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6 Aula de Fraturas GERAL

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Fratura
Vinicius Saura Cardoso
Introdução
➢ Traumatismo é o transtorno mais frequente 
examinado em radiologia óssea
➢ desta forma a exame nos fornece informações:
➢ sobre a característica da fratura e/ou luxação
➢ monitorar o processo de consolidação
Conceito de Fratura
➢ Quebra de continuidade do osso e/ou da cartilagem
➢ ocorre devido ao trauma direto e indireto
➢ podem ser fechadas ou abertas
➢ o diagnóstico é dado por duas radiografias, em 
incidência diferentes, contendo as articulações 
subjacentes
Tipos de Fraturas
Elementos descritivos da fratura
1. local anatômico 
e extensão da 
fratura
Elementos descritivos da fratura
2. tipo de fratura: completa ou incompleta (possui dois 
fragmentos)
Completa: mais frequente em ossos curtos, planos e 
irregulares
Elementos descritivos da fratura
3. alinhamento dos fragmentos da fratura
➢ pode haver deslocamento inferior, superior, lateral, 
medial, anterior e posterior do fragmento
➢ pode haver afastamento, cavalgamento ou rotação 
dos fragmentos
Elementos descritivos da fratura
3. alinhamento dos 
fragmentos da 
fratura
Elementos descritivos da fratura
4. direção da linha da fratura
Elementos descritivos da fratura
4. direção da linha da fratura
Elementos descritivos da fratura
5. presença de características especiais
➢ impactação: quando um dos fragmentos é 
firmemente impelido para dentro do outro. 
Geralmente ocorre nas áreas esponjosas do osso.
Elementos descritivos da fratura
5. presença de 
características especiais
➢ Avulsão: fragmento 
ósseo avulsionado por 
um contração ativa de 
um músculo ou pela 
resistência de um 
ligamento contra uma 
força em direção oposta.
Elementos descritivos da fratura
6. Existência de anormalidades relacionadas
➢ luxações e subluxação
➢ lesões de tecidos moles
Elementos descritivos da fratura
7. tipos especiais de fratura
➢ fratura por esforço ou fadiga (estresse)
Elementos descritivos da fratura
7. tipos especiais de fratura
Elementos descritivos da fratura
7. tipos especiais de fratura
➢ fratura patologica sistemicas
doenças metabolicas
➢ fratura patologica localizadas
tumores
Infecções
Fraturas pediátricas
➢ Grande preocupação: interrupção no 
crescimento
➢ consolidação rápida
➢ alta capacidade de remodelamento
➢ O diagnóstico radiológico pode ser 
complicado pela presença das laminas 
epifisárias, pois estas podem ser 
confundidas com as linhas de fratura
Fraturas incompletas
Fraturas incompletas
➢ Fratura em galho verde
➢ Um lado da diáfise está 
fraturado, enquanto as porções 
do córtex e periósteo 
permanecem intactas do lado 
oposto
Fraturas incompletas
➢ Curvatura plástica
➢Resulta da natureza biomecânica do osso em 
desenvolvimento
➢Força de compressão longitudinal é maior que a 
retração elástica
➢São consideradas fraturas pois microfraturas são 
reproduzidas pelo osso
➢Frequente na fíbula e na ulna
Fraturas incompletas
➢ Fratura em toro
➢ Fratura impactada que resulta o 
abaulamento do córtex
➢ regiões metafisárias que são 
predisposta à ação compressiva, 
devido à quantidade de osso 
esponjoso e osso trabecular
recém-remodelado
Fraturas epifisárias
➢ 15 a 20% das fraturas pediátricas
➢ o tratamento deve proporcionar o equilíbrio delicado 
para ajudar a consolidação sem interferir no 
crescimento
➢ Classificação: de I a IX
Fraturas epifisárias
➢ Tipo I
➢ A linha de fratura se estende 
através da lamina epifisária 
de crescimento separando e 
deslocando a epífise da sua 
posição normal
➢ Prognóstico de crescimento 
do osso é bom 
Fraturas epifisárias
➢ Tipo II
➢ a linha de fratura atravessa a 
lâmina epifisária até a 
metáfise, causando um 
fragmento da metáfise que se 
desloca junto com a epífise
➢ o prognóstico de crescimento 
do osso é bom
Fraturas epifisárias
➢ Tipo III
➢ a linha de fratura se estende da 
face articular, atravessa a epífise 
até a lamina epifisária
➢ Ocorre a interrupção parcial do 
crescimento ósseo e a 
necessidade de intervenção 
cirúrgica para fixação são 
possíveis
Fraturas epifisárias
➢ Tipo IV
➢ a linha de fratura se estende 
da face articular, atravessa a 
epífise, a lamina epifisária e a 
metáfise
➢ Ocorre a interrupção parcial 
do crescimento ósseo e a 
necessidade de intervenção 
cirúrgica para fixação são 
possíveis
Fraturas epifisárias
➢ Tipo V
➢ A fratura típica da lesão por 
esmagamento, danificando a 
lamina epifisária pela ação 
da força de compressão
➢ Caráter traumático, por 
infecção e necrose
➢ Pode ocorrer a interrupção 
do crescimento ósseo
Fraturas epifisárias
➢ Tipo VI de Rang
➢ Essa lesão compromete o 
periósteo da lamina epifisária
➢ embora pouco ou nenhum 
dano ocorra à cartilagem, o 
processo reparatório poderá 
fazer uma ponte óssea entre a 
metáfise e a epífise 
interrompendo o crescimento 
ósseo
Fraturas epifisárias
➢ Essas fraturas não comprometem diretamente a 
lâmina epifisária, porém mais tarde o crescimento do 
osso poderá ser interrompido
➢ VII: fratura osteocondral na porção articular da epífise
➢ VIII: fratura da metáfise
➢ IX: fratura por avulsão do periósteo
Fraturas nos MMSS
Fratura da extremidade proximal do úmero
➢ cabeça do úmero são raras e quando acontece pode 
estar associada de luxação
➢ colo cirúrgico geralmente está associada a outras 
fraturas
Fratura da extremidade proximal do úmero
➢Tmaior ocorre, no adulto, por trauma direto podendo 
ocorrer avulsão por contração do manguito rotador
➢ Tmenor são raras e geralmente ocasionadas por 
avulsão do subescapular
Fratura da extremidade proximal do úmero
➢ Colo cirúrgico são frequentes
➢ geralmente cominutivas ou transversal
➢ frequente nos idosos (osteoporose)
Fratura da Clavícula
➢ ocorre com mais frequência no 1/3 medial
➢ principalmente em crianças
Fratura da Clavícula
Fratura da Clavícula
Fratura da Clavícula
Deslocamento da Articulação Acromioclavicular
Radiografia do ombro com projeção AP c/ e s/ apoio de 
peso
Art. acromioclavicular
Realizada Bilateralmente para comparação 
Utilização de peso de 6 a 8 Kg
Lesões do complexo articular do 
cotovelo aspectos radiográficos
Traumatismo
➢ freqüente devido a quedas sobre o próprio cotovelo ou 
sobre a mão com o braço estendido
➢ também ocorrem durante atividades esportivas
Fraturas da extremidade distal do úmero
➢ supracondilar: frequentes em crianças
➢ transcondilar: idosos com osteoporose
Fraturas da extremidade distal do úmero
➢intercondilar (cominutiva): trauma direto onde o olecrano é 
forçado em direção a sua fossa
➢ condilar (lateral é mais freqüente): frequentes em crianças
➢ articular: raras, pode perder movimento
➢ epicondilar: no adulto por trauma direto (medial), nas 
crianças por avulsão da placa epifisária
Fraturas da extremidade distal do úmero
➢ supracondilar: 
frequentes em crianças
Fraturas da extremidade distal do úmero
➢ transcondilar: idosos com 
osteoporose
Fraturas da cabeça do rádio
➢ frequentes nos adultos: 1/3 das fraturas de cotovelo
➢ quedo sobre a mão espalmada com o cotovelo fletido
Fraturas da cabeça do rádio
➢ classificação de Mason
➢ tipo I: sem deslocamento 
(conservador)
➢ tipo II: com deslocamento 
e angulação (conservador 
ou cirúrgico)
➢ tipo III: cominutiva
(ressecção da cabeça)
➢ tipo IV: fratura + luxação
Fraturas da cabeça do rádio
Fraturas da cabeça do rádioFraturas da extremidade proximal da ulna
➢ podem prejudicar o movimento do cotovelo
Fraturas das diáfises do radio e da ulna
➢ ocasionadas por trauma direto de grande intensidade
➢ geralmente ocasionam deslocamento
Fraturas das diáfises do radio e da ulna
Fraturas isolada do radio
Fraturas de Galeazzi
Fratura do rádio e da ulna com subluxação ou 
luxação da radioulnar distal
Fraturas de Galeazzi
Fraturas de Monteggia
Fraturas de Monteggia
Luxação de Cotovelo
Luxação de Cotovelo
➢ Punho
➢ mecanismo de lesão: queda sobre a mão 
espalmada
➢ as fraturas de antebraço são 10x mais freqüentes 
que as do punho
Fraturas
➢ Punho
➢ Fratura de Colles
➢ região distal do rádio
➢ apresenta fragmentos geralmente dorsal
➢ quando fragmento for anterior chama-se Colles
invertida
➢ fratura impactada com cominução
➢ pode haver associado fratura do processo 
estilóide da ulna
Fraturas
Fraturas das diáfises do radio e da ulna
Fraturas das diáfises do radio e da ulna
Fraturas das diáfises do radio e da ulna
➢ Punho
➢ Fratura de Escafóide
➢ ¾ das fraturas desta região
➢ geralmente ocorre na parte central do escafóide
➢ difícil visualização da linha de fratura pois o 
deslocamento é mínimo
➢ após a fratura o fragmento proximal pode se 
tornar avascular porque o suprimento sanguíneo 
principal penetra pela região distal
➢ necrose isquêmica evidenciada por aparência 
osteoporótica nos ossos em torno dele
Fraturas
Fraturas
Fraturas
Fraturas
➢ Falanges
➢ por esmagamento
➢ fratura por avulsão interfalangeana
(Hiperextensão)
➢ pequeno fragmento
➢ presente na região dorsal
Fraturas
➢ Metacarpos
➢ 4° e ou 5° (frat. boxeador) 
Fraturas
➢ Metacarpos
➢ 1° (frat. Bennett) 
Fraturas
Fraturas nos MMII
Traumatismo
➢ Fraturas da pelve (bacia)
➢ ocasionada por forças intensas
➢ pode haver complicações que envolvem grandes 
vasos, nervos e o sistema urinário
➢ a radiografia AP geralmente demonstra todos os 
aspectos importantes do traumatismo
Traumatismo
➢ fraturas da pelve: estáveis
➢ fratura por avulsão da EIAS
Traumatismo
➢ fraturas da pelve: estáveis
➢ fratura da asa do ílio
Traumatismo
➢ fraturas da pelve: estáveis
➢ fratura do sacro
Traumatismo
➢ fraturas da pelve: estáveis
➢ fratura ísquiopúbica
Traumatismo
➢ fraturas da pelve: estáveis
➢ fratura ísquiopúbica
Traumatismo
➢ fraturas da pelve: instáveis
➢ fratura por cisalhamento vertical ou de Malgaigne
Traumatismo
➢ fraturas da pelve: instáveis
➢ fratura em cavalgamento
Traumatismo
➢ fraturas da pelve: instáveis
➢ fratura em “alça de balde”
Traumatismo
➢ fraturas do acetábulo
Traumatismo
➢ fraturas do acetábulo
Traumatismo
➢ fraturas do acetábulo
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade proximal do fêmur
➢ mulheres, idosas e com osteoporose
Traumatismo
➢ Fraturas da extremidade proximal do fêmur
Traumatismo
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade distal do fêmur
Supracondilar
Sem 
deslocamento
impactada Com 
deslocamento
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade distal do fêmur
Supracondilar
cominutiva
condilar intercondilar
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade proximal da tíbia
➢ mais frequentes acometem platô tibial 
➢ sistema de Holhi (classificação)
➢ descreve 6 tipos de fratura
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade 
proximal da tíbia
Tipo I: vertical sem deslocamento 
no platô tibial lateral devido a 
força em valgo.
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade 
proximal da tíbia
Tipo II: afundamento do platô tibial 
lateral devido a força axial e valgo.
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade 
proximal da tíbia
Tipo III: fratura vertical com 
afundamento do platô tibial lateral 
devido a força axial e valgo, podendo 
estar associada a frat. de cabeça fíbula
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade proximal 
da tíbia
Tipo IV: fratura deslocamento e 
afundamento do platô tibial medial devido 
a força axial e varo
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade proximal da 
tíbia
Tipo V: fratura vertical da face anterior ou 
posterior do platô tibial, ocasionada por 
forças axiais
Traumatismo
➢ fraturas da extremidade proximal da 
tíbia
Tipo VI: fratura cominutiva com 
deslocamento dos dois côndilos 
ocasionada por forças axiais podendo 
estar associada com fratura proximal 
da fíbula
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
➢ Fraturas da patela
➢ trauma direto
➢Trauma indireto (tração do quadríceps)
Traumatismo
➢ fraturas da patela
Traumatismo
➢ fraturas da patela
Traumatismo
➢ fraturas da patela
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
➢ Tornozelo: entorse
➢ + frequente em adulto
➢ 85% dos traumas são em inversão
➢ a gravidade depende da intensidade do 
trauma
➢ lesões graves associam ruptura de 
ligamento com fratura
Traumatismo
➢ Tornozelo: inversão
Traumatismo
➢ Tornozelo: eversão
Traumatismo
Traumatismo
➢ Tornozelo: Fratura Maleolar
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
➢ Tornozelo: Fratura distal perna
Traumatismo
➢ Pé: Fratura do retropé
➢ fratura de calcâneo
➢ quedas com o calcâneo
➢ podem ser bilateral
➢ podem estar associadas a fratura vertebral
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
➢ Pé: Fratura do retropé
➢ fratura do Talus
➢ trauma em dorsiflexão
➢ pouco vascularizado
Traumatismo
➢ Pé: Fratura do retropé
➢ fratura do Talus
Traumatismo
➢ Pé: Fratura do mediopé
➢ fratura por esforço
➢ navicular
➢ 5° metatarso 1/3 proximal
Traumatismo
Traumatismo
Traumatismo
➢ Pé: Fratura do antepé
➢ fratura por esforço
➢ 2° e 4° metatarso 1/3 distal
➢ traumas diretos
➢ metas e falanges
Fratura vertebral
Fraturas
Fraturas
Fraturas
Fraturas
Fraturas
Fraturas
Quadro Clínico Geral
Sinais Locais
➢ Deformidade do Segmento
➢ Dor à Palpação
➢ Perda da Função do Segmento
➢ Ferida de Pele (nos casos de fratura aberta)
➢ Crepitação à movimentação da região fraturada
➢ Possível perda da Sensibilidade e da Motricidade
Fraturas de Estruturas de Proteção: (Crânio, Costelas e 
Coluna Vertebral):
➢ Perda da Consciência
➢ Hemorragias Internas
➢ Perfurações (ex. pulmonares e cardíacas)
➢ Choque Medular (secção da medula espinhal)
Consolidação da Fratura
O OSSO É UMA ESTRUTURA ALTAMENTE VASCULARIZADA
Os vasos que nutrem o tecido ósseo correm 
longitudinalmente e transversalmente ao 
segmento ósseo e estão inclusos dentro e 
canais formados no interior da matriz óssea.
Canais de Havers : dispostos 
longitudinalmente.
Canais de Volkman : dispostos 
transversalmente.
PERIÓSTEO: Tecido osteogênico que 
envolve o osso e também é altamente 
vascularizado.
Tipos de consolidação
• Primária
- direta
- sem formação de calo ósseo
- depende de estabilidade absoluta
- osteossíntese estável
• Secundária
- indireta
- formação de calo ósseo
- estabilidade relativa
- pacientes não operados
Característica do local da fratura
Característica do local da fratura
FRATURA
ROMPIMENTO 
DESTES VASOS 
SANGUINEOS
LESÃO ÓSSEA E 
PERIÓSTEA
Extravasamento 
sanguíneo no foco 
da fratura
Perda da nutrição do 
tecido ósseo que seria 
irrigadopor estes vasos
Morte do tecido ósseo 
avascular
Formação de 
hematoma no foco da 
fratura
Reação de consolidação
REAÇÃO IMEDIATA:
Formação do Hematoma
Reação de consolidação
SEGUNDA FASE:
Formação de anel necrótico
Início da diferenciação :
1- das células periósticas osteogênicas
2- das células mesenquimais
TERCEIRA FASE:
Formação das pontes ósseas exóstea (calo 
externo) e endóstea (calo interno)
Primeira fixação biológica para diminuição do 
foco de fratura e auxílio no processo de 
revascularização local.
Reação de consolidação
QUARTA FASE:
Proliferação osteogênica e condroblastica nas regiões 
mais vascularizadas
Formação do calo primário
Reação de consolidação
QUINTA FASE:
Ossificação endocondral primária
Osso do tipo primário: tecido ósseo associado ao 
tecido cartilaginoso. Menos resistente que o osso tipo 
secundário e menos viscoelásticos. Sem definição de 
linhas de carga.
Reação de consolidação
SEXTA FASE:
Fase de remodelação óssea. Reabsorção do 
calo ósseo primário e substituição por tecido ósseo do 
tipo secundário. 
Pode durar até 8 anos
FATORES PRINCIPAIS PARA UMA BOA CICATRIZAÇÃO ÓSSEA:
BOA VASCULARIZAÇÃO LOCAL
CONSERVAÇÃO DO TECIDO PERIÓSTICO
Tratamento das Fraturas
Tratamento Primário
➢ Visa primariamente manter a vida do paciente 
traumatizado. 
➢É realizado através de técnicas específicas de 
primeiros socorros
➢Transporte e tratamento de possíveis choques 
sistêmicos que possam vir a acontecer.
Atendimento a vítima
Atendimento a vítima
Atendimento a vítima
Fraturas Fechadas
Aplicar tração em membros sempre que possível;
Dependendo das circunstâncias fazer o alinhamento do osso;
Imobilizar uma articulação acima e abaixo da fratura para
evitar qualquer movimento da parte atingida.
Atendimento a vítima
Fraturas Fechadas
Observar a perfusão nas extremidades;
Verificar presença de pulso distal e sensibilidade;
Em fraturas anguladas ou em articulações não se deve
tracionar. Imobilizar como estiver.
Atendimento a vítima
FRATURA MMII
FRATURA MMSS
Tratamento Secundário
➢ Visa o tratamento da fratura em si e suas 
complicações locais.
➢ É realizado através de técnicas de REDUÇÃO do 
foco de frautra
➢ MANUTENÇÃO DA REDUÇÃO para ocorrência da 
cictrização óssea.
Redução Óssea
Busca o realinhamento dos fragmentos ósseos formados 
após o trauma que ocasionou a fratura. 
A aproximação destes fragmentos propiciará uma 
cicatrização ósseas mais rápida e em uma posição 
natural do segmento.
Redução Óssea
Tipos de Redução Óssea:
- Redução Fechada
- Redução Aberta
Redução Fechada: Procedimento não cirúrgico 
realizado através de manipulação sob anestesia
Técnica deve ser bem executada e deve existir um 
conhecimento prévio das forças que causaram a fratura. 
Anestesia = diminuição da dor e relaxamento muscular
Utilizada Principalmente em fraturas de traços simples
Redução Óssea
Um tipo especial de redução 
fechada é a TRAÇÃO :
- Fraturas diafisária de ossos 
longos e alguns tipos de 
fraturas intra-articulares do 
quadril, joelho e ombro.
- Fraturas em que houve grande 
encurtamento do membro
Traciona progressivamente os 
fragmentos ósseos em sua posição.
O paciente deve ficar por mais tempo no 
leito.
Redução Óssea
Redução Aberta: Redução cirúrgica realizado 
através do manejo direto dos fragmentos ósseos
Técnica é utilizada quando a redução fechada torna-se 
impossibilitada. 
Utilizada Principalmente em fraturas de traços complexos 
e fraturas intra-articulares.
Manutenção da Redução Óssea
A manutenção da redução óssea garante que os 
fragmentos do foco de fratura não estarão susceptíveis às 
grande movimentações.
Esta estabilização propiciará a revascularização e a neo-
formação óssea.
Manutenção da Redução Óssea
Aparelhos Gessados:
Características Gerais: Geralmente utilizados para a 
manutenção da redução fechada.
Possibilita a cicatrização até que a fratura esteja 
biologicamente estabilizada.
A imobilização do segmento é realizada nas articulações 
mais próximas ao foco de fratura.
Manutenção da Redução Óssea
Aparelhos Gessados:
Problemas associados: 
- ulcerações
- Compressões nervosas periféricas e vasculares em 
ocorrência de edemas (gesso é inexpandível).
- Diminuição da função segmentar pela imobilização.
(doença da fratura = dimininuição da força muscular, 
aderências capsulares, retrações musculares).
- Dificuldade na higienização do segmento.
Manutenção da Redução Óssea
Fixações Internas:
Características Gerais: Geralmente utilizadas durante 
os procedimentos cirúrgicos de redução aberta da fratura.
São geralmente indicadas para:
- fraturas de difícil consolidação (colo femoral, escafóide).
- fraturas que tendem à perda da redução durante 
contrações musculares.
- fraturas múltiplas.
- dificuldade na assistência social ao paciente. (higiene, 
movimentação, deslocamento)
Manutenção da Redução Óssea
Fixações Internas:
➢Possibilita estabilização imediata e redução precisa da 
fratura.
➢Possibilita a movimentação precoce da região fraturada.
➢Menor tempo de permanência no ambiente hospitalar.
➢É realizada através de elementos metálicos de fixação 
(pinos, placas, parafusos, fios e grampos).
➢Facilita a higiene pessoal.
➢Possibilita descarga de peso mais precocemente nas 
fraturas de membros inferiores.
Manutenção da Redução Óssea
Manutenção da Redução Óssea
Fixações Internas:
Problemas associados:
INFECÇÃO
- ferida em más condições higiênicas.
- material cirúrgico contaminado.
- ambiente cirúrgico contaminado.
Perda da redução por stress mecânico sobre os 
elementos de fixação.
Manutenção da Redução Óssea
Manutenção da Redução Óssea
Fixações Externas:
Características Gerais: Geralmente utilizadas em traumas 
com grande comprometimento de tecidos moles 
concomitante às fraturas (p.ex.: lacerações, 
desluvamentos).
- Possibilita estabilização imediata e redução precisa da 
fratura.
-Possibilita a movimentação precoce do membro 
fraturado.
Manutenção da Redução Óssea
Fixações Externas:
- Possibilita a confecção de curativos e procedimentos 
cirúrgicos tardios dos tecidos moles (debridamentos, 
plásticas, enxertos).
- É realizada através de elementos metálicos de fixação 
posicionados externamente ao segmentos (halos, fios e 
hastes).
- Facilita a higiene pessoal.
- Possibilita descarga de peso mais precocemente nas 
fraturas de membros inferiores.
Problemas Associados: Infecção dos elementos 
metálicos internos
Manutenção da Redução Óssea
Manutenção da Redução Óssea
Complicações das Fraturas
SISTÊMICAS
Síndrome do Esmagamento:
Característica: Ocorre em traumas de grande impacto 
(energia)
Grande porção da musculatura é “esmagada” durante o 
trauma.
Trombose Venosa Profundanto:
Característica: Ocorre principalmente em traumas dos membros 
inferiores e pelve
Liberação de tromboplastina pelos tecidos danificados.
➢Aumento da agregação plaquetária (hipercoagulabilidade).
➢Formação de trombos.
➢Obliteração dos vasos.
Possível evolução de embolia pulmonar
Sintomas: Dor e hiperestesia (p. ex. sensação de queimação), 
aumento de temperatura, edema e dor à movimentação do 
segmento trombosado .
Tratamento e prevenção da doença: Administração de 
medicamentos que evitam a hipercoagulabilidade.
Tétano:
Ocorre principalmente em traumas associados à objetos metálicos 
que podem conter o bacilotetânico.
➢Produz a toxina tetânica.
➢Toxina via circulação chega ao corno anterior da medula 
espinhal.
➢Gera contrações tônicas e clônicas dos músculos.
➢Acometimento da musculatura respiratória.
➢MORTE.
Sintomas: Dores generalizadas, hipersensibilidade sonora, 
contrações musculares involuntárias, perda do controle dos 
movimentos, dispnéia.
Tratamento e prevenção da doença: Administração de anti-toxina
tetânica humana antes do acometimento do corno anterior da 
medula espinhal.
Embolia Gordurosa:
Característica: Ocorre principalmente em fraturas dos 
ossos longos.
Liberação de êmbolos gordurosos pelos ossos longos.
Evolução de embolia pulmonar
Sintomas: Insuficiência respiratória, taquicardia, confusão 
mental, aparecimento de petéquias no tórax.
Tratamento e prevenção da síndrome: Suporte 
respiratório, medidas anti-trombóticas (administração de 
heparina).
Complicações das Fraturas
LOCAL DA FRATURA
Musculares:
Ocorrem principalmente pelo rompimento de fibra 
musculares durante o trauma, muito tempo de 
imobilização (desuso).
Aderências pós-traumáticas
Hipotrofias por desuso
Sintomas: Diminuição da força e coordenação dos 
movimentos do segmento traumatizado (Dificuldade em 
realizar as atividades de vida diária).
Tratamento e prevenção da complicação: Movimentações 
ativas (quando possível).
Nervosa Periférica:
Característica: Geralmente relacionadas ao estiramento, 
compressão eou rompimento dos nervos periféricos 
adjacentes aos focos de fratura.
Tipos de complicações nervosas periféricas: 
Neuropraxia
Neurotmese
Axonotmese
Sintomas e tratamentos: de acordo com o tipo de 
complicação nervosa
Arteriais:
Característica: Geralmente relacionadas à interrupção do fluxo 
sangüíneo periférico direcionado às tecidos mais periféricos. 
Tipos de complicações arteriais mais freqüentes: 
Gangrena (obliteração).
Síndrome Compartimental (Isquemia de Volkmann)
Soluções de continuidade arterial por trauma perfurante.
Sintomas: diminuição da temperatura dos tecidos periféricos, dor 
primária e perda subseqüente da sensibilidade, desvitalização e 
destruição tecidual gradual.
Tratamento: Reestabelecimento do fluxo sangüíneo normal pela 
retirada da compressão (p. ex. fasciotomia), angioplastias, sutura 
arterial (arteriorrafias). Em caso de insucesso, as amputações destas 
regiões são indicadas para evitar as infecções generalizadas.
Ósseas:
Tipos de complicações ósseas mais freqüentes: 
Necrose avascular. 
Retardo na consolidação óssea (pseudo-artrose). 
Perda de tecido inorgânico ósseo por desuso 
(osteoporose).
Infecções ósseas (osteomielites).
Distúrbios no crescimento ósseo.

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