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Etilismo: Prevenção e Intervenção

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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
MFC IV 
Etilismo 
 
Álcool é a droga mais produzida e consumida que causa dependência em todo mundo. 
Associado a traumas, câncer e cirrose. 
Fator mais frequentemente associado a episódios de violência interpessoal e acidentes de trânsito. 
Estratégias de enfrentamento mais efetivas: 
●Aumento das tarifas sobre o preço do álcool 
●Regulação de idade mínima para compra e consumo, 
●Definição de concentração máxima de álcool no sangue para motoristas e 
●Prevenção por meio de abordagem educativas com o enfoque em evitar o primeiro contato e em 
habilidades especificas no consumo 
 
Epidemiologia: 
Mundo: 4% das mortes (6,2% para homens e 1,1% para mulheres) são atribuídas ao álcool. 
Consumo de álcool associa-se às mortes e invalidezes por causas externas, negligência e abuso de 
crianças e absenteísmo laboral. 
Brasil: 
●48% abstinentes 
●24% bebem frequentemente e de modo excessivo e 
●29% são bebedores pouco frequentes e não fazem uso excessivo 
●12% da população brasileira têm algum problema concreto com o álcool. 
→20% das pessoas que procuram serviço de saúde primário bebem em um nível de alto risco, pelo menos 
uso abusivo. 
Principal transtorno mental nos diversos níveis assistenciais (igual prioridade ao problema da HAS na 
atenção primária). 
Relacionado ao sexo masculino (adultos jovens), aumentando no sexo feminino. 
Entre jovens: 
●absenteísmo escolar 
●vandalismo 
●problemas com a polícia 
●traumas e 
●atividade sexual de risco 
O que fazer 
Problema identificado em estágios avançados, com menos chances de recuperação e de reinserção da 
pessoa na vida social. 
Muitas vezes, ação se restringe ao tratamento das complicações sem intervir na causa base. 
Não valorização, preconceitos de ordem moral, descrença na reabilitação contribuem para a deficiência da 
assistência. 
Anamnese: 
●Abordar consumo de álcool de forma respeitosa. 
●Estabelecer vínculo e confiança. 
●Padrão atual do consumo: quantidade, frequência e repercussões. 
●História pregressa e familiar. 
 
 
 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
MFC IV 
Etilismo 
 
●CAGE: triagem 
 
●AUDIT (teste para identificação de problemas relacionados ao uso abusivo de álcool) 
Intervenção breve: CAGE para detecção do uso abusivo e, em um segundo encontro, AUDIT para definir o 
padrão de consumo e pactuar intervenções 
1. Com que frequência consome bebidas que contêm 
álcool? [Escreva o número que melhor corresponde à 
sua situação.] 
0 = nunca 
1 = uma vez por mês ou menos 
2 = duas a quatro vezes por mês 
3 = duas a três vezes por semanas 
4 = quatro ou mais vezes por semana 
2. Quando bebe, quantas bebidas contendo álcool 
consome num dia normal? 0 = uma ou duas 
1 = três ou quatro 
2 = cinco ou seis 
3 = de sete a nove 
4 = dez ou mais 
3. Com que frequência consome seis bebidas ou mais 
numa única ocasião? 
0 = nunca 1 = menos de uma vez por mês 
2 = pelo menos uma vez por mês 
3 = pelo menos uma vez por semana 
4 = diariamente ou quase diariamente 
4. Nos últimos 12 meses, com que frequência se 
apercebeu de que não conseguia parar de beber 
depois de começar? 
0 = nunca 
1 = menos de uma vez por mês 
2 = pelo menos uma vez por mês 
3 = pelo menos uma vez por semana 
4 = diariamente ou quase diariamente 
5. Nos últimos 12 meses, com que frequência não 
conseguiu cumprir as tarefas que habitualmente lhe 
exigem por ter bebido? 
0 = nunca 
1 = menos de uma vez por mês 
2 = pelo menos uma vez por mês 
3 = pelo menos uma vez por semana 
4 = diariamente ou quase diariamente 
6. Nos últimos 12 meses, com que frequência precisou 
de beber logo de manhã para "curar" uma ressaca? 
0 = nunca 
1 = menos de uma vez por mês 
2 = pelo menos uma vez por mês 
3 = pelo menos uma vez por semana 
4 = diariamente ou quase diariamente 
7. Nos últimos 12 meses, com que frequência teve 
sentimentos de culpa ou de remorsos por ter bebido? 
0 = nunca 
1 = menos de uma vez por mês 
2 = pelo menos uma vez por mês 
3 = pelo menos uma vez por semana 
4 = diariamente ou quase diariamente 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
MFC IV 
Etilismo 
 
8. Nos últimos 12 meses, com que frequência não se 
lembrou do que aconteceu na noite anterior por 
causa de ter bebido? 
0 = nunca 
1 = menos de uma vez por mês 
2 = pelo menos uma vez por mês 
3 = pelo menos uma vez por semana 
4 = diariamente ou quase diariamente 
9. Já alguma vez ficou ferido ou ficou alguém ferido 
por você ter bebido? 
0 = não 
1 = sim, mas não nos últimos 12 meses 
2 = sim, aconteceu nos últimos 12 meses 
10. Já alguma vez um familiar, amigo, médico ou 
profissional de saúde manifestou preocupação pelo 
seu consumo de álcool ou sugeriu que deixasse de 
beber? 
0 = não 1 = sim, mas não nos últimos 12 meses 
2 = sim, aconteceu nos últimos 12 meses
 
Consumo de baixo risco ou abstinência: 0 – 7 pontos (prevenção primária) 
Consumo de risco: 8 – 15 pontos (orientação básica) 
Consumo de alto risco ou uso nocivo: 16 – 19 pontos (intervenção breve e monitoramento) 
Provável dependência: 20 ou mais pontos (máx 40 pontos) (encaminhamento para serviço 
especializado) 
 
Tratamento não farmacológico: 
Família, amigos e redes sociais: instituição protetora para apoiar o cuidado. 
Espiritualidade, religiosidade e religião: apoio social, tratamento igualitário e aceitação de livre julgamento 
(AA). 
 
Redução de danos: reduzir danos +alternativa para programas de tolerância zero, aumentar a 
acessibilidade a programas de tratamento com baixas expectativas. Estudos empíricos têm demonstrado 
que as ações de redução de danos são tão efetivas quanto as orientadas por abstinência. 
Intervenção breve: tempo restrito, foco em mudança de hábito. Recomendação para a Atenção Primária. 
Programa de recuperação em 12 passos: AA 
Plantas ansiolíticas e sedativas 
Acupuntura 
Nutrição 
Meditação, biofeedback, ioga 
Intervenção breve (FRAMES): 
Feedback: comunicar os resultados de avaliação clínica (AUDIT) sobre o nível de risco. 
Responsability: contexto de corresponsabilidade, estabelecer estágio de mudança e definir metas 
coerentes com o desejo da pessoa, enfatizado o autocuidado. 
Advice: orientações e recomendações, claras, diretas e desvinculados de juízo de valor moral ou social, 
preservando a autonomia de decisão da pessoa. 
Menu: fornecer alternativas de ações que possam ser implementadas por ela e pela equipe de saúde. 
Empathy: comunicação empática, solidária e compreensiva. 
Self-efficacy: reforçar otimismo e autoconfiança, enfatizando avanços nas metas estabelecidas. 
Tratamento farmacológico: 
Papel coadjuvante na abordagem terapêutica do uso abusivo do álcool. 
Efeito não é alcançar a abstinência, mas ajudar na manutenção e prevenção de recaídas. 
Dossulfiram: indicado para abstinência e não é recomendado para os que desejam consumo moderado na 
redução de danos. 
Naltrexona: indicado quando o objetivo é o consumo moderado. Antagonista opioide. 
Acamprosato: indicado para a redução dos sintomas de abstinência. 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
MFC IV 
Etilismo 
 
 
Principais fatores de riscos para o desenvolvimento de DNC

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