporais, como meninges, pericárdio e
pleura.
3. EXSUDATO SUPURATIVO/PURULENTO:
Rico em neutrófilos e células necróticas. Associado a
infecções bacterianas que induzem grande exsudação de
leucócitos, especialmente neutrófilos e células
necróticas.
Há a formação de fibrina e pus ( restos de células).
Exemplos: denominações conforme o aspecto: Pústula,
Abscesso, Furúnculo e Fleimão.
> Pústula: inflamação purulenta circunscrita, na pele ou
mucosa, em que o pus se acumula entre o epitélio e o
conjuntivo, formando uma pequena elevação
amarelada. Exemplo: acne.
> Abscesso: inflamação purulenta circunscrita, 
 circundada por uma membrana de tecido conjuntivo,
caracterizada por uma coleção de pus em uma cavidade
escavada nos tecidos pela própria inflamação. Exemplo:
abscesso dentário e na orelha (por brinco).
Com o tempo, o abscesso pode tornar-se
completamente encerrado e ser substituído por tecido
conjuntivo. Devido à destruição do tecido subjacente,
geralmente o resultado do abscesso é a formação de
cicatriz.
Quando o volume do abscesso é grande é preciso
drenar.
> Furúnculo: abscesso da derme causado geralmente
por estafilococos que penetram nos folículos pilosos e
nas glândulas sebáceas. Exemplo: pelo encravado.
> Fleimão/flegmão: inflamação purulenta difusa, na
qual o pus se infiltra no tecido conjuntivo (o pus se
espalha por todo o tecido).
É extremamente grave, há muito risco de sepse e morte.
Exemplo: angina de ludwig.
Pústula. 
Fonte: depositphotos.
Abscesso dentário. 
Fonte: Melhor com Saúde.
4. ÚLCERA:
É um defeito local ou escavação da superfície de um
órgão ou tecido que é produzida por necrose das células
e desprendimento (esfacelamento) do tecido
inflamatório necrótico. Muito dolorosa, recoberta por
pseudomembrana.
Exemplo: necrose inflamatória da mucosa da boca,
estômago, intestinos e trato geniturinário.
Furúnculo: pelo
encravado.
Fonte: Google imagens.
Fleimão: Angina de
Ludwig.
Fonte: Google imagens.
Úlcera péptica (coexistência de inflamação aguda
e crônica). 
Fonte: Google imagens.
Coleção de pus nas cavidades naturais
pio = pus
Piotórax: acúmulo de pus na cavidade pleural. Ex:
pneumonia.
Pioperitônio: acúmulo de pus na cavidade peritoneal.
Ex: apendicite (acúmulo de fezes no apêndice -
fecalito/fecaloma em que pode ocorrer exsudato
supurativo ou úlcera).
Pioartro: acúmulo de pus na cavidade articular. Ex:
pioartrite infecciosa.
Piossalpinge: acúmulo de pus nas tubas
uterinas/trompas de Falópio. Ex: salpingite por
gonorreia, clamídia, micoplasma etc.
 Exames para diagnosticar uma inflamação aguda
 > Leucograma: comum: neutrofilia e desvio à
esquerda.
> Proteína C reativa: a PCR é uma proteína de fase
aguda produzida pelo fígado em resposta à citocinas,
como a IL-6 (interleucina).
> VHS (Velocidade de Hemossendimentação): tempo
que leva para as hemácias se depositarem no fundo do
tubo. Proteínas da inflamação ficam sobrenadantes.
Efeitos sistêmicos da inflamação
> Febre: comum o aumento da temperatura corporal de
1-4ºC.
Substâncias pirogênicas estimulam os leucócitos a
liberar citocinas.
IL-1, TNF: prostaglandinas agem no hipotálamo
regulando o aumento de temperatura - resposta
protetora.
A resposta inflamatória é sempre benéfica?
Não, os leucócitos nem sempre distinguem o agente
lesivo e o hospedeiro, como nas doenças autoimunes e
hipersensibilidades.
Inflamação potencialmente lesiva: doenças crônicas e
cicatrizes.
Resultados da inflamação aguda
a inflamação aguda possui um dos três resultados:
- Resolução
- Cicatrização
- Inflamação crônica
Resolução: Regeneração e Reparo. 
Quando a lesão é limitada ou breve, onde há pouca ou
nenhuma destruição tecidual e quando o tecido é capaz
de se regenerar, o resultado normal é a restauração a
uma normalidade estrutural e funcional.
Antes que o processo de resolução se inicie, a resposta
inflamatória aguda tem de ser terminada.
Inflamação crônica 
Pode suceder a inflamação aguda se o agente nocivo
não é removido. Em alguns exemplos, os
sinais de inflamação crônica podem estar presentes
desde o início da lesão (p. ex., em infecções virais ou
respostas imunes a antígenos próprios).
 Dependendo da extensão da lesão inicial e da sua
continuidade, bem como da capacidade de regeneração
dos tecidos afetados, a inflamação crônica pode ser
sucedida pela restauração da estrutura e função normal
ou resultar em cicatrização.
Cicatrização: por fibrose.
 É o tipo de reparo que ocorre após destruição tecidual
substancial (como na formação de abscesso) ou quando
a inflamação atinge tecidos que não se regeneram e são
substituídos por tecido conjuntivo. o. Em órgãos nos
quais ocorrem depósitos extensos de tecido conjuntivo,
na tentativa de curar a lesão ou como consequência de
inflamação crônica, o resultado é a fibrose, que pode
comprometer significativamente a função.
Fonte: Robbins e Cotran.
Mediadores Químicos da Inflamação
São moléculas que vão atuar diante da primeira agressão
celular e vão mediar todo o processo inflamatório.
Os mediadores podem ser produzidos pelas células no
local da inflamação ou circular no plasma (sintetizados
pelo fígado), como precursores inativos que são ativados
no local da inflamação.
- Sinalizadores de agressão
- Alvo da ação de medicamentos
- Mediadores induzem outros mediadores
Início > Intensidade > Evolução >
São classificados de acordo com sua ação anti-
inflamatória ou de acordo com a sua origem:
> Mediadores derivados de células
> Mediadores derivados do plasma
Fonte: Robbins e Cotran.
> Mediadores derivados de células: estão em grânulos
intracitoplasmáticos (mastócitos, plaquetas, basófilos
etc). 
> Mediadores derivados do plasma: proteínas
plasmáticas, ativação do complemento e fator Hageman
(sistema de cininas).
Os mediadores são:
> Mediadores pró-inflamatórios: Iniciam a inflamação/
induzem o processo.
> Mediadores anti-inflamatórios: Quando há um
controle da inflamação, reparam o tecido. Vão irritar o
processo inflamatório e finalizar depois que deter o
agressor.
As ações da maioria dos mediadores são estreitamente
reguladas e de curta duração. Uma vez ativados e
liberados das células, os mediadores se decompõem
rapidamente e são inativados por enzimas, removidos
ou são inibidos.
Mediadores derivados de células
Os mediadores derivados de células normalmente estão
sequestrados em grânulos intracelulares e são
rapidamente secretados sob ativação celular (p. ex., a
histamina nos mastócitos) ou são sintetizados
originalmente em resposta a um estímulo (p. ex.,
prostaglandinas e citocinas produzidas por leucócitos e
outras células).
Aminas Vasoativas
Primeiros mediadores a serem liberados nas reações
inflamatórias agudas. São: histamina e serotonina.
Histamina: encontrada em grânulos de mastócitos
(tecido - maior parte), plaquetas e basófilos (sangue).
Liberada em lesões físicas (trauma e calor) e reações
alérgicas. 
Funções: vasodilatação, contração das células endoteliais
e aumento da permeabilidade vascular.Serotonina (5-hidroxitriptamina): é um
neurotransmissor e regulador da motilidade intestinal,
presente nos grânulos das plaquetas e liberada durante a
agregação plaquetária. É um complemento da
histamina. Ela induz a vasoconstrição durante a
coagulação.
Metabólitos do Ácido Araquidônico (AA)
Os metabólitos do AA também chamados eicosanoides
(por serem derivados do carbono 20 dos ácidos graxos,
do grego eicosa, “vinte”) podem mediar praticamente
cada etapa da inflamação.
Leucócitos, mastócitos, células endoteliais e plaquetas
são as principais fontes de metabólitos do AA.
Quando a célula sofre agressão, as fosfolipases vão agir
degradando os fosfolipídios e liberando ácido
araquidônico.
O metabolismo do AA ocorre ao longo de duas
principais vias enzimáticas: a cicloxigenase estimula a
síntese de prostaglandinas e tromboxanos, e a
lipoxigenase é responsável pela produção de
leucotrienos e lipoxinas.
Cicloxigenase
Prostaglandinas e tromboxanos: os produtos da via
da cicloxigenase incluem as prostaglandinas E2 (PGE2),
PGD2, PGF2a, PGI2 (prostaciclina) e tromboxano A2
(TXA2).
Prostaglandinas: aumento da permeabilidade vascular,
vasodilatação, potente inibidor da agregação
plaquetária.
A PGD2 é o principal metabólito da via da
cicloxigenase nos mastócitos; em conjunto com PGE2 e
PGF2a (que se distribuem mais amplamente), causa
vasodilatação e potencializa a formação de edema. As
PGs também estão envolvidas na patogenia da dor e
febre na inflamação; a PGE2 aumenta a sensibilidade à
dor a uma variedade de outros estímulos e interage com
citocinas para causar febre.
Tromboxano: causa vasoconstrição e agregação
plaquetária.
Prostaciclinas: são mediadores inflamatórios que causam
vasodilatação e inibem a agregação plaquetária.
Lipoxigenase
Leucotrienos: a síntese dos leucotrienos envolve
múltiplas etapas. A primeira etapa gera o leucotrieno A4
(LTA4), que por sua vez origina o LTB4 ou LTC4. O
LTB4 é produzido pelos neutrófilos e alguns
macrófagos, e é um potente agente quimiotático para
neutrófilos. O LTC4 e seus metabólitos subsequentes,
LTD4 e LTE4, são produzidos principalmente nos
mastócitos e causam vasoconstrição, broncoespasmo e
aumento da permeabilidade vascular.
Alvo da ação de medicamentos para a asma.
Lipoxinas: inibem a quimiotaxia e a aderência dos
neutrófilos ao endotélio, funcionando, portanto, como
antagonistas endógenos dos leucotrienos. 
Fonte: Robbins e Cotran.
Fator Ativador Plaquetário (FAP)
Gerado a partir dos fosfolipídios das membranas de
neutrófilos, monócitos, basófilos, células endoteliais e
plaquetas (e outras células), pela ação da fosfolipase A2.
o PAF causa vasoconstrição e broncoconstrição, e é
100-1.000 vezes mais potente que a histamina em
induzir vasodilatação e aumento da permeabilidade
vascular.
Citocinas
São mediadores muito importantes da inflamação e
resposta imune, são uma família de mais de 50 citocinas.
Sintetizadas em resposta a uma agressão por diversas
células. Secretadas por um curto período e em
quantidade limitada, por isso existem tantos tipos (todas
possuem a mesma função). 
As citocinas também são chamadas de interleucinas
(abreviadas IL e numeradas), pois acreditava-se serem
substâncias produzidas por leucócitos e que agiam sobre
leucócitos.
Citocinas pro-inflamatórias: TNF-2 (fator de
necrose tumoral), IL-1 (interleucina 1), IL-6, IL-17
(recrutamentos de neutrófilos e defesa), IL-18 e IFN-γ
(interferon gama, importante na inflamação crônica).
TNF-2 e IL-1: O principal papel dessas citocinas na
inflamação é a ativação endotelial.
Citocinas anti-inflamatórias: IL-4, IL-10 e TGF-ß
(fator de crescimento transformante).
Função: aumento da aderência de leucócitos, aumento
da neutrofilia, aumento do colágeno, febre, sono, fome,
aumento de proteínas da fase aguda (proteína C reativa
- PCR).
Quimiocinas
São uma grande família de citocinas existindo mais de
50 tipos.
São Indutores de Quimiotaxia: as principais funções
das quimiocinas são o recrutamento dos leucócitos na
inflamação e na organização anatômica normal das
células nos tecidos linfoides e outros tecidos.
Óxido Nítrico
O NO é um gás radical livre, solúvel, de curta duração,
produzido por muitos tipos celulares e capaz de mediar
uma variedade de funções.
Efeitos:
Macrófagos: utilizam o NO como agente microbicina e
para destruição de células tumorais.
Células endoteliais: relaxamento do músculo liso e
vasodilatação.
O NO desempenha outros efeitos na inflamação,
incluindo antagonismo a todos os estágios da ativação
plaquetária (adesão, agregação e desgranulação) e
redução do recrutamento de leucócitos para os locais
inflamatórios.
O NO age na ereção peniana. Ex: viagra possui óxido
nítrico.
Mediadores derivados do plasma
Os mediadores derivados do plasma (proteínas
plasmáticas) sofrem clivagem proteolítica para adquirir
suas atividades biológicas.
 Três sistemas inter-relacionados: os
sistemas de complemento, das cininas e da coagulação.
Sistema Complemento: defesa contra
microorganismos. Composto por mais de 30 proteínas
plasmáticas numeradas de C1 a C9, presentes no plasma
na forma inativa.
Aetapa fundamental na geração de produtos do
complemento biologicamente ativos é a ativação do
terceiro componente C3. Ativação: clássica, alternativa
e lectinas.
Fonte: Robbins e Cotran.
Os fatores derivados do complemento que são
produzidos ao longo da via influenciam uma variedade
de fenômenos na inflamação aguda:
Efeitos vasculares: C3a e C5a aumentam a
permeabilidade vascular e causam vasodilatação.
Ativação, adesão e quimiotaxia dos leucócitos: C5a
e, em menor grau, C3a e C4a, ativa os leucócitos,
aumentando sua adesão ao endotélio.
Opsonização/Fagocitose: C3b e C4a se fixam a
parede celular, como de bactérias, atuando como
opsoninas, favorecendo a fagocitose por neutrófilos e
macrófagos. 
Fator de Hageman (fator XII): é uma proteína
sintetizada pelo fígado que circula em forma inativa até
encontrar colágeno, membrana basal ou plaquetas
ativadas.
O fator de Hageman ativado (fator
XIIa) inicia quatro sistemas envolvidos na resposta
inflamatória: o sistema de cininas, o sistema de
coagulação, o sistema fibrinolítico e o sistema
complemento.
Sistema de Cininas:
A ativação do sistema de cininas leva à formação final
de bradicinina que provoca aumento da
permeabilidade vascular, dilatação arteriolar, contração
do músculo liso dos brônquios e dor quando injetada na
pele.
É importante ressaltar que a calicreína, um
intermediário na cascata de cininas com atividade
quimiotática, também é um potente ativador do fator
de Hageman.
Sistema de Coagulação:
O fator XIIa direcionando a cascata proteolítica, leva à
ativação da trombina, que, então, cliva o fibrinogênio
solúvel circulante, produzindo um coágulo de fibrina
insolúvel. 
Durante a clivagem do fibrinogênio, a fibrina gera
fibrinopeptídeos que aumentam a permeabilidade
vascular e são quimiotáticos para os leucócitos. 
A trombina também cliva o C5, gerando C5a, ligando,
portanto, a coagulação com a ativação do
complemento.
Sistema Fibrinolítico:
Responsável por limitar a coagulação , clivando a
fibrina. Formação de plasmina (degrada fibrina, lise de
coágulos).
Fonte: Robbins e Cotran.
Fonte: Robbins e Cotran.
Fonte: Robbins e Cotran.
Inflamação crônica
Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus
de celularidade e de outros elementos teciduais mais
próximos da reparação, diante da permanência do
agente agressor.
> Inflamação de duração prolongada (semanas, meses,
anos) na qual a inflamação ativa, destruição tecidual e
reparação ocorrem simultaneamente. 
Eventos envolvidos na inflamação crônica
> Predomínio de células mononucleares.
> Destruição tecidual.
> Reparo.
1) Agente agressor persiste no hospedeiro
células inflamatórias incapazes de destruir o agente
agressor e/ou há entrada repetitiva do agente agressor.
Ex.: micobactérias, vírus e fungos.
2) Mecanismos de defesa comprometidos
Ex: doenças autoimunes e doenças infecciosas crônicas.Células da Inflamação Crônica
Monócitos/macrófagos: Os macrófagos, as células
dominantes da inflamação crônica, são células teciduais
derivadas dos monócitos do sangue circulante,
após sua emigração da corrente sanguínea.
Responsáveis pela fagocitose. Núcleo em forma de rim.
Migram 24/48h após o início da inflamação e após
saírem dos vasos sofrem ativação o que resulta em
modificações morfológicas, metabólicas e funcionais de
acordo com o tecido que precisa ser fagocitado.
Podem sobreviver longos períodos (semana, meses).
Linfócitos: núcleo oval, citoplasma escasso. 20/30%
dos leucócitos em circulação.
> Linfócitos T(65/75%): responsável pela imunidade
celular, mantém resposta imune controlada.
> Linfócitos B: reconhecimento direto dos antígenos e
produzem anticorpos.
> Linfócitos NK: são naturalmente preparados (não
precisam de maturação) para agir conra células
prejudiciais.
Padrões de Inflamação Crônica
Inflamação Crônica inespecífica: Presença de células
mononucleares associadas a outros tipos celulares. São
observados macrófagos, linfócitos e plasmócitos em
quantidades variadas, não posuindo predominância de
um tipo celular.
Inflamação Crônica Hiperplásica: Predomínio de
grande quantidade de fibras colágenas e de células.
Formação e deposição de uma massa tecidual evidente.
Ex.: calo fibroso/ósseo por trauma.
Inflamação Crônica Exsudativa: Algumas
inflamações crônicas podem manifestar a presença de
PUS. O pus é frequentemente visto em inflamações no
osso, principalmente se a origem for infecciosa. Ex.:
osteomielites crônicas.
Inflamação Crônica Granulomatosa:
Padrão distinto de inflamação crônica. Formação de
nódulos (GRANULOMAS). A formação do granuloma
“encerra” o agente agressor (mecanismo de defesa).
Os granulomas podem se formar de três modos:
> Nas respostas persistentes de células T a certos
microrganismos (bactérias como Mycobacterium
tuberculosis - tuberculose, T. pallidum- sífilis, M. leprae -
lepra ou fungos como Histoplasma capsulatum-
Histoplasmose e Paracoccidioides brasiliensis-
Paracoccidioidomicose). 
> Doenças inflamatórias imunomediadas,
principalmente na doença de Crohn (doença
inflamatória intestinal).
> Doença de etiologia desconhecida chamada sarcoidose,
e podem se desenvolver em resposta a corpos estranhos
relativamente inertes (p. ex., sutura ou farpa), formando
os conhecidos granulomas de corpos estranhos.
Granuloma: constituído por 4 elementos
>Macrófagos epitelioides
>Células gigantes multinucleadas
>Linfócitos
>Fibroblastos
Nas preparações com H&E habituais, alguns dos
macrófagos ativados nos granulomas exibem citoplasma
granular róseo com limites celulares indistintos; esses
macrófagos são chamados de células epitelioides por
sua semelhança com o epitélio (função de criar barreira
física). Tipicamente, os agregados de macrófagos
epitelioides são circundados por um colar de linfócitos.
Os granulomas mais antigos podem ter uma orla de
fibroblastos e tecido conjuntivo. Frequentemente,
células gigantes multinucleadas são encontradas nos
granulomas. Elas consistem em uma grande massa de
citoplasma e muitos núcleos, e derivam da fusão de
múltiplos macrófagos ativados.
> A cura dos granulomas é acompanhada de fibrose,
que pode ser bastante extensa.
> Granuloma imunogênico ou epitelioide: quando é
desencadeado por muitos parasitas, metais ou poeiras
inorgânicas.
Fonte: Robbins e Cotran.
Reparação
O processo de restituição da normalidade tecidual é
concluído pela REPARAÇÃO, fenômeno inseparável
da inflamação. O reparo, muitas vezes chamado de
cura, se refere à restauração da arquitetura e função do
tecido após a lesão que se dá por regeneração ou
cicatrização.
Constantemente os tecidos estão em 3 processos:
1) Proliferação (multiplicação)
2) Diferenciação
3) Apoptose
Esses processos estão equilibrados nas condições
normais e na inflamação/reparo há o predomínio da
proliferação.
Ciclo Celular
No seu ciclo vital, as células encontram-se em duas fases
ou períodos: mitose, quando as células dividem o
material nuclear (cariocinese) e fazem a citocinese e
interfase, período entre duas divisões celulares. 
Células não replicativas: neurônios, células cardíacas.
São substâncias que controlam a taxa de divisão celular com
capacidade de estimular ou de inibir a multiplicação celular.
Muitos dos fatores de crescimento envolvidos no reparo são
produzidos por macrófagos e linfócitos que são recrutados no
local da lesão ou são ativados no local como parte do processo
inflamatório. Outros fatores são produzidos por células do
parênquima ou por células do estroma (tecido conjuntivo) em
resposta a lesão.
Fatores de Crescimento
Principais fontes: Plaquetas e Macrófagos
• Fator de Crescimento Epidérmico (EGF): mitogênico para o epitélio e fibroblastos.
• Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas (PDGF): Também produzido por macrófagos,
endotélio,
células musculares lisas. Quimiotaxia e proliferação de células mesenquimais indiferenciadas e
fibroblastos.
• Fator de Crescimento dos Fibroblastos (FGF): induz fibroblastos à mitose, angiogênese.
• Fator de Crescimento β Transformador (TGF β): quimiotaxia para fibroblastos, estimula produção
de
colágeno;
• IL-1 e TNFα: liberado por macrófagos, linfócitos e endotélio. Mitogênico para fibroblastos e
osteoblastos, aumenta a síntese de colágeno e colagenase pelos fibroblastos. Estimula angiogênese.
Tipos de
Sinalização
Intercelular
Mecanismos de Sinalização dos Receptores dos
Fatores de Crescimento
A maioria dos fatores de crescimento tem como função a
ligação a receptores específicos de superfície celular e o
desencadeamento de sinais bioquímicos nas células.
Autócrina 
Parácrina
Endócrina
Autócrina: ocorrer diretamente na mesma
célula que produz o fator. Ex.: macrófagos.
Parácrina: entre células adjacentes. Ex.: neurônios (a célula
vizinha que se beneficia).
Endócrina: ocorre em grandes distâncias. Ex.: hormônios
(estímulos liberados na corrente sanguínea).
Sinal extracelular
Receptor
Locais-alvo na mesma célula
Célula-alvo adjacenteCélula secretora
Secreção de hormônio no sangue pela
glândula endócrina Célula-alvo distante
Proliferação Celular
Proliferação e diferenciação celulares são processos
essenciais para os seres vivos.
Multiplicação celular: necessária para repor as células
que morrem após seu período de vida ou por processos
patológicos. 
Diferenciação celular: especialização morfológica e
funcional das células que permite o desenvolvimento do
organismo como um todo integrado.
Fonte: Robbins e Cotran.
Capacidade Regenerativa dos tecidos
Tecido envolvido:
Lábeis - Divindem-se continuamente (proliferação constante)
e, desse modo, há reparo rápido se for uma lesão leve.
Exemplos: Epitélios de superfícies: boca (afta), trato
gastrointestinal e pele; tecido hematopoiético na medula óssea
etc.
Estáveis - Capacidade limitada de se regenerar. Tecido
quiescentes (em repouso), precisam de um estímulo para se
proliferar, como a retirada de um pedaço do fígado, rim ou
pâncreas. 
Permanentes - Células que não se regeneram, apenas
cicatrizam. São diferenciadas, como células do coração e
neurônios.
Extensão da lesão:
Fonte: Robbins e Cotran.
Fígado
Principal exemplo de regeneração, cerca de 40-60% do
fígado pode ser removido em um procedimento
chamado transplante de doador vivo.
Fibrose - agressões frequentes em curto período, como
abuso de álcool e hepatite, o fígado pode perder a
capacidade de regenerar (Capacidade limitada).
Cirrose - formação exagerada de cicatriz. Afeta o
tecido conjuntivo (matriz).
Matriz Extracelular
O reparo tecidual não depende apenas da atividade dos
fatores de crescimento, mas também das interações
entre as células e os componentes da MEC.
MEC: é um complexo de várias proteínas que se
arranjam em uma rede que circunda as células e
constitui uma proporção significativa em qualquer
tecido. 
Desempenha funções de suporte e resistência dos
tecidos.
Fonte: Robbins e Cotran.
Reparo Tecidual
REGENERAÇÃO
Quandoos tecidos são capazes de restituir os componentes
lesados e retornar ao seu estado normal desde que o tecido
tenha capacidade proliferativa (mitose) e não haja destruição
extensa do estroma e MEC.
> Quando não se sabe que ali houve uma lesão.
> O tecido morto é substituído por outro
morfofuncionalmente idêntico.
> Ocorre, principalmente, em tecidos lábeis e estáveis.
CICATRIZAÇÃO
Tecidos são lesados, mas não são capazes de se reconstruírem
por completo. 
> É a deposição de tecido conjuntivo fibroso / colágeno
(fibrose gera cicatriz permanente), mas há perda de função,
sem pêlos no local.
Fatores Determinantes: extensão da lesão e tipo de tecido
(lábeis, estáveis e permanentes).
Regenerar  ≠ Cicatrizar
Substituição idêntica ao
tecido original
"remendar" o tecido lesionado,
mas não recupera a função (não
é igual ao tecido original).
Sem crescimento do folículo
piloso.
Processos de Cicatrização
FASES DA CICATRIZAÇÃO
1)Inflamatória: eliminar agentes agressores e produtos da
degradação tecidual, fornecer fatores de crescimento.
Lesão provoca a inflamação (vasodilatação, edema, dor, calor
rubor).
 2)Fase Proliferativa: Proliferar células endoteliais e
fibroblastos, resultando em angiogênese e produção de tecido
de granulação.
Tecido de Granulação: composto por Infiltrado inflamatório,
células mononucleares, fibroblastos e neovasos. Bem vermelho
e vascularizado e não ocorreu muita deposição de tecido
esponjoso. É uma fase do processo de cicatrização e sempre
ocorre.
Tecido de granulação ≠ Granuloma (tipo de resposta
inflamatória crônica).
3)Fase de Maturação: depósito de MEC e contração da ferida
(deposição, agrupamento e remodelação pelo
colágeno = cicatriz).
Depósito de componentes da matriz extracelular.
Fonte: Robbins e Cotran.
Angiogênese: formação de novos vasos a partir de vasos pré-
existentes ou de células precursoras.
É essencial para a cura nos locais de lesão, para o
desenvolvimento de circulações colaterais em locais de
isquemia e para permitir o aumento de tumores e sua
disseminação.
Cicatrização por Primeira Intenção/ União Primária
• Ferimento pequeno
• Há perda de tecido conjuntivo
• Pouca contaminação bacteriana (pouco ou nenhum
exsudato)
• Bordas da ferida estão aproximadas
• Incisão limpa
Melhor exemplo: incisão cirúrgica não-infectada, aproximada
por suturas.
Cicatrização por Segunda Intenção/ União Secundária
Ocorre perda tecidual mais extensa(ex.: Feridas grandes,
abscessos, úlceras, infarto) e as fases de cicatrização são
evidentes
• Dura meses e permanece aberta
• Resposta inflamatória bastante evidente, com necessidade de
maior tecido de granulação
Exemplo: feridas grandes, abscessos, úlceras e infarto. Comum
em queimaduras.
Fonte: Robbins e Cotran.
Fonte: Robbins e Cotran.
DIFERENÇAS COM A CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA
INTENÇÃO:
Crosta
Reação inflamatória
Tecido de granulação
Contração da ferida
Contração da ferida (presença de miofibroblastos →
fibroblastos alterados com características de células
musculares lisas).
FATORES QUE MODIFICAM O REPARO:
FATORES GERAIS
➢ NUTRIÇÃO
Profundo efeito na cicatrização. Deficiência de Vitamina C
inibe síntese de colágeno.
➢ SUPRIMENTO SANGUÍNEO
Suprimento sanguíneo inadequado compromete a cicatrização
(ex.: aterosclerose).
➢ CORTICOSTEROIDES
Efeitos anti-inflamatórios bem documentados. Inibição de
TGF- β - Diminui a síntese de colágeno.
➢ DIABETES MELLITUS
Atraso na cicatrização (tendência à infecção por � da
quimiotaxia, fagocitose e ação microbicida). Afeta a
circulação local (microangiopatia + aterosclerose).
➢ ANEMIA GRAVE
Diminuição de oxigênio tissular.
➢ LEUCOPENIA / TROMBOCITOPENIA
Reduz fornecimento de fatores de crescimento.
FATORES LOCAIS
➢ INFECÇÃO
Prolonga a fase da inflamação do processo. Aumenta
intensamente a lesão tecidual no local (pelos
microrganismos e células inflamatórias).
➢ FATORES MECÂNICOS
Movimentos precoces da ferida;
Deiscência de sutura;
Remoção intempestiva da crosta.
➢ TAMANHO, LOCALIZAÇÃO E TIPO DE FERIDA
Lesões extensas;
Cicatrização mais rápida em áreas mais vascularizadas;
Aproximação das bordas.
➢ CORPOS ESTRANHOS
Fragmentos de aço, vidro, madeira ou mesmo de osso e suturas
desnecessárias (retardam ou impedem a
cicatrização).
Cicatrizes Deformantes
 Queloide: Deposição excessiva de colágeno na pele formando
uma cicatriz elevada. Regressão muito lenta ou sem regressão
(relação genética).
Hipertrófica: Desorganização das fibras colágenas e há
formação excessiva de tecido conjuntivo denso em cicatriz
cutânea (assim como o queloide, porém é adquirida),
regredindo parcialmente com o tempo.
Retrátil: Planos não são aproximados (precisa aproximar a
pele).
Atrófica: Deposição de fibras colágenas inadequada. Ex.:
estrias e cicatriz de acne.
Cicatrizes.
Fonte: Meus, lindos e pagos.
Cicatriz retrátil.
Fonte: Cirurgia plástica Dr. Fernando Rodrigues.
Exercícios
Erros no material ou sugestões?
contatar:
alinesbitencourt@hotmail.com
1) A inflamação é importante para o organismo? Por
que?
2) Quais os sinais cardinais da inflamação?
3) Quais células são predominantes na inflamação
crônica?
4) Quais as diferenças da inflamação aguda e crônica?
5) Qual a primeira célula a chegar em um foco
inflamatório?
6) O que significa "desvio à esquerda" e neutrofilia?
7) Cite um estímulo para o início de uma inflamação
aguda.
8) Quais são os eventos de uma inflamação aguda?
9) A resposta inflamatória é sempre benéfica?
10) Do que é constituído um granuloma?
11) Qual a diferença de regeneração e cicatrização?
12) Como diferenciar uma cicatrização de primeira
intenção para uma de segunda intenção?
13) Cite os tipos de cicatrizes deformantes e suas
diferenças.
Referências
KUMAR, V., ABBAS, A.K., FAUSTO, N.,
ASTER, J.C. Robbins & Cotran. Patologia:
Bases Patológicas das Doenças. Elsevier,Rio de
Janeiro, 2010.
BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo patologia.
9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
UNICAMP. ANATOMIA
PATOLÓGICA:
ÍNDICE ALFABÉTICO DE ASSUNTOS. Disponível em:
http://anatpat.unicamp.br/indexalfa.html. Acesso em: 23 maio
2020.
SZABÓ, G.h. Bechara & M.p.j.. PROCESSO
INFLAMATÓRIO. 1. Alterações Vasculares e Mediação
Química. 2006. Disponível em:
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/G
ERVASIOHENRIQUEBECHARA/inflam_aspectosvasculares
2006.pdf. Acesso em: 27 maio 2020.

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