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cultura_africana_-_etapa_3

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reivindicando, lutado pelo acesso, pela dignidade de serem inseridos em uma 
sociedade mais justa, mais igualitária.
Chegamos ao fi m deste curso, lembrando de que o objetivo foi 
apresentar de maneira geral o continente africano e a relação que ele mantém 
com a sociedade brasileira. Principalmente as relações mantidas, a partir 
da inserção do africano como escravo na sociedade brasileira e as práticas 
difundidas na sociedade brasileira que confi gura os aspectos culturais.
Compreender o continente africano dissociado de uma visão 
monolítica é fundamental para o trabalho do professor na atualidade. Desta 
forma, conhecer as sociedades africanas, a maneira como se organizavam, as 
manifestações culturais, pode levar à superação do preconceito que ainda 
estão presentes no imaginário social contemporâneo.
Entre eles, pode-se ser citado o preconceito associado à noção de raça 
e a ideia da existência de uma direção linear na evolução da humanidade, de 
sociedades mais primitivas para civilizações mais estruturadas, mais complexas. 
Perceber a diversidade das sociedades africanas pode auxiliar no convívio 
com o diferente.
Como sugestão de leitura e conhecimento, recomendo a você visitar a 
página da Fundação Palmares, no endereço: www.palmares.gov.br
Espero encontrá-lo(a) em outros cursos de formação.
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28 Cultura Africana
AUTOATIVIDADE
1 A escravidão negra representa um dos momentos mais cruéis na história 
brasileira. Iniciada, paulatinamente, em 1532, com a colonização e estendida 
até as últimas décadas do século XIX, contou com milhões de africanos 
desembarcados em solo brasileiro. Estes africanos desempenharam um 
importante papel no desenvolvimento e manutenção da economia. De 
acordo com dados historiográfi cos, o tráfi co de escravos para a colônia 
portuguesa na América organiza-se em três fases. Caracterize estas fases.
2 A escultura representa uma das primeiras manifestações do trabalho humano. 
Em cada sociedade está atividade teve sentido e signifi cados próprios e 
distintos. Descreva a fi nalidade da escultura para as sociedades africanas.
3 Entre as estratégias de valorização da presença africana no Brasil, está a 
instituição da Lei nº 10.639. Esta Lei não é um produto da burocracia, mas da 
união de forças vindas da sociedade brasileira. Descreva o signifi cado desta 
lei para o Ensino da Cultura Africana na Educação Básica.
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29Africanos no Brasil
GABARITO
1 A escravidão negra representa um dos momentos mais cruéis na história 
brasileira. Iniciada, paulatinamente, em 1532, com a colonização e estendida 
até as últimas décadas do século XIX, contou com milhões de africanos 
desembarcados em solo brasileiro. Estes africanos desempenharam um 
importante papel no desenvolvimento e manutenção da economia. De 
acordo com dados historiográfi cos, o tráfi co de escravos para a colônia 
portuguesa na América organiza-se em três fases. Caracterize estas fases.
R.: O(A) estudante deve informar que a primeira fase ocorre entre os anos de 
1540 a 1580. Os africanos enviados para a colônia portuguesa na América 
são provenientes da Alta Guiné e destinados a trabalhar nas plantações de 
cana-de-açúcar e nos engenhos da região Nordeste. 
 A segunda fase compreende os anos de 1580 a 1690, a consolidação e 
ampliação da produção açucareira nos engenhos do Nordeste e depois 
no Sudeste demandavam por mão de obra que foi suprida pelo trabalho 
escravo africano. A difi culdade de escravizar o índio também foi um fator 
que contribuiu para a intensifi cação do tráfi co negreiro nesta fase. 
 A terceira fase se dá a partir de 1690 e estende-se até a instituição formal 
do tráfi co negreiro em 1850. Os portos de Angola e Costa da Mina foram 
os mais expressivos fornecedores de cativos para a colônia portuguesa 
neste período.
2 A escultura representa uma das primeiras manifestações do trabalho humano. 
Em cada sociedade está atividade teve sentido e signifi cados próprios e 
distintos. Descreva a fi nalidade da escultura para as sociedades africanas.
R.: O(A) estudante deve informar que para as diferentes sociedades africanas, 
a escultura está associada à religiosidade e que estas eram compreendidas 
como elementos que permitiam ao homem manter contato com o 
sobrenatural. Outra informação, diz respeito à compreensão da escultura 
a partir da diversidade de povos africanos no continente. Uma vez, que 
a arte não deve ser compreendida como monolítica ou homogênea, pois 
cada sociedade tem seu próprio estilo. Sobre a matéria-prima utilizada nas 
esculturas, é relevante destacar o uso da madeira e da árvore, enquanto 
considerado elemento sagrado para os africanos.
3 Entre as estratégias de valorização da presença africana no Brasil, está a 
instituição da Lei n° 10.639. Esta Lei não é um produto da burocracia, mas da 
união de forças vindas da sociedade brasileira. Descreva o signifi cado desta 
lei para o Ensino da Cultura Africana na Educação Básica.
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30 Cultura Africana
R.: O(A) estudante deve tecer informações que possibilitem a refl exão sobre 
o contexto de surgimento desta lei, onde a percepção incorra sobre as 
reivindicações que ao longo dos anos foram feitas pelos movimentos 
de defesa das causas negras no Brasil. Deve também informar sobre a 
obrigatoriedade desta temática no Currículo Escolar da Educação Básica e 
as possibilidades de trabalho na escola.
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31Africanos no Brasil
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n° 10.639, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases (Lei n°.9394/1996) e 
tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira no Ensino Fundamental 
e Médio.Disponível em: < www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2008/
pdf/c018.pdf>. Acesso em: 27 jun.2012.
CORDOVA, Tânia. História da África. Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2010.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na Sala de Aula: visita à história contemporânea, 
São Paulo: Selo Negro, 2008.
KI –ZERBO, Joseph. A Hominização. In: História da África Negra. Publicações Europa-
América, s/d. p. 54-55.
LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
SILVA, Alberto da Costa e. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeio: Agir, 
2008.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007.
______. África e Brasil Africano. 3. ed. São Paulo: Ática, 2008.
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