reivindicando, lutado pelo acesso, pela dignidade de serem inseridos em uma sociedade mais justa, mais igualitária. Chegamos ao fi m deste curso, lembrando de que o objetivo foi apresentar de maneira geral o continente africano e a relação que ele mantém com a sociedade brasileira. Principalmente as relações mantidas, a partir da inserção do africano como escravo na sociedade brasileira e as práticas difundidas na sociedade brasileira que confi gura os aspectos culturais. Compreender o continente africano dissociado de uma visão monolítica é fundamental para o trabalho do professor na atualidade. Desta forma, conhecer as sociedades africanas, a maneira como se organizavam, as manifestações culturais, pode levar à superação do preconceito que ainda estão presentes no imaginário social contemporâneo. Entre eles, pode-se ser citado o preconceito associado à noção de raça e a ideia da existência de uma direção linear na evolução da humanidade, de sociedades mais primitivas para civilizações mais estruturadas, mais complexas. Perceber a diversidade das sociedades africanas pode auxiliar no convívio com o diferente. Como sugestão de leitura e conhecimento, recomendo a você visitar a página da Fundação Palmares, no endereço: www.palmares.gov.br Espero encontrá-lo(a) em outros cursos de formação. Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2012. Todos os direitos reservados. 28 Cultura Africana AUTOATIVIDADE 1 A escravidão negra representa um dos momentos mais cruéis na história brasileira. Iniciada, paulatinamente, em 1532, com a colonização e estendida até as últimas décadas do século XIX, contou com milhões de africanos desembarcados em solo brasileiro. Estes africanos desempenharam um importante papel no desenvolvimento e manutenção da economia. De acordo com dados historiográfi cos, o tráfi co de escravos para a colônia portuguesa na América organiza-se em três fases. Caracterize estas fases. 2 A escultura representa uma das primeiras manifestações do trabalho humano. Em cada sociedade está atividade teve sentido e signifi cados próprios e distintos. Descreva a fi nalidade da escultura para as sociedades africanas. 3 Entre as estratégias de valorização da presença africana no Brasil, está a instituição da Lei nº 10.639. Esta Lei não é um produto da burocracia, mas da união de forças vindas da sociedade brasileira. Descreva o signifi cado desta lei para o Ensino da Cultura Africana na Educação Básica. Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2012. Todos os direitos reservados. 29Africanos no Brasil GABARITO 1 A escravidão negra representa um dos momentos mais cruéis na história brasileira. Iniciada, paulatinamente, em 1532, com a colonização e estendida até as últimas décadas do século XIX, contou com milhões de africanos desembarcados em solo brasileiro. Estes africanos desempenharam um importante papel no desenvolvimento e manutenção da economia. De acordo com dados historiográfi cos, o tráfi co de escravos para a colônia portuguesa na América organiza-se em três fases. Caracterize estas fases. R.: O(A) estudante deve informar que a primeira fase ocorre entre os anos de 1540 a 1580. Os africanos enviados para a colônia portuguesa na América são provenientes da Alta Guiné e destinados a trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar e nos engenhos da região Nordeste. A segunda fase compreende os anos de 1580 a 1690, a consolidação e ampliação da produção açucareira nos engenhos do Nordeste e depois no Sudeste demandavam por mão de obra que foi suprida pelo trabalho escravo africano. A difi culdade de escravizar o índio também foi um fator que contribuiu para a intensifi cação do tráfi co negreiro nesta fase. A terceira fase se dá a partir de 1690 e estende-se até a instituição formal do tráfi co negreiro em 1850. Os portos de Angola e Costa da Mina foram os mais expressivos fornecedores de cativos para a colônia portuguesa neste período. 2 A escultura representa uma das primeiras manifestações do trabalho humano. Em cada sociedade está atividade teve sentido e signifi cados próprios e distintos. Descreva a fi nalidade da escultura para as sociedades africanas. R.: O(A) estudante deve informar que para as diferentes sociedades africanas, a escultura está associada à religiosidade e que estas eram compreendidas como elementos que permitiam ao homem manter contato com o sobrenatural. Outra informação, diz respeito à compreensão da escultura a partir da diversidade de povos africanos no continente. Uma vez, que a arte não deve ser compreendida como monolítica ou homogênea, pois cada sociedade tem seu próprio estilo. Sobre a matéria-prima utilizada nas esculturas, é relevante destacar o uso da madeira e da árvore, enquanto considerado elemento sagrado para os africanos. 3 Entre as estratégias de valorização da presença africana no Brasil, está a instituição da Lei n° 10.639. Esta Lei não é um produto da burocracia, mas da união de forças vindas da sociedade brasileira. Descreva o signifi cado desta lei para o Ensino da Cultura Africana na Educação Básica. Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2012. Todos os direitos reservados. 30 Cultura Africana R.: O(A) estudante deve tecer informações que possibilitem a refl exão sobre o contexto de surgimento desta lei, onde a percepção incorra sobre as reivindicações que ao longo dos anos foram feitas pelos movimentos de defesa das causas negras no Brasil. Deve também informar sobre a obrigatoriedade desta temática no Currículo Escolar da Educação Básica e as possibilidades de trabalho na escola. Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2012. Todos os direitos reservados. 31Africanos no Brasil REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n° 10.639, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases (Lei n°.9394/1996) e tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira no Ensino Fundamental e Médio.Disponível em: < www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2008/ pdf/c018.pdf>. Acesso em: 27 jun.2012. CORDOVA, Tânia. História da África. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2010. HERNANDEZ, Leila Leite. A África na Sala de Aula: visita à história contemporânea, São Paulo: Selo Negro, 2008. KI –ZERBO, Joseph. A Hominização. In: História da África Negra. Publicações Europa- América, s/d. p. 54-55. LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. SILVA, Alberto da Costa e. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeio: Agir, 2008. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007. ______. África e Brasil Africano. 3. ed. São Paulo: Ática, 2008.